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JORNAL

Escola do AP oferece atividades que ajudam a motivar estudantes

Estudantes tocam violão

Meio Ambiente no Século 21 é o tema central do Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) desenvolvido na Escola Estadual Professor Rodoval Borges Silva, em Santana, município da região metropolitana de Macapá, Amapá. Iniciado em 2010, o programa tem sido bem aceito por professores e alunos.

“Essa aceitação pode ser constatada pela participação ativa e envolvimento manifestado nos diversos trabalhos”, explica a coordenadora pedagógica Francisca de Moraes Guedes, que atua como professora articuladora do programa. “O ProEMI foi muito bem recebido pelos alunos, que participam de todas as atividades de maneira exemplar”, analisa.

Oficinas de teatro, música e dança, aulas de futsal, voleibol, informática, momentos para leitura e realização de experiências científicas são algumas das atividades incluídas no programa. “Os estudantes aprendem e se divertem”, avalia a coordenadora.

De acordo com Francisca, o ProEMI dá oportunidade à escola de elaborar o próprio currículo e trabalhar com os anseios dos alunos e da comunidade. “Considero o ProEMI um crescimento na educação”, ressalta. “Ele busca garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornam o currículo mais dinâmico, atendendo às expectativas dos alunos e às demandas da sociedade local.”

A professora salienta que o programa leva alunos e professores a se tornarem pesquisadores e cria condições para melhorar a qualidade do ensino médio.

Na visão do pedagogo Romildo Ferreira Holanda Júnior, diretor da escola, o programa tem foco especial, que é a garantia de uma educação de melhor qualidade. “Percebe-se que o índice de reprovação e abandono está diminuindo gradativamente”, diz Romildo, que está há 20 anos no magistério.

Campo — Em 2014, a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável tiveram destaque no ProEMI, com a realização de trabalho de campo na reserva particular de patrimônio natural Revecom, no município de Santana. Realizado em três momentos, o trabalho de campo teve o sentido de aproximar teoria e prática.

Na fase inicial, chamada de pré-campo, os professores discutiram o tema e sugeriram formas interdisciplinares de trabalhar a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Também foram realizadas aulas expositivas para discutir o tema a partir de diferentes abordagens disciplinares, tais como história, sociologia, geografia, química, física, biologia.

Na etapa denominada de campo ocorreu a aula prática, com participação de alunos, professores e funcionários da reserva Revecom. No pós-campo foram gerados produtos como palestras, maquetes, exposição fotográfica e atividades de sensibilização da população no entorno da escola.

De acordo com a professora Francisca, o ProEMI também desenvolveu projeto sobre a relação entre a migração e o mercado de trabalho no Amapá — o estado tem sido destino de fluxos migratórios —, na tentativa de compor um quadro analítico da realidade das famílias dos alunos, além de tentar entender parte da realidade do estado. Há 22 anos no magistério, a professora tem licenciatura em geografia, especialização em supervisão escolar e mestrado em ciências da educação. (Fátima Schenini)