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Uso da Internet.
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Pesquisa em blog.
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Trabalho em duplas.
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Exposi??o de textos de cordel no p?tio.
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Professor, o g?nero ? Literatura de Cordel? expressa em seus versos tra?os marcantes da diversidade cultural presente na sociedade brasileira: cada regi?o tende a proclamar seu modo de viver, seus costumes, sua cren?as em produ??es caracter?sticas de sua regi?o. A primeira e mais importante constata??o a respeito desta poesia, ? que ela ? uma express?o cultural do povo. Utiliza-se de sua linguagem, sua vis?o de mundo, seus problemas, suas lendas e seu cotidiano. A falta de sensibiliza??o e de reflex?o sobre a diversidade cultural e est?tica da cultura regional favorece o distanciamento do aluno de suas ra?zes hist?rico-geogr?ficas, propiciando um processo de aliena??o cultural. Entendemos que, nos meios escolares, a Literatura de Cordel deve ser valorizada, representando essas caracter?sticas que comp?em a identidade de cada regi?o e a espontaneidade da Arte Popular.
Dispon?vel em: https://sites.google.com/site/projetosereflexoes/home/projetos-pedaggicos/cordel-leitura-e-escrita Acesso em: 18 agosto 2013.
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M?DULO 1 - SENSIBILIZA??O PARA ESTUDAR O CONTE?DO.
ATIVIDADE 1
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Professor, como forma de introduzir o assunto, entregue c?pias do texto abaixo para os alunos. Antes forme grupos com 5 alunos em cada um. Pe?a aos estudantes para lerem o texto, com o objetivo de apresentarem um resumo das informa??es para os colegas.
Cada grupo ser? respons?vel por apresentar uma parte do texto COMO SURGIU A LITERATURA DE CORDEL. No entanto, todos dever?o ler o texto por inteiro.
GRUPO 1- Como surgiu a literatura de Cordel
GRUPO 2- Poesia no barbante
GRUPO 3 - Improviso feliz
GRUPO 4- Vers?o extraoficial
GRUPO 5- G?nero virou tema da Academia
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Como surgiu a literatura de cordel
A literatura de cordel tem origem na Idade M?dia, mas muitas inova??es brasileiras ajudaram a dar cara pr?pria a esse patrim?nio ?nico
De tanto ouvir Roberto Carlos mandar tudo para o inferno, nos versos da can??o que dominava as r?dios no fim dos anos 1960, o poeta En?ias Tavares dos Santos decidiu que o "rei" havia feito por merecer uma resposta - e do tinhoso em pessoa. Escreveu ent?o o folheto de cordel Carta de Satan?s a Roberto Carlos, em que o diabo se dirigia queixoso ao cantor, diretamente da "corte das trevas". (Um trecho da pe?a ? reproduzido no caix?o abaixo.)
Ao reunir realidade e fic??o, s?tira e bom humor, a conversa franca entre Satan?s e seu "grande amigo Roberto" tornou-se um dos maiores sucessos da literatura popular em versos brasileira. Rendeu incont?veis reimpress?es e inspirou dezenas de folhetos de outros cordelistas, como Resposta de Roberto Carlos a Satan?s, de Manuel d?Almeida Filho, e A Mulher que Rasgou o Travesseiro e Mordeu o Marido Sonhando com Roberto Carlos, de Apol?nio Alves dos Santos.
Al?m da sorte, En?ias Tavares usou a seu favor a ast?cia dos grandes cordelistas: conjugou a crendice popular (centrada na figura do diabo) ? modernidade do novo ?dolo, que estampava capas de revistas e alavancava audi?ncia na televis?o ao embalo do i?-i?-i?. O autor soube interpretar um momento de sua ?poca, na mesma toada em que h? mais de um s?culo a literatura de cordel retoma tradi??es e constr?i, em forma de poesia, cr?nicas da sociedade e da pol?tica brasileiras.
Poesia no barbante
Normalmente impresso em livretos de oito, 16 ou 32 p?ginas, com dimens?es que n?o costumam ultrapassar as da palma da m?o, o cordel pode ser encontrado sobretudo no Nordeste, em feiras de grandes capitais (como a de S?o Crist?v?o, no Rio de Janeiro) e em lojas especializadas em produtos nordestinos.
Diferentemente de outras formas de literatura, o cordel ? derivado da tradi??o oral. Isto ?, surge da fala comum das pessoas, e tamb?m das hist?rias como contadas por elas, e n?o como fixadas no papel. "Onde quer que existam popula??es que n?o sabem ler nem escrever, existir? poesia oral, conto oral, narrativa oral, porque as pessoas n?o acham que o analfabetismo pode impedi-las de praticar a poesia e a narrativa. A literatura nasceu oral e foi assim durante mil?nios. Quando a Il?ada e a Odisseia foram transpostas pela primeira vez para o papel, j? tinham s?culos de idade", afirma o escritor Braulio Tavares.
