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O Universo desconhecido por nossos sentidos

Autor e Co-autor(es)

Marcelo de Oliveira Souza imagem do usuário

CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final Ci?ncias Naturais Terra e universo
Ensino M?dio F?sica Universo, terra e vida

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

- Entender o espectro eletromagn?tico.

- Compreender a raz?o pela qual h? necessidade de observar o Universo em distintas faixas do espectro eletromagn?tico com o uso de radiotelesc?pios e telesc?pios espaciais.

- Entender as limita??es e as possibilidades causadas pela defici?ncia visual. 

Duração das atividades

2 aulas com 50 minutos cada

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

- No??es b?sicas de Astronomia: Sistema Solar, modelo Helioc?ntrico, Estrelas e a Via L?ctea.

- No??es b?sicas de Din?mica: Leis de Newton.

- No??es B?sicas de Eletromagnetismo: Espectro eletromagn?tico, ondas eletromagn?ticas e ?ptica.

Estratégias e recursos da aula

Sugerimos que a aula seja apresentada em um laborat?rio de inform?tica ou em um espa?o (sala de aula ou audit?rio) que disponibilize para o professor o acesso a um computador, com sistema de som, e a um projetor multim?dia. Propomos que a aula seja apresentada em tr?s momentos como apresentado a seguir:

1o Momento - Sinais dos Astros

Nesse momento propomos a apresenta??o de informa??es b?sicos sobre as estrelas.

Uma estrela ? uma grande esfera de plasma. O plasma ? um g?s ionizado em estado de alta energia. A estrela mais pr?xima do planeta Terra ? o Sol. As estrelas produzem energia a partir de rea??es nucleares que ocorrem em seu n?cleo. 

Abaixo apresentamos um texto com informa??es sobre as estrelas:

"Em um momento, um ponto luminoso no c?u. Em um piscar de olhos. No mesmo local. Um novo brilho. Mais intenso. Observa??o rara, que no passado deve ter surpreendido muitas civiliza??es. Nos modelos que consideravam o firmamento imut?vel, como explicar essa mudan?a? Uma estrela visitante que surge brilhante, de surpresa.

No ano 386 h? um registro, feito pelos chineses, do surgimento de uma estrela visitante muito brilhante na constela??o de Sagit?rio. Existem relatos de registros anteriores feitos pelos chineses nos anos 2241 A.C., 352 A.C., 185 e 369, mas que s?o contestados por alguns pesquisadores. A observa??o realizada no ano 185 foi questionada por Chin e Huang em 1994, em um artigo publicada na revista Nature. Prop?em que poderia se tratar da observa??o de um cometa. 

Ap?s o ano de 386 h? outros relatos de observa??o de uma estrela visitante brilhante. Um que chama a aten??o ? o relato feito nos Anais da Dinastia Sung, da China, sobre a observa??o do aparecimento de uma estrela visitante em julho de 1054. A data precisa do seu surgimento no firmamento parece ser o dia 4 de julho de 1054. Segundo o relato, a estrela esteve vis?vel tamb?m durante o dia durante aproximadamente 23 dias. Gradualmente o seu brilho foi diminuindo. Ap?s um ano, do seu majestoso aparecimento, ela n?o era mais vis?vel. Uma grande surpresa ? que n?o existem relatos de sua observa??o na Europa.

Outras estrelas visitantes de destaque foram as que surgiram em, 6 de novembro de 1572 na constela??o de Cassiopeia, observada por Tycho Brahe, e em  9 de outubro de 1604 na constela??o de Ofi?co, observada por Johannes Kepler. A primeira tinha um brilho maior que o de V?nus e a segunda um brilho pr?ximo ao de V?nus. Foram facilmente observadas a olho nu. Ap?s essa data, com o aux?lio de instrumentos de observa??o, foi poss?vel observar o surgimento de diversas estrelas visitantes. Nenhuma, at? os nossos dias, com um brilho t?o intenso. Passaram a ser chamadas de Supernovas.  Hoje consideramos um modelo no qual a supernova representa uma gigantesca explos?o que ocorre em estrelas que possuem uma massa muito maior do que a do Sol. Representa o final de sua vida. Nessa explos?o ? liberada uma quantidade enorme de energia. Como n?s, as estrelas nascem e morrem. O Sol n?o ter? esse destino, tamb?m morrer?, mas de uma forma menos abrupta.

