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UCA - Concord?ncia nominal e expressividade

Autor e Co-autor(es)

Lazuita Goretti de Oliveira imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final L?ngua Portuguesa An?lise lingu?stica: modos de organiza??o dos discursos

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

  • Conhecer a regra geral da concord?ncia nominal de acordo com a norma padr?o da l?ngua.
  • Verificar, por meio de an?lise de textos, a fun??o est?tico-sem?ntica da concord?ncia nominal na constru??o do texto.
  • Reconhecer o desvio da norma padr?o no que diz respeito ? concord?ncia nominal como um recurso expressivo para caracterizar determinado grupo social.

Duração das atividades

04 aulas de 50 minutos

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

  • Classes gramaticais: substantivo, adjetivo, pronome, artigo e numeral.

Estratégias e recursos da aula

  • utiliza??o do laptop UCA;
  • utiliza??o de v?deos do youtube;
  • atividades realizadas em grupo ou duplas de alunos;
  • utiliza??o de textos, imagens e v?deos veiculados na internet.

Aula 01 (50 minutos)

Dispon?vel em:

http://www.folhablu.com.br/ler.noticia.asp?noticia=7128&menu=120

O tema dessa aula ? concord?ncia nominal e expressividade. A concord?ncia nominal baseia-se  na rela??o entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracteriz?-lo, tais como: artigos, adjetivos,  pronomes adjetivos, numerais adjetivos e partic?pios. Ocupa-se, basicamente,  da rela??o entre nomes.

Atividade 1

1.  Para apresentar o tema da aula aos alunos, o professor dever? solicitar a eles que acessem a p?gina seguinte e transcrevam a regra geral de concord?ncia nominal.

Dispon?vel em:

http://www.infoescola.com/portugues/concordancia-nominal/#Scene_1

REGRA GERAL: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em g?nero e n?mero com o substantivo a que se refere.

2. O professor dever?  apresentar aos alunos os an?ncios abaixo e solicitar a eles que expliquem os desvios de concord?ncia nominal, baseando-se na regra geral e em outros casos. E, a seguir, eles dever?o  escrever as frases, corrigindo-as de acordo com a norma padr?o.

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horaextra

Dispon?vel em:

http://vera-carneiro.vilabol.uol.com.br/conc8.htm

Dispon?vel em:

http://3.bp.blogspot.com/_HLVTJq0IjrA/TO-fAC-xIAI/AAAAAAAAAEE/_DEmD6B6ILc/s1600/DSC00509.JPG

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Dispon?vel em:

http://2.bp.blogspot.com/-UOd4G0CR7Qo/TguKwCtZKMI/AAAAAAAAACU/IJZGlZhq0dY/s1600/pol%25C3%25ADcia+da+l%25C3%25ADngua+2.jpg

Foto principal de Proibido a entrada de animais - 25x7,5cm

Dispon?vel em:

http://loja.placprint.com.br/ecommerce_site/produto_9938_5012_Proibido-a-entrada-de-animais-25x7-5cm

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Aula 02 (50 minutos)

Atividade

1. Os alunos, em dupla, dever?o acessar o site abaixo para lerem o poema ?Rua Morta? de Mauro Mota. A seguir, eles dever?o responder ?s quest?es propostas.

 Rua Morta

Longa rua distante de sub?rbio,
velha e comprida rua n?o violada pelos prefeitos,
passo sobre ti suavemente neste fim de tarde de domingo.

Sinto-te o cora??o pulsando oculto sob as areias.
O sangue circula na copa imensa dos flamboyants.

Trope?o nos passos perdidos h? muito nestas areias,
onde as pedras n?o vieram ainda sepult?-los.
Passos de homens que jamais voltar?o.

? velhos chal?s de 1830,
eterniza-se entre as paredes o eco das vozes de invis?veis habitantes.
M?os de sombras femininas abrem de leve janelas no oit?o.

H? um cheiro de jasmins e resed?s
que n?o vem dos jardins abandonados,
mas dos cabelos dos fantasmas das mo?as de outrora.

Dispon?vel em:

http://leaoramos.blogspot.com/2008/09/na-longa-rua-de-subrbio-mauro-mota.html

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1.  Observe a primeira estrofe do poema.

a. Identifique  e transcreva os adjetivos que caracterizam o substantivo rua.

b. Avalie a concord?ncia entre esses termos.

