Há anos, drogas e juventude são assuntos discutidos por pais, filhos e educadores. Partindo dessa polêmica, o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), foi adotado no Brasil em 1992, no Rio de Janeiro. O modelo do programa teve sua origem nos Estados Unidos, no ano de 1983, e atualmente é desenvolvido em mais de 58 países.

Alunos do quinto ano do ensino fundamental, da rede pública e privada, são o alvo desse programa, cujo lema é - Manter as crianças e jovens longe das drogas. O curso dura em média quatro meses e é ministrado por policiais militares voluntários, capacitados pedagogicamente, em parceria com pais, professores, alunos e comunidade.

O principal objetivo é enfatizar a prevenção ao uso de drogas. Além disso, as aulas ensinam como se manter distante de más companhias, evitar a violência, auxilia na resistência às pressões diretas ou indiretas de outros e a sempre acionar os pais ou responsáveis quando necessário.

Eduardo Matos de Souza, capitão de polícia na função de coordenador do Proerd no Distrito Federal, acredita que os benefícios trazidos pelo programa são importantes, já que contribuem para que os jovens tomem uma decisão inteligente. “Contribuímos com a solução de um problema que está cada vez mais evidente na sociedade”, ressalta.

Na Escola Classe 401 do Recanto das Emas, no Distrito Federal, o Proerd é aplicado desde 2004, com resultados positivos. De acordo com a supervisora pedagógica, Ana Caroline da Costa, os alunos se envolvem tanto com o curso que, mesmo após seu término, os debates em sala de aula continuam em forma de trabalhos e produções de texto. “A escola é um agente transformador da sociedade. Poder colaborar para que essas crianças tomem uma decisão consciente é muito bom”, salienta.

As escolas interessadas em participar do Proerd devem entrar em contato com a Polícia Militar de sua cidade e verificar a disponibilidade de vagas para a sua escola.

(Sara Scaringi)