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JORNAL

No interior paraibano, árvores têm importância reconhecida

Alunos regam muda recém plantada

Cidade Arborizada, Saúde Preservada é o tema do projeto apresentado pela Escola Municipal de Educação Básica Professora Laura de Sousa Oliveira, de Pedra Branca, no sertão da Paraíba, durante a IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Desenvolvido inicialmente pelas professoras Rafaela Teotônio, de geografia, e Joana Fortunato, de ciências, com alunos do sexto ano do ensino fundamental, o projeto teve sucesso tão grande que acabou envolvendo toda a escola e também a comunidade.

O que havia começado apenas com o objetivo de melhorar a qualidade do ar na escola passou a incluir as áreas urbanas do município. Segundo Rafaela, o plantio de mudas começou na própria escola, com a doação de mudas de árvores feitas por pais de alunos e agricultores. Entretanto, com a observação de que havia a necessidade de arborização em algumas ruas, a partir do plantio de mudas ou da substituição de árvores, a escola firmou parceria com a prefeitura e entidades locais para a execução das tarefas.

A professora lembra que as árvores contribuem para atenuar o calor do Sol e renovam o oxigênio do ar, além de estabilizar a temperatura ambiente. “Estamos planejando colocar vários tipos de árvores frutíferas e ornamentais, que se adaptem ao clima local, muito quente”, afirma. De acordo com Rafaela, as árvores também servem de ambiente para os pássaros e contribuem para melhorar o microclima.

O projeto, que terá continuidade em 2014, inclui atividades como debates, apresentação de vídeos e de músicas, produção de textos e de maquetes, além do plantio de árvores. “Esperamos conscientizar os alunos sobre a importância das plantas na conservação do ar”, diz Rafaela, que está no magistério há quatro anos.

Reflorestamento — Em Baía da Traição, no litoral norte paraibano, a Escola Estadual Indígena Pedro Poti, da aldeia indígena São Francisco, de etnia potiguara, apresentou o projeto Reflorestamento nas Margens do Rio Sinimbu. De acordo com a professora Sônia Barbalho de Macedo, o rio, que banha grande parte das aldeias indígenas do município, sofre com assoreamento, consequência do desmatamento em suas margens. “Houve uma sensibilização dos alunos no sentido de evitar esse problema”, diz Sônia, que leciona história nos anos finais do ensino fundamental.

Para a professora, a disciplina de história é importante na educação ambiental por fazer uma retrospectiva. “Começa pela pergunta: como era esse rio antigamente?”, salienta. “Nós trabalhamos o ano todo com esse problema do rio. Precisamos ter um conhecimento amplo de tudo, nos dedicar”, diz.

Sônia está no magistério há 25 anos. Graduada em história e em pedagogia, ela faz pós-graduação em gestão e supervisão. (Fátima Schenini)