Na explos?o de uma supernova h? a libera??o de grande quantidade de material para o espa?o. Permanece existindo um n?cleo pequeno muito denso. Esse n?cleo pode ter a forma de uma estrela de n?utrons, ou um buraco negro. A poeira e os gases espalhados dar?o origem a novas estrelas. Nas rea??es que ocorrem no n?cleo das estrelas ? onde acreditamos que se formam, a partir do hidrog?nio, o elemento mais abundante no Universo, os elementos que temos hoje em nosso mundo. O sistema solar foi, dentro do modelo cient?fico que consideramos, formado a partir do resto de uma supernova... N?s somos filhos das estrelas, como dizia o cientista americano Carl Sagan. Da poeira das estrelas surge a vida. Ciclos de vida e morte. Do p? nascemos ao p? retornaremos..."

Fonte: livro  ?Um Passeio pelo C?u? ? Marcelo de Oliveira Souza - editora Muyraquit? - 2007 

As estrelas emitem energia e part?culas para o espa?o como resultado de rea??es internas. As emiss?es de energia podem ocorrer em todas as faixas do espectro eletromagn?tico (figura 1),  desde as ondas de r?dio at? os raios gama.  A faixa do espectro vis?vel para as gentes abrange somente a regi?o com comprimentos de onda compreendidos entre aproximadamente 400nm e 700nm.

Espectro Eletromagn??tico

Figura 1 - Espetro Eletromagn?tico

Fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Espectro_vis%C3%ADvel

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A atmosfera terrestre filtra grande parte da radia??o proveniente do Sol e dos demais astros do Universo (figura 2). De todo o espectro eletromagn?tico s?o filtradas pela atmosfera a maior parte da faixa do infravermelho e do ultravioleta, e a toda a faixa do raio X e do raio Gama.

Prote????o da atmosfera

Figura 2 - Prote??o da atmosfera

Fonte: imagem com montagem produzida por Marcelo de Oliveira Souza

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Essa ? a raz?o pela qual para poder observar o Universo em todas as faixas do espectro ? necess?rio colocar telesc?pios no espa?o, al?m da atmosfera terrestre. Abaixo apresentamos dois textos com informa??es sobre o in?cio da  radioastronomia e sobre a observa??o do Universo em outras faixas do espectro:

"Em nossa imagina??o criamos uma representa??o para o Universo. Imagem ?nica. Formada pelas informa??es coletadas por nossos sentidos. Nossa conex?o com o mundo. Vis?o, audi??o, tato, olfato e paladar. O c?rebro, a gerne do processamento dessas informa??es. Em um passado n?o muito distante, as representa??es de nosso mundo estavam limitadas ao alcance dos nossos sentidos. Ser? que existe um Universo distinto do que sentimos? D?vida existencial presente na alma do ser humano.

Com o aux?lio de um instrumento de observa??o, extens?o de nosso olho, Galileu Galilei, iniciou o descortinamento de um novo firmamento. Em 1610 publicou dados relativos as suas primeiras observa??es. Imagens desconhecidas pelos nossos sentidos. Instrumentos mais precisos foram permitindo ? humanidade vislumbrar um Universo desconhecido. Telesc?pios, escadas para nos auxiliar a tocar as estrelas. Met?foras para poetas. Suporte cient?fico para cientistas criativos e sonhadores.

Apesar desse aux?lio, continu?vamos limitados a observar o Universo dentro da faixa do espectro eletromagn?tico que a nossa retina ? sens?vel. Em 1932, uma grande surpresa. O f?sico norte-americano Karl Guthe Jansky anunciou na ?Proceedings of the IRE? que havia detectado ondas de r?dio cuja fonte estava localizada no centro da nossa gal?xia, a Via L?ctea. Primeira detec??o de um sinal n?o vis?vel com fonte extraterrestre. In?cio da radioastronomia!!! Ele havia sido contratado em 1928 pela Bell Telephone Laboratories para investigar as fontes de interfer?ncia na recep??o de sinais transmitidos pelas esta??es de r?dio, terrestres, ? bom que se diga... Desde 1931 havia percebido que um dos sinais detectados, e que interferiam na recep??o, tinha uma fonte que parecia n?o estar em nosso planeta... Uma an?lise mais detalhada o  permitiu confirmar as suspeitas iniciais. A fonte da emiss?o estava localizada no centro da nossa gal?xia!!! Descoberta feita por acaso...

Em 1937, Grote Rober, motivado ap?s ter lido o an?ncio da descoberta, construiu um radiotelesc?pio no jardim de sua casa. Realizou a primeira sequ?ncia de registros sistem?ticos de sinais extraterrestres e confirmou a descoberta feita por Jansky. A partir desse momento temos o in?cio da constru??o de gigantescos radiotelesc?pios. Registro de dados de um Universo desconhecido pelos nossos sentidos.

Em 1967, Susan Jocelyn Bell-Burnell, estudante de p?s-gradua??o da Universidade de Cambridge, realizou a detec??o de sinais extraterrestres peri?dicos e com uma alta frequ?ncia. N?o tendo uma fonte vis?vel, chegou a se especular na ?poca que poderiam ser sinais emitidos por seres extraterrestres. LGM, little green men, pequenos homens verdes. Ela e seu orientador Anthony Hewish publicaram um trabalho sobre essa detec??o. A fonte dos sinais ? um tipo de astro conhecido como estrela de n?utrons, tamb?m chamado de pulsar. Foi a primeira vez que haviam sido detectados, j? que n?o era poss?vel observ?-los na faixa do vis?vel. Por essa descoberta o seu orientador recebeu o Pr?mio Nobel em 1974. Uma das grandes injusti?as da ci?ncia foi a n?o premia??o de Jocelyn Bell.

O PhD em F?sica, Kent Cullers, ? deficiente visual. Foi o primeiro deficiente visual a se formar em F?sica. Obteve o seu doutorado em 1980. Trabalhou no projeto SETI. Projeto que analisa os sinais detectados pelos r?dio-telesc?pios em busca de vida extraterrestre.  Ele n?o conta com o aux?lio da vis?o, fato que n?o o impediu de perscrutar o Universo e tentar compreend?-lo. Ouve o som das estrelas. Fonte para uma sinfonia que ele est? compondo usando a sensibilidade de sua alma. No sil?ncio da aus?ncia de imagens, imagina um Universo melodioso, colorido pela esperan?a, e justo. Ultrapassando todos os obst?culos se transformou em um exemplo para a humanidade..."

Fonte: livro  ?Um Passeio pelo C?u? ? Marcelo de Oliveira Souza - editora Muyraquit? - 2007 

"Ilus?o... Magia... In?cio da noite... No horizonte... Uma grande esfera no c?u... Lua cheia gigante... Selene imponente... A Terra rodando... Selene subindo... Encolhendo... Pequena, no alto do c?u... Os astros se divertem... A mente sendo ludibriada... Engano inconsciente... Ast?cia de Selene??? A natureza mostrando seu poder...  Os seres humanos... Ne?fitos no Universo...

Nesse momento as aten??es est?o direcionadas para a Copa do Mundo. Nos jogos h? momentos que surgem d?vidas em rela??o ao que observamos. Para nos auxiliar temos a disposi??o recursos tecnol?gicos que permitem a observa??o do mesmo lance a partir de diferentes referenciais. Visualizamos como se estiv?ssemos situados em diferentes posi??es no est?dio, ou, at? sobrevoando o est?dio!!! H? c?meras em todos os locais. Percebemos como para uma mesma cena, dependendo do referencial, ou seja, do local onde estamos, podemos observar algum detalhe diferente. Pode-se perceber se realmente ocorreu a falta. A bola atravessou a linha? A m?o do jogador tocou na bola? Como a nossa mente nos engana...

Na observa??o do Universo estivemos durante muito tempo limitados a observa??es realizadas a partir da superf?cie de nosso planeta. Um ?nico referencial. Os movimentos da Terra nos auxiliam a buscar encontrar posi??es distintas para observar o mesmo astro, ou observar novos astros. H? limita??es. Algumas delas s?o impostas pela atmosfera da Terra. Com o in?cio da conquista espacial foi poss?vel realizar observa??es a partir de outros referenciais. Passeamos pelo sistema solar... As novas tecnologias dispon?veis permitem que possamos receber imagens enviadas pelas naves espaciais com muito boa resolu??o. H? diversos sat?lites telesc?pios em ?rbita da Terra. Observam o Universo em diversas faixas do espectro eletromagn?tico. Algumas delas n?o s?o poss?veis observar a partir da superf?cie da Terra. A atmosfera para nos proteger filtra alguns desses sinais. Para a dimens?o que imaginamos ter o Universo, estamos limitados a uma infinitamente pequena regi?o. Imaginamos a forma da Gal?xia onde vivemos, a Via L?ctea, por compara??o com a observa??o de outras Gal?xias e pela observa??o realizada a partir da Terra. Em uma regi?o com pouca ilumina??o artificial, ? poss?vel perceber uma faixa clara atravessando o firmamento. Por sua apar?ncia, recebeu o nome de Via L?ctea, caminho de leite no c?u. Em 1750 o fil?sofo ingl?s Thomas Wright (1711-1786) apresenta uma proposta para a forma do Universo conhecido na ?poca, analisando a forma da Via L?ctea. Imaginava que o Universo estava limitado a uma fina casca de uma esfera. Nessa regi?o se olh?ssemos para o lado ver?amos uma grande quantidade de estrelas.  Olhando para cima e para baixo nessa casca, como era delgada, ver?amos poucas estrelas. Explicava dessa forma porque n?o v?amos o c?u todo repleto de estrelas. O que havia no centro dessa esfera? Por que o Universo tinha essa forma? D?vidas... Em 1775 o fil?sofo Immanuel Kant (1724-1804)apresentou novos elementos a essa discuss?o. Imaginando a Via L?ctea como um disco, modelo que se adapta a proposta feita por Thomas Wright, sugeriu a hip?tese de haver outros discos semelhantes ao que vivemos. Os Universos Ilhas. Na ?poca, quando se observava algumas estrelas elas apareciam como objetos difusos nos telesc?pios. Pequenas nuvens. Baseado nessas observa??es imaginou que essa seria a forma que poder?amos observar outros discos compostos por estrelas, semelhantes ao disco com estrelas no qual viv?amos. Ap?s essa primeira proposta se passaram muitos anos at? que surgissem condi??es t?cnicas para realizar as an?lises mais precisas que eram necess?rias. Somente em 1923 o astr?nomo norte-americano Edwin Powell Hubble(1889-1953) comprovou com dados observacionais a exist?ncia de outras gal?xias. Existiam outras gal?xias no Universo... Vivemos em uma gal?xia com incont?veis estrelas. Existem incont?veis gal?xias com incont?veis estrelas... Para essas an?lises n?o contamos com os recursos que s?o utilizados nos jogos de futebol. N?o podemos, hoje em dia, colocar uma c?mera sobrevoando a nossa gal?xia. Passeando em torno de outras gal?xias. Olhando a nossa gal?xia a partir de outra gal?xia.... Quem sabe um dia..."

Fonte: livro  ?Um Passeio pelo C?u? ? Marcelo de Oliveira Souza - editora Muyraquit? - 2007

Uma das ?reas que tem tido um grande desenvolvimento nos ?ltimos tempos ? a radioastronomia. Com a constru??o de gigantescos conjuntos de radiotelesc?pios. Entre uma grande quantidade de radiotelesc?pios existentes no Mundo h? dois projetos que se destacam: O radiotelesc?pio de Arecibo e o sistema de radiotelesc?pios conhecido pela sigla ALMA.

O maior radiotelesc?pio fixo do mundo est? localizado em Arecibo, regi?o de Porto Rico (figura 3). Sua antena parab?lica possui 305 m de di?metro.

Radiotelesc??pio de Arecibo

Figura 3 - Radiotelesc?pio de Arecibo

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiotelesc%C3%B3pio_de_Arecibo

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O ALMA (   Atacama Large Milimeter Array - Matriz Atacama de Largo Mil?metro)  foi inaugurado no dia 13 de mar?o de 2013. Est? localizado a uma altura aproximada de 5.000m na regi?o de Chajnantor, pr?ximo de San Pedro de Atacama, no Chile. ? composto por um conjunto de 66 antenas, cada uma com 12 metros de altura e 7 metros de di?metro (figura 4 e figura 5).

ALMA

Figura 4 - ALMA

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Atacama_Large_Millimeter_Array

ALMA 2

Figura 5 - ALMA

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Atacama_Large_Millimeter_Array

? poss?vel ter em cada escola um radiotelesc?pio, h? diversos projetos de equipamentos de baixo custo. O mais famoso ? o sistema proposto no projeto Radio Jove. ? um sistema que custa aproximadamente R$200,00 e j? foi instalado em 1.700 escolas de diversos pa?ses do Mundo. Para conhec?-lo com mais detalhes basta acessar a p?gina do projeto: http://radiojove.gsfc.nasa.gov/

Informa??es sobe outro radiotelesc?pio de baixo custo est?o dispon?veis nas refer?ncias abaixo (as tr?s primeiras em ingl?s e ?ltima em portugu?s):

http://www.scienceinschool.org/2012/issue23/telescope

http://www.nastro.org.uk/how-to-build-a-radio-telescope.html

http://www.iiap.res.in/iya09/VPwkshop/talks/DhirajGaikwad.pdf

http://www.ucb.br/sites/100/118/TCC/2%C2%BA2007/TCCKley2007.pdf

Os radiotelesc?pios de baixo custo geralmente s?o utilizados para registrar ondas de r?dio provenientes do Sol e do planeta J?piter. Registros de atividades solares podem ser ouvidos a partir de arquivos de ?udio disponibilizados no seguinte endere?o:

http://www.astrosurf.com/luxorion/audiofiles-solar.htm

Sugerimos que seja solicitado aos estudantes que desenvolvam e apresentem uma apresenta??o multim?dia (como por exemplo com slides produzidos no software power-point)  com dados sobre a radioastronomia e com propostas para a constru??o de um radiotelesc?pio de baixo custo. Propomos tamb?m que os estudantes elaborem material multim?dia com informa??es sobre os telesc?pios espaciais em atividade com dados sobre a faixa do espectro eletromagn?tico que cada um desses telesc?pios espaciais ? sens?vel.

Refer?ncias:

Estrelas

http://astro.if.ufrgs.br/esol/esol.htm

http://www.iag.usp.br/siae98/universo/evolucao.htm

http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/estrelas.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estrela

Radioastronomia

http://lief.if.ufrgs.br/~gentil/

http://educacaoespacial.files.wordpress.com/2010/10/radioastronomia-ferramenta-para-observar-o-universo1.pdf

http://www.iar.unlp.edu.ar/radio.htm

Estrela de N?utrons ou Pulsar

http://www.infoescola.com/cosmologia/estrela-de-neutrons/

http://www.if.ufrgs.br/oei/stars/neutron_st/neutrst.htm

Telesc?pios Espaciais

http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Telesc%C3%B3pios_espaciais

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2o Momento - Atividade Mundo Desconhecido pelos nossos sentidos

A partir da percep??o de que as gentes possuem limita??es na observa??o do Universo ? poss?vel compreender o que ocorre quando tragicamente se perde a vis?o. Os deficientes visuais enfrentam grandes, e desconhecidos pela maior parte das gentes, dificuldades em seu cotidiano. A radioastronomia pode ser utilizada como o ponto de partida para apresentar aos estudantes as dificuldades enfrentadas pelos deficientes visuais. Na cidade de Campos dos Goytacazes, localizada na regi?o Norte do Estado do Rio de Janeiro, a equipe do Clube de Astronomia Louis Cruls realizou uma in?dita experi?ncia de usar a Astronomia para mostrar a necessidade de compreender o mundo como ? percebido pelos deficientes visuais. No per?odo de 13 a 16 de abril de 2013 foi instalado no maior Shopping Center da cidade uma tenda fechada como parte do projeto "Universo Desconhecido". Os visitantes usavam vendas nos olhos e eram guiados por deficientes visuais em um passeio por representa??es t?cteis de constela??es, modelos t?teis de planetas em escalas e registros sonoros de atividades solares e pulsares. Abaixo apresentamos algumas imagens da atividade desenvolvida (figuras 6 a 9):

Universo Desconhecido -1

Figura 6 - Projeto Universo Desconhecido

Fonte: Marcelo de Oliveira Souza

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Universo Desconhecido -2

Figura 7 - Projeto Universo Desconhecido

Fonte: Marcelo de Oliveira Souza

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Universo Desconhecido -3

Figura 8 - Projeto Universo Desconhecido

Fonte: Marcelo de Oliveira Souza

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Universo Desconhecido -4

Figura 9 - Projeto Universo Desconhecido

Fonte: Marcelo de Oliveira Souza

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Baseado na experi?ncia do projeto "Universo Desconhecido" sugerimos que os estudantes sejam motivados a desenvolver modelos t?cteis de planetas do sistema solar e representa??es t?cteis de algumas das constela??es de mais f?cil reconhecimento. Os estudantes tamb?m podem desenvolver modelos de naves, foguetes, superf?cie da Lua, ... Devem ser motivados a usar a criatividade. Ap?s terem desenvolvido os modelos propomos que seja organizada uma atividade na escola na qual todos os estudantes possam participar. Todo o  material desenvolvido deve ser colocado em uma sala que deve permanecer com a porta fechada. Devem ser organizados grupos pequenos de estudantes. Deve entrar na sala um grupo de cada vez. Os estudantes do grupo, antes de entrar na sala devem colocar vendas nos olhos. Devem ser guiados e orientados por estudantes e professores durante o tempo em que estiverem com as vendas  Dento da sala propomos que sejam executados arquivos de ?udio com registros das atividades solares e dos pulsares. A proposta b?sica dessa atividade ? que os estudantes atrav?s da dificuldade que ter?o para se deslocar na sala e em identificar os objetos associados aos modelos t?teis percebam como se sentem os deficientes visuais. Os estudantes perceber?o tamb?m que ? poss?vel desenvolver pesquisas e produzir novos conhecimentos mesmo que tendo algum tipo de defici?ncia. O desenvolvimento de recursos t?cteis ? muito importante para permitir que as pessoas com defici?ncia visual tenham a possibilidade de conhecer as formas e caracter?sticas dos astros e tamb?m as formas imaginadas para as constela??es. Existe muito pouco material did?tico relacionado com a ?rea de Astronomia dispon?vel para os deficientes visuais.  O material produzido nessa atividade poder? ser encaminhado para centros que desenvolvem projetos para deficientes visuais e poder?o ser a fonte para a produ??o de novos materiais did?ticos. H? uma grande import?ncia na an?lise dos sinais emitidos por estrelas e planetas e captados na faixa de ondas de r?dio. Foi o modo como foram detectadas as estrelas de n?utrons. Hoje em dia a radioastronomia ? uma ?rea que est? tendo um grande desenvolvimento. O gigantesco e sensacional projeto ALMA ? um exemplo disso.  A radioastronomia ? uma ?rea aberta para a participa??o de pesquisadores com defici?ncia visual. O Kent Cullers ? um grande exemplo. Da mesma forma todas as ?reas do conhecimento est?o abertas a participa??o dos deficientes visuais. H? grandes possibilidades para todos. 

Refer?ncias:

Arquivos de ?udio com registros de pulsares

http://www.astrosurf.com/luxorion/audiofiles-pulsar.htm

3o Momento - Debate

Ap?s a realiza??o das atividades propomos que seja realizado um debate sobre quest?o da inclus?o das gentes com alguma forma de defici?ncia na sociedade. Deve ser solicitado aos estudantes que apresentem propostas de como essa inclus?o pode ser realizada. Ser? um excelente momento para surgir propostas inovadoras e criativas. Para orientar o debate podem ser usadas as seguintes quest?es como base para motivar a participa??o ativa dos estudantes:

Os deficientes visuais podem trabalhar na ?rea de Astronomia? H? alguma ?rea da ci?ncia que n?o permite a participa??o ativa dos deficientes visuais? A partir da experi?ncia realizada como os estudantes percebem o mundo na perspectiva dos deficientes visuais? 

Recursos Complementares

Defici?ncia Visual

Associa??o de Deficientes Visuais e Amigos - http://www.adeva.org.br/

Associa??o Brasileira de Assist?ncia ? Pessoa com Defici?ncia Visual - http://laramara.org.br/

Funda??o Dorina Nowill para Cegos - http://www.fundacaodorina.org.br/deficiencia-visual/

Associa??o Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais - http://intervox.nce.ufrj.br/~abedev/

Avaliação

Propomos duas avalia??es:

- Produ??o de material multim?dia (v?deo, anima??es, p?ginas de web ou apresenta??es em formato Power-point) com a opini?o justificada dos estudantes em rela??o ao tema abordado: O Mundo desconhecido pelos nossos sentidos.

- Avalia??o oral sobre a observa??o do Universo em todas as faixas do espectro eletromagn?tico.