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Trabalho e resist?ncia oper?ria na sociedade industrial europeia dos s?culos XIX e XX

Autor e Co-autor(es)

Leide Divina Alvarenga Turini imagem do usuário

UBERLANDIA - MG Universidade Federal de Uberl?ndia

Eliana Dias e Lazu?ta Goretti de Oliveira

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Educa??o de Jovens e Adultos - 1? ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Atividades produtivas e as rela??es sociais
Educa??o de Jovens e Adultos - 2? ciclo Hist?ria Rela??es de poder e conflitos sociais
Educa??o de Jovens e Adultos - 2? ciclo Hist?ria Trabalho e rela??es sociais
Ensino Fundamental Final Hist?ria Rela??es de trabalho
Ensino M?dio Hist?ria Caracteristicas e transforma??es das estruturas produtivas
Ensino M?dio Hist?ria Cidadania: diferen?as e desigualdades
Ensino M?dio Sociologia Estrutura e estratifica??o social: a quest?o das desigualdades sociais
Ensino M?dio Sociologia Movimentos sociais / direitos / cidadania
Ensino M?dio Hist?ria Poder
Ensino M?dio Hist?ria Sujeito hist?rico
Ensino M?dio Hist?ria Trabalho

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

  • Compreender o impacto das transforma??es causadas pela revolu??o industrial nas condi??es de vida e trabalho dos oper?rios europeus, entre os s?culos XIX e XX.
  • Identificar e analisar algumas formas de luta e de resist?ncia oper?ria na sociedade industrial europeia do per?odo focalizado.

Duração das atividades

06 aulas de 50 minutos

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

  • A revolu??o industrial e as transforma??es que marcaram as sociedades capitalistas entre os s?culos XVIII e XX.

Estratégias e recursos da aula

Estrat?gias:

  • Leitura e interpreta??o de fontes escritas e imag?ticas.
  • Proje??o, an?lise e debate de  filme.
  • Atividades individuais, em dupla e em grupo.
  • Produ??o de texto dissertativo.

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Recursos:

  • Computador e internet
  • Data Show e/ou TV/DVD
  • Filme: Daens, um grito de justi?a.
  • Power Point ou programa similar.

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M?dulo 1 - Condi??es de vida e de trabalho dos oper?rios europeus entre os s?culos XIX e XX

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Atividade 1

A revolu??o industrial n?o significou apenas uma transforma??o substancial no setor produtivo. Segundo o historiador ingl?s Eric Hobsbawn, ela pode ser considerada "a mais radical transforma??o da vida humana j? registrada em documentos escritos". Uma primeira e mais imediata consequ?ncia do processo ocorrido diz respeito ?s p?ssimas condi??es de vida e de trabalho da maioria da popula??o dos pa?ses industrializados, ? ?poca da revolu??o.

Os documentos abaixo d?o uma dimens?o da situa??o vivenciada pelos trabalhadores nas f?bricas e nas vilas oper?rias e, particularmente, sobre a explora??o da m?o de obra infantil e feminina.

Leitura, interpreta??o e debate de documentos hist?ricos

Documento 1

"Estas ruas s?o em geral t?o estreitas que se pode saltar de uma janela para a da casa em frente, e os edif?cios apresentam por outro lado uma acumula??o de andares que a luz mal pode penetrar no p?tio ou na ruela que os separa. Nesta parte da cidade n?o h? nem esgotos nem lavabos p?blicos (...) nas casas, e ? por isso que as imund?cies, detritos ou excrementos de, pelo menos, 50.000 pessoas s?o lan?ados todas as noites nas valetas (...) que n?o s? ferem a vista e o olfato, como, por outro lado, representam um perigo extremo para a sa?de dos habitantes. (...) Os alojamentos da classe pobre s?o em geral muito sujos e aparentemente nunca s?o limpos (...) e comp?em-se, na maior parte das casas, de uma ?nica sala (...) que muitas vezes ? ?mida e fica no subsolo, sempre mal mobiliada (...), a ponto de um monte de palha servir frequentemente de cama para uma fam?lia inteira, cama onde se deitam, numa confus?o revoltante, homens, mulheres, velhos e crian?as."

