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JORNAL

Olimpíadas podem ajudar a diminuir preconceito com a matemática

Alunos fazendo prova na sala de aula

Um pequeno município do Triângulo Mineiro ganha projeção nacional devido aos bons resultados obtidos na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). É Pirajuba, a 567 quilômetros de Belo Horizonte, onde a estudante Maria Clara Mendes da Silva, da Escola Estadual Coronel Oscar Castro, vem colecionando medalhas de ouro desde a segunda edição do concurso, realizada em 2006. E em 2011, ela foi a primeira estudante de escola estadual a participar da Olimpíada Internacional de Matemática (IMO), realizada em julho, na Holanda, e ainda ganhou uma medalha de bronze.

“Os resultados são de muita responsabilidade para a escola, pois, uma vez que nos tornamos vitrine, faz-se necessário maior e melhor eficiência na oferta de nossos trabalhos”, diz Ricardo Urbano Silvério, que assumiu a direção da Oscar de Castro em março deste ano. Para ele, que é professor de língua portuguesa e língua inglesa está há 17 anos no magistério, “faz-se urgente e necessário abrir espaço para o mundo conhecer mais talentos como o de Maria Clara.”

A responsável pela participação da escola na Obmep é a professora Edna Maria Rodrigues, 19 anos de magistério, que foi diretora de novembro de 2002 até o início deste ano. “Vi a oportunidade de inscrever nossa escola na Obmep como um passo para diminuir o preconceito ou o medo da matemática”, explica Edna, que considera essa disciplina e a língua portuguesa como base para o estudo de todas as outras.

Com licenciatura plena e pós-graduação em matemática, atualmente Edna Maria é vice diretora da escola, além de dar aulas nas turmas de 7º e 8º anos do ensino fundamental e de 1º, 2º e 3º anos do ensino médio. "Meus pais sempre colocaram a educação como base para enfrentar a vida. Tento dar continuidade a isto com meus filhos e com todos que tenho a oportunidade de compartilhar algum momento de aprendizagem”, salienta a professora.

De acordo com o diretor, a Oscar de Castro não adota um programa específico de preparação para a olimpíada. “Há uns dois anos os professores montavam grupos de estudos para preparação dos alunos que se classificaram para a segunda fase da OBMEP”, relembra Ricardo. Segundo ele, a proposta da professora Edna Maria Rodrigues, neste ano, é de continuar com esses grupos de estudos de forma voluntária. No momento, ela trabalha intensivamente com os alunos classificados para a segunda fase da Obmep.

(Fátima Schenini)