Eliana Dias e Lazu?ta Goretti de Oliveira
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Ensino Fundamental Final | L?ngua Portuguesa | An?lise lingu?stica: modos de organiza??o dos discursos |
Ensino Fundamental Final | L?ngua Portuguesa | An?lise lingu?stica: processos de constru??o de significa??o |
Ensino M?dio | L?ngua Portuguesa | G?neros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal |
Ensino M?dio | L?ngua Portuguesa | Produ??o, leitura, an?lise e reflex?o sobre linguagens |
Ensino M?dio | L?ngua Portuguesa | Recursos lingu?sticos em uso: fonol?gicos, morfol?gicos, sint?ticos e lexicais |
Imagem dispon?vel em: http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/04/carta-argumentativa.html Acesso em: 23 maio 2013.
Professor, diante de seus notebooks, tablets ou nos computadores do Laborat?rio de Inform?tica da escola, os alunos dever?o acessar os sites abaixo de cada carta.
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Porto Alegre (RS), 1? de fevereiro de 2010.
Senhor Diretor do Departamento de Tr?nsito de Porto Alegre:
Dispon?vel em: http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/08/carta-argumentativa-de-reclamacao.html Acesso em: 23 maio 2013.
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Carta 2 - Ao editor de uma revista
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Londrina, 10 de setembro de 2012.
Prezado editor,
O senhor e eu podemos afirmar com seguran?a que a viol?ncia em Londrina atingiu propor??es ca?ticas. Para chegar a tal conclus?o, n?o ? necess?rio recorrer a estat?sticas. Basta sairmos ?s ruas (a p? ou de carro) num dia de "sorte" para constatarmos pessoalmente a gravidade da situa??o. Mas n?o acredito que esse quadro seja irremedi?vel. Se as nossas autoridades seguirem alguns exemplos nacionais e internacionais, tenho a certeza de que poderemos ter mais tranquilidade na terceira cidade mais importante do Sul do pa?s.
Um bom modelo de a??o a ser considerado ? o adotado em Vig?rio Geral, no Rio de Janeiro, onde foi criado, no in?cio de 1993, o Grupo cultural Afro Reggae. A iniciativa, cujos principais alvos s?o o tr?fico de drogas e o subemprego, tem beneficiado cerca de 750 jovens. Al?m de Vig?rio Geral, s?o atendidas pelo grupo as comunidades de Cidade de Deus, Cantagalo e Parada de Lucas.
Mas combater somente o narcotr?fico e o problema do desemprego n?o basta, como nos demonstra um paradigma do exterior. Foi muito divulgado pela m?dia - inclusive pelo seu jornal, a Folha de Londrina - o projeto de Toler?ncia Zero, adotado pela prefeitura nova-iorquina h? cerca de dez anos.
Por meio desse plano, foi descoberto que, al?m de reprimir os homic?dios relacionados ao narcotr?fico (inten??o inicial), seria mister combater outros crimes, n?o t?o graves, mas que tamb?m tinham rela??o direta com a incid?ncia de assassinatos. A diminui??o do n?mero de casos de furtos de ve?culos, por exemplo, teve repercuss?o positiva na redu??o de homic?dios.
Convenhamos, senhor editor: faltam vontade e a??o pol?ticas. J? n?o ? tempo de as nossas autoridades se espelharem em bons modelos? As iniciativas mencionadas foram somente duas de v?rias outras, em nosso e em outros pa?ses, que poderiam sanar ou, pelo menos, mitigar o problema da viol?ncia em Londrina, que tem assustado a todos.
Espero que o senhor publique esta carta como forma de exteriorizar o protesto e as propostas deste leitor, que, como todos os londrinenses, deseja viver tranquilamente em nossa cidade.
Atenciosamente,
M.
Dispon?vel em: http://www.mundovestibular.com.br/articles/4486/1/CARTA-ARGUMENTATIVA/Paacutegina1.html Acesso em: 23 maio 2013.
Carta 3 - ao escritor Luiz Fernando Ver?ssimo
Carta 4- Ao presidente Sarney
Bras?lia, 30 de julho de 2009.
Excelent?ssimo Senhor Presidente Jos? Sarney,
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Depois de terem lido as cartas, os alunos dever?o fazer um quadro, no word, em seus laptops, tablets ou nos computadores do Laborat?rio de Inform?tica com as caracter?sticas de cada uma. Assim, poder?o fazer a compara??o entre elas. Todas t?m data? ...e assim por diante?
