Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Educa??o de Jovens e Adultos - 1? ciclo | L?ngua Portuguesa | Leitura e escrita de texto |
Educa??o de Jovens e Adultos - 1? ciclo | L?ngua Portuguesa | Linguagem oral |
Ensino Fundamental Final | L?ngua Portuguesa | L?ngua oral e escrita: pr?tica de escuta e de leitura de textos |
Uso de roteiros para compreens?o de textos
Audi??o de poemas em v?deo
Trabalho em grupo
Pesquisa em sites
O professor poder? lembrar aos alunos sobre uma produ??o da Rede Globo de Televis?o denominada Cordel encantado. Perguntar? se sabem o porqu? desse nome.
Os alunos e o professor podem ter, ou n?o, assistido ? novela, e isso n?o importa. Mas se algu?m assistiu, pode ajudar na discuss?o. Possivelmente os alunos ter?o dificuldades para explicar. Alguns levantar?o algumas hip?teses e o professor ent?o solicitar? aos estudantes que acessem o site abaixo e leiam o texto e resolvam os exerc?cios transcritos abaixo:
Atividade 1
Dispon?vel em: http://www.suapesquisa.com/cordel/
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A literatura de cordel ? uma esp?cie de poesia popular que ? impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Tamb?m s?o utilizados desenhos e clich?s zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cord?es, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou at? mesmo nas ruas.
Chegada ao Brasil
A literatura de cordel chegou ao Brasil no s?culo XVIII, atrav?s dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na regi?o Nordeste do Brasil. Ainda s?o vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.
De custo baixo, geralmente estes pequenos livros s?o vendidos pelos pr?prios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Cear?, Alagoas, Para?ba e Bahia. Este sucesso ocorre em fun??o do pre?o baixo, do tom humor?stico de muitos deles e tamb?m por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da regi?o. Os principais assuntos retratados nos livretos s?o: festas, pol?tica, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de hero?smo, milagres, morte de personalidades etc.
Em algumas situa??es, estes poemas s?o acompanhados de violas e recitados em pra?as com a presen?a do p?blico.
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso at? hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas Jos? Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assar? (Ant?nio Gon?alves da Silva), T?o Azevedo. Z? Melancia, Z? Vicente, Jos? Pacheco da Rosa, Gon?alo Ferreira da Silva, Chico Tra?ra, Jo?o de Cristo Rei e Ign?cio da Catingueira.
V?rios escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles, podemos citar: Jo?o Cabral de Melo, Ariano Suassuna, Jos? Lins do Rego e Guimar?es Rosa.
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Roteiro 1 - exerc?cios:
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Atividade 2
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Para essa atividade, o professor solicitar? aos alunos que, diante de seus laptops, acessem o site sugerido abaixo para assistirem ao v?deo:
Nele, os alunos ouvir?o o seguinte poema de Cordel:
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Imagem dispon?vel em:
http://www.mulheresfeias.com.br/2009/12/fotos-mulheres-mais-feias-do-mundo.html
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Composi??o: Caju & Castanha
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Refr?o: Canta Caju e Castanha na onda da mar? cheia
cante pra mulh? bunita que eu canto pra mulh? feia (2x)
Dizem que a mulh? bunita ? quem mais chama a aten??o.
Ela pode se pobrezinha, morar em um barrac?o
Mas ela ? que faz o homem senti uma grande emo??o
E dizem que a mulh? feia da at? dor de barriga
Em qualquer canto que chega arranja logo uma briga
S? anda se rebolando que nem bunda de formiga
Refr?o (1x)
Dizem que a mulh? bunita ? quem mais leva cantada
Quando ela passa na rua desperta a rapaziada
Cada um que d? um "siu" nem quer saber se ? casada
Dizem que a mulher feia quando leva uma cantada
? dum mais feio di que ela, mas ela fica assanhada
Chega em casa e diz mam?e hoje eu fui elogiada
Refr?o (1x)
Dizem que a mulh? bunita gosta di anda natural
E tem sorte no emprego s? arruma Federal
E as vezes ganha milh?es pra faze comercial
Dizem que a mulh? feia dificil ? arruma emprego
Quando arranja ganha poco ? feia e n?o tem sossego
E as vezes tem uma marido que qu? vive di arrego.
Refr?o (1x)
Dizem que a mulh? bunita dexa o homem apaixonado
O homem se ve no ceu quando esta ao seu lado
E faz amor di amanha sem se lebra do passado
Dizem que a mulh? feia faz mau ao cora??o
E quem casa com mulh? feia sempre ve assombra??o
Sonha caindo da cama e quebrando a cara no ch?o.
