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DIARIO
Edición 33 - Atividades Extracurriculares
21/01/2010
 
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Atividades extras melhoram desempenho de alunos

Professora Márcia promove oficinas para alunos com dificuldades.

Professora Márcia promove oficinas para alunos com dificuldades.

Autor: Arquivo da escola


Os especialistas afirmam: atividades extracurriculares podem despertar, nos alunos, o interesse pelos estudos. O desempenho abaixo da média de alguns estudantes levou o a Escola Municipal Dr. Mario Augusto de Freitas, em Engenho Novo (RJ), a criar uma atividade extracurricular para ajudar quem estava com dificuldades nas disciplinas. A professora de educação física, Márcia Bandeira de Mello, conta que o trabalho chamado “PraticaMente” consiste na produção de jogos com material reciclável para despertar o interesse dos estudantes. “Os alunos que têm algum tipo de dificuldade no aprendizado vêm ao colégio duas vezes por semana, fora do horário de aula, para criar jogos e aprender com eles”, diz.

As atividades são feitas com alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. São eles mesmos quem criam os jogos e suas regras. As “brincadeiras” são trabalhadas de acordo com a dificuldade dos estudantes em cada disciplina. As turmas têm no máximo 12 crianças para que tenham toda a atenção possível. Segundo Márcia, os trabalhos são focados na memória e na atenção das crianças. “É mostrar que a matéria que está difícil de aprender em sala de aula pode ser prazerosa, e divertida se estimulada da maneira correta”, ressalta.

As oficinas do PraticaMente foram criadas no início de 2009. Nelas, os alunos aprendem especialmente matemática e língua portuguesa, de forma lúdica. “Essas são as disciplinas onde eles encontrar mais dificuldade. Se os professores identificam baixo desempenho em alguma outra, também desenvolvemos jogos para ela”, explica. O aprendizado vai desde a construção de um dado de papelão, até jogos mais complexos que envolvem lógica, com tabuleiros de madeira e garrafa pet, ou desafios silábicos.

Márcia afirma que a avaliação dos professores é a melhor. Eles comentam que as atividades facilitam seu trabalho e ajudam os alunos a ter um desempenho positivo em sala. “Tanto que já chegamos a reduzir o número de estudantes nas turmas, pois eles conseguiram aprender e ter notas acima da média”, garante. Entretanto, segundo a professora, os alunos sentem falta das atividades quando deixam a turma extra. Eles gostam tanto que querem voltar, mesmo com notas melhores. Já vimos que eles levam o que aprendem na escola para casa e praticam os jogos aprendidos com a família e os amigos. É gratificante ver esse resultado”, destaca.

Em Campo Grande (MS), 83 das 91 escolas municipais usam as atividades extracurriculares para melhorar o desempenho dos estudantes. O projeto Grupo Avançado de Estudos (GAE) atende alunos com dificuldades no aprendizado em matemática e língua portuguesa. Funciona como um reforço escolar, com três horas semanais. “Mas eles aprendem de uma maneira diferente, de forma lúdica, com jogos, músicas e até teatro. Não bastaria só estender o horário da aula. Tinham de aprender de uma forma diferente, pois no método convencional eles não estavam se saindo bem, precisavam de estímulo”, conta a superintendente de Gestão de políticas Educacionais da Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande, Ângela Brito. O projeto começou em 2007, quando foi identificado que os estudantes da rede pública estavam com o rendimento muito abaixo da média.

Após o início do GAE, com atividades extracurriculares, o cenário mudou. “Nos destacamos inclusive na Prova Brasil, entre as melhores notas, reduzimos o número de repetentes na rede e aumentamos o nosso Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”, afirma.

O programa atende, atualmente, a 8.970 alunos da rede que estão abaixo da média. “O número de reprovações era muito grande. Víamos que isso desmotivava muitos alunos, que preferiam abandonar a escola. Estamos reduzindo esse índice, pois entendemos que ninguém é obrigado a aprender no mesmo tempo do outro. Cada um tem seu tempo, suas limitações”, avalia.

(Rafania Almeida)

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