A origem dos cord?is s?o as cantigas dos trovadores medievais, que comentavam as not?cias da ?poca usando versos, que eles pr?prios cantavam, frequentemente de forma c?mica. "Por volta do s?culo 16, ela era praticada na pen?nsula Ib?rica por meio dos trovadores, que recitavam louva??es e galanteios para agradar aos poderosos", diz Gon?alo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Com o tempo, tais artistas come?aram a registrar suas falas em folhas soltas, conhecidas em Portugal como "volantes", e prend?-las em torno do corpo em barbantes para que as recitassem e, ao mesmo tempo, garantissem as m?os livres para os movimentos.
O verbete "cordel" apareceu apenas em 1881, registrado no dicion?rio portugu?s Caldas Aulete. Era sin?nimo de publica??o de baixo valor e prest?gio, como as que na ?poca eram vendidas penduradas em cord?es na porta das livrarias - esses "varais" de literatura logo ca?ram em desuso, mas o nome prevaleceu. A tradi??o chegou ao Nordeste do Brasil com os colonizadores portugueses e, ao longo dos s?culos, adquiriu caracter?sticas pr?prias. A forma definitiva, com os livretos, t?m pouco mais de 100 anos. Tudo gra?as a algumas prensas velhas de jornal.
Improviso feliz
As honras de "pai" da literatura de cordel brasileira cabem ao paraibano Leandro Gomes de Barros, que come?ou a imprimir livretos e alcan?ou o m?rito, digno de poucos poetas, populares ou n?o, de sustentar a fam?lia apenas com os dividendos das centenas de t?tulos lan?ados.
Na virada do s?culo 20, as reda??es de jornal e as casas tipogr?ficas eram modernizadas: trocavam a composi??o manual, em que cada palavra era montada na p?gina, letra por letra, por m?quinas de linotipo, que aceleravam a impress?o ao usar linhas completas de uma s? vez.
Assim, o maquin?rio obsoleto foi descartado por valores ?nfimos, para a alegria dos entusiastas do cordel. "Isso fez com que os versos dos poetas populares nordestinos, que at? ent?o eram copiados a m?o e passados adiante, pudessem ser transformados em produto industrial e comercial, mesmo que em escala modesta", escreve Braulio Tavares em Contando Hist?rias em Versos - Poesia e Romanceiro Popular no Brasil. Um dos primeiros cordeis de sucesso foi A Guerra de Canudos, em que o conflito de 1896 e 1897, opondo Ant?nio Conselheiro ao Ex?rcito brasileiro, foi retratado em versos por Jo?o Melqu?ades Ferreira da Silva, que fora soldado naquelas batalhas e se tornaria um grande nome da primeira gera??o de cordelistas brasileiros.
A partir da atua??o de Leandro Gomes de Barros, surgiram poetas-editores que escreviam e imprimiam seus pr?prios folhetos, quando n?o adquiriam tamb?m os direitos sobre as obras de terceiros. Um dos principais empres?rios do setor foi Jo?o Martins de Ata?de, que em 1921 obteve licen?a para republicar as hist?rias de Barros, inicialmente apresentando-se nos livretos como editor e, num segundo momento, como o pr?prio autor.
Conforme o cordel se popularizou, as evolu??es gr?ficas vieram pelas m?os dos artistas das gera??es seguintes: as capas com textos meramente decorativos aos poucos foram substitu?das por imagens de cart?o-postal e de estrelas de Hollywood, mais atrativas.
At? que, nos anos 1950, o folheto alcan?asse a sua cara definitiva nos desenhos "r?sticos" da xilogravura.
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Vers?o extraoficial
No ?ltimo s?culo, o teor da literatura de cordel jamais parou de se desenvolver. Os versos n?o abandonaram o tom matuto, o di?logo do sertanejo com suas cren?as, suas percep??es e seus dilemas cotidianos, embora ao longo das d?cadas a realidade do povo nordestino mudasse e muitos autores e leitores partissem, em ondas migrat?rias, para o centro-sul do pa?s. "O cordel se revelou uma fonte de ?hist?ria n?o oficial? do s?culo 20, narrada pelos poetas do Nordeste", diz Mark J. Curran, professor da Universidade do Estado do Arizona e autor de livros como Retrato do Brasil em Cordel.
