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DIARIO
Edición 3 - Saúde do Professor
07/08/2008
 
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Atividades físicas dão qualidade de vida a profissionais da educação

Prof. Luciano Paulo da Silva

Prof. Luciano Paulo da Silva

Autor: Creuza Medeiros


Alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, idéias, concentração, auto-confiança e humor são os sentimentos relatados por profissionais da educação, participantes do projeto A arte de viver bem: atividade física e qualidade de vida para profissionais da rede estadual de educação de Mato Grosso.

 

Luciano Paulo da Silva, 33 anos, é professor de língua portuguesa no Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) Licínio Monteiro, em Várzea Grande. Hipertenso e com bronquite, nos últimos três meses encontrou na hidroginástica uma aliada importante. O tempo é apertadíssimo para o professor marcar presença na piscina do Centro de Convivência Padre Firmo, em Cuiabá. “Saio às 17h da escola para chegar aqui às 17h30 (quando começa a aula) e volto às 18h30 para entrar na sala de aula às 19h”. O detalhe é que ele utiliza transporte coletivo. Mas a correria não intimida o professor Luciano. “Acabou minha crise de bronquite, sem falar que ampliei meu círculo de amizades”, comemora.

 

Rosane Aparecida K. Arruda, 39 anos, é merendeira na Escola Estadual Porfíria Paula de Campos, em Várzea Grande, município vizinho a Cuiabá. Ela atravessa a cidade para garantir sua vaga nas aulas de hidroginástica. O ritual é feito há três meses, o que garantiu dar adeus ao stress, à irritação e proporcionou o controle da pressão arterial. Se ela comemora? “Até minha mãe brinca que já consigo encostar no dedinho do pé”, diz, aproveitando para dar um recado para quem ainda não descobriu os benefícios da atividade física. “A gente fica mais leve e não esquenta a cabeça por qualquer coisa. Quem deseja qualidade de vida precisa se exercitar”, sugere.

 

O sorriso cativante e a tranqüilidade de Terezinha Calista da Silva, 62 anos, chamam atenção. Exercendo a função de apoio administrativo na Escola Estadual Rodolfo Augusto, no Residencial Paiaguás, em Cuiabá, ela mergulha de cabeça na hidroginástica. Terezinha deixou a profissão de doméstica há 27 anos, quando passou a trabalhar na rede pública de ensino. Numa rápida observação, nem parece que dona Terezinha tem hipertensão, bronquite e osteoporose, tamanha sua disposição para a hidroginástica. Por que ela enfrenta dois coletivos para participar das aulas de hidroginástica? “Tinha muitas câimbras e melhorou muito. A insônia também foi embora. Minha pressão caiu de 17/9 para 9/12 e diminuíram as dores no corpo. Precisa falar mais alguma coisa?”, indaga, bem-humorada.

 

Duas profissionais responsáveis pela melhoria da qualidade de vida dos personagens acima são as professoras de educação física Elizane Cruz de Sousa e Vanessa Gonçalves Lopes Costa. Esta última é uma jovem de 37 anos, com visível disposição e amor pelo que faz. Inclusive o Projeto Qualidade de Vida oferecido pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso contou com seu entusiasmo. “Via a ginástica laboral realizada na sede da Seduc e propus que levássemos atividades físicas e culturais para os profissionais das escolas. Fico muito feliz pelo sucesso da iniciativa e pela melhoria na vida dos participantes”, destaca Vanessa.

O entusiasmo dos freqüentadores da hidroginástica no Centro de Convivência Padre Firmo é reforçado com a presença da professora Elizane Cruz de Souza. Ela foi citada carinhosamente por todos personagens dessa matéria como maravilhosa e competente. “Estou realizada. Percebo que os alunos estão menos estressados e mais de bem com a vida”, ressalta.

 

Artes Visuais – Um outro projeto inserido no projeto Qualidade de Vida é o de Artes Visuais, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UMFT). Numa ensolarada manhã de quarta-feira, bem cedo, estavam a postos na sala 10 da Coordenação de Cultura da UFMT, os alunos Zuleika de Jesus Araújo, Izaías da Silva Neves e Ana Lucia Gouveia Taveira. Todos com interesse idêntico: melhorar a qualidade de vida por meio da arte.

