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A Primavera dos Povos: 1848 na Europa e o nascimento da no??o de cidadania social

Autor e Co-autor(es)

Leonardo Souza de Ara?jo Miranda imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Carlos Eduardo Frankiw de Andrade, Ligia Beatriz de Paula Germano

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educa??o de Jovens e Adultos - 2? ciclo Hist?ria Cidadania e cultura contempor?nea
Educa??o de Jovens e Adultos - 2? ciclo Hist?ria Rela??es de poder e conflitos sociais
Educa??o de Jovens e Adultos - 2? ciclo Hist?ria Trabalho e rela??es sociais
Ensino M?dio Hist?ria Cidadania: diferen?as e desigualdades
Ensino M?dio Hist?ria Poder
Ensino M?dio Hist?ria Trabalho

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

Os alunos ir?o aprender sobre ?A Primavera dos Povos: 1848 na Europa e o Nascimento da No??o de Cidadania Social?: compreender o contexto de forma??o do conjunto de ideias, pr?ticas e aspira??es que ir?o singularizar o movimento oper?rio europeu como ator pol?tico e social; identificar os elementos da composi??o dos nacionalismos europeus quanto ao seu ide?rio rom?ntico de povo; distinguir as no??es de cidadania e inclus?o pol?tica em disputa, quando da ocorr?ncia das revoltas de 1848.

Duração das atividades

Seis aulas de 50 minutos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

  • A Revolu??o Francesa (1789 - 1797);
  • A Era Napole?nica (1797 - 1815);
  • A Revolu??o Industrial (1750 - 1850);
  • A Restaura??o Mon?rquica Europeia (1815 - 1830).

Estratégias e recursos da aula

INTRODU??O AOS PROFESSORES

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O ano de 1848 representou uma profunda ruptura nas concep??es de pensamento e atua??o pol?tica e social na Europa. Frutos de um conjunto variado de fatores, que iam da afirma??o da identidade nacional em regi?es politicamente fragmentadas, como a Alemanha, ou na luta contra pot?ncias estrangeiras, como o caso dos h?ngaros na ?ustria-Hungria, ?s nascentes e crescentes aspira??es oper?rias ou republicanas na Fran?a, as revoltas ocorridas neste ano impactaram profundamente os alicerces sociais europeus. Cindida entre aspira??es pol?ticas e sociais quanto a direitos, as revolu??es de 1848 selaram tamb?m a divis?o entre as aspira??es existentes dentro da oposi??o progressista europeia em sua luta contra as estruturas institucionais absolutistas restauradas ap?s o fim da Era Napole?nica, divididas entre as aspira??es burguesas de limitada amplia??o dos direitos pol?ticos e civis e as nascentes aspira??es oper?rias de inclus?o de direitos sociais em uma perspectiva revolucion?ria de transforma??o da realidade. Sua influ?ncia, ressoando em regi?es distintas do mundo neste mesmo per?odo em eventos como a Revolu??o Praieira de 1848, em Pernambuco, fundou as distintas concep??es de cidadania e atua??o pol?tica contemporaneamente vigentes.

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DESENVOLVIMENTO

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AULA 1

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Contextualiza??o

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O professor dever? iniciar a aula fazendo uma breve introdu??o acerca do crescente papel das massas trabalhadoras no panorama pol?tico europeu nas d?cadas imediatamente anteriores ?s agita??es de 1848. Ainda que tenha tido pouca influ?ncia nos acontecimentos ocorridos neste ano, um dos mais famosos documentos redigidos em 1848 foi o Manifesto Comunista, redigido por dois ativistas pol?ticos radicais alem?es, ent?o exilados: Karl Marx e Friedrich Engels. Em larga medida, o Manifesto Comunista procurou sintetizar todo um conjunto de aspira??es e de estrat?gias pol?ticas disseminadas por opositores radicais e pelo movimento oper?rio europeu de ent?o, influenciando profundamente as concep??es de organiza??o e pensamento deste movimento nas d?cadas posteriores.

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Desenvolvimento

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A partir da leitura do trecho abaixo do Manifesto Comunista, os alunos dever?o fazer, individualmente, uma interpreta??o descritiva oral em semin?rio acerca das concep??es de leitura das estruturas pol?ticas e sociais presentes no Manifesto que, na vis?o de seus autores, deveriam matizar os sentidos da atua??o pol?tica oper?ria de ent?o:

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BURGUESES E PROLET?RIOS

[...] Nas condi??es de exist?ncia do proletariado j? est?o destru?das as da velha sociedade. O prolet?rio n?o tem propriedade; suas rela??es com a mulher e os filhos nada t?m de comum com as rela??es familiares burguesas. O trabalho industrial moderno, a sujei??o do oper?rio pelo capital, tanto na Inglaterra como na Fran?a, na Am?rica como na Alemanha, despoja o prolet?rio de todo car?ter nacional. As leis, a moral, a religi?o s?o para ele meros preconceitos burgueses, atr?s dos quais se ocultam outros tantos interesses burgueses.

Todas as classes que no passado conquistaram o poder trataram de consolidar a situa??o adquirida submetendo a sociedade ?s suas condi??es de apropria??o. Os prolet?rios n?o podem apoderar-se das for?as produtivas sociais sen?o abolindo o modo de apropria??o que era pr?prio a estas e, por conseguinte, todo modo de apropria??o em vigor at? hoje. Os prolet?rios nada t?m de seu a salvaguardar; sua miss?o ? destruir todas as garantias e seguran?as da propriedade privada at? aqui existentes.

Todos os movimentos hist?ricos t?m sido, at? hoje, movimentos de minorias ou em proveito de minorias. O movimento prolet?rio ? o movimento independente da imensa maioria em proveito da imensa maioria. O proletariado, a camada inferior da sociedade atual, n?o pode erguer-se, p?r-se de p?, sem fazer saltar todos os estratos superpostos que constituem a sociedade oficial.

A luta do proletariado contra a burguesia, embora n?o seja na ess?ncia uma luta nacional, reverte-se, contudo, dessa forma nos primeiros tempos. ? natural que o proletariado de cada pa?s deva, antes de tudo, liquidar sua pr?pria burguesia.

Esbo?ando em linhas gerais as fases do desenvolvimento prolet?rio, descrevemos a hist?ria da guerra civil, mais ou menos oculta, que lavra na sociedade atual, at? a hora em que essa guerra explode numa revolu??o aberta e o proletariado estabelece sua domina??o pela derrubada violenta da burguesia.

Todas as sociedades anteriores, como vimos, se basearam no antagonismo entre classes opressoras e classes oprimidas. Mas para oprimir uma classe ? preciso poder garantir-lhe condi??es tais que lhe permitam pelo menos uma exist?ncia de escravo: o servo, em plena servid?o, conseguia tornar-se membro da comuna, da mesma forma que o pequeno burgu?s, sob o jugo do absolutismo feudal, elevava-se ? categoria de burgu?s. O oper?rio moderno, pelo contr?rio, longe de se elevar com o progresso da ind?stria, desce cada vez mais abaixo das condi??es de sua pr?pria classe. O trabalhador cai no pauperismo, e este cresce ainda mais rapidamente que a popula??o e a riqueza. ?, pois, evidente que a burguesia ? incapaz de continuar desempenhando o papel de classe dominante; e de impor ? sociedade, como lei suprema, as condi??es de exist?ncia de sua classe. N?o pode exercer o seu dom?nio porque n?o pode mais assegurar a exist?ncia de seu escravo, mesmo no quadro de sua escravid?o, porque ? obrigada a deix?-lo cair numa tal situa??o, que deve nutri-lo em lugar de se fazer nutrir por ele. A sociedade n?o pode mais existir sob sua domina??o, o que quer dizer que a exist?ncia da burguesia ?, doravante, incompat?vel com a da sociedade."

(A ?ntegra do Manifesto Comunista de 1848, de Karl Marx e Friedrich Engels, encontra-se no seguinte link: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/manifestocomunista.html.)

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A partir da leitura deste trecho do Manifesto Comunista, o professor dever? trabalhar em um debate orientado num semin?rio com os alunos as concep??es de leitura e atua??o na realidade propostas pelos autores ao movimento oper?rio de ent?o, tendo por base as seguintes perguntas tem?ticas a serem respondidas pelos alunos em suas interpreta??es orais do texto:

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- De que forma se estrutura a sociedade dos anos 1840, de acordo com o Manifesto? (De acordo com os autores, a sociedade moderna se encontraria constantemente cindida no que tange ? sua estrutura??o. A disputa pol?tica entre burgueses e prolet?rios envolveriam n?o somente formas distintas de concep??o de trabalho, mas tamb?m de ordenamento social, fundamentando as lutas dos primeiros como uma luta visando assegurar e alargar sua hegemonia pol?tica por meio da elabora??o de direitos a partir de sua condi??o espec?fica de propriet?rio dos meios de produ??o e reprodu??o econ?mica. No que tange aos oper?rios, sua condi??o seria a de subordina??o a uma estrutura pol?tica e econ?mica opressora, na qual a conquista de seu bem-estar, bem como de suas aspira??es, somente se daria a partir de sua pr?pria a??o.)

- Quais s?o as condi??es espec?ficas que singularizariam o operariado na sociedade de ent?o, de acordo com o Manifesto? (Para os autores, a situa??o de pauperiza??o diante da completa aus?ncia de propriedade sobre seu trabalho nas sociedades modernas, bem como a constante restri??o ?s suas reivindica??es, caracterizariam o operariado como sujeito pol?tico e social singularizado por sua completa exclus?o quanto ao direito de interferir nos rumos pol?ticos e econ?micos das sociedades em que viviam.)

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- De acordo com os autores, como estariam estruturadas as inst?ncias de ordenamento das sociedades de ent?o? (Para Marx e Engels, as estruturas de participa??o pol?tica de ent?o seriam reflexo direto daqueles que procuravam assegurar seu dom?nio sobre a sociedade, sendo suas estruturas de limita??o ? concretiza??o das aspira??es oper?rias espelho direto do desejo dos estamentos burgueses de estruturar o corpo pol?tico e social de acordo com os valores que garantissem o seu dom?nio.)

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- Para os autores, qual seria a forma espec?fica do operariado de ent?o transformar sua realidade? (Diante das limita??es impostas a uma participa??o pol?tica dos oper?rios que viesse a assegurar direitos, bem como minorar suas condi??es de subsist?ncia, os autores defendem que somente uma violenta mudan?a de regime pol?tico e econ?mico em favor dos oper?rios tornaria poss?vel a concretiza??o de suas aspira??es. Nesse sentido, suas armas seriam a solidariedade e a cidadania ativa visando transformar a sua situa??o.)

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AULA 2

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Contextualiza??o

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O professor dever? iniciar a aula fazendo uma breve contextualiza??o, procurando associar as especificidades das aspira??es do operariado como ator pol?tico descritas no Manifesto Comunista de 1848 como resultado direto das limita??es ? participa??o pol?tica ou do n?o atendimento das reivindica??es dos oper?rios nas d?cadas imediatamente anteriores aos movimentos que os mesmos organizaram ou deles tomaram parte. Tais limita??es se tornaram expressas em dois acontecimentos: a Revolu??o de 1830, na Fran?a, e o Movimento Cartista ingl?s (1838 ? 1848).

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No que tange ? Revolu??o de 1830, a participa??o dos trabalhadores no levante contra a Monarquia absolutista na Fran?a n?o foi suficiente para que lhes fosse assegurado o direito ? participa??o pol?tica. Mais do que isso, a Revolu??o teve por resultado a cis?o no campo progressista em oposi??o ao Absolutismo na Europa entre os defensores de reformas pol?ticas de amplia??o moderada da participa??o popular nos Parlamentos e os defensores de uma radical transforma??o democr?tica das estruturas institucionais ent?o vigentes.

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Quanto ao Movimento Cartista, sua profunda agita??o pol?tica em toda a Gr?-Bretanha, visando ampliar o direito ? participa??o pol?tica aos oper?rios, resultou em um conjunto de ganhos relativos diretamente relacionados ?s suas condi??es de subsist?ncia e trabalho, sendo, entretanto, incapaz de alterar as estruturas de participa??o pol?tica ent?o vigentes naquele pa?s.

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Desenvolvimento

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Tendo em vista o impacto da Revolu??o de 1830 e do Movimento Cartista no reordenamento das concep??es de agita??o pol?tica e social no campo pol?tico progressista europeu, o professor dever? dividir a sala em dois grupos para realizarem uma pesquisa acerca da hist?ria da participa??o oper?ria nestes dois acontecimentos.

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Ao GRUPO 1 dever? ser pedido que pesquise textos e imagens e redija conjuntamente um artigo acerca da hist?ria da Revolu??o de 1830 na Fran?a.  Ao GRUPO 2 dever? ser pedido que pesquise textos e imagens e redija conjuntamente um artigo acerca da hist?ria do Movimento Cartista na Inglaterra. Os links abaixo s?o sugest?es de pesquisa. Se necess?rio, os alunos dever?o expandir as fontes de pesquisa para al?m das sugest?es.

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Links:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%B5es_de_1830

http://histoblogsu.blogspot.com/2009/07/cartismo-o-primeiro-movimento-operario.html

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AULA 3

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Contextualiza??o

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O professor dever? iniciar a aula enfatizando que, ainda que origin?rias de contextos localmente distintos, as revolu??es ocorridas em 1848 na Europa procuraram compartilhar de um conjunto relativamente comum de aspira??es. Em todas elas, a ideia de constituir ou alargar uma estrutura de representa??o pol?tica nacionalmente unificada e relativamente ampla sob os ausp?cios de uma constitui??o liberal se efetivou.

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Na Fran?a, esta bandeira era encampada por boa parte dos opositores ? Monarquia, ainda que esta bandeira se dividisse entre republicanos liberais em busca de uma estrutura constitucional que assegurasse direitos pol?ticos e um movimento radical oper?rio em busca de uma reestrutura??o pol?tica que assegurasse a conquista de direitos sociais e econ?micos. Ainda que estivessem juntos quando da derrubada da Monarquia, oper?rios e republicanos se cindiram, ainda em 1848, nas Jornadas de Junho, acontecimento resultante de todo um conjunto de decretos da Assembleia Republicana que procurava limitar ou fechar o funcionamento das associa??es e cooperativas oper?rias, eivadas por um ideal de cidadania social inclusiva e participativa.

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Na Alemanha, assim como na It?lia, o principal motor se encontrava no desejo de unificar politicamente suas regi?es, a partir de uma mistura de valores republicanos com o romantismo nacionalista. Neste sentido, a tentativa de constitui??o de Parlamentos nestas insurrei??es representava diretamente uma vis?o de cidadania representativa como motor de suas revolu??es.

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Desenvolvimento

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Mantendo a divis?o dos alunos em dois grupos, estabelecida na aula anterior, os alunos dever?o fazer uma interpreta??o descritiva oral em um semin?rio das imagens abaixo, de acordo com a seguinte estrutura??o de grupos quanto aos temas:

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- GRUPO 1: ?A Revolu??o de 1848 na Fran?a e as aspira??es de cidadania social?;

- GRUPO 2: ?A Revolu??o de 1848 na Alemanha e as aspira??es de um cidadania pol?tica nacional?.

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Os alunos devem debater entre os integrantes de seu grupo a interpreta??o t?pica das imagens e exp?-la em apresenta??es orais ao restante da sala.

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Ao GRUPO 1 dever? ser cedido o seguinte conjunto de imagens:

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Figura 1:

Ou o voto, ou o fuzil

Legenda: Ou o voto, ou o fuzil. Cartum franc?s de 1848. Autor: Bosredon. Fonte: http://www.histoire-image.org/.

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Figura 2:

Voz do Povo, Voz de Deus

Legenda: Voz do Povo, Voz de Deus.Ilustra??o de barricada oper?ria francesa durante as Jornadas de Junho de 1848. Autor: Gustave Courbet. Fonte: http://www.fafich.ufmg.br/~luarnaut/cont1.html.

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Com este grupo, o professor dever? trabalhar as aspira??es sociais dos oper?rios franceses durante a Revolu??o de 1848 a partir de duas caracter?sticas presentes nestas imagens, que dever?o ser desenvolvidas em interpreta??es orais dos alunos, conforme as seguintes perguntas tem?ticas:

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- Qual era a import?ncia da defesa da bandeira do sufr?gio universal para a concep??o de cidadania social defendida pelos oper?rios franceses? (Ao defenderem a bandeira do sufr?gio universal, os oper?rios franceses acreditavam na ideia de que sua inclus?o como ator pol?tico institucionalmente reconhecido tornasse poss?vel a concretiza??o de transforma??o de sua situa??o econ?mica e social).

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- Qual era a concep??o de atua??o pol?tica partilhada pelos oper?rios insurgentes de 1848 na Fran?a? (Ao defenderem, por interm?dio da insurrei??o de Junho, o direito ? exist?ncia de suas associa??es e cooperativas, os oper?rios acreditavam na ideia de uma cidadania social fundamentada na subordina??o das Assembleias aos des?gnios e reivindica??es populares oriundas de suas pr?ticas em associa??es e cooperativas.)

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Ao GRUPO 2 dever? ser cedido o seguinte conjunto de imagens:

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Figura 1:

Revolta dos democratas alem?es em Baden

Legenda: Revolta dos democratas alem?es em Baden, litografia alem? de 1848. Autor: Friedrich Hecker. Fonte: http://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Schlacht_bei_Kandern_1848.jpg.                     

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Figura 2:

Parlamento alem?o de Frankfurt

Legenda: Parlamento alem?o de Frankfurt, em 1848. Autor: Leon Von Elliot. Fonte: http://germanhistorydocs.ghi-dc.org/sub_image.cfm?image_id=309.

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Com este grupo, o professor dever? trabalhar as aspira??es sociais de uma cidadania pol?tica nacional na Alemanha durante a Revolu??o de 1848, a partir de duas caracter?sticas presentes nestas imagens, que devem ser desenvolvidas em interpreta??es orais dos alunos, de acordo com as seguintes perguntas tem?ticas:

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- De que forma se d? a alus?o ? cidadania e ao povo na concep??o nacionalista dos insurgentes alem?es? (Ao procurar representar os combatentes democr?ticos alem?es como um corpo multiforme de cidad?os e soldados, o autor procura passar a ideia de que a cidadania se formava a partir de um povo em luta pela afirma??o de sua nacionalidade ante os interesses localistas ou estrangeiros.)

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- Qual ? a import?ncia da constitui??o de um Parlamento num territ?rio dividido como o alem?o, em 1848? (Ao constitu?rem um Parlamento, os alem?es acreditavam que o mesmo servisse de base unificadora de um territ?rio culturalmente comum, mas politicamente fragmentado pelo interesse e pela constante interven??o das pot?ncias estrangeiras de ent?o.)

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AULA 4

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Contextualiza??o

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O professor dever? fazer uma breve introdu??o, apontando que o conjunto de ide?rios que mobilizaram as revolu??es de 1848, centradas na ideia de participa??o pol?tica, identidade nacional e de transforma??o econ?mica e social, serviu de inspira??o a uma s?rie de outros movimentos neste mesmo per?odo fora do territ?rio europeu. Entre estes movimentos, incluiu-se a Revolu??o Praieira de 1848, em Pernambuco.

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Inspirada por ideias de reforma pol?tica e social em um contexto de centraliza??o imperial, a Revolu??o Praieira de 1848 em muito contribuiu para a dissemina??o dos ide?rios que nortearam as lutas europeias deste ano em terras brasileiras.

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Desenvolvimento

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Tendo em vista a import?ncia dos eventos de 1848 na Europa no contexto pol?tico brasileiro de ent?o, assinalado pela Revolu??o Praieira, os alunos dever?o fazer uma pesquisa visando redigir artigos acerca dos ide?rios pol?ticos e sociais que norteavam os insurretos pernambucanos neste ano.

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Ao GRUPO 1 dever? ser pedido que pesquise e redija um artigo acerca das ideias pol?ticas defendidas pelos insurgentes pernambucanos. Ao GRUPO 2 dever? ser pedido que pesquise e redija conjuntamente um artigo acerca dos ide?rios sociais portados pelos revolucion?rios pernambucanos de 1848. Os links abaixo s?o sugest?es de pesquisa, mas podem ser ampliados de acordo com as necessidades dos alunos.

