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IV N?o ?s drogas: promovendo a conscientiza??o (UCA)

Autor e Co-autor(es)

Luiz Fernando de Carvalho imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Professor Doutor Luiz Prazeres

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final L?ngua Portuguesa An?lise lingu?stica: modos de organiza??o dos discursos
Ensino Fundamental Final L?ngua Portuguesa An?lise lingu?stica: processos de constru??o de significa??o
Ensino Fundamental Final L?ngua Portuguesa L?ngua oral e escrita: pr?tica de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final L?ngua Portuguesa L?ngua oral e escrita: pr?tica de produ??o de textos orais e escritos

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

?                     Interpretar textos que utilizam a linguagem verbal e n?o verbal;

?                     Reconhecer o g?nero carta aberta;

?                     Identificar os elementos que comp?em uma carta aberta;

?                     Interpretar e produzir cartas abertas;

?                     Conscientizar-se sobre problemas provocados pelas drogas.

Duração das atividades

6 aulas de 50 minutos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Presente na vida de milh?es de pessoas, as drogas, il?citas ou n?o, causam efeitos irrevers?veis ao usu?rio, condenando-o a uma rotina marcada por v?cios, viol?ncias e perdas. ? por isso que a fam?lia e a escola devem desde cedo se atentar a esse problema que atinge principalmente os jovens, no intuito de conscientiz?-los sobre os males e preju?zos trazidos pelas drogas. Sem d?vida, os alunos j? ter?o informa??es a respeito desse assunto j? bastante comentado na atualidade e, portanto, cabe ao professor, retomar esses conhecimentos para que, a partir disso, possa ministrar sua aula sobre a import?ncia de se dizer n?o ?s drogas, prevenindo qualquer contato com essas subst?ncias. Essa preven??o pode ser feita, como os alunos j? devem saber, de diversas formas, uma delas ? por meio da produ??o de cartas abertas, com o objetivo de conscientizar e at? mesmo alertar a popula??o sobre as in?meras consequ?ncias negativas do consumo de drogas. ? esse o g?nero que ser? abordado nesta aula para que, posteriormente, os alunos possam produzir suas pr?prias Cartas abertas em rela??o aos in?meros problemas causados pelas drogas.

Estratégias e recursos da aula

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Dispon?vel em:  http://br.livra.com/pick/se-consumo-de-drogas-fosse-considerado-crime-diminuiria-a-violencia/135432510/.

Acesso em: 14 abr. 2011.

Atividade 01

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O professor deve iniciar a aula ativando os conhecimentos pr?vios dos alunos sobre as drogas na atualidade. Para tanto, ele deve promover a discuss?o, por exemplo, ao perguntar os alunos sobre que problemas a sociedade tem enfrentado com o consumo desenfreado de drogas.

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Nesse ponto, ? importante o professor ressaltar n?o s? as causas que levam as pessoas a esse caminho muitas vezes sem volta, como tamb?m as terr?veis consequ?ncias dessa escolha para a vida do usu?rio, da fam?lia e da sociedade em geral.Para desenvolver essa discuss?o, os alunos, junto ao professor devem analisar a seguinte imagem, que faz parte de uma campanha educativa contra o consumo de drogas.

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Dispon?vel em:http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=4597

Acesso em: 05 jun. 2011.

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Observa??o:  

Caso os alunos n?o consigam visualizar o texto apresentado por essa propaganda, ela possui seu texto reproduzido a seguir na ?ntegra:

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www.contraasdrogas.gov.br

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Tudo come?a com uma balinha numa festa.

Tudo termina com uma bala na cabe?a.

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Droga n?o mata s? o usu?rio. Mata tamb?m pessoas que n?o t?m nada a ver com o v?cio dos outros. O tr?fico de drogas financia a viol?ncia e o crime organizado. Quem compra ou usa drogas ap?ia o assassinato de seres humanos. Droga mata. De qualquer jeito.

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Disque e denuncie: 0800 11 17 18

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Campanha contra as drogas.

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Para analisar a publicidade, o professor far? algumas perguntas oralmente, as quais servir?o como base para interpretar a propaganda e promover a discuss?o:

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  1. Que figura a propaganda apresenta no lado direito? O que essa figura representa?

