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DIARIO
Edición 105 - Especial Dia do Professor-2014
01/10/2014
 
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Índia caiouá brincava de dar aulas quando era criança

Úrsula manifestou sua vocação para o magistério, desde criança

Úrsula manifestou sua vocação para o magistério, desde criança

Autor: Arquivo pessoal


De etnia caiouá, Úrsula Velasques sempre morou na aldeia Taquaperi, a 15 quilômetros do município de Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. Desde pequena, ela manifestava a vocação para o magistério, pois gostava de brincar de professora com os irmãos. Quando completou 18 anos, foi convidada a lecionar a alunos do primeiro ano do ensino fundamental. “Fiquei muito feliz e, desde então, nunca mais deixei de trabalhar”, diz Úrsula, há nove anos no magistério.

Com licenciatura em ciências sociais, Úrsula trabalha na coordenação pedagógica da Escola Municipal Indígena Ñande Reko Arandu, no atendimento a estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental. A escola, dentro da aldeia, tem 768 alunos, 34 professores indígenas e seis não indígenas, residentes em fazendas próximas. Apesar de localizada em aldeia indígena, a instituição conta com computador e acesso à internet, além de equipamentos como data show e televisão.

Além das disciplinas obrigatórias do currículo, a escola também oferece aulas sobre a cultura e o modo de vida indígena (ava reko), com encontros semanais, fora da sala de aula. “Nosso objetivo é fundamentar o ava reko e complementar a educação familiar, incentivando os alunos a estarem bem, além de fortalecer nossa cultura e, principalmente, nossa língua”, explica Úrsula.

Para ela, o principal papel do professor é ensinar, mas deve também saber atuar com base na realidade na sociedade em que vive. “Cada lugar é diferente; por isso, quando estamos numa escola não é fácil”, admite. “Temos de saber entender o mundo da criança de hoje, o que ensinar e como ensinar.”

Como professora, ela acredita que é necessário ao profissional estar sempre atualizado, estudar e se aprofundar para ter firmeza em sala de aula. “Mas nada é mais prazeroso quando gostamos daquilo que estamos fazendo”, ressalta.

A educadora descreve como boa a vida na aldeia, onde as pessoas têm liberdade para construir suas casas onde quiserem, com espaço para plantar, e ainda podem escutar o canto dos pássaros. “É um lugar melhor do que qualquer outro”, avalia. (Fátima Schenini)

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