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JORNAL

Trabalhos apresentados em exposição foram feitos pelos próprios alunos

Vista do estande do Ceama

Quem visitou o estande do Centro Educacional Adventista Milton Afonso (Ceama) durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2010, em Brasília, certamente ficou impressionado com as partes do corpo humano que faziam parte da exposição: bem coloridos, lá estavam, entre outros órgãos, o coração, pulmões, boca e língua, feitos pelos próprios alunos.

“Todos os experimentos apresentados foram feitos de material reciclável, como papel, plástico, latas, sucata de computadores, fios, tubos e conduítes”, explica o professor Flávio Franco Nascimento, coordenador pedagógico do 6º ano do ensino fundamental até o ensino médio. Os materiais eram levados para a escola, pelos alunos, depositados em recipientes colocados nas salas de aula e recolhidos, uma vez por semana, pelos professores. “A escola entrou no clima da sustentabilidade durante todo esse ano”, diz.

De acordo com o professor de biologia, Maximiliano Rinco Lopes, a preparação para o evento deu muito trabalho. “Os alunos ficavam no turno contrário, preparando os experimentos com nossa supervisão”, relata. Foram selecionados os trabalhos considerados melhores pelos próprios alunos “Esses trabalhos nos ajudaram a colocar em prática nossas aulas e contribuíram para a Semana de C&T”, acredita o professor, que dá aulas para alunos do 1º ano ao 5º ano do ensino fundamental e também do ensino médio.

Segundo o coordenador pedagógico, a área de ciência e tecnologia é muito valorizada no Ceama não apenas por meio da infraestrutura oferecida, com um laboratório amplo e equipado, mas também pelo estímulo que é dado pelas aulas práticas de disciplinas como química, biologia, física, matemática, entre outras, além de projetos coletivos e interdisciplinares. “Isso também é feito em nossas capacitações coletivas ou por área do conhecimento, dando condições e preparando nossos professores para o ofício prático de lecionar”, destaca Flávio Nascimento.

Os alunos têm contato com o laboratório, em aulas especiais laboratoriais, desde o primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio. O local pode ser utilizado pelos professores, no horário matutino, mediante agendamento. “Procuro, sempre que possível, utilizar o laboratório em minhas aulas, experimentando a teoria na prática. Os alunos adoram as aulas práticas e participam sem restrições, colocando a mão na massa”, diz o professor Maximiliano. À tarde, o espaço do laboratório abriga oficinas especiais como a de Robótica e o Clube de Ciências.

Criado, em 2009, o clube é um lugar de encontro de alunos interessados pela ciência. “O objetivo é despertar nos sócios o interesse pela pesquisa e pelo conhecimento científico, além de desenvolver habilidades relacionando os conteúdos teóricos vistos na sala de aula, com a prática, através de ações ligadas ao meio onde estão inseridos”, salienta Flávio Nascimento. Participam estudantes do 5º ano do fundamental ao ensino médio, sendo a maior parte formada por alunos do 9º ano e do 1º ano do ensino médio.

Em funcionamento há 40 anos, o Ceama tem, atualmente, cerca de 650 alunos matriculados da educação infantil ao ensino médio. E além das aulas práticas, os estudantes participam de muitas outras atividades como os projetos de desenvolvimento sustentável e de meio-ambiente - recolhimento de pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, latas, garrafas, e papel, em parceria com empresas de Brasília. Eles também realizam visitas a órgãos e entidades da Universidade de Brasília, como os museus de astronomia, botânica, e geofísica, e a empresas de reciclagem.

(Fátima Schenini)