Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
---|---|---|
Ensino Fundamental Final | L?ngua Portuguesa | An?lise lingu?stica: modos de organiza??o dos discursos |
?
Dispon?vel em:
http://4.bp.blogspot.com/_13pKMZejnhQ/S_-T4Q75mqI/AAAAAAAAB-o/Uz8gAggynHE/s1600/magnifying-glass.jpg
Esta proposta de trabalho faz parte de um projeto maior de inicia??o cient?fica, intitulado ?Uma lupa na l?ngua?, em que se tomam os g?neros discursivos como elementos desencadeadores de estudo e reflex?o sobre as diversas pr?ticas de linguagem: leitura, escuta, produ??o de textos nas modalidades oral e escrita, reflex?o e an?lise lingu?stica.
Espera-se que o produto final alcan?ado com a realiza??o desse projeto seja n?o s? o aperfei?oamento do aluno como leitor e produtor de textos, mas tamb?m como interlocutor mais seguro e consciente dos usos da l?ngua e das linguagens que constituem os g?neros ? orais e escritos ? mais comuns em circula??o na sociedade.
Nesta perspectiva, no caso espec?fico desta proposta, tomando o "conto" como objeto de ensino, objetiva-se analisar o emprego dos verbos e do tempo verbal como um recurso lingu?stico essencial em g?neros discursivos da ordem do narrar, nos quais predominam uma postura narrativa, identificada (dentre outras marcas) pela recorr?ncia de verbos principalmente do pret?rito perfeito.
Atividade 1
Observa??o:
Nesta etapa, objetiva-se despertar o interesse do aluno pelas atividades que ser?o realizadas, buscando sensibiliz?-lo para o tema que ser? estudado. ? importante dar voz ao aluno, envolvendo-o ativamente no projeto, para isso, faz-se necess?rio aproveitar todas as manifesta??es dos estudantes, buscando relacion?-las, quando poss?vel, ao tema que ser? desenvolvido. Neste momento, o professor ter? condi??o de avaliar o conhecimento pr?vio dos alunos a respeito da tem?tica selecionada, levando-os a fazer infer?ncias e a levantar hip?teses sobre o que v?o estudar.
1. O professor dever? conversar com os alunos, dizendo a eles que ir?o estudar um g?nero da ordem do narrar ? o conto, retomando com eles os elementos que comp?em a estrutura narrativa. O professor dever?, nesse momento, perguntar aos alunos, por exemplo:
a. Quais os contistas brasileiros voc?s conhecem?
b. Voc?s j? leram contos? Que tipos de contos voc?s j? leram ou ouviram?
c. O g?nero discursivo conto caracteriza-se pela brevidade e concis?o: em um espa?o e tempo limitados, ocorre um ?nico conflito, vivido por poucas personagens. Cite exemplos de contos que confirmam esta afirma??o.
2. No conto, em geral, predomina a sequ?ncia discursiva narrativa em que as a??es ou fatos s?o organizados em uma sequ?ncia temporal e causal. Quais s?o os elementos lingu?sticos respons?veis por essa ordena??o?
3. O professor dever? mediar a conversa com os alunos, organizando-a de forma que todos que quiserem tenham espa?o para falar. A partir dessa sondagem, o professor define, juntamente com os alunos, os seguintes passos do projeto a ser desenvolvido.
a. Delimita??o do tema: o emprego dos verbos e do tempo verbal como um recurso lingu?stico essencial no conto - g?nero discursivo da ordem do narrar.
b. Perguntas de pesquisa:
c. Justificativa:
A an?lise de g?neros da ordem do narrar envolve n?o s? o conhecimento de seus elementos estruturais, mas tamb?m de outros fatores, tais como os mecanismos de textualiza??o empregados em um determinado contexto, por exemplo, o emprego dos verbos no pret?rito nos tempos do pret?rito, recurso essencial para a sequ?ncia l?gico-temporal das a??es na narrativa.
d. Metodologia:
O professor dever? dispor os alunos, em grupo de cinco elementos cada, para realizar a an?lise dos contos que ser?o sorteados entre eles. Cada grupo dever? analisar, no m?nimo, dois contos.
