Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | L?ngua Portuguesa | An?lise lingu?stica: varia??o lingu?stica: modalidades, variedades, registros |
Ensino Fundamental Final | L?ngua Portuguesa | L?ngua oral e escrita: pr?tica de produ??o de textos orais e escritos |
Oportunizar ao aluno:
? Posicionar-se de maneira respeitosa diante das diferen?as humanas e sociais.
? Tornar-se um leitor/escritor cr?tico e reflexivo.
? Usar o padr?o-culto da l?ngua como instrumento de inser??o social.
? Selecionar e adequar a forma de l?ngua oral e escrita ao contexto social.
Estar inserido no processo de alfabetiza??o e letramento.
Saber ler e escrever os g?neros textuais: poesia e hist?rias em quadrinhos.Justificativa
A Escola, enquanto agente de equaliza??o social abrange, a cada dia, maior quantidade de alunos das mais diferentes camadas sociais, o que ? mais do que desej?vel em um estado democr?tico. Como consequ?ncia desse processo, a Escola abriga em suas salas de aula grande variedade de falares diferentes, representada por variados sotaques, dialetos e regionalismos.
Nasce, a?, um conflito que a Escola ainda encontra significativa dificuldade para resolver: a conviv?ncia harmoniosa das diferen?as. Ent?o, o que poderia ser fonte de enriquecimento cultural para todos os estudantes, n?o raro acaba por se tornar um desagregador social e um fator de discrimina??o de minorias.
Se ? objetivo da escola a inclus?o social, cumpre a ela tornar-se sujeito atuante na resolu??o desse conflito, criando pr?ticas pedag?gicas que levem seus alunos ? constru??o de um respeito consciente para com as diferen?as, bem como oferecendo mecanismos para que essas minorias possam se instrumentalizar com a l?ngua-padr?o.
ATIVIDADES
1a etapa
a) Distribuir o texto para os alunos:
A m?goa do Chico Bento
Cuitado do riber?o
T? sujo qui int? d? d?
Os pexe sumiram tudo
Num existe nada pi?
Os bicho l? do sert?o
Num guenta o chero da ?gua
Tem gosto de detergente
Pur isso eu canto essa m?goa.
Jacar? foi pro zool?gico
Foi de cort? o cora??o
Mas diz num senti sodade
Vive agora atr?s das grade
Pra num t? intoxica??o.
Se fic? dessa manera
Muitas coisa v?o mud?
Num v? v? mais os bichinho
Nem tom? banho de rio
Nunca mais pod? pesc?.
Temos que arranj? um jeito
De ach? a solu??o
Pra salv? a natureza
Ter de volta a beleza
Na cidade e no sert?o.
(Eita, a? ? que vai s? b?o!)
b) Leitura silenciosa do texto.
c) Interpreta??o oral do texto, deixando que os alunos verbalizam livremente suas opini?es:
* A qual g?nero pertence o texto?
* Essa poesia cont?m quantos versos e estrofes?
* Sobre o que fala essa poesia?
* Qual era o sentimento do poeta ao escrev?-la?
* Descubra as rimas que aparecem na poesia:
Riber?o ? sert?o ? cora??o ? intoxica??o
E outras.
* Por que ser? que o Chico Bento fala essa ?l?ngua? diferente?
* Levar os alunos, atrav?s da leitura e observa??o da poesia, ? reflex?o de que h? diferentes falares de acordo com a situa??o geogr?fica, posi??o social, cultura e que todas as formas de falar merecem respeito. Explicar-lhes, tamb?m, que existe uma norma culta ensinada na escola que permite a seus usu?rios se posicionarem melhor socialmente.
d) Leitura oral da poesia que dever? acontecer ? frente da sala, no palco ou em um outro lugar adequado ? apresenta??o. (? interessante observar como os alunos mais inexperientes t?m dificuldade de ler em voz alta os textos com linguagem caipira. Por esse motivo, ? necess?rio que a professora, ao perceber essa dificuldade, fa?a uma leitura oral primeira para orient?-los).
2? etapa
e) Trabalho oral e escrito de transposi??o da l?ngua caipira para a l?ngua-padr?o.
A professora combinar? com os alunos para cada um ficar respons?vel por fazer a transposi??o de um verso para a l?ngua-padr?o. Exemplo:
Cuitado do riber?o - Coitado do ribeir?o
f) O texto escrito na norma culta vai sendo escrito no quadro-negro e registrado pelos alunos no caderno. E a professora vai, assim, envolvendo todos os alunos e oportunizando-lhes uma participa??o ativa.
3? etapa
g) Distribui??o de uma hist?ria em quadrinhos onde aparece o Cebolinha e a sua troca de r por l:
Essa e outras historias em: http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm
h) Leitura oral da hist?ria que poder? ser dramatizada.
i) A professora discutir? com os alunos os poss?veis motivos da troca de letras apresentada pelo Cebolinha: ser bem novinho e ainda n?o conseguir pronunciar corretamente essas duas consoantes, ter um problema fonoaudiol?gico que poder? ser resolvido por um especialista (o que ? bastante comum na nossa realidade).
A professora permitir? que os alunos exponham suas hip?teses, incentivando o envolvimento de toda a turma na discuss?o.
j) Pedir aos alunos que copiem em seus cadernos os bal?es com as falas do Cebolinha, transpondo-os para a l?ngua-padr?o.
Atividades complementares :
A professora poder? usar g?rias pesquisadas pelos pr?prios alunos para serem trabalhadas em transposi??es lingu?sticas orais e escritas.
Bibliografia:
* Aprendendo a Ler com o Jornal e 100 Fichas Pr?ticas para Explorar o Jornal na Sala de Aula, Nicole Herr.
* M?dia, Escola e Leitura Cr?tica do Mundo, Gra?a Caldas.
* Para Ler e Fazer o Jornal na Sala de Aula, Maria Alice Faria e Juvenal Zanchetta Jr.
* Par?metros Curriculares Nacionais.
Durante todo o desenvolvimento das atividades a professora observar? se seus alunos:
*Compreendem a necessidade de uma postura respeitosa diante das diferen?as humanas, como forma de minimizar os conflitos sociais e a discrimina??o.
* Participam ativamente das discuss?es, opinando e acatando opini?es.
* Fazem as transposi??es propostas corretamente.
* Envolvem-se nas atividades com interesse.