(Artigo de um jornal ingl?s, 1843. In: Friedrich Engels. "A Situa??o da classe trabalhadora na Inglaterra?. Tradu??o Porto: Afrontamento, 1975. p.69.)

http://www.klickeducacao.com.br/simulados/simulados_mostra/0,7562,POR-9607-12-174-2001,00.html

Documento 2

Mais desagrad?vel ainda do que o pr?prio advento da f?brica foram as condi??es humanas que esse advento acarretou. O trabalho, por exemplo, era habitual e, ?s vezes, come?ava aos quatro anos de idade; o hor?rio de trabalho se estendia do amanhecer ao anoitecer, e abusos de toda natureza eram por demais frequentes. Uma comiss?o parlamentar designada em 1832, para examinar tais condi??es, obteve o seguinte depoimento do administrador de uma f?brica:

Parlamentar: A que horas da manh?, com tempo bom, essas mo?as chegam ?s fabricas?

Administrador: Com tempo bom, durante cerca de seis semanas, chegam ?s tr?s da manh? e saem ?s dez ou dez e meia da noite.

Parlamentar: Que intervalos existem durante essas dezenove horas de trabalho para alimenta??o e descanso?

Administrador: Quinze minutos, respectivamente para almo?o, lanche e jantar.

Parlamentar: Algum desses intervalos ? utilizado para a limpeza das m?quinas?

Administrador: Quase sempre as mo?as s?o obrigadas a fazer o que chamam de ?pausa seca?; ?s vezes a limpeza toma todo o intervalo do almo?o ou do lanche.

Parlamentar: N?o h? dificuldades para acordar essas jovens depois de um trabalho exaustivo como esse?

Administrador: H? sim, de madrugada, ? preciso sacudi-las para que acordem.

Parlamentar: Tem havido acidentes como elas em consequ?ncia desse trabalho?

Administrador: Sim, minha filha mais velha esmagou o dedo na engrenagem.

Parlamentar: Perdeu o dedo?

Administrador: Teve de ser cortado na segunda falange.

Parlamentar: Ela recebeu pagamento durante o acidente?

Administrador: No dia em que aconteceu o acidente. O pagamento foi suspenso.

(Adaptado de: HEILBRONER, H. A forma??o da sociedade econ?mica. Rio de Janeiro: Zahar, p. 108-109)

http://cursohumanitas.blogspot.com.br/2011/06/situacao-da-classe-trabalhadora-na.html

Documento 3

Perante uma comiss?o do Parlamento em 1816, o Sr. John Moss, antigo capataz de aprendizes numa f?brica de tecidos de algod?o, prestou o seguinte depoimento sobre as crian?as obrigadas ao trabalho fabril:

- Eram aprendizes ?rf?os? - Todos eram aprendizes ?rf?os.

- E com que idade eles eram admitidos? - Os que vinham de Londres tinham entre 7 e 11 anos. Os que vinham de Liverpool tinham de 8 a 15 anos.

- At? que idade eram aprendizes? - At? os 21 anos.

- Qual o hor?rio de trabalho? - De 5 da manh? at? ?s 8 da noite.

- Quinze horas di?rias, era um hor?rio normal? - Sim.

- Quando as f?bricas paravam para reparos ou falta de algod?o, tinham as crian?as, posteriormente, de trabalhar mais para recuperar o tempo parado? - Sim.

-As crian?as ficavam de p? ou sentadas para trabalhar? - De p?.

-Durante todo o tempo? - Sim.

- Havia cadeiras na f?brica? - N?o. Encontrei com frequ?ncia crian?as pelo ch?o, muito depois da hora em que deveriam estar dormindo.