Grupo I: A doida; Maneira de amar ? Carlos Drummond de Andrade.
Dispon?veis em:
http://pensador.uol.com.br/maneira_de_amar_drummond/
http://vislumbresdocesevermelhos.blogspot.com/2010/09/doida-carlos-drummond-andrade.html
Grupo II: A disciplina do amor; As formigas ? Lygia Fagundes Telles
Dispon?veis em:
http://www.beatrix.pro.br/index.php/a-disciplina-do-amor-lygia-fagundes-telles/
http://manoelneves.com/2008/02/04/o-conto-da-mulher-brasileira-as-formigas-de-lygia-fagundes-telles/
Grupo III: O retrato oval ? Edgar Alan Poe; O Chap?u ? Charles Kieffer
Dispon?veis em:
http://www.arquivors.com/eapoe1.htm
http://tellstor.blogspot.com/2012/01/o-chapeu-planejei-meticulosamente-o.html
Grupo IV: A aranha ? Or?genes Lessa; Tenta??o ? Clarice Lispector
Dispon?veis em:
http://tempoesquecido.blogspot.com/2007/03/aranha.html
http://www.tirodeletra.com.br/conto_canino/Tentacao-ClariceLispector.htm
Grupo V: O primeiro beijo ; Felicidade Clandestina ? Clarice Lispector
Dispon?veis em:
http://sementedamente.blogspot.com/2011/02/o-primeiro-beijo-por-clarice-lispector.html
http://my.opera.com/Lux%C3%BAria/blog/2009/09/20/felicidade-clandestina
?
e. Cronograma: 05 aulas de 50 minutos cada.
?
Atividade 2
Esta etapa ? o momento de desenvolver atividades que possibilitem o aprofundamento do tema em estudo, preparando os alunos para a etapa seguinte, quando eles trabalhar?o de forma aut?noma.
I - O professor dever? entregar aos alunos a resenha do conto ? A maior flor do mundo? de Jos? Saramago, o primeiro autor de l?ngua portuguesa a receber o Pr?mio Nobel de Literatura, em 1998. O professor faz a leitura oral do texto para os alunos, perguntando a eles, no final: quem gostaria de conhecer essa hist?ria?
Dispon?vel em:
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40243
A maior flor do mundo ? uma magn?fica hist?ria para crian?as, mas, antes de tudo, ? um leg?timo Saramago. Transformando-se em personagem, o autor nos conta que uma vez teve uma ideia para um livro infantil, inventou uma hist?ria sobre um menino que faz nascer a maior flor do mundo. N?o se julgava capaz de escrever para crian?as, mas chegou a imaginar que, se tivesse as qualidades necess?rias para colocar a ideia no papel, ela resultaria verdadeiramente extraordin?ria: "seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas...".
? dessa fantasia de grandiosidade que nasce o livro. Os leitores s?o chamados para uma divertida brincadeira, pois Saramago narra a hist?ria do menino e da flor n?o como se ela fosse a hist?ria de verdade, mas como se fosse apenas o esbo?o do que ele teria contado se tivesse o poder de fazer o imposs?vel: escrever a melhor hist?ria de todos os tempos.
Entrando no jogo com o autor, os pequenos leitores v?o saber que ningu?m nunca teve nem ter? esse poder. V?o saber tamb?m que a literatura ? o lugar do imposs?vel: o menino desta hist?ria faz uma simples flor dar sombra como se fosse um carvalho. Depois, quando ele "passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele sa?ra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do que o seu tamanho e do que todos os tamanhos". Como nos velhos livros de literatura infantil, Saramago conclui: "E ? essa a moral da hist?ria".
T?tulo Altamente Recomend?vel pela Funda??o Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 2001, categoria crian?a.
Dispon?vel em:
http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=40243
II - Nesta aula, o professor dever? exibir para os alunos o v?deo sobre o conto ?A maior flor do mundo? de Jos? Saramago, ou solicitar a eles que, em dupla, acessem a p?gina seguinte para assistirem ao filme proposto.
V?deo: A maior flor do mundo ? Jos? Saramago
Dispon?vel em:
http://www.youtube.com/watch?v=YUJ7cDSuS1U&feature=related
III - O professor dever? entregar para os alunos a c?pia do conto e fazer a leitura oral do texto para eles.
A MAIOR FLOR DO MUNDO (Jos? Saramago)
Dispon?vel em:
http://emcapsulas.blogspot.com/2011/02/maior-flor-do-mundo.html
As hist?rias para crian?as devem ser escritas com palavras muito simples, porque as crian?as sendo pequenas, sabem poucas palavras e n?o gostam de us?-las complicadas. Quem me dera saber escrever essas hist?rias, mas nunca fui capaz de aprender, e tenho pena. Al?m de ser preciso saber escolher as palavras, faz falta um certo jeito de contar, uma maneira muito certa e muito explicada, uma paci?ncia muito grande ? e a mim falta-me pelo menos a paci?ncia, do que pe?o desculpa.
Se eu tivesse aquelas qualidades todas poderia contar, com pormenores, uma linda hist?ria que um dia inventei, mas que, assim como a v?o ler, ? apenas o resumo de uma hist?ria, que em duas palavras se diz? Que me seja desculpada a vaidade se eu at? cheguei a pensar que a minha hist?ria seria a mais linda de todas as que se escreveram desde o tempo dos contos de fadas e princesas encantadas? H? quanto tempo isso vai!
Na hist?ria que eu quis escrever, mas n?o escrevi, havia uma aldeia. (Agora v?o come?ar a aparecer algumas palavras dif?ceis, mas, quem n?o souber, deve ir ver no dicion?rio ou perguntar ao professor.)
N?o se temam, por?m, aqueles que fora das cidades n?o concebem hist?rias nem sequer infantis: o meu her?i menino tem as suas aventuras aprazadas fora da sossegada terra onde vivem os pais, suponho que uma irm?, talvez um resto de av?s, e uma parentela misturada de que n?o h? not?cia.
Logo na primeira p?gina, sai o menino pelos fundos do quintal, e, de ?rvore em ?rvore, como um pintassilgo, desce ao rio e depois por ele abaixo, naquela vagarosa brincadeira que o tempo alto, largo e profundo da inf?ncia a todos n?s permitiu?
Em certa altura, chegou ao limite das terras at? onde se aventurara sozinho. Dali para diante come?ava o planeta Marte, efeito liter?rio de que ele n?o tem responsabilidade, mas com que a liberdade do autor acha poder hoje aconchegar a frase. Dali para diante, para o nosso menino, ser? s? uma pergunta sem literatura: ?Vou ou n?o vou?? E foi.
O rio fazia um desvio grande, afastava-se, e de rio ele estava j? um pouco farto, tanto que o via desde que nascera. Resolveu cortar a direito pelos campos, entre extensos olivais, ladeando misteriosas sebes cobertas de campainhas brancas, e outras vezes metendo por bosques de altos freixos onde havia clareiras macias sem rasto de gente ou bicho, e ao redor um sil?ncio que zumbia, e tamb?m um calor vegetal, um cheiro de caule sangrado de fresco como uma veia branca e verde.
? que feliz ia o menino! Andou, andou, foram rareando as ?rvores, e agora havia uma charneca rasa, de mato ralo e seco, e no meio dela uma in?spita colina redonda como uma tigela voltada. Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando chegou l? acima, que viu ele? Nem a sorte nem a morte, nem as t?buas do destino? Era s? uma flor. Mas t?o ca?da, t?o murcha, que o menino se achegou, de cansado. E como este menino era especial de hist?ria, achou que tinha de salvar a flor. Mas que ? da ?gua? Ali, no alto, nem pinga. C? por baixo, s? no rio, e esse que longe estava!... N?o importa.
Desce o menino a montanha, atravessa o mundo todo, chega ao grande rio Nilo. No c?ncavo das m?os recolhe quanto de ?gua l? cabia. Volta o mundo a atravessar, pela vertente se arrasta. Tr?s gotas que l? chegaram, bebeu-as a flor sedenta. Vinte vezes c? e l?. Cem mil viagens ? Lua. O sangue nos p?s descal?os. Mas a flor aprumada j? dava cheiro no ar. E como se fosse um carvalho, deitava sombra no ch?o. O menino adormeceu debaixo da flor. Passaram as horas, e os pais, como ? costume nestes casos, come?aram a afligir-se muito. Saiu toda a fam?lia e mais vizinhos ? busca do menino perdido. E n?o o acharam.
Correram tudo, j? em l?grimas tantas, e era quase sol-p?r quando levantaram os olhos e viram ao longe uma flor enorme que ningu?m se lembrava que estivesse ali. Foram todos de carreira, subiram a colina e deram com o menino adormecido. Sobre ele, resguardando-o do fresco da tarde, estava uma grande p?tala perfumada, com todas as cores do arco-?ris.
Este menino foi levado para casa, rodeado de todo o respeito, como obra de milagre.
Quando depois passava pelas ruas, as pessoas diziam que ele sa?ra da aldeia para ir fazer uma coisa que era muito maior do que o seu tamanho e do que todos os tamanhos. E essa ? a moral da hist?ria.
Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de n?o saber escrever hist?rias para crian?as. Mas ao menos ficaram sabendo como a hist?ria seria, e poder?o cont?-la doutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever hist?rias para crian?as?
Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta hist?ria, escrita por ti que me l?s, mas muito mais bonita?...
E se as hist?rias para crian?as passassem a ser de leitura obrigat?ria para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que h? tanto tempo t?m andado a ensinar?
Dispon?vel em:
http://www.slideshare.net/bibliotecaesas/a-maior-flor-do-mundo-3473261
?
IV. AN?LISE DE CONTO
?
O professor dever? discutir com os alunos as quest?es seguintes sobre o conto. A seguir, eles dever?o respond?-las no K-word.
1. Nessa hist?ria, o autor se coloca como narrador, posicionando-se logo na abertura do texto. O que ele esclarece ao leitor?
2. O autor/ narrador aparece logo nas primeira cenas. Descreva- o.
3. O escritor/ narrador inventou uma hist?ria, mas se lamenta tentando convencer o leitor de que n?o tem qualidades adequadas para cont?-la:
Na hist?ria que eu quis escrever, mas n?o escrevi, havia uma aldeia. (Agora v?o come?ar a aparecer algumas palavras dif?ceis, mas, quem n?o souber, deve ir ver no dicion?rio ou perguntar ao professor.)
4. Observe esta passagem:
N?o se temam, por?m, aqueles que fora das cidades n?o concebem hist?rias nem sequer infantis: o meu her?i menino tem as suas aventuras aprazadas fora da sossegada terra onde vivem os pais, suponho que uma irm?, talvez um resto de av?s, e uma parentela misturada de que n?o h? not?cia.
5. Na passagem:
Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de n?o saber escrever hist?rias para crian?as. Mas ao menos ficaram sabendo como a hist?ria seria, e poder?o cont?-la doutra maneira, com palavras mais simples do que as minhas, e talvez mais tarde venham a saber escrever hist?rias para crian?as?
Pode-se inferir, nesta passagem que, sendo a tradi??o narrativa uma atividade humana, nesse caso, a hist?ria n?o acabou, mas continua na imagina??o e atitudes que o leitor tomar? a partir da leitura? Comente.
6. No final, o autor/narrador faz um convite ao leitor. Que convite ? esse?
7. No g?nero conto, predomina a sequ?ncia discursiva narrativa que se organiza em situa??o inicial de equil?brio, complica??o e resolu??o.
Identifique no conto ?A maior flor do mundo? cada um desses momentos.
8. No conto, em geral, as a??es ou fatos s?o organizados em uma sequ?ncia temporal e causal. Assinale (V) ou (F), conforme as afirmativas seguintes sejam verdadeiras ou falsas
( ) A sequ?ncia das a??es no filme relaciona-se ?s imagens. O espectador ? colocado diante da a??o, a uma dist?ncia muito pr?xima dos acontecimentos, por meio de imagens. As informa??es transmitidas ao espectador limitam-se ao que ele v? e ouve, ao que as personagens fazem ou falam, com apenas eventuais e breves interven??es (verbais, visuais ou audiovisuais), amarrando os acontecimentos. Cabe ao espectador deduzir as significa??es, a partir daquilo que lhe ? apresentado.
( ) Em uma narrativa, os fatos vividos por personagens s?o ordenados em uma sequ?ncia l?gica e temporal, por isso os g?neros dessa ordem caracterizam-se pelo emprego de verbos de a??o que indicam a movimenta??o das personagens no tempo e no espa?o.
( ) No texto escrito, o mundo narrado ? marcado principalmente pelo pret?rito perfeito, denotando um distanciamento do narrador em rela??o ao que ? contado, como na passagem abaixo:
? que feliz ia o menino! Andou, andou, foram rareando as ?rvores, e agora havia uma charneca rasa, de mato ralo e seco, e no meio dela uma in?spita colina redonda como uma tigela voltada. Deu-se o menino ao trabalho de subir a encosta, e quando chegou l? acima, que viu ele? Nem a sorte nem a morte, nem as t?buas do destino? Era s? uma flor. Mas t?o ca?da, t?o murcha, que o menino se achegou, de cansado.
( ) O mundo comentado indica uma rela??o de proximidade com o que se diz e ? marcado no texto pelo verbos no presente, pret?rito imperfeito e pelo discurso direto. As passagens abaixo exemplificam essa afirma??o:
O rio fazia um desvio grande, afastava-se, e de rio ele estava j? um pouco farto, tanto que o via desde que nascera.
Este era o conto que eu queria contar. Tenho muita pena de n?o saber escrever hist?rias para crian?as.
9. Observe a ocorr?ncia das formas verbais empregadas no conto, discriminando-as no quadro abaixo, conforme o tempo em que estejam flexionados.
?
Presente |
Pret?rito perfeito |
Pret?rito imperfeito |
Pret?rito |
? |
? |
? |
? |
? |
? |
? |
? |
?
Observe o resultado obtido com esse levantamento e responda:
a. Dentre as ocorr?ncias verbais, qual ? o tempo predominante?
b. Qual a rela??o do pret?rito perfeito com a progress?o, com a sucess?o dos fatos ou a??es, na narra??o?
c. Qual ? tempo verbal predominante nas passagens descritivas, isto ?, no mundo comentado? Exemplifique com passagens do texto.
V. A partir da realiza??o destas atividades, os alunos em grupo, mediados pelo professor, estar?o prontos para elaborarem o question?rio para responder ?s perguntas de pesquisa.
1. Conto analisado:
2. Dados do autor:
3. Identifique no conto analisado:
a.Os elementos da estrutura narrativa:
b. Os momentos da narrativa:
4. Foco narrativo.
O narrador do conto caracteriza-se como:
( ) narrador-observador ( ) narrador-personagem
Justifique com passagens do texto: que marcas lingu?sticas comprovam a escolha acima?
5. Exemplifique com passagens do texto as afirma??es abaixo.
a. O mundo narrado ? marcado principalmente pelo pret?rito perfeito, denotando um distanciamento do narrador em rela??o ao que ? contado, como na passagem abaixo.
b. Na sucess?o dos enunciados da estrutura narrativa sempre ocorre uma mudan?a, uma transforma??o de estado, isto ?, observa-se que no texto narrativo ocorrem enunciados de estado e enunciados de a??o, os quais fazem acontecer mudan?as que d?o origem a novas enunciados, novos estados.
c. O mundo comentado indica uma rela??o de proximidade com o que se diz e ? marcado no texto pelo verbos no presente, pret?rito imperfeito e pelo discurso direto.
5. Em uma narra??o, o produtor se coloca na perspectiva do fazer ou acontecer inserido no tempo. O objetivo ? contar o que aconteceu, dizer os fatos ou os acontecimentos, constituindo epis?dios, ordenados no tempo do mundo real. Nessa perspectiva, na formula??o lingu?stica dos g?neros dessa ordem, verificam-se comumente as formas verbais do pret?rito.
Fa?a um levantamento das formas verbais empregadas no conto, discriminando-as no quadro abaixo, conforme o tempo em que estejam flexionados.
?
Presente |
Pret?rito perfeito |
Pret?rito imperfeito |
Pret?rito |
? |
? |
? |
? |
? |
? |
? |
? |
Analise o resultado obtido com o levantamento feito e responda:
a. Dentre as ocorr?ncias verbais, qual ? o tempo predominante?
b. Qual a rela??o do pret?rito perfeito com a progress?o, com a sucess?o dos fatos ou a??es no narra??o?
c. Qual ? tempo verbal predominante nas passagens descritivas, isto ?, no mundo comentado? Exemplifique com passagens do texto.
6. Al?m da marca??o de tempo feita pelos verbos, verifique se h?, no conto analisado, o emprego de outros recursos, tais como: datas; conectores de valor temporal; preposi??es ou locu??es prepositivas (ap?s, antes de, depois de, etc); adv?rbios e adjuntos adverbiais de tempo; nomes (substantivos e adjetivos) indicadores de tempo: dia, m?s, semana, ano, d?cada, etc.
7. Discuta com seus colegas e responda:
a. Pode-se afirmar que, no conto analisado, o pret?rito perfeito ? utilizado para expressar um evento ocorrido e consumado no passado, ou seja, ele fornece a informa??o principal da narrativa.? Comente.
b. O pret?rito imperfeito encerra uma a??o de continuidade ou a repetitividade de a??es. Seria por tal caracter?stica que esse tempo verbal se presta a descrever as personagens, as a??es comportamentais, os locais e os quadros temporais em que se inscrevem os fatos narrados no passado? Comente.
Atividade 3
Nesta etapa, os alunos dever?o realizar an?lise dos contos selecionados, respondendo ao question?rio j? elaborado.
Atividade 4
Nesta etapa, os alunos devem elaborar um relat?rio, contendo a s?ntese dos estudos realizados e buscando responder ?s perguntas de pesquisa, anteriormente estabelecidas, quais sejam:
(1) Qual ? a fun??o dos verbos e do tempo verbal na constru??o de g?neros discursivos da ordem do narrar?
(2) Como se d? a sequ?ncia l?gico-temporal das a??es na narrativa?
A seguir, o grupo dever? montar uma apresenta??o do projeto desenvolvido para ser exposta, no K-word, aos colegas e professor.
1. Para amplia??o dos estudos, os alunos poder?o assistir aos v?deos seguintes, sobre contos:
A menina que sonhava em ter a lua. Conto de Bartolomeu Campos Queir?s.
Dispon?vel em:
http://www.youtube.com/watch?v=KhFukhlZVAA&feature=related
Felicidade clandestina de Clarice Lispector por Aracy Balabanian.
http://www.youtube.com/watch?v=mbSMwUNjwtE&feature=related
2. Para rever os elementos da narrativa, os alunos poder?o assistir ao v?deo:
Reda??o. Elementos da narrativa.
Dispon?vel em:
http://www.youtube.com/watch?v=2czWvybvTAk&feature=related
Elementos da narrativa. Reda??o.Vestibulando digital (aula 04)
Dispon?vel em:
Ao final das atividades, os alunos dever?o refletir sobre as a??es bem-sucedidas, as dificuldades encontradas, os conhecimentos adquiridos referentes ao tema abordado no projeto de pesquisa. Para a avalia??o formal, orientados pelo professor, os alunos dever?o montar um portf?lio, contendo todos os materiais planejados, coletados, pesquisados e analisados e ainda o relat?rio das atividades desenvolvidas.