Refr?o (1x):
Dizem que a mulh? bunita faz qualqu? homi geme
Mas geme de emo??o, de alegria e prazer
E o homi nos bra?os dela sente a raz?o de vive.
Dizem que a mulh? feia tem medo de carip?
Pensa muito em se casa bota p? e tira p?
E quanto mais ela se pinta mais fica uma cara s?.
Refr?o (1x)
Dizem que a mulh? bunita ? quem anima uma festa
Mulh? bunita a ondi passa ? lipo, rasto e arresta
Mas se tive mulh? feia ? sinal que a festa n?o presta
Dizem que a mulh? feia quando ela ? ciumenta
se seu marido ? bunito e ela n?o lhe sustenta
Quando ela sai com ele da coice qui nem uma jumenta
Refr?o (1x)
Dizem que a mulh? bunita tem um olhar atraente
Tem o chero da ma??, tem o sorriso inocente
E com isso ela consegue amanssa qualqu? valente.
Dizem que a mulh? feia tem medo di abandono
Ronca igualmente a uma porca quando ela pega no sono
Que mulh? feia e jumento so quem procura ? o dono
Refr?o (1x)
Dizem que a mulh? bunita faz o homem vira brasa
Faz o homem enloquece, faz o homem cria asa
Se esquece dos seus pais e da feia que tem em casa
Dizem que a mulh? feia Quando esta inciumada
Come?a quebrando os prato em tudo dando porrada
E as vezes mata o marido dormindo de madrugada
Refr?o (1x)
Dizem que a mulh? bunita quando arruma um namorado
Ou ? filho de prefeito ou filho de deputado
E ganha logo um presente uma carro novo importado.
Dizem que a mulh? feia se dana pra gafiera
Enrosca num rela bucho por l? passa a noite inteira
Termina se amarrando com pobre p? de poeira.
De onde veio o cordel? |
? | |
Como ? sua estrutura? |
? | |
Qual o tamanho dos versos? O que ? xilogravura? Quais os melhores temas e autores? |
por?m, n?o explicou.
Voc? sabe responder?
Os alunos dever?o responder: O cordel veio de Portugal, quem o consome s?o principalmente o povo do Nordeste, os versos deste poema s?o formados por seis estrofes com mais de 12 s?labas. Xilografia ? uma forma de fazer a ilustra??o, os temas s?o festas, pol?tica, seca, disputas, vida de cangaceiros, milagres, cotidiano, e os autores s?o Homero do Rego Barros, Patativa do Assar?, T?o Azevedo e muitos outros.
Atividade 3
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Os alunos dever?o acessar novamente o endere?o. ? s? clicar.
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Dever?o localizar no site: A arte do cordel e nele, Hist?ria da Literatura de Cordel. Nela constam sete mitos. O professor dever? dividir a sala em sete grupos e pedir a cada grupo que leia e apresente oralmente ? sala um dos mitos. Os alunos que quiserem, poder?o fazer cartazes ou fichas, recursos que poder?o ajud?-los na apresenta??o.
1? MITO ? ?Pra ser cordel tem ser vendido pendurado num cord?o?.
2? MITO ? ?Tem que ser ilustrado com xilogravura.?
3? MITO ? ?Tem que ser impresso em papel jornal?.
4? MITO ? ? escrito em linguagem matuta.
5? MITO ? S? fala de coisas relacionadas ao meio rural
6? MITO ? S? quem escreve cordel ? nordestino
7? MITO ? O cordel ? poesia inferior
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Atividade 4
Para essa atividade, os alunos formar?o quatro grupos para acessarem e lerem, cada grupo, um dos endere?os abaixo e fazerem as atividades do 2? roteiro, para apresenta??o em Semin?rio sobre Patativa do Assar?. Antes, por?m, o professor, como modelo, ler? com os alunos o site abaixo para explorar uma pequena biografia do autor e um poema.
Imagem dispon?vel em:
Vida e obras
Dedicou sua vida a produ??o de cultura popular (voltada para o povo marginalizado e oprimido do sert?o nordestino). Com uma linguagem simples, por?m po?tica, destacou-se como compositor, improvisador e poeta. Produziu tamb?m literatura de cordel, por?m nunca se considerou um cordelista.