  2. O que a pessoa representada apresenta em sua boca? ? um simples comprimido?

  3. Por que o rosto da pessoa n?o aparece por completo? Que efeito isso confere ? propaganda?

  4. Repare nas cores utilizadas na propaganda. Que cor est? predominando? Que efeito isso confere ? propaganda?

  5. A propaganda, em conjunto, faz uma cr?tica? Essa cr?tica ? dirigida a qu?? Que elementos comprovam essa cr?tica.

  6. De acordo com a propaganda, o consumo de drogas n?o afeta apenas o usu?rio, mas traz tamb?m in?meras consequ?ncias negativas. Que consequ?ncias s?o essas?

  7. No trecho Tudo come?a com uma balinha numa festa. Tudo termina com uma bala na cabe?a, a palavra ?bala? aparece duas vezes com dois significados diferentes. Que significados s?o esses?

  8. A propaganda ? composta principalmente por frases curtas. Que efeito ela consegue com esse recurso?

  9. A propaganda consegue atingir seu objetivo principal? De que forma ela faz isso?

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            O professor deve ratificar os coment?rios mais relevantes da discuss?o, para reativar os conhecimentos pr?vios dos alunos e garantir uma maior aproxima??o deles com o tema debatido, possibilitando uma apreens?o mais ampla sobre o problema das drogas.

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Atividade 02:

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            Ap?s ativar os conhecimentos pr?vios dos alunos em rela??o ao problema das drogas, o professor deve retomar as principais caracter?sticas do g?nero carta aberta, as quais eles j? dever?o saber, pelo menos em parte, para essa aula. Nesse ponto, basta ao professor apresentar a seguinte Carta e analisar suas principais caracter?sticas.

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Dispon?vel em: http://www.amb.org.br/teste/downloads/carta_mobilizacao_7abril_populacao.pdf.

Acesso em: 06 jul. 2011.

           

A seguir, apresentamos um box em se que sintetizam as principais caracter?sticas da  carta aberta. Aborde-as com os alunos, focalizando a an?lise da carta aberta anterior.

Carta Aberta

? um g?nero ligado ao direito que cada cidad?o tem de se manifestar diante dos problemas que atingem a sociedade. O autor de uma carta aberta pode direcionar sua cr?tica tanto para uma pessoa em espec?fico, quanto para uma determinada comunidade. Isso sem perder de vista que ela est? aberta ? leitura de toda a sociedade.

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     Caracter?sticas:

?        Remetente: cidad?o comum, grupos de pessoas, entidades.

?        Destinat?rio: popula??o, grupos pol?ticos, representantes.

?        Objetivo: alertar, persuadir, protestar.

?        Tema: problema que motivou a escrita da carta.

?        Contexto de circula??o: r?dio, televis?o, internet, reuni?es, distribui??o de folhetos.

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     Estrutura:

relativamente livre, por?m organizada em:

?        T?tulo (que explicita o destinat?rio da carta);

?        Introdu??o (que situa e contextualiza o problema);

?        Desenvolvimento (que analisa o problema e apresenta argumentos que fundamentam o ponto de vista do autor);

?        Conclus?o (em que geralmente se solicita uma mudan?a, atitude ou resolu??o do problema).

?        Assinatura (que pode ser uma pessoa, um grupo ou uma entidade);

?        Local e Data (que geralmente aparece no final do texto).

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     Linguagem:

?        Registro: predominantemente formal;

?        Interlocu??o: utiliza??o de vocativos, de pronomes de tratamento e da 2? pessoa do discurso;

?        Pessoa e tempo verbal: na 1? do singular ou do plural (n?s) e predominantemente no presente;

?        Inten??o comunicativa: ampliar o alcance das informa??es e ganhar o apoio da popula??o envolvida na quest?o. 

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Atividade 03

           

            Ap?s a reativa??o dos conhecimentos dos alunos j? trabalhados em momentos anteriores, a aula pode seguir o curso, para iniciar, de fato, a produ??o das cartas abertas. Na execu??o dessa atividade, o professor deve orientar os alunos para que se dividam em grupos de no m?ximo 04 componentes.

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            A atividade em grupo visa a desenvolver a capacidade de intera??o entre os colegas e a avaliar o comportamento e colabora??o dos alunos entre si, na produ??o de um trabalho coletivo.

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            O professor pedir?, ent?o, para que os alunos, em grupo, utilizem um editor de texto, por exemplo, BROffice (o Microsoft Word do equipamento UCA), para a reda??o da carta aberta. Isso facilitar? a corre??o e a manipula??o do texto, tanto pelos alunos quanto, posteriormente, pelo professor.