- Havia acidentes nas m?quinas com as crian?as? - Muito frequentemente.

Citado em Huberman, Leo. Hist?ria da Riqueza do Homem. 18 ed.Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

http://historiacest.blogspot.com.br/

Orienta??es para a atividade

a. Os alunos devem fazer uma leitura atenta dos documentos hist?ricos. Escolha um aluno para ler em voz alta o primeiro texto. O segundo e o terceiro texto podem ser lidos por dois alunos, cada um representando um sujeito do di?logo.

b. Ap?s a leitura em voz alta, sugira que os alunos representem por meio de desenhos as condi??es de moradia dos trabalhadores, descritas no texto 1. Socialize entre os alunos os desenhos elaborados, chamando a aten??o para as semelhan?as e/ou diferen?as nas ideias representadas.

c. A partir da ideia central discutida no texto 2, os alunos devem criar um t?tulo para o mesmo.

d. Ainda sobre o texto 2, os alunos devem responder: que tipo de m?o de obra ? focalizada? Essa m?o de obra era rara ou comum na sociedade industrial da ?poca retratada?

e. Sobre o texto 3, os alunos devem criar um t?tulo para o mesmo de acordo com a sua ideia central. 

f. Fa?a o mesmo questionamento proposto para o texto 2, no item d.

g. Promova a socializa??o das respostas entre todos os alunos da turma.

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Atividade 2

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Interpreta??o de texto, produ??o de resumo e avalia??o coletiva

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Texto de refer?ncia: As condi??es da classe oper?ria ? ?poca da Revolu??o Industrial. 

Autora: Maria Izabel Mazini do Carmo

Dispon?vel em: http://www.historia.uff.br/nec/materia/grandes-processos/condi??es-da-classe-oper?ria-?-?poca-da-revolu??o-industrial

Orienta??es para a atividade

1. Utilizando computadores com internet, os alunos devem acessar o texto ?As condi??es da classe oper?ria ? ?poca da Revolu??o Industrial?, no seguinte endere?o web: http://www.historia.uff.br/nec/materia/grandes-processos/condi??es-da-classe-oper?ria-?-?poca-da-revolu??o-industrial

2. Ap?s a leitura atenta, individual e silenciosa do texto, os alunos devem fazer o resumo de suas ideias centrais.

3. No endere?o recursos/mec_16228/, os alunos encontrar?o a defini??o e os tipos de resumos que podem ser elaborados. 

4. Ap?s a elabora??o do resumo do texto pelos alunos, os mesmos devem ser distribu?dos entre todos. O objetivo ? que os alunos tomem contato com a produ??o do colega, indicando se o texto est? claro, se as ideias centrais est?o intelig?veis e se ? poss?vel apreender com clareza o assunto a partir do resumo elaborado. Os alunos far?o anota??es no resumo do colega, colocando as suas observa??es.

5. Os resumos com as observa??es dos colegas ser?o entregues ao professor para an?lise. Posteriormente, o professor far? considera??es, colocando as suas observa??es sobre a atividade realizada e promovendo a avalia??o coletiva das produ??es dos alunos.

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M?dulo 2 - Resist?ncia oper?ria na sociedade oper?ria europeia

