Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | L?ngua Portuguesa | L?ngua oral e escrita: pr?tica de produ??o de textos orais e escritos |
Ensino M?dio | L?ngua Portuguesa | G?neros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal |
? Reconhecer as caracter?sticas desse g?nero textual;
? conhecer modelos de cartas;
? produzir cartas;
? usar a linguagem formal/informal.
O aluno dever?:
? Conhecer o g?nero carta pessoal;
? demonstrar habilidades b?sicas de leitura;
? distinguir linguagem formal da informal.
? uso da internet;
? trabalho em grupo.
AULA 1
ATIVIDADE 1
Como forma de motiva??o, o professor dever? iniciar a aula levando os alunos para a sala de Inform?tica para assistirem aos clips de Renato Russo e Erasmo Carlos - ?A CARTA? - e da banda NX0 - ?CARTAS PRA VOC??- dispon?veis nos sites:
http://www.youtube.com/watch?v=0GWBHiMss7M
http://www.youtube.com/watch?v=krNyV3GVk6s&feature=related
Como os adolescentes, no geral, gostam de m?sica, nada melhor que estas para incentiv?-los a estudarem as caracter?sticas da ?carta?.
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ATIVIDADE 2
O professor dever? conversar com os alunos sobre o conte?do das letras das m?sicas. Poder? se embasar no roteiro abaixo para a conversa.
1. A carta que os cantores escrevem ? de amor. O que voc?s pensam sobre cartas de amor?
2. Quais os tipos de carta que existem?
3. Voc?s j? escreveram cartas? Foi uma tarefa f?cil ou dif?cil? Por qu??
4. Voc?s gostam de receber carta?
5. Hoje n?o ? muito comum receber cartas pessoais pelo correio. Por qu??
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ATIVIDADE 3
O professor dever? formar grupos de 3 ou 4 alunos e entregar a eles diferentes modelos de cartas pessoais. Com as cartas xerocadas em m?os, eles dever?o l?-las
dentro do grupo, tendo como base o seguinte roteiro:
1. Um aluno l? a carta em voz alta para os outros componentes.
2. O grupo dever?, na segunda leitura, retirar do texto os elementos caracter?sticos da carta.
3. Um aluno ficar? respons?vel por anotar (resumidamente) os elementos caracter?sticos da carta no caderno.
? Local
? Data
? Destinat?rio
? Sauda??o
? Interlocu??o com o destinat?rio
? Despedida
? Assinatura
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Carta 1
Uberl?ndia, 24 de setmbro de 2009.
Meu amor,
O mist?rio do amor nasceu dentro de mim e tomou conta de todo o meu ser, da minha vontade, do meu pensamento, dos meus atos. O mist?rio do amor chegou e se alojou em mim, querida. N?o sei como, nem como foi. Apenas nasceu. Ah, e eu que era t?o infeliz e despreocupado antes, como um barco ? deriva. Eu sentia da vida apenas os momentos, mas inexpressivos. De repente, senti que n?o tinha vivido antes e ainda agora eu me pergunto assombrado. Por que n?o consegui viver antes? Por que tudo isso tinha que acontecer?
N?o sei. Apenas aconteceu... Voc? veio... N?o sei de onde... Surgiu... Olhou em meus olhos, sua voz era m?sica aos meus ouvidos... O simples contato de suas m?os fazia tremer todo meu corpo. Sentia que amava... De repente comecei a notar que havia mais brilho no luar... Que havia mai s brilho nas estrela s... Que a brisa era uma car?cia meiga... Que o luar era uma b?n??o luminosa.
Eu sorria a prop?sito de qualquer coisa... Eu n?o me rec onhecia mais... Senti que era amor... E q ue esse amor era voc?... Senti que min ha vida estava intimamente ligada ? sua... por qualquer estranho la?o inexplic?vel.
E desde ent?o, querida, sou apenas um pouco de voc?. Um pouco de voc? que eu amo com toda for?a de minha alma. Um pouco de voc? ? tudo para mim... Desde que o mist?rio do amor nasceu dentro de minha alma, querida.. .
Um beijo,
Felipe
Dispon?vel no site:
http://www.comamor.com.br/carta1.asp
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Carta 2
Florian?polis, 3 de setembro de 2009.