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             Em seguida, o professor dever? apresentar a seguinte produ??o de texto, analisando sistematicamente cada um dos textos que se seguem, solucionando as principais d?vidas dos alunos.

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Produ??o de Texto ? Carta aberta

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            Observe atentamente os textos da colet?nea a seguir:

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Texto 01:

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Dispon?vel em:http://www.carosouvintes.org.br/blog/?author=16&paged=3.

Acesso em: 05 jul. 2011.

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Texto 02:

AS DROGAS E A ADOLESC?NCIA

            N?o ? um fen?meno ?nico e isolado, o fato de haver  grande aumento do uso de drogas entre os adolescentes, durante a d?cada passada, no Brasil, Estados Unidos e em outros pa?ses. Acreditava-se que, na d?cada de 1960, os jovens passaram a consumir mais drogas com o advento da cultura e essa cren?a limitava-se somente aos jovens. Tal cren?a ? uma ilus?o e s? pode obstruir as tentativas de se colocar o problema em perspectiva adequada.

            O emprego e abuso propagado de drogas n?o se restringem aos adolescentes e n?o come?ou com o advento da cultura jovem dos anos 1960, como qualquer um que tinha 20 anos na d?cada de 1920 pode atestar.

            Conquanto possa haver diferen?as significativas entre as gera??es no que concerne aos seus padr?es de uso de drogas, a sociedade mais ampla, da qual os adolescentes s?o uma parte, vem-se desenvolvendo como uma "cultura da droga" h? muitos anos. Por exemplo, de um quarto a um ter?o de todas as prescri??es m?dicas atualmente feitas no Brasil, s?o para estimulantes ou comprimidos para regime (anfetaminas) ou tranquilizantes. Entre 1964 e 1977, as receitas de Valium e Librium, os dois tranquilizantes mais usados, aumentou de 40 para 73 milh?es por ano, s? nos Estados Unidos.

            Revistas, jornais, r?dios, televis?es bombardeiam as pessoas com mensagens insistentes de que o al?vio para quase tudo - ansiedade, depress?o, excitamento - depende "exatamente de engolir mais um comprimido". Nas palavras de um garoto de 13 anos: "Espera-se que n?s n?o tomemos drogas, mas a TV est? cheia de comerciais mostrando pessoas correndo para obter seus comprimidos porque alguma coisa as incomoda". Os adolescentes que adotaram essa maneira de ver como a vida deve ser conduzida podem apenas estar refletindo modelos sociais e paternos.

            Atrav?s de pesquisas t?m se mostrado que os jovens cujos pais fazem uso significativo de drogas como ?lcool, tranquilizantes, fumo, sedativos e anfetaminas s?o mais inclinados que os outros adolescentes a usar maconha, ?lcool e outras drogas. Como me disse um garoto de 15 anos: "Em minha casa, n?o se pode espirrar sem tomar algum comprimido. Minha m?e est? sempre tomando alguma coisa para dor de cabe?a, e meu pai para ficar acordado a fim de trabalhar ? noite. Eles n?o s?o alco?latras, mas certamente bebem muito. Assim sendo, sou algum criminoso por fumar maconha??.

            Embora muitos adolescentes estejam se tornando dependentes de drogas de alto risco, a maioria n?o est?. Apesar das predi??es l?gubres do fim dos anos 1960, de que est?vamos na imin?ncia de uma "epidemia" de uso de drogas entre adolescentes, nada disso realmente aconteceu. O uso da maconha, ?lcool e fumo est? disseminado entre os jovens; mas o uso das drogas da contracultura, como o LSD e outras subst?ncias, inalantes (cheirar cola), estimulantes (anfetaminas) e calmantes (barbit?ricos) e produtos que ingressaram mais recentemente no campo das drogas da juventude, como hero?na, coca?na, PCP ("p? de anjo"), quaaludes etc., n?o tem sido detectado sen?o em uma de cada cinco pessoas nos Brasil, (e o ?ndice geralmente ? menor em outros pa?ses ocidentais). Muitos dentre os antigos consumidores ocasionais abandonaram tais drogas sem as substituir por outras.

            N?o podemos tapar o sol com a peneira, n?o h? lugar para complac?ncia. Embora seja certo afirmar, por exemplo, que "apenas" de 3% a 5% dos estudantes de n?vel colegial no Brasil, j? experimentaram maconha, isso significa mais de um milh?o de jovens. Al?m disso, o uso de drogas "tradicionais" (isto ?, de adultos), sobretudo o ?lcool, tem aumentado nos ?ltimos anos, mais notavelmente entre os adolescentes mais jovens.