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2. Reescreva a primeira estrofe, trocando o substantivo rua por viaduto. Fa?a as altera??es necess?rias.

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3. Observe a seguinte regra de concord?ncia nominal:

 O predicativo concorda com o sujeito em  g?nero e n?mero.

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Exemplifique a afirma??o acima com um verso da segunda estrofe.

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4. Reescreva os versos abaixo, fazendo as altera??es propostas.

a. ? velhos chal?s de 1830. ( Troque chal?s por casas)

b. Trope?o nos passos perdidos h? muito nestas areias. ( Troque areias por caminhos)

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5. Retome a regra geral de concord?ncia nominal:

O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome, concordam em g?nero e n?mero com o substantivo a que se refere.

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a. H? no poema alguma  transgress?o ? regra geral de concord?ncia nominal? Justifique sua resposta.

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Aula 03 (50 minutos)

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Atividade

1.  O professor dever? solicitar aos alunos que, em dupla, acessem a p?gina seguinte e assistam ao v?deo com a can??o ?Cuitelinho?, na voz de Renato Teixeira.

Cuitelinho

Renato Teixeira

Composi??o: Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Ant?nio Xand?

Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As gar?a d? meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho n?o gosta
Que o bot?o de rosa caia,ai,ai

Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parent?lia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaias
L? tinha revolu??o
Enfrentei fortes bat?ia,ai, ai

A tua saudade corta
Como a?o de nav?ia
O cora??o fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os ?io se enche d??gua
Que at? a vista se atrap?ia, ai...

Letra e v?deo dispon?veis respectivamente em:

http://letras.terra.com.br/renato-teixeira/298332/

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Z_LKTflQrBI

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I -  Ap?s a audi??o da m?sica, o professor dever? conversar com os alunos a respeito dessa can??o que faz parte do nosso folclore musical, esclarecendo a eles que:

a.  A can??o ?Cuitelinho? faz parte do nosso folclore e, portanto, como toda aut?ntica can??o folcl?rica n?o tem um autor conhecido.  Foi Paulo Vanzolini quem a recolheu da boca do povo. Ficou famosa por ser gravada por Milton Nascimento, Pena Branca e Xavantinho e imortalizada, principalmente,  na voz de Nara Le?o.

b. "Cuitelinho? ? nome que se d? ao beija-flor em algumas partes do centro-sul do Brasil.  

c. A l?ngua n?o ? usada de modo homog?neo por todos os seus falantes. O uso de uma l?ngua varia de ?poca para ?poca, de regi?o para regi?o, de classe social para classe social, e assim por diante. Portanto,  al?m do portugu?s padr?o, h? outras variedades de usos da l?ngua.

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II -  A seguir, os alunos, em grupo,  dever?o responder ?s quest?es propostas.

1. A variedade lingu?stica empregada no texto ? caracterizada pelo registro, na escrita, de formas t?picas  da linguagem oral.

  1. Identifique  no texto palavras ou express?es que tenham sido escritas exatamente como se fala.
  2. Identifique  no texto procedimentos lingu?sticos que sejam pr?prios de relatos ou narrativas.
  3. Algumas palavras recebem grafia diferente da que ? escrita pela norma-padr?o. Identifique no texto palavras em que ocorrem a vocaliza??o do -lh. (Exemplo: nav?ia ao inv?s de navalha)

2. Observe os versos abaixo:

Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As gar?a d? meia volta

a. De acordo com a norma-padr?o, a concord?ncia nominal se d? entre o substantivo e seus determinantes em g?nero (masculino/feminino) e em n?mero (singular / plural).

Nos versos acima, houve desvio da concord?ncia nominal? Transcreva-os.

b. Esse  desvio de concord?ncia se d? em rela??o ao n?mero ou ao g?nero? Exemplifique.

3. Observe que a marca de plural aparece no primeiro elemento:

Onde as onda se espaia
As gar?a d? meia volta

a. Isso ? suficiente para pluralizar a ideia? Explique.

3. Essas situa??es e outras do texto demonstram que o autor, intencionalmente, fez uso de uma variante lingu?stica para identificar o falar espec?fico e um determinado grupo social. Comente.

4. Discuta com seus colegas e responda:

O desvio da norma-padr?o, no que diz respeito ? concord?ncia nominal, pode ser um recurso expressivo para caracterizar o grupo social ao qual pertence o eu-l?rico, o narrador ou uma personagem? Justifique sua resposta.