Segundo o pesquisador americano, os folhetos cumpriram o papel de jornal e novela do povo sertanejo, exerceram a fun??o de ao mesmo tempo informar e entreter, em muitos momentos integrando ? vida nacional popula??es que ainda n?o haviam sido atendidas pelos servi?os tradicionais de comunica??o. E ? por isso que os mais diferentes epis?dios e personagens foram transportados para a cr?nica cordeliana, dos desastres naturais aos embates ideol?gicos, de figuras como Get?lio Vargas, Lampi?o e Padre C?cero a Roberto Carlos.
Atualmente, pesquisadores concordam que o g?nero se fortalece pelas facilidades de impress?o e distribui??o dos exemplares, somadas ao poder de divulga??o da internet.
E isso sem falar no prest?gio que escritores como Jorge Amado, Jo?o Guimar?es Rosa e Ariano Suassuna conferiram (e ainda conferem) ? tradi??o, por terem emprestado da literatura de cordel inspira??o para seus universos criativos.
G?nero virou tema da academia
Entre as principais caracter?sticas da literatura de cordel brasileira est?o a imensa variedade de temas abordados e a produ??o intensa - Joseph Maria Luyten, holand?s radicado no Brasil, foi um dos poucos pesquisadores que se arriscaram a fazer uma estimativa. Durante sua trajet?ria acad?mica, calculou que os cordelistas nacionais teriam publicado entre 30 e 40 mil livretos e chegou a falar em 100 mil t?tulos. O volume de folhetos foi suficiente para que, nos anos 1970, o brasilianista Raymond Cantel considerasse nosso cordel "o mais importante, no sentido quantitativo, entre as literaturas populares do mundo". Autoridade internacional no tema, Cantel aterrissou no pa?s nos anos 1950 para pesquisas de campo, tornou-se um dedicado colecionador das hist?rias e introduziu seu estudo na Universidade de Sorbonne, em Paris.

Dispon?vel em:http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-surgiu-literatura-cordel-683552.shtml Acesso em: 18 agosto 2013.
Gloss?rio
Com p?lulas sobre conte?do e forma da literatura de cordel
Acontecido: folhetos de n?o-fic??o em que o cordelista reporta eventos reais - fatos de ?mbito local, nacional ou internacional.
Folheteiro: int?rprete, sujeito que canta os cord?is nas feiras e pra?as com o intuito de atrair p?blico e estimular a venda.
Peleja: tamb?m conhecida por desafio, ? o duelo po?tico oral entre cordelistas, eventualmente reproduzido em folhetos.
Romance: cordel tradicional que narra disputas entre o bem e o mal em anedotas, contos de fadas, causos de amor e aventura.
Sextilha: consagrada entre os poetas nacionais, ? a estrofe de seis versos com sete s?labas (o segundo, o quarto e o sexto versos rimam entre si).
Xilogravura: imagem que ilustra a capa dos livretos brasileiros, obtida do relevo da madeira talhada.
Texto dispon?vel em: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/como-surgiu-literatura-cordel-683552.shtml Acesso em: 18 agosto 2013.
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Obs: Professor, a apresenta??o dos alunos dever? ser complementada com mais informa??es por voc?. Pesquise mais sobre o assunto. Veja alguns sites nos recursos complementares.
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ATIVIDADE 2
MANTENDO CONTATO COM OS TEXTOS
Depois da apresenta??o dos grupos, o professor dever? levar os alunos para o Laborat?rio de Inform?tica e sugerir os sites abaixo para que tenham contato com os textos do g?nero CORDEL. Segundo os PCNS, ? importante e produtivo colocar os alunos em contato com os modelos de g?neros.
TEXTO 1
Ai! Se s?sse!?
Autor: Z? da Luz
Se um dia n?s se gostasse;
Se um dia n?s se queresse;
Se n?s dois se impari?sse,
Se juntinho n?s dois vivesse!
Se juntinho n?s dois morasse
Se juntinho n?s dois drumisse;
Se juntinho n?s dois morresse!
Se pro c?u n?s assubisse?
Mas por?m, se acontecesse
qui S?o P?do n?o abrisse
as portas do c?u e fosse,
te diz? quarqu? toul?ce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
pr? qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do c?u furasse??
Tarvez qui n?s dois ficasse
tarvez qui n?s dois ca?sse
e o c?u furado arriasse
e as virge t?das fugisse!!!
Dispon?vel em: http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/ Acesso em: 18 agosto 2013.