Meu amigo,
Ontem foi um dia m?gico. Voc? esteve comigo por muitas horas, dando-me o maior presente que eu poderia sonhar. Estar com voc?, receber a tua aten??o, me fez feliz demais. Adoro teu jeito de ser... Adoro quando ?do nada? voc? diz: Adoro-te...
Gosto quando me conta sua vida, suas alegrias e tamb?m suas dores, isso nos aproxima...
Gosto da tua f?, da maneira como v? a vida, de como faz planos para sua vida...
Gosto dos teus sonhos, porque s?o basicamente simples e poss?veis...
Gosto de voc?, porque ? bom comigo... E me trata como toda amiga gostaria de ser tratada:"...Doce e carinhosamente..."
Tua amizade me faz muito, muito feliz.
Jos?
Dispon?vel no site:
http://carinholove5.br.tripod.com/
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Carta 3
Querida
Queria pedir desculpa pela total falta de paci?ncia que eu demonstrei ontem ? noite, mas se tem uma coisa que me deixa profundamente irritado, pra n?o dizer aborrecido e at? apavorado, ? essa sua hist?ria (que se repete sistematicamente) de que a gente tem que conversar. Tudo bem, eu concordo com voc?: a gente tem que conversar sempre. E ? por isso que eu adoro conversar com voc?, estar com voc? a qualquer hora do dia ou da noite, falar sobre qualquer assunto ou circunst?ncia da maneira mais natural do mundo. Acho que ? por isso que a gente se d? t?o bem.
Quero lhe pedir desculpa pela maneira abrupta com que eu interrompi a sua tentativa de conversar um pouco. Tamb?m quero pedir desculpas por ter ido embora assim de supet?o. Mas, minha querida, da pr?xima vez que voc? quiser conversar sobre a nossa rela??o, coloque as coisas mais naturalmente. N?o venha com este pre?mbulo, com esta frase introdut?ria que, ali?s, ? uma frase feita que s? afasta e apavora quem tem sempre boas inten??es para com voc?.
Esse ?a gente tem que conversar? parece-me muito inquiridor, mas perd?o mais uma vez pelo meu mau-humor exagerado.
Beijo do seu,
BRUNO BASTOS
Dispon?vel no site:
http://www.ilhado.com.br/index.php?id_e.ditoria=29&id=2399
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Carta 4
Bol?via, 16 de outubro de 1967
"Queridos Hildita, Aleidita, Camilo, C?lia e Ernesto:
Se alguma vez tiverem que ler esta carta, s er? porque eu n?o estarei mais entre voc?s. Quase n?o se lembraram de mim e os mais pequenos n?o recordar?o nada.O pai de voc?s tem sido um homem que atua, e certamente, leal a suas convic?? es. Cres?am como bons revolucion?rios. Est udem bastante para poder dominar as t?cnicas que permitem dominar a natureza. Sobretudo, sejam sempre capazes de sentir profundamente qualquer injusti?a praticada contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. Essa ? a qualidade mais linda de um revolucion?rio. At? sempre, meus filhos.
Espero v?-los, ainda. Um beij?o e um abra?o do Papai."
Dispon?vel no site:
http://edutica.blogspot.com/2008/10/che-guevara-carta-aos-filhos.html
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Carta 5
Rio de Janeiro, 23 de agosto de 1954
Meu povo
"Mais uma vez, a for?as e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. N?o me acusam, insultam; n?o me combatem, caluniam, e n?o me d?o o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha a??o, para que eu n?o continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes .
Sigo o destino que me ? imposto. Depois de dec?nios de dom?nio e espolia??o dos grupos econ?micos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolu??o e venci. Iniciei o trabalho de liberta??o e instaurei o regime de liber dade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos bra?os do povo. A campanha subterr?nea dos grupos internacionais aliou-se ? dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordin?rios foi detida no Congresso. Contra a justi?a da revis?o do sal?rio m?nimo se desencadearam os ?dios. Quis criar liberdade nacional na potencializa??o das nossas riquezas atrav?s da Petrobr?s e, mal come?a esta a funcionar, a onda de agita??o se avoluma. A Eletrobr?s foi obstaculada at? o desespero. N?o querem que o trabalhador seja livre.
