Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Língua oral e escrita: historicidade da linguagem e da língua |
Ensino Médio | Língua Portuguesa | Gêneros discursivos: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal |
• Que a língua que falamos é dinâmica ;
• que há palavras que caem em desuso;
• que vários fatores promovem o aparecimento de novas palavras.
• uso da internet;
• trabalho em grupo e individual.
Aula 1
Atividade 1
O professor deverá iniciar a aula dividindo com um traço em giz o quadro em duas partes. Em seguida, ficando de um dos lados do quadro, pedirá aos alunos que pensem em palavras que eles não conheciam até há pouco tempo. Ele mesmo, poderá começar escrevendo a palavra deletar. À medida que os alunos forem falando, ele as irá registrando. Passando para a outra parte do quadro, deverá pedir que se lembrem e falem palavras que seus avós, e as histórias usam e que eles nunca ouviram os jovens falando. O professor começa: roca...
Será natural que os alunos não se lembrem de muitas palavras e o professor continuará: roca, fuso, tourador, ancinho...
O professor então colocará sobre as palavras novas o título: neologismos e sobre as velhas, desgastadas pelo tempo, a palavra arcaismos.
Atividade 2
O professor deverá convidar os alunos à sala de informática para lerem sobre o assunto Neologismos no texto de Carlos Drummond de Andrade disponível no site:
http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=1269
Conversar sobre o texto de Drummond com os alunos e apresentar alguns exemplos atuais de neologismos, quais sejam:
PAITROCÍNIO – PAI = PATROCÍNIO - Finalidade lúdica para ironizar a facilidade de vida dos filhos de pais ricos.
PEFELENTO – O deputado X não é pefelista. É pefelento – Adjetivo derivativo da sigla designativa do partido político (PFL) dá uma conotação pejorativa.
Aula 2
Atividade 1
Como forma de motivação para estudo do conto, os alunos, ainda no laboratório de Informática, deverão assistir ao clip disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=TGK-17uK_0M
Atividade 2
Na sequência, os alunos deverão ler o conto de Guimarães Rosa: Sorôco, sua mãe, sua filha.
Importante: Professor, o escritor Guimarães Rosa é um dos principais autores modernistas brasileiros a usar recursos estilísticos diferentes de tudo o que já fôra feito em literatura brasileira.
Sorôco, sua mãe, sua filha
(Guimarães Rosa)
Aula 3
Atividade 1
O professor deverá conversar sobre o conto com os alunos. Enfatizar:
- personagens;
- espaço;
- narrador;
- tempo da narrativa.
Atividade 2
Logo após, os alunos deverão individualmente responder, por escrito, as questões propostas abaixo e depois corrigi-las aproveitando ao máximo as respostas dos alunos e acrescentando informações sobre o modernismo e sobre os neologismos.
Exercícios de compreensão e interpretação:
1- Resuma, em poucas palavras, o enredo do conto.
2- Os habitantes do lugar estavam curiosos para saberem como seria o desfecho do caso, mas “Todos ficaram de parte, a chusma de gente não querendo afirmar as vistas...” Explique essa atitude.
3- Na opinião do povo, o que representaria para Sorôco a partida das duas mulheres?
4- O fim do conto confirma isso? Justifique sua resposta.
5- A cantiga que se constituiu em fator de desequilíbrio ente as duas mulheres e o restante dos personagens, se tornou mais tarde fator de aproximação. Explique o que ocorreu.
6- O impacto maior na leitura da obra de Guimarães Rosa dá-se elo es tilo.
7- Explique o que se pode entender por:
vistoso, telhadilho, fiosa, se-dizer, virundangas, fichu, docementes, transmodos, maltrapos. Se não conseguir entender o significado das palavras sem utilizar o dicionário, procure as palavras nele e se elas já estiverem dicionarizadas você as encontrará.
Importante: Professor, Guimarães Rosa não foi o único escritor moderno com gosto pela criação de novos termos. Antes dele, a prática foi tornada célebre pelo irlandês James Joyce. Rosa tinha mania de "palavrizar" (um termo, claro, inventado por ele). O autor tinha absoluto horror ao lugar-comum. A linguagem cotidiana, acreditava ele, estava totalmente desgastada pelo uso: só expressava clichês, e não idéias. Para recuperar-lhe a vitalidade, a única solução era partir para a invenção mais radical. "Cada autor deve criar seu próprio léxico, do contrário não pode cumprir sua missão", dizia Rosa.
O professor poderá encontrar comentários sobre o conto de Guimarães Rosa nos sites:
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/s/soroco_sua_mae_sua_filha_conto
http://pt.shvoong.com/books/1779617-sor%C3%B4co-sua-m%C3%A3e-sua-filha/
Para avaliar a participação dos alunos nas tarefas, o professor primeiramente deverá considerar o conhecimento prévio que cada aluno possui. Ao professor caberá o papel de acompanhar todo o processo, sabendo que o "erro" faz parte do processo de aprender e deve ser utilizado de forma construtiva para o crescimento do aluno e para que o professor repense os procedimentos e sua maneira de avaliar.