Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Inicial | Ci?ncias Naturais | Ambiente |
Ensino Fundamental Inicial | L?ngua Portuguesa | L?ngua escrita: pr?tica de leitura |
Ensino Fundamental Inicial | L?ngua Portuguesa | L?ngua oral: usos e formas |
Ensino Fundamental Inicial | Matem?tica | N?meros e opera??es |
1? momento:
Depois do estudo do vocabul?rio, realizar a leitura coletiva do texto, para que a turma descubra e responda:
Narrar a lenda:
Fonte da imagem: http://4.bp.blogspot.com/_dCYfSSs_35E/TG0y4sGenrI/AAAAAAAAB_o/ltgO6c8kO4M/s1600/boto2.jpg
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Das hist?rias que guardo do boto tucuxi, prefiro a que me contou minha velha amiga Francisca Beltr?o, moradora de Barreirinha:
Era uma noite de festa no arraial do Lago do Sampaio. O baile no galp?o coberto de palha j? estava animado quando ele chegou.
Era um rapaz bonito, todo de branco e chap?u de palhinha. Dizem que n?o pode tirar o chap?u porque sen?o pulam peixinhos por um furo que ele tem no alto da cabe?a.
Pois bem, escolheu a cabocla mais formosa do sal?o e dan?ou com ela, s? com ela, a noite inteira, sem parar. N?o falavam, mas ele n?o tirava os olhos dela.
De repente, pelo canto das corujas que se despendiam das estrelas, se deu conta que o dia come?ava a nascer. Largou a mo?a e saiu correndo e se atirou n??gua l? do alto do barranco. No meio do salto foi se desencantando, virando o boto que sempre foi. Porque boto s? se encanta de noite.
- Ora, Francisca- comentei-, voc? est? chovendo no molhado. Essa hist?ria eu a conhe?o igualzinho desde meu tempo de rapaz.
- ?, mas,voc? n?o sabe do melhor. Eu vi, com estes meus olhos feitos para ver de verdade, quando a mo?a enamorada tamb?m saiu correndo atr?s do boto e se atirou n??gua de roupa e tudo.
Nunca mais apareceu.
Melhor pra ela. Hoje vive feliz no pal?cio encantado do boto, feito todo de madrep?rola, l? na fundura das ?guas, onde o tempo e o amor nunca se acabam- concluiu dona Francisca.
Fonte do texto: ? Livro Amazonas ? no cora??o encantado da floresta- Thiago de Mello- Ed. Cosacnaify
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2? momento:
Narrar a lenda:
Fonte da imagem:http:// http://www.bing.com/images/search?q=mapinguari&view=detail&id=F1AED3998660871C20D3F762BEC2E18E40B464AD&first=31&FORM=IDFRIR
Era de tardinha quando gritaram por mim bem pertinho da janela aberta para o rio. Reconheci a voz: Era Dona Luiza, vizinha na rua da terra preta do Castanhal, em Barreirinha. Levantei-me da rede, onde me deliciava vendo o japiim cantar imitando outros p?ssaros, para atender a amiga que aflita j? estava pela casa:
- O Euclides acaba de chegar da mata e est? ardendo de febre. Fala, que como delirando, no Mapinguari. Estou com medo que ele fique como o Ber?, voc? n?o se lembra?, viu o Mapinguari e ficou doido pelo resto da vida.
L? me fui com ela.
Depois de um bom escalda-p?s, preparamos um bom ch? de folha de limeira e capana?ba e pusemos folhas de hortel? com copa?ba na fronte dele. O homem da Luiza foi serenando, murmurando palavras incompreens?veis. Demorou para adormecer.
Agora preciso contar uma coisa que n?o disse nem pra mulher. Eu fiz um malfeito. Fiz de conta que n?o vi o gavi?o Pinag? no toco do pau, bem na boca do Igarap? do Pucu. Ele estava ali, a modo s? de ma avisar. Todinho de costas, sem se mexer, aquelas costas todas cor de barro.