TEXTO 2
Pretinho
no sert?o eu peguei
um cego malcriado
danei-lhe o machado
caiu, eu sangrei
o couro tirei
em regra de escala
espichei numa sala
puxei para um beco
depois dele seco
fiz dele uma mala
Dispon?vel em: http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/cordel/cordel.htm Acesso em: 18 agosto 2013.
TEXTO 3
Cego
Negro, ?s monturo
Molambo rasgado
Cachimbo apagado
Recanto de muro
Negro sem futuro
Perna de ti??o
Boca de por?o
Bei?o de gamela
Venta de moela
Moleque ladr?o
Dispon?vel em: http://www.arteducacao.pro.br/Cultura/cordel/cordel.htm Acesso em: 18 agosto 2013.
TEXTO 3
(Leandro Gomes de Barros)
Semore adotei a doutrina
Ditada pelo rif?o,
De ver-se a cara do homem
Mas n?o ver-se o cora??o,
Entre a palavra e a obra
H? enorme distin??o.
Z?-pitada era um rapaz
Que em tempos idos havia
Amava muito uma mo?a
O pai dela n?o queria?
Dispon?vel em: http://cordeldobrasil.com.br/v1/ Acesso em: 18 agosto 2013.
TEXTO 4

O pobre do sapateiro,
Com o seu viver pobrezinho,
Al?m de ter muitos filhos
Tinha um pequenininho,
Que chamavam de Jos?
E tratavam por Zezinho.
Esse era um bom menino
Por obra da Provid?ncia,
Apesar de ser t?o novo
Tinha rara intelig?ncia,
O seu pai se orgulhava
Por ver sua sapi?ncia
Dispon?vel em: http://cordeldobrasil.com.br/v1/ Acesso em: 18 agosto 2013.
OBS: Professor, pesquise mais modelos de textos em sites diversos e apresente a seus alunos.
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M?DULO 2 - RESOLVENDO ATIVIDADE DE BLOG
ATIVIDADE 1
A literatura de cordel chegou ao Brasil na segunda metade do s?culo XIX, atrav?s dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando mais popular e, atualmente, podemos encontr?-la principalmente na regi?o Nordeste.
Os principais assuntos abordados nos livretos de cordel s?o: festas, pol?tica, seca, disputas, milagres, vida de cangaceiros, atos de hero?smo e mortes.
Muitas vezes a declama??o destes poemas ? feita por seus autores acompanhados por violeiros.
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TEXTO 1
Apresente nos textos abaixo algumas das caracter?sticas do poema de cordel.

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TEXTO 2

1. Procure na internet a biografia do autor que usava o pseud?nimo de Patativa do Assar?, mas que se chamava Ant?nio Gon?alves da Silva.
2. Responder:
2.1. Como voc? acha que surgiu o apelido adotado pelo autor?
2.2. Explicar o uso do verso "Hoje eu t? na terra estranha". Que terra estranha ? essa? Em que estrofe est? essa informa??o?
2.3. Copie os versos da primeira estrofe que mostram como se sente o personagem nessa terra estranha.
2.4. O narrador participa da hist?ria como personagem ou ? apenas um observador? Quem ? ele?
2.5.Em que estrofe ficamos sabendo quem ? essa pessoa que conta a hist?ria?
2.6. De que maneira a linguagem usada no poema ajuda a caracterizar a personagem?
2.7. O que o uso de versos e rimas proporciona a esse texto narrativo?
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Professor, depois que os alunos terminarem a atividade, fa?a a corre??o e comente as quest?es.
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ATIVIDADE 2
EXPONDO TEXTOS DE CORDEL DE ARTISTAS DIVERSOS
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Professor, pe?a aos alunos que pesquisem e tragam para a sala v?rios textos de Cordel . Eles dever?o fazer uma exposi??o no p?tio da escola. Poder?o amarrar cord?es de um lado e de outro e expor os textos.
? interessante que divulguem na escola, a data e hor?rio da exposi??o e cConvide os colegas e professores de outras turmas para a exposi??o. Alguns alunos poder?o apresentar/ler versos durante a exposi??o.

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Dispon?vel em: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sempretops.com/wp-content/uploads/literatura-de-cordel-foto.jpg&imgrefurl=http://www.sempretops.com/cultura/literatura-de-cordel/&h=300&w=400&sz=21&tbnid=uEjwnnjEIgQTFM:&tbnh=107&tbnw=142&zoom=1&usg=__jBiwjFcQWVGlAw-KFv4IvM5vDlw=&docid=9Nrs93JjDsxlgM&sa=X&ei=Ym4SUtPGOpLH4APZy4DgBw&ved=0CGkQ9QEwEg&dur=129
Acesso em: 19 agosto 2013.