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Atividade 1

O Luddismo

Desenho de dois ludditas destruindo uma m?quina de tear em 1812

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludismo

O luddismo subsiste na mentalidade popular como um caso estranho e espont?neo de trabalhadores manuais analfabetos, resistindo cegamente ?s m?quinas. Mas a destrui??o das m?quinas tem uma hist?ria muito mais comprida. A destrui??o de materiais, teares, debulhadoras, inunda??o de minas ou estragos na boca de minas, o saque ou o ateamento de fogo ? casa ou aos bens de patr?es impopulares ? estas e outras formas de a??o direta, violenta foram empregadas no s?culo XVIII e na primeira do s?culo XIX. Esses m?todos, ?s vezes, dirigiam-se contra as m?quinas tidas por odiosas enquanto tais. Na maioria das vezes, eles eram uma forma de fazer valer condi??es consagradas pelo costume, de intimidar fura greves, os trabalhadores ?ilegais? ou patr?es ou outras a??es ?sindicais?. Em Lancashire - embora a espinha dorsal da organiza??o consistisse de tecel?es - mineiros, fiandeiros de algod?o e todos os tipos de art?fices participaram dos dist?rbios. Em West Riding, embora os alvos de ataques fossem cardas mec?nicas e cisalhadeiras, estavam associados aos ludditas n?o s? aparadores de tecido, mas ainda s?ries de tecel?es, alfaiates, sapateiros e representantes de quase todas as especialidades de artes?os. Pode-se ver o luddismo como uma manifesta??o de uma cultura oper?ria com maior independ?ncia e complexidade do que qualquer outra vivida pelo s?culo XVIII e XIX.

(Adaptado de THOMPSON, 1987, p.124-179, v. 3).

H? pelo menos dois tipos de quebra de m?quinas, bastante diferentes da quebra acidental em dist?rbios comuns contra alta de pre?os ou outras causas de descontentamento. O primeiro tipo n?o implica nenhuma hostilidade especial contra as m?quinas como tal, mas ?, sob certas condi??es, um meio normal de fazer press?o contra os empregadores ou os trabalhadores extras. Como se notou, os ludditas de Nottinghamshire, Leicestershire e Derbyshire usaram os ataques contra a maquinaria (...), como meio de for?ar seus empregadores a fazer-lhes concess?es com rela??o aos sal?rios e ?s outras quest?es. Este tipo de destrui??o fazia parte, tradicional e rotineiramente, do conflito industrial no per?odo do sistema dom?stico de fabrica??o, e nas primeiras fases das f?bricas e minas.

N?o era dirigido apenas contra as m?quinas, mas tamb?m contra as mat?rias-primas, produtos acabados, ou mesmo contra a propriedade privada dos empregadores (...).

O segundo m?todo de destrui??o remonta ? hostilidade da classe oper?ria ?s novas m?quinas da revolu??o industrial, especialmente as que economizavam m?o de obra. O trabalhador estava preocupado n?o com o progresso t?cnico abstratamente, mas com o duplo problema pr?tico de impedir o desemprego e manter o padr?o de vida habitual, o que inclu?a fatores n?o monet?rios, como a liberdade, a dignidade, bem como os sal?rios.

(Adaptado de HOBSBAWM, 1999, p.17-21).

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/historia.pdf

Orienta??es para a atividade

a. Os alunos devem fazer uma leitura atenta dos dois textos. A sugest?o ? que a leitura seja feita em voz alta por um aluno e acompanhada pelos demais.

b. Oriente os alunos a buscarem informa??es sobre Ned Ludd e a rela??o do mesmo com a denomina??o dada ao movimento.

c. Promova a discuss?o coletiva das ideias centrais dos dois textos.

d. Os alunos devem redigir, no caderno, suas conclus?es acerca das motiva??es e significados do movimento.

e. As conclus?es devem ser socializadas em discuss?o coletiva.

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Atividade 2

O Cartismo

Cartismo

Manifesta??o p?blica. London News, abr. 1848. A ilustra??o do jornal ingl?s revela que milhares de pessoas compareciam aos com?cios cartistas na Inglaterra.


http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/historia.pdf

Peti??o Cartista, Inglaterra (1838)