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Links:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/revolta-praieira/revolta-praieira-1.php

http://www.culturabrasil.pro.br/praieira.htm

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AULA 5

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Contextualiza??o

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O professor dever? fazer uma breve introdu??o ? tem?tica da aula, centrada na import?ncia da dissemina??o das ideias de cidadania pol?tica e social, por interm?dio da imprensa, para os movimentos insurrecionais ocorridos em 1848 na Europa e no Brasil. Por meio de panfletos, jornais e brochuras, disseminaram-se n?o somente a oposi??o aos absolutismos r?gios ent?o vigentes, procurando modificar as estruturas institucionais a partir de quest?es como a unidade pol?tica nacional, mas tamb?m ideias de igualdade que pressupunham a transforma??o da realidade existente a partir da reivindica??o e constru??o de pr?ticas sociais e economicamente inclusivas.

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Desenvolvimento

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A partir das informa??es trazidas pelo professor nas aulas anteriores (texto e imagens), das pesquisas e dos artigos redigidos pelos dois grupos, os alunos dever?o trabalhar conjuntamente para construir um blog virtual, tendo por tema: ?A Primavera dos Povos: 1848 na Europa e no Brasil?.

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Pela facilidade de configura??o e manuseio, recomenda-se hospedar o blog no dom?nio worldpress. Se acaso os alunos demonstrarem maior familiaridade com a confec??o de blogs em outros dom?nios, os mesmos dever?o ser utilizados. O link para o dom?nio segue abaixo:

http://pt-br.wordpress.com/

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AULA 6

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Contextualiza??o

O professor dever? iniciar a aula fazendo uma breve introdu??o acerca da import?ncia dos valores de cidadania, consagrados a partir de 1848, para as concep??es contempor?neas de inclus?o social. A dissemina??o de ide?rios e a atua??o pol?tica de diferentes grupos desde ent?o t?m for?ado as institui??es p?blicas a construir pol?ticas inclusivas e a concess?o de direitos, visando ampliar, cada vez mais, a participa??o pol?tica e a inclus?o social nas sociedades contempor?neas.

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Desenvolvimento

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A partir da leitura do texto dispon?vel no site abaixo, que cont?m informa??es acerca das origens e das formas de funcionamento dos Or?amentos Participativos, o professor dever? promover um debate oral com os alunos acerca da constitui??o de formas democr?ticas e socialmente inclusivas contemporaneamente, a partir da seguinte pergunta tem?tica: ?Como fazer para construirmos pr?ticas cada vez mais socialmente inclusivas de participa??o popular nas nossas sociedades atuais??

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Link:

http://jus.uol.com.br/revista/texto/1277/orcamento-participativo

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Conclus?o

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Os alunos dever?o ser incentivados a perceber a rela??o entre a exist?ncia de uma vida pol?tica democr?tica e socialmente inclusiva e a organiza??o dos cidad?os visando ? reivindica??o e ? concretiza??o de seus direitos. A partir das aulas, os alunos dever?o ser levados a desenvolver um senso cr?tico acerca dos ide?rios e das formas de participa??o pol?tica e inclus?o social e econ?mica existentes. Por fim, os alunos dever?o ser incentivados a perceber a import?ncia da cidadania para a transforma??o da realidade das comunidades onde vivem.

Recursos Complementares

Avaliação

Os alunos dever?o ser avaliados na sua capacidade de compreens?o dos conceitos, na sua capacidade de leitura e interpreta??o oral e escrita dos textos e imagens cedidas, assim como na sua atividade de pr?tica de pesquisa, elabora??o e compartilhamento do conjunto de conhecimentos apreendidos durante as aulas.Os textos dever?o ser avaliados de acordo com a capacidade de interpreta??o e exposi??o anal?tica dos conte?dos aos quais os mesmos se referem. No que tange ao Blog, sua avalia??o dever? centrar-se eminentemente na capacidade do mesmo de exposi??o e resumo dos conte?dos apreendidos durante as aulas.