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JORNAL

Projetos beneficiam crianças e familiares

Professora auxilia aluno a plantar muda de árvore.

Viva a Natureza é o nome de um dos projetos desenvolvidos, este ano, no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Pequeno Reino, em Castro, no Paraná. A localização da escola, situada ao lado de um bosque na zona rural do município, colabora para o sucesso do projeto, que tem a participação dos 90 alunos matriculados na escola.

“Iniciamos o projeto com brincadeiras e músicas para que pudéssemos, através de observações e registros, coletar informações sobre o que as crianças sabiam sobre o assunto, quais eram os interesses e necessidades de cada faixa etária”, explica a criadora do projeto, Jesélia Cordeiro Ortis, que atua na educação infantil há três anos.

Logo surgiu um conto oral que recebeu o nome de Jardim Encantando, que foi sendo enriquecido pela imaginação de todos. “Borboletas eram fadas, sapos eram príncipes, minhocas temerosas, serpentes e, é claro, tudo se passava em um pequeno reino com príncipes, princesas e rainhas, ou seja, as crianças e nós do CMEI”, diz a professora. A história foi relembrada em muitas aulas e recebeu diferentes interpretações das crianças, por meio de desenhos, cantigas ou faz de conta.

A música foi uma aliada importante no desenvolvimento do projeto, integrando os conteúdos e despertando o interesse das crianças. Sapo cururu, Eu sou uma borboletinha, e Sai, sai, peixinho da lagoa foram algumas das melodias utilizadas. Também foram usadas outras formas de expressão artística, como pinturas, dobraduras, colagens, e dramatizações. “A cada aula, os alunos descobriam na natureza formas diferenciadas de brincar, soltando o corpo e a imaginação", relata Jesélia.

Segundo ela, era possível perceber que, além do encantamento pela natureza as crianças tinham muita curiosidade em descobrir o mundo a sua volta e saber o porquê das coisas que os adultos muitas vezes nem percebem, devido a pressa do dia-a-dia. “Ver uma semente nascer e desabrochar para a vida, descobrir que aquele remédio que compramos na farmácia tem a mesma fórmula que a plantinha do quintal... Isso tudo as crianças nos demonstraram de forma prática, apenas dando-lhes liberdade de brincar com a natureza”, destaca.

A instituição, que atende crianças de dois a cinco anos matriculadas em período integral, desenvolveu também outros projetos, a fim de atender diferentes níveis da educação infantil. Assim, na creche II, que atende crianças de dois anos, foi aplicado o projeto Cada escolha um aprendizado, a fim de auxiliar no desenvolvimento da autonomia em situações de alimentação, higiene, e conforto bem como as habilidades motoras, cognitivas e emocionais.

Na creche III, que atende a faixa etária de três anos, foi realizado o projeto Muito prazer em me conhecer, com o objetivo de proporcionar aos estudantes atividades que possibilitassem o conhecimento de si mesmo e sentissem que possuem um nome, uma identidade e que, acima de tudo, são muito importantes. No pré I, com crianças de quatro anos, o projeto desenvolvido foi No embalo das letras se constroi o mundo, para estimular as crianças a explorar materiais impressos, com cuidado, sem rasgá-los. E no pré II, com crianças de cinco anos, o projeto Iabadabadoo! Na Era da Imaginação! utilizou personagens do desenho animado Os Flinstones.

De acordo com a diretora da instituição, Cláudia Salgado de Castro, o projeto aproveitou a curiosidade das crianças com o fato de os personagens de Os Flinstones escreverem em pedras e não em papeis. A intenção, segundo ela, foi levar as crianças a se apropriarem do hábito da escrita visando um melhor desempenho na sua aprendizagem.

Pedagoga com pós-graduação em gestão escolar, há seis anos na área de educação infantil, Cláudia conta que o Pequeno Reino também desenvolve um projeto para inserir a família no espaço escolar. Com o nome de Fortalecendo as Relações Familiares, ele promove diversas atividades extracurriculares, como mutirões, palestras e grupos de estudo, a fim de que os pais possam se inserir na comunidade escolar e enriquecer o universo educacional.

(Fátima Schenini)