Carta 1 | carta 2 | carta 3 | carta 4 | ? |
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Os alunos dever?o enviar os quadros para o e-mail do professor que, depois de ter verificado cada um, dever? devolver com um feedback.
Professor, voc? poder? aproveitar para sanar as d?vidas na pr?xima aula.
M?dulo 2
Produ??o de textos
Imagem dispon?vel em: http://oblogderedacao.blogspot.com.br/2012/08/carta-argumentativa-de-reclamacao.html Acesso em: 23 maio 2013.
Professor, antes de propor a produ??o de um texto, leia com seus alunos o texto de apoio abaixo. Reproduza c?pias do texto ou solicite que acessem o site onde o texto est? postado.
Texto de apoio
N?o ? t?o simples definir a palavra ?viol?ncia?, segundo soci?logos e pesquisadores deste tema. As conota??es deste conceito variam conforme suas fontes. Por exemplo, segundo a Organiza??o Mundial da Sa?de (OMS), este termo significa impor um grau intenso de dor e sofrimento que n?o se pode evitar. Para os militantes dos direitos humanos, a ?viol?ncia? ? entendida como a viola??o dos direitos civis. Mas os estudiosos cr?em que seu significado ? muito mais profundo.
Viol?ncia nas grandes cidades
A viol?ncia tem v?rias faces. Na verdade, a viol?ncia urbana ? apenas uma delas, entre guerras, mis?ria, discrimina??es, e tantas mais. O ?ngulo aqui abordado ? um dos mais discutidos e controvertido de nossos tempos. Os atos transgressores ocorridos no ?mago das grandes cidades, de car?ter estritamente agressivo, frutos da vida em sociedade na esfera urbana, caracterizam, em parte, este fen?meno social que se convencionou chamar de viol?ncia urbana.
Ela se expressa atrav?s dos n?veis cada vez mais elevados de criminalidade, da sujei??o freq?ente ao dom?nio dos instintos selvagens e b?rbaros, do crime organizado, principalmente em torno do tr?fico de drogas, dos atos despidos de qualquer civilidade ? aqui se compreendem tamb?m a constitui??o de gangues, as pixa??es, a espolia??o dos bens p?blicos, o caos do tr?nsito, os pontos abandonados da cidade, sem nenhuma preserva??o ou manuten??o, entre outros.
Infelizmente, a cultura de massa ? um setor da m?dia, irrespons?vel e sensacionalista, que alimenta essas tend?ncias explosivas das metr?poles, incentivando a viol?ncia por meio de filmes, m?sicas, novelas, enfim, ? um jornalismo policial preocupado apenas com uma audi?ncia crescente, entre outros.
A viol?ncia est? enraizada no pr?prio processo hist?rico brasileiro, desde os prim?rdios da coloniza??o. Milhares de ?ndios foram exterminados, culturas dizimadas, outros abor?genes escravizados, ao lado dos negros trazidos da ?frica. Esse contexto foi, ao longo do tempo, agravando-se ainda mais. Depois da liberta??o dos escravos, da importa??o de m?o-de-obra de outros pa?ses, os imigrantes, o n?mero de exclu?dos e marginalizados da nossa sociedade foi crescendo significativamente.
? medida que as cidades passaram a inchar de forma ca?tica, desordenada, sem nenhum planejamento, absorvendo tamb?m os trabalhadores do campo, principalmente ap?s a mecaniza??o rural, sua popula??o foi dividindo os territ?rios ? um centro ocupado pela elite, alguns c?rculos habitados pela classe m?dia, e uma periferia crescente que cada vez mais se expande por todos os espa?os desocupados que restam nas metr?poles urbanas.
Tudo isso, somado a um sistema econ?mico que mais exclui do que inclui as pessoas, mecanismo cruel que, por um lado, explora os trabalhadores, aliena-os do produto de seu trabalho, e por outro estimula ao m?ximo o consumo, atrav?s dos canais disponibilizados pela m?dia e pela cultura de massa. Assim, a maior parte dos jovens, excitados pelo apelo ao consumismo, sem perspectivas materiais e sociais, abandonados pelo Poder P?blico, que n?o investe o suficiente em pol?ticas educacionais e culturais, v? abrir-se diante de seus olhos o universo do crime organizado, que eles acreditam lhes proporcionar tudo o que mais desejam. Este mundo, a princ?pio fascinante, ocupa o v?cuo deixado pelo Estado, mas depois trai cada um de seus seguidores, oferecendo-lhes nada mais que uma vida perdida, sem dignidade, mergulhada nos v?cios e em uma viol?ncia sem freios, que acaba ceifando suas pr?prias exist?ncias.
Assim, em sociedades nas quais as institui??es revelam-se fracas e corrompidas, na qual a autoridade social encontra-se desacreditada, os valores morais atravessam uma fase de decad?ncia e descren?a, na qual at? mesmo a fam?lia tem deixado de cumprir seu papel fundamental na esfera da educa??o e da concess?o de limites, vemos a viol?ncia urbana ultrapassar inclusive as barreiras sociais, aliciando adeptos em todas as classes sociais, em qualquer faixa ?tnica, independente at? mesmo de sexo, idade ou religi?o.
A pr?pria vida perdeu seu sentido, da? presenciarmos linchamentos, justi?a realizada pelas pr?prias m?os, crimes passionais, assassinatos resultantes de brigas no tr?nsito, em casas noturnas, shows, bares, entre pessoas aparentemente honestas e at? aquele momento completamente obedientes ?s normas sociais e legais.
Hoje, em nosso pa?s, a viol?ncia se dissemina tamb?m pelas cidades do interior, pois os grupos criminosos v?o procurando novos territ?rios. Al?m disso, tamb?m essas pequenas cidades absorvem atualmente os problemas antes t?picos das grandes metr?poles, principalmente a degrada??o moral. Torna-se urgente uma profunda reforma pol?tico-social, aliada a um resgate intenso dos valores esquecidos, perdidos pelo caminho. Esta a??o depende do Estado, mas tamb?m de toda a sociedade organizada.
Texto dispon?vel em: http://www.infoescola.com/sociedade/violencia-nas-grandes-cidades/ Acesso em: 01 maio 2013.
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Professor, depois de lerem o texto, projete-o e chame a aten??o dos alunos para suas caracter?sticas:
CARACTERIZANDO A CARTA ARGUMENTATIVA
? ? um g?nero argumentativo, pois tem a finalidade de persuadir o interlocutor a partir de argumentos convincentes.
? Apresenta introdu??o (ponto de vista defendido), desenvolvimento (sustenta??o do ponto de vista atrav?s de argumentos) e conclus?o (s?ntese das ideias, recomenda??o, sugest?o, proposta).
? Tem uma estrutura semelhante a das cartas em geral: local e data, vocativo, corpo da carta, express?o cordial de despedida, assinatura.
? Pode ser: carta de reclama??o (quando o objetivo ? reclamar sobre algum problema ?s autoridades competentes) ou carta de solicita??o (com o objetivo de solicitar solu??es para um problema) e outros.
? Apresenta linguagem clara e objetiva, conforme o padr?o culto formal.
Professor, levante os argumentos expostos no desenvolvimento da carta para os alunos.
Solicite aos alunos que, a partir da leitura cr?tica do texto de apoio, escreva uma carta dirigida a um jornal da cidade onde voc? mora, sugerindo medidas para conter a viol?ncia.
Professor, recolha os textos e depois de corrigidos, d? um feedback para os alunos.
Reda??o - Exerc?cio: Carta Argumentativa - Caracter?sticas - Dispon?vel em: http://www.youtube.com/watch?v=sQEBURb7v1A Acesso em: 03 maio 2013.
V?deo 2 - Carta argumentativa - Dispon?vel em: http://www.youtube.com/watch?v=0NPZhKucgwk Acesso em: maio 2013.
V?deo 3 - cartas argumentativas - Dicas r?pidas - http://www.youtube.com/watch?v=_z7EfYix5OA Acesso em: 05 maio 2013.
A avalia??o dever? ocorrer durante todo o percurso por meio da observa??o do professor que dever? avaliar se o aluno sabe identificar uma carta argumentativa e suas caracter?sticas, se sabe conhecer os argumentos utilizados para persuadir o leitor e, em rela??o ? produ??o do texto, se o aluno produziu uma carta argumentativa com todas as suas caracter?sticas..