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Dispon?vel em: http://www.soartigos.com/artigo/458/DROGAS-NA-ADOLESCENCIA/.

Acesso em: 05 jul. 2011 (Adapta??o).

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Texto 03:

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Dispon?vel em:http://artur-moritz.blogspot.com/2010/04/justica-libera-realizacao-da-marcha-da.html.  

Acesso em: 05 jul. 2011.

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Texto 04:

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Quem Mant?m o Tr?fico ? o Usu?rio
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S? uma opera??o em larga escala, que envolva fam?lias, escola e Estado, poder? deter o avan?o da droga.

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            SEI QUE o combate ?s drogas ? um assunto pol?mico e realmente de dif?cil solu??o. Sei tamb?m que as pessoas que se empenham nesse combate est?o agindo de boa-f? e convencidas das posi??es que defendem.

            Um dos pontos mais dif?ceis de abordar ? a repress?o ao usu?rio de drogas, que ? visto n?o como um contraventor, mas como uma v?tima da depend?ncia qu?mica. De fato, n?o teria sentido tratar o viciado, que n?o consegue livrar-se da droga, do mesmo modo que o traficante, que se vale disso para ganhar dinheiro. N?o obstante, me pergunto se todos os que consomem drogas s?o efetivamente dependentes, sem condi??o de livrar-se delas.

            J? abordei aqui este assunto, quando usei do seguinte argumento: assim como a maioria dos consumidores de bebidas alco?licas n?o ? constitu?da de alco?latras, tamb?m a maioria dos consumidores de drogas as consome socialmente.

            Em grande parte, ? gente de classe m?dia alta e at? mesmo executivos. N?o podem ser vistos pelas autoridades do mesmo modo que os consumidores patol?gicos. Este ? um aspecto importante a ser considerado no combate ?s drogas, uma vez que o consumidor ? o fator decisivo para a manuten??o ou extin??o do tr?fico: n?o haver? com?rcio de drogas, se n?o houver quem as compre. Sem consumidor, n?o h? produ??o nem mercado.

            Insisto neste ponto porque, como disse acima -e todos o sabem- ser? imposs?vel extinguir o tr?fico (e mesmo reduzi-lo drasticamente) se o n?mero de consumidores se mantiver alto. E o fato ? que o consumo de drogas cresce de ano para ano. Se se admite, portanto, que ? o consumidor quem garante a exist?ncia e expans?o do tr?fico, n?o resta d?vida de que ? nele -no consumidor- que reside a chave do problema.

            Atualmente, prepondera o combate direto ao tr?fico, de que resulta uma verdadeira guerra, travada, quase sempre, nos sub?rbios e nas comunidades pobres, que enfrentam grandes dificuldades para se manter e a suas fam?lias, e pagam alto pre?o pelas consequ?ncias dessa guerra. E ao que tudo indica, com poucos resultados positivos. O tr?fico continua a se expandir, envolvendo em suas malhas jovens cada vez mais jovens e at? mesmo crian?as cooptadas em suas escolas.

            Paremos para refletir: se ? o consumidor que mant?m o com?rcio de drogas, n?o ? evidente que o modo efetivo de combat?-lo ? reduzir progressivamente o n?mero de consumidores? O erro cometido at? aqui - se n?o me equivoco - ter? sido reprimir tanto o traficante quanto o usu?rio de drogas, sem distinguir entre esses os que se drogam por necessidade patol?gica e os que o fazem socialmente. Mas, de qualquer maneira, a simples repress?o, tanto ao usu?rio quanto ao traficante n?o resolver? o problema.

            Por estar convencido disso, proponho que se encare essa quest?o a partir do consumidor, ou seja, impedindo que o n?mero desses continue a crescer e, mais que isso, tentar reduzi-lo progressivamente. Talvez as pessoas, que ainda n?o refletiram seriamente sobre o problema, tenham dificuldade de consider?-lo em sua verdadeira dimens?o.

            Sem exagero, a droga, como fen?meno mundial, pode amea?ar a pr?pria civiliza??o, j? que se vale da juventude, isto ?, daqueles que amanh? ter?o a sociedade em suas m?os. Afora isso, a simples destrui??o de uma vida ou de uma fam?lia j? justificaria todo o esfor?o poss?vel para resolver tal problema. Por essa raz?o mesmo, acredito que o objetivo principal da luta a ser travada ? manter os jovens e as crian?as fora do alcance do traficante.

            Estou convencido de que s? uma opera??o em larga escala, que envolva n?o apenas as fam?lias, mas tamb?m a escola e os ?rg?os do Estado, poder? deter o avan?o da droga. N?o se trata de simplesmente promover uma campanha de esclarecimento, acreditando que isso seria suficiente. N?o o seria.

            Trata-se, a meu ver, de um trabalho permanente a ser desenvolvido por todos os setores da sociedade, devidamente organizado e mantido, evidentemente, pelo governo, com a participa??o da sociedade. Um trabalho de reeduca??o e esclarecimento em car?ter permanente, visando o futuro, mas implantado depois de muita reflex?o e cuidadosamente elaborado. Tarefa para os novos governantes.

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           Ferreira Gullar. Folha de S. Paulo, 30 maio 2010.

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COMANDO:

            Presente na vida de milh?es de pessoas de todas as classes sociais, as drogas causam efeitos irrevers?veis ao usu?rio, condenando-o a uma rotina marcada por v?cios, viol?ncias e perdas. Consequ?ncias essas que atingem n?o s? o usu?rio, mas tamb?m fam?lia, amigos e toda a sociedade em geral, constituindo um problema social para o qual toda a popula??o deve voltar sua aten??o.

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Com base na leitura atenta da colet?nea apresentada anteriormente, REDIJA uma carta aberta a ser publicada na Internet e na comunidade escolar com o objetivo de alertar a popula??o sobre o seguinte tema:

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O consumo de drogas entre os jovens brasileiros

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            Ao desenvolver essa quest?o, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflex?es feitas ao longo das aulas sobre esse assunto. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opini?es para defender seu ponto de vista e suas propostas, atentando-se ? pertin?ncia deles para seu texto.

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O professor auxiliar? os alunos ao longo de todo o processo de elabora??o da carta aberta, principalmente na etapa de reda??o de textos, em que os alunos devem se atentar ? utiliza??o de uma linguagem adequada ao contexto. Nessa etapa, o professor deve alertar os alunos para uma escrita vinculada, sobretudo, ? norma padr?o, para dar maior credibilidade ? carta. Entretanto, o professor tamb?m deve ressaltar que os alunos devem evitar express?es rebuscadas ou pedantes, j? que a carta aberta tem por objetivo a sensibiliza??o do leitor e que seu alcance deve se o mais amplo poss?vel, num universo de eleitos com capitais culturais diferentes..

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Atividade 04

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Quando todos os grupos terminarem a elabora??o de suas respectivas cartas, os alunos devem proceder a uma revis?o atenciosa do trabalho feito.

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Nesse ponto, os alunos se atentar?o ? estrutura e ?s caracter?sticas do g?nero, bem como aos aspectos gramaticais que envolvem a escrita. Isto ?, os alunos dever?o corrigir os equ?vocos relacionados: ? adequa??o do texto ao tema e ? proposta; ? argumenta??o; ? coer?ncia e coes?o; bem como ? norma padr?o escolhida para essa produ??o textual.

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O professor deve frisar a import?ncia dessa revis?o, visto que o texto ser? divulgado ? com o nome deles ? n?o s? para a escola, como tamb?m para a comunidade e pela Internet. ? essencial, portanto que eles corrijam devidamente quaisquer inadequa??es relacionadas a esse processo de produ??o.

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Antes da divulga??o do material, o professor deve avaliar cada trabalho produzido, de modo a fazer uma revis?o final para evitar que incorre??es estruturais sejam divulgadas. Al?m disso, ele dever?, sobretudo, ressaltar a criatividade dos alunos na produ??o de suas cartas. Esse retorno positivo ? essencial para incentivar os alunos a se empenharem na execu??o de seus trabalhos.

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Atividade 05

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Depois da corre??o das produ??es pelo professor e da realiza??o das ?ltimas modifica??es pelos alunos, a carta aberta pode, ent?o, ser divulgada. A divulga??o ocorrer? na Internet, na escola e na comunidade.

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Na Internet, os alunos dever?o postar seus trabalhos no blog da turma para a aprecia??o dos colegas e dos internautas em geral. Al?m disso, os alunos devem enviar suas cartas por e-mail ? sua lista de contatos, pedindo para que os destinat?rios tamb?m o encaminhem para suas respectivas listas e podem post?-la em redes sociais como o orkut e facebook. Assim, a carta aberta formar? uma ?corrente?, com o objetivo de atingir e conscientizar o maior n?mero de internautas poss?vel.