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Aula 04 (50 minutos)

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Atividade

1. Os alunos dever?o acessar o site abaixo para ouvirem a can??o  ?Saudosa Maloca?, na voz de Adoniran Barbosa.

Saudosa Maloca

Adoniran Barbosa

Si o senhor n?o est? lembrado
D? licen?a de cont?
Que aqui onde agora est?
Esse edif?cio arto
Era uma casa v?ia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu mo?o
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Constru?mos nossa maloca
Mais, um dia
Nem n?is nem pode se alembr?
Veio os homi cas ferramentas
O dono mand? derrub?
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demoli??o
Que tristeza que n?is sentia
Cada t?uba que ca?a
Duia no cora??o
Mato Grosso quis grit?
Mas em cima eu falei:
Os homis t? c? raz?o
N?s arranja outro lugar
S? se conformemo quando o Joca falou:
"Deus d? o frio conforme o cobertor"
E hoje n?is pega a p?ia nas grama do jardim
E pr? esquec? n?is cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde n?is passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca,maloca querida,
Dim dim donde n?is passemo os dias feliz de nossas vidas.

 Letra e v?deo dispon?veis, respectivamente em:

http://letras.terra.com.br/adoniran-barbosa/43969/

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=6C6ezqRYWug

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2. A partir da an?lise da can??o ?Cuitelinho? e da audi??o de ?Saudosa Maloca?, o  professor dever? problematizar  a quest?o da varia??o lingu?stica com os alunos, ou seja, refletir com eles sobre o seguinte:

  • A varia??o lingu?stica n?o est? limitada ?s falas rurais ou urbanas sem prest?gio, ocorre tamb?m na fala e na escrita das pessoas urbanas altamente escolarizadas. Ao se estudar a varia??o lingu?stica por meio da letra da can??o ?Cuitelinho?, ?Saudosa Maloca? de Adoniran Barbosa tem como finalidade inserir o leitor em um universo social e cultural diferente daquele que ? convencionalmente representado pela ortografia oficial ? o universo urbano letrado.
  • A varia??o da l?ngua expressa a variedade cultural existente em qualquer grupo. Portanto, n?o h? hierarquia entre os usos variados da l?ngua, assim como n?o h? uso linguisticamente melhor que outro. Em uma mesma comunidade lingu?stica, portanto, coexistem usos diferentes, n?o existindo um padr?o de linguagem que possa ser considerado superior.

3. Na continuidade, o professor dever? solicitar aos alunos que realizem uma pesquisa sobre Adoniran Barbosa, um sambista famoso por utilizar um linguajar caracter?stico do Bexiga em suas m?sicas.

http://www.mpbnet.com.br/musicos/adoniran.barbosa/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Adoniran_Barbosa

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4. Aos dados, obtidos por meio da pesquisa, os alunos dever?o acrescentar uma s?ntese dos estudos realizados sobre concord?ncia nominal e expressividade para montar uma exposi??o no Kpresenter, que ser? apresentada  na sala de aula para aprecia??o dos colegas e professor.

Observa??o:

Objetiva-se com esta pesquisa, mostrar aos alunos que o desvio da norma-padr?o, no que diz respeito ? concord?ncia nominal, pode ser um recurso expressivo utilizado pelo autor para caracterizar um determinado grupo social.

Recursos Complementares

1. Para ampliar o conhecimento sobre varia??o lingu?stica, os alunos poder?o assistir ao v?deo  seguinte:

Varia??o lingu?stica

Dispon?vel em:

http://www.youtube.com/watch?v=_Y1-ibJcXW0

2. Os alunos poder?o tamb?m ouvir a can??o "Cuitelinho", na voz de Nara le?o e tamb?m na voz de Pena Branca e Xavantinho.

Dispon?vel em:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=zCXfX6_oWJ0

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ZQ3qsowEvPU

Avaliação

A partir das atividades desenvolvidas, os alunos  poder?o ser avaliados pontualmente. O professor dever? observar a participa??o deles durante as atividades realizadas em dupla e em grupo, verificando principalmente se eles conseguiram perceber que o desvio da norma-padr?o, no que diz respeito ? concord?ncia nominal, pode ser um recurso expressivo utilizado pelo autor para caracterizar um determinado grupo social.