O Pinag? ? gavi?o de m? fama, porque pega animal vivo pequeno, calango, peixe, pinto. Pois olhe: Para o homem o cora??ozinho dele s? tem bondade.Quando te espera do peito pra frente, a?! peito lindo azulado, chega a brilhar no sol; ent?o tu j? sabes que a sorte vai contigo. Mas se te d? as costas, ? porque tem na tua espera coisa que n?o presta para vida. Era como ele estava, todinho de costas. Mas eu pensava tanto e s? no cedreiro que fiz de conta que n?o estava vendo nada.
Ent?o l? estava eu junto do pau de cedro. Eu sozinho, mais Deus. De primeira me sentei na sombra dele e comi um peda?o de jaraqui salmourado que eu trazia.
Pra lhe contar tudinho, digo que havia no redor, no vento, na folhagem, um sil?ncio que n?o era meu conhecido.
Mas levantei, chamei as for?as, peguei do machado e me disse, ?esse pau de cedro eu vou dar com ele no ch?o?.
Pois escute bem a verdade, tenho at? medo de me lembrar: quando dei a primeira machadada no lombo do tronco, primeiro senti um bafo fedorento e depois um esturro a moda de on?a. Me virei e olhei: nunca vi figura mais horr?vel. Era como se fosse um homem, s? que n?o era homem. Nem macaco grande. De p?, me olhando, era da minha altura, s? que todo ele coberto de cabelo preto e espinhoso, a cabe?a enorme imendavo com os ombros, no lugar do pesco?o se abria uma boca enorme, aberta e atravessada e os dentes eram desconformes. Mas ele n?o se movia.
O povo conta que ele como gente. Quis apanhar o machado no ch?o, mas n?o ag?entei: pesava que nem chumbo. Sa? como um raio, desabalado. Corria sentindo que ele vinha atr?s de mim.
Pois foi no meio da correria do medo que me lembrei da hist?ria que meu pai contava do Mapinguari, o bicho encantado que defende a floresta: o que eu vi era igualzinho, s? que ele dizia que a boca do danado era na barriga.
Cheguei na beira, saltei pra canoa, e j? ia largando quando olhei. O Mapinguari estava l?, debaixo de uma mungumbeira, parado, s? os olhos terr?veis se mexiam, como que dizendo coisas.
O Euclides da Luiza deu uma respirada funda e concluiu meio contente:
- Ainda bem que o Mapinguari n?o sabe nadar!
- Ainda bem ? lhe respondi- que n?o derrubaste a ?rvore do cedro. Anos depois da hist?ria de Eucl?des, a floresta amaz?nica ? devastada cada vez mais. Acho que os Mapinguaris est?o ? se acabando, assustados pelo furor das motos-serras, quem sabe morrendo queimados nos inc?ndios criminosos.
Faz tua parte, meu jovem leitor. Defende a nossa floresta, ela ? tua e de todas as crian?as que ainda v?o nascer.
Fonte do texto: ? Livro Amazonas ? no cora??o encantado da floresta- Thiago de Mello- Ed. Cosacnaify
3? momento:
A lenda pode ser localizada ligando-a a um espa?o, a um determinado tempo e ? criada por uma necessidade do povo.
Localizar no mapa do Brasil, expondo no quadro, a regi?o onde as lendas foram criadas.
Realizar a proposta de preencher coletivamente o quadro abaixo, reproduzido numa folha de bloc?o;
4? momento:
Depois do preenchimento do quadro, o trecho da lenda ?O Mapinguari? deve ser exposto no quadro de giz.
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"Anos depois da hist?ria de Eucl?des, a floresta amaz?nica ? devastada cada vez mais. Acho que os Mapinguaris est?o ? se acabando, assustados pelo furor das motos-serras, quem sabe morrendo queimados nos inc?ndios criminosos. Faz tua parte, meu jovem leitor. Defende a nossa floresta, ela ? tua e de todas as crian?as que ainda v?o nascer." |
A turma exp?e suas ideias sobre o problema levantado poss?veis solu??es.
Propor ? turma que crie ilustra??es sobre as lendas e que monte um mural com o problema, as solu??es apontadas e os desenhos.