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JORNAL

Produtos regionais enriquecem cardápio de alunos amazonenses

Alunas na hora da merenda

Desde que a alimentação servida nas mais de 500 escolas do Amazonas passou a incluir produtos regionais, em 2012, os estudantes passaram a consumir peixes como pirarucu, aruaná e mapará, frutos como açaí, banana-pacová e cupuaçu, além de outros itens como abóbora, batata-doce e farinha de tapioca.

Na Escola Estadual Senador Flávio da Costa Brito, na zona oeste de Manaus, que tem 382 alunos, matriculados em turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, a medida tem sido bem recebida. “Todos os produtos oferecidos são bem aceitos pelas crianças”, diz a diretora da instituição, Eliana Nascimento. “Elas comem com prazer e satisfação, sabendo da importância de seus benefícios.”

Para a pedagoga, que está há 29 anos no magistério e há dez na direção, uma alimentação de qualidade é de grande importância para o desempenho e a aprendizagem dos alunos. Eliana ressalta que os profissionais responsáveis pela merenda participam, semestralmente, de cursos de treinamento promovidos pela Secretaria de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc) do Amazonas. O objetivo é oferecer alimentação escolar de qualidade, preparada dentro dos padrões de higiene. “Nossa merenda contribui para formar hábitos saudáveis, pois oferecemos diariamente uma alimentação diferenciada, nutritiva e saborosa”, destaca.

Na Escola Estadual Professora Hilda de Azevedo Tribuzy, na zona norte da capital amazonense, a merenda também é apreciada pelos estudantes. Segundo a diretora, Simone Odalea de Castro e Costa, os produtos regionais, contribuem para isso. “O que é servido é do paladar dos alunos”, garante. “Se fossem produtos de outras regiões, haveria risco de rejeição, até que os estudantes se acostumassem.”

Com 2.350 alunos, a escola atende alunos do ensino fundamental regular durante o dia e da educação de jovens e adultos, à noite. De acordo com a diretora, a merenda é a principal refeição do dia para muitos. “A merenda escolar contribui para que os alunos tenham mais concentração nos estudos”, justifica. Com licenciatura em geografia e pós-graduação em gestão escolar, Simone Odalea está há 11 anos no magistério, três dos quais na direção. (Fátima Schenini)