 

Formada em artes, Ana Lucia Gouveia Taveira, 42 anos, há dez anos leciona na Escola Clênia Goreth, localizada num bairro periférico de Cuiabá. Ela desfruta dos cursos oferecidos, desde 2005. Primeiro fez aulas de violino e, agora se encantou pelo mundo das artes visuais. “Não fiz antes porque não tinha tempo e nem dinheiro. Estou apaixonada por essa atividade porque artes não têm limites, quanto mais pensamos que sabemos, menos sabemos”, afirma. Além de se aprimorar profissionalmente, Ana Lucia tem uma motivação extra para viver na profusão das cores e pincéis: seu filho de 10 anos, que pinta desde os seis. “Pintamos juntos e trocamos experiências, o que é compensador e aumenta nossa comunhão”, conta, reconhecendo que tornou-se uma pessoa mais calma e equilibrada desde que começou as aulas de pintura, há um ano.

 

Izaías da Silva Neves, 51 anos, trabalha há 24 anos na rede estadual de ensino de Mato Grosso. Já foi alfabetizador e professor de Filosofia, entre outras atividades. Atualmente trabalha no Arquivo Geral da Seduc. Foi incentivado por uma colega da Secretaria a participar do Curso de Artes Visuais pela qualidade de um desenho que fez. Está firme no propósito de melhorar a qualidade de vida usando mais sua criatividade e pintando. “No início tinha medo de desenhar na tela. Agora viajo no desenho, amo retratar a natureza, que é uma coisa divina”. Em um mês os trabalhos realizados no curso serão apresentados na feira de artesanato realizada todos os meses na sede da secretaria. A expectativa? É fácil supor. “O que vão achar de nossos trabalhos, como vai ser?”, reflete Izaías.

 

Outra aluna de artes é Zuleika de Jesus Araújo, 32 anos, apoio administrativo na Escola Maria Leite Markoski, em Várzea Grande. Seu maior orgulho é ter pintado sozinha um quadro com rio, montanha, pássaros e árvores. O prêmio está exposto em sua casa. “Está na sala”, conta, orgulhosa. Mãe de três filhos, ela revela que o curso proporcionou mais concentração e paciência. “Hoje convivo mais tranquilamente com meus filhos. Pintar dá uma paz espiritual muito grande”, relata.

 

A fada madrinha dos alunos das artes visuais é a professora Claudia Alexandra de Albuquerque Menezes. “Aqui o profissional passa a ser aluno também. Portanto, há crise, interação e criação. Isso resulta em pessoas mais compreensivas na rotina das escolas”, acredita.

 

Ela conta que o mais difícil num Curso de Artes Visuais é superar os seis primeiros meses do total de dois anos da atividade. “Há uma tendência do aluno pensar que não dará conta de desenhar e pintar. Convencemos que ele é capaz sim, é apenas uma questão de determinação e tempo”, defende.

 

O projeto – O projeto A arte de viver bem: atividade física e qualidade de vida para profissionais da rede estadual de educação de Mato Grosso desenvolve ainda atividades de dança de salão, ginástica, yoga, canto, teclado e violino. Em Cuiabá, além do Centro de Convivência Padre Firmo e UFMT, as aulas são oferecidas no Centro de Convivência Maria Inês Auad.

 

Também integram o projeto os municípios de Primavera do Leste, Querência e São José dos Quatro Marcos. Até setembro, os municípios de Juina e Rondonópolis vão aderir à iniciativa. A coordenadora de Aplicações e Desenvolvimento da Seduc, Ana Maria Mota Ferreira, esclarece que a implantação dos referidos cursos nos municípios ocorre a partir da solicitação da Assessoria Pedagógica. “Fazemos uma parceria em que os municípios oferecem o espaço físico e os equipamentos e a Seduc garante os professores”, explica. (Creuza Medeiros, da Assessoria de Imprensa/Seduc-MT)

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