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JORNAL

Alunos de instituto federal criam e expõem confecções

Vestidos expostos no estande

Peças de roupa produzidas por estudantes do curso técnico de vestuário do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, campus de Taguatinga, fizeram sucesso na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada de 17 a 23 de outubro último, na capital federal. As vestimentas apresentadas fazem parte do projeto Moda e Grafite, desenvolvido pelas professoras Camila Rodrigues da Fonseca, que leciona história do vestuário, e Moema Carvalho Lima, especialista em desenho aplicado ao vestuário.

Os trajes foram confeccionados como resposta à exposição Anticorpos, comemorativa dos 20 anos de carreira dos irmãos Fernando e Humberto Campana. Em setembro, durante mostra apresentada no Centro Cultural Banco do Brasil, também em Brasília, os alunos conheceram o trabalho dos premiados designers brasileiros e foram estimulados pelas professoras a criar peças próprias.

“Quando saímos para visitas técnicas, o aprendizado se amplia”, avalia Camila. Segundo ela, no caso da exposição dos irmãos Campana, os alunos estudaram a carreira dos designers, visitaram a exposição, fizeram relatório e criaram peças com base nas linhas temáticas da exposição. “Minha certeza é a de que todos os alunos estiveram envolvidos e aprenderam muito sobre design, sustentabilidade e outras formas de olhar o que é moda, modismo, arte, artesanato, luxo e lixo”, destaca a professora, há 12 anos no magistério.

Bacharel em moda, com especialização na área de criação e produção, Camila observa que o curso técnico de vestuário estimula os alunos a ser profissionais modelistas e chefes de costura e a montar seus próprios ateliês de prototipia para a confecção de peças-piloto. “Sabemos que o Distrito Federal carece de confecções e queremos não só ofertar mão de obra especializada, mas a visão do microempreendedor”, ressalta Camila, cuja experiência profissional inclui a área empresarial.

Durante as aulas de história da moda, a maior preocupação da professora é transmitir conteúdo não muito teórico e pesado. Para tanto, usa dicionários de época, busca releituras na atualidade, em revistas e filmes, e estimula a criação de figurinos baseados em determinadas civilizações. “Sou apaixonada pela evolução dos trajes, da história das civilizações”, revela. “É a grande direção para que uma coleção seja atrativa para projetos futuros.”

Camila já deu aulas de estilismo, planejamento de coleção, tecnologia têxtil, ateliê de criação e introdução ao design, entre outras disciplinas. Os trabalhos práticos são a marca do ensino-aprendizagem desenvolvido pela professora. Entre os principais projetos está o Longas Metragens na Moda —exposição de bonecas sobre a história da moda por meio de filmes. No instituto federal, ela destaca a montagem de um painel fotográfico sobre tribos urbanas, desenvolvido com alunos do curso de formação inicial continuada em produção de moda, e outro, com estudantes do curso de assistente em produtos de moda, sobre filmes alusivos a personalidades como a austríaca Maria Antonieta, última rainha da Franca (1755-1793); a estilista francesa Coco Chanel (1883-1971) e o compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971).

Cursos similares são oferecidos nos institutos federais de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, e de Erechim, no Rio Grande do Sul.

(Fátima Schenini)