N?o querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacion?ria que destru?a os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcan?avam at? 500% ao ano. Nas declara??es de valores do que import?vamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milh?es de d?lares por ano. Veio a crise do caf?, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu pre?o e a resposta foi uma violenta press?o sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado m?s a m?s, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma press?o constante, incessante, tudo suportando em sil?ncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a n?o ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de algu?m, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofere?o em holocausto a minha vida. Sigo o destino que me ? imposto. Depois de dec?ni os de dom?nio e espol ia??o dos grupos econ?micos e fina nceiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolu??o e venci. Iniciei o trabalho de liberta??o e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos bra?os do povo. A campanha subterr?nea dos grupos internacionais aliou-se ? dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordin?rios foi detida no Congresso. Contra a justi?a da revis?o do sal?rio m?nimo se desencadearam os ?dios. Quis criar liberdade nacional na potencializa??o das nossas riquezas atrav?s da Petrobr?s e, mal come?a esta a funcionar, a onda de agita??o se avoluma. A Eletrobr?s foi obstaculada at? o desespero. N?o querem que o trabalhador s eja livre.
N?o querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacion?ria que destru?a os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcan?avam at? 500% ao ano. Nas dec lara??es de valores do que import?vamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milh?es de d?lares por ano. Veio a crise do caf?, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu pre?o e a resposta foi uma violenta press?o sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado m?s a m?s, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma press?o constante, incessante, tudo suportando em sil?ncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a n?o ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de algu?m, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofere?o em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater ? vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por v?s e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a for?a para a rea??o. Meu sacrif?cio vos manter? unidos e meu nome ser? a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue ser? uma chama imortal na vossa consci?ncia e manter? a vibra??o sagrada para a resist?ncia. Ao ?dio respondo com o perd?o.
E aos que pensam que me derrotaram re spondo com a minha vit ?ria. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo n?o mais ser? escravo de ningu?m. Meu sacrif?cio ficar? para sempre em sua alma e meu sangue ser? o pre?o do seu re sgate. Lutei contra a espolia??o do Brasil. Lutei contra a espolia??o do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ?dio, as inf?mias, a cal?nia n?o abateram meu ?nimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofere?o a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na Hist?ria."
Get?lio Vargas
Dispon?vel no site:
http://www.culturabrasil.pro.br/cartatestamento.htm
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Importante: 1- Professor, a carta pessoal ? um tipo tradicional de correspond?ncia entre pessoas que possuem certo grau de intimidade. Por meio desse tipo de contato, variados atos de fala s?o veiculados, como dar e pedir not?cias sobre algu?m ou algo, dar ou pedir conselhos, contar sobre sentimentos, relatar fatos e experi?ncias pessoais, dentre outros.
2. A carta n? 5 foi a Carta Testamento escrita pelo Presidente Get?lio Vargas.
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AULA 2
ATIVIDADE 1
O professor solicitar? aos alunos que apresentem os elementos de sua carta ? turma. Ao final das apresenta??es, os alunos conhecer?o todas as cartas distribu?das nos grupos e seus conte?dos.
Importante: Professor, na carta pessoal, h? a presen?a dos seguintes elementos: local e data; destinat?rio; sauda??o; Interlocu??o com o destinat?rio; despedida; assinatura. O fato de haver uma dist?ncia f?sica entre produtor e receptor desse g?nero contribui para que esses elementos sejam avaliados como essenciais e/ou obrigat?rios.
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ATIVIDADE 2
PRODU??O DE TEXTO
O professor dever? pedir aos alunos para e laborarem uma carta en dere?ada a um (uma) me lhor amigo(a), que n?o veem h? muito tempo, pedindo not?cias e contando as novidades. Se esse amigo n?o existir, pedir para eles simularem a exist?ncia dele. O professor n?o deve se esquecer de solicitar que eles insiram todos os elementos caracter?sticos de uma carta pessoal.
Para uma atividade interdisciplinar, o professor poder? solicitar ao professor de Hist?ria que relembre com os alunos a import?ncia de Che Guevara e Get?lio Vargas.
Para a atividade de avalia??o, o professor dever? optar pela AUTOAVALIA??O.
Depois de revisar o texto escrito por ele, o pr?prio aluno dever? responder ?s perguntas sugeridas a seguir.
? Eu escrevi um texto formal ou informal?
? Coloquei todos os elementos de uma carta?
? Cometi erros ortogr?ficos?
? Quais?