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Na escola e na comunidade, os alunos dever?o divulgar as cartas em papel impresso, como um folheto. A impress?o fica, inicialmente, a cargo dos grupos, mas seria ?timo se a escola ou outra entidade pudessem custe?-los. Quanto mais c?pias, maior a difus?o e alcance das cartas, maior tamb?m a possibilidade de conscientiza??o das pessoas.

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Na escola, os alunos podem divulgar as cartas durante o intervalo ou na sa?da para casa. Na comunidade, os alunos podem divulg?-las, em grupo no hor?rio da aula junto ao professor, indo a um parque ou uma pra?a, por exemplo, e entregando as cartas para os transeuntes ali presentes. Outra op??o ? a divulga??o em um hor?rio extraclasse. Nesse caso, os alunos, em grupo, dever?o se dirigir a seus respectivos bairros para a distribui??o das cartas a seus vizinhos, parentes, amigos ou a qualquer outra pessoa de seu c?rculo social.

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? essencial que o professor, para o sucesso da atividade, mobilize e incentive seus alunos nessa ?ltima etapa. Para isso, ? igualmente importante que o pr?prio professor abrace a causa deste trabalho e fa?a com que os alunos percebam a relev?ncia de se conscientizar as pessoas sobre os problemas das drogas. Sem um posicionamento ativo quanto a isso, infelizmente, n?o h? como haver interesse por parte dos alunos e muito menos ? o mais importante ? conscientiza??o por parte das pessoas.    

Recursos Complementares

Sugest?o de livros para o professor:

  • Drogas na escola: prevenir educando, Wanier Ribeiro;

  • Drogas na escola: alternativas te?ricas e pr?ticas, Julio Groppa Aquino;

  • Juventude e Drogas: anjos ca?dos, I?ami Tiba.

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Sugest?es de livros para os alunos:

     

Sugest?o de filmes sobre o assunto:

  • Bicho de sete cabe?as;

  • Requiem para um sonho;

  • Christiane F;

  • Tropa de Elite;

  • Meu nome n?o ? Johny;

  • Di?rio de um adolescente.

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Sugest?o de sites sobre o assunto:

Avaliação

             As avalia??es ocorrer?o de forma processual, ao longo de todas as atividades ministradas, as quais contemplam o desenvolvimento das habilidades de leitura, de escrita e de express?o oral.

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            Os alunos, frequentemente, ter?o oportunidade de participar de discuss?es para que o professor perceba o desenvolvimento da capacidade interpretativa de cada um, apresentada por meio da oralidade. Nesse momento, o professor dever? estar alerta para o processo de argumenta??o do aluno, visando ? pertin?ncia das informa??es apresentadas bem como ?s marcas de registro popular e padr?o, utilizadas concomitantemente. Em outras palavras, nessas situa??es, o professor deve perceber, portanto, como cada aluno tem avan?ado na produ??o e fundamenta??o do pr?prio texto oral.

            As atividades escritas a serem feitas ser?o avaliadas de acordo com o n?vel de entendimento individual do aluno, de forma a considerar a aquisi??o processual dessa habilidade. O professor deve observar se, nos textos, os alunos abordaram adequadamente:

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?         O conte?do relativo ao tema e ao objetivo de cada quest?o proposta, item mais importante e essencial;

?         A sele??o de argumentos, que devem ser pertinentes e relevantes ? tem?tica apresentada;

?         Os processos de coes?o e de coer?ncia textual, respons?veis pelo encadeamento l?gico-discursivo do texto;

?         O registro da l?ngua utilizado, visto que os alunos devem ser capazes de utilizar o registro mais adequado ? situa??o comunicativa apresentada.

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O trabalho em grupo ressaltar? a criatividade, a participa??o e integra??o de todos, tanto na apresenta??o, quanto na colabora??o e dedica??o da turma, levando em conta o grau de envolvimento e de desenvoltura de cada aluno durante a realiza??o das tarefas. Nessa atividade, o professor ter? a oportunidade de avaliar a originalidade e a capacidade de os alunos se interagirem entre si e com os outros. Por isso, ele deve se atentar ao desenvolvimento e envolvimento de cada um deles, lembrando que disso depende, em grande parte, o sucesso de todo o trabalho.

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