Sua vida na inf?ncia foi marcada por momentos dif?ceis. Nasceu numa fam?lia de agricultores pobres e perdeu a vis?o de um olho. O pai morreu quando tinha oito anos de idade. A partir deste momento come?ou a trabalhar na ro?a para ajudar no sustento da fam?lia.
Foi estudar numa escola local com doze anos de idade, por?m ficou poucos meses nos bancos escolares. Nesta ?poca, come?ou a escrever seus pr?prios versos e pequenos textos. Ganhou da m?e uma pequena viola aos dezesseis anos de idade. Muito feliz, passou a escrever e cantar repentes e se apresentar em pequenas festas da cidade.
Ganhou o apelido de Patativa, uma alus?o ao p?ssaro de lindo canto, quando tinha vinte anos de idade. Nesta ?poca, come?ou a viajar por algumas cidades nordestinas para se apresentou como violeiro. Cantou tamb?m diversas vezes na r?dio Araripe.
No ano de 1956, escreveu seu primeiro livro de poesias ?Inspira??o Nordestina?. Com muita criatividade, retratou aspectos culturais importantes do homem simples do Nordeste. Ap?s este livro, escreveu outros que tamb?m fizeram muito sucesso. Ganhou v?rios pr?mios e t?tulos por suas obras.
Patativa do Assar? faleceu no dia 8 de julho de 2002 em sua cidade natal.
Livros
? Inspira??o Nordestina - 1956
? Inspira??o Nordestina: Cantos do Patativa -1967
? Cante L? que Eu Canto C? - 1978
? Ispinho e Ful? - 1988
? Balceiro. Patativa e Outros Poetas de Assar? - 1991
? Cord?is - 1993
? Aqui Tem Coisa - 1994
? Biblioteca de Cordel: Patativa do Assar? - 2000
? Balceiro 2. Patativa e Outros Poetas de Assar? - 2001
? Ao p? da mesa ? 2001
Poemas mais conhecidos
? A Triste Partida
? Cante L? que eu Canto C?
? Coisas do Rio de Janeiro
? Meu Protesto
? Mote/Glosas
? Peixe
? O Poeta da Ro?a
? Apelo dum Agricultor
? Se Existe Inferno
? Vaca estrela e Boi Fub?
? Voc? e Lembra?
? Vou Vor?
http://www.biografia.inf.br/patativa-do-assare-poeta.html
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Roteiro 2:
1- O poema lido obedece a estrutura da narrativa? (O que aconteceu, com quem aconteceu, quando e onde, houve um cl?max, como foi o ep?logo?)
2- Explore a estrutura apresentada pelo poema. (Esquema de rimas, estrofes, versos...)
3- Algum dos mitos do cordel aparecem no texto?
4- Se existe um narrador neste texto, que papel ele desempenha?
5- Que xilogravura o grupo sugere para esta obra? (Apresente um modelo).
6- O grupo j? conhecia o cordel? Justifique sua resposta.
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Os sites abaixo ser?o distribu?dos entre os grupos para os alunos responderem as atividades propostas acima:
http://www.mpbnet.com.br/musicos/pena.branca.e.xavantinho/letras/vaca_estrela_e_boi_fuba.htm
http://letras.terra.com.br/patativa-do-assare/1072884/
http://ribeirobr.blogspot.com/2010/03/se-existe-inferno.html
http://www.blocosonline.com.br/literatura/poesia/p01/p010392.htm
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O professor poder? acessar e sugerir que os alunos leiam mais, principalmente, poemas de outros autores nos livros e sites sugeridos abaixo:
Minhas Rimas de Cordel, Autor: Obeid, C?sar, Editora: Moderna
Romances de Cordel, Autor: Gullar, Ferreira, Editora: Jose Olympio
Cordel Adolescente , ? Xente ! - Cole??o Vertentes Autor: Orthoff, Sylvia, Editora: Quinteto Editorial
Mitos e Lendas do Brasil em Cordel, Autor: Longobardi, Nireuda, Editora: Paulus
Patativa do Assar? - Cole??o Biblioteca de Cordel, Autor: Assare, Patativa do, Editora: Hedra
Lula na Literatura de Cordel, Autor: Neto, Crispiniano, Editora: Imeph
O que ? Literatura de Cordel - Cole??o Primeiros Passos Vol. 317, Autor: Luyten, Joseph M., Editora: Brasiliense
Meu Livro de Cordel, Autor: Cora Coralina, Editora: Global
http://www.jangadabrasil.com.br/revista/agosto93/es930821.asp
http://www.anovademocracia.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1216&Itemid=105
http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/cordel/cordellinks.htm