Aos ilustres membros das Comunas da Gr?-Bretanha e da Irlanda, reunidos em Parlamento, esta peti??o vem de seus abaixo assinados concidad?os. (...). Estamos esmagados, sob uma carga de impostos. N?s dizemos ? honrada C?mara que n?o devemos mais tempo ser privados de justo sal?rio. Que as leis que criam a carestia dos alimentos e as que rareiam o dinheiro devem ser abolidas. Tal estado de coisas n?o pode se prolongar. N?o o pode sem o perigo s?rio para a estabilidade do trono e da paz no reino. O bem-estar de grande n?mero, ?nico fim leg?timo, deve ser a ?nica preocupa??o tamb?m do governo. Como preliminar essencial a essas reformas e a outras para assegurar ao povo os meios pelos quais seus interesses poder?o ser eficazmente defendidos e assegurados, pedimos que, na confec??o das leis, a voz de todos possa, sem entraves, ser ouvida. Eis porque pedimos o sufr?gio universal. Agrade, pois, ? respeit?vel C?mara, levar nossa peti??o em s?ria considera??o e de esfor?ar-se, com vigor, por todos os meios constitucionais, em fazer promulgar uma lei que garanta a todo o cidad?o masculino maior, s?o de esp?rito e inocente de qualquer crime, o direito de votar e que institua o voto secreto para todas as elei??es parlamentares futuras. E seus peticion?rios rogar?o para sempre.

(Adaptado de MATTOSO, 1976, p. 46.). Dispon?vel no link indicado acima.

Orienta??es para a atividade

a. Os alunos devem fazer uma leitura atenta dos dois textos. A sugest?o ? que a leitura seja feita em voz alta por um aluno e acompanhada pelos demais.

b. Promova a discuss?o coletiva das ideias centrais da imagem e do texto.

c. Levante o seguinte questionamento aos alunos: qual a origem da denomina??o do movimento?

d. Os alunos devem redigir, no caderno, suas conclus?es acerca das motiva??es e significados do movimento.

Confira!

Para auxiliar na resolu??o das quest?es propostas para a atividade, sugira aos alunos o texto "A quest?o democr?tica - O cartismo", dispon?vel em: http://www.historia.uff.br/nec/materia/grandes-processos/quest%C3%A3o-democr%C3%A1tica-o-cartismo

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Atividade 3

Ideias socialistas e anarquistas

Durante o s?culo XIX, o movimento oper?rio europeu viveu per?odos de fortalecimento e enfraquecimento. Nesse contexto, formou-se em Londres a Primeira Internacional dos Trabalhadores, que existiu entre os anos de 1864 e 1876 e foi uma tentativa de confrontar as ideias, coordenar a a??o e a solidariedade do movimento oper?rio europeu. Entre os debates sobre a sociedade almejada e sobre os meios a empregar para alcan??-la, o que mais se destacou foi a luta por direitos sociais a serem garantidos por lei e implementados pelo Estado. Entretanto, ocorreram diverg?ncias nas seguintes tend?ncias internas do movimento socialista:

Anarqusimo e socialismo

Entre os anos de 1892 e 1914, numa nova tentativa de organizar o movimento oper?rio europeu, foi formada a Segunda Internacional Oper?ria. (...). Foi somente no s?culo XX, depois dos resultados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que se realizou a Terceira Internacional (que adotou o nome de Internacional Comunista), tendo em vista a necessidade de rearticular a luta oper?ria em torno do socialismo. Ela se reuniu em Moscou e serviu para legitimar a Revolu??o de outubro de 1917, j? que foi amplamente dominada pelos bolchevistas. Criaram-se a? os partidos comunistas, destinados ? miss?o de levar a mensagem do socialismo a todas as partes do mundo. A luta pela socializa??o do trabalho chegava a um ponto importante, pois criara a oportunidade de maior participa??o do operariado atrav?s, principalmente, dos partidos pol?ticos de esquerda criados durante as Internacionais.

Texto dispon?vel em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/historia.pdf

Orienta??es para a atividade

a. Proponha a leitura atenta, individual e silenciosa do texto.

b. A partir da leitura, os alunos, divididos em grupos, devem selecionar fontes e reunir informa??es sobre a Primeira, a Segunda e a Terceira Internacional, aprofundando a discuss?o sobre a import?ncia das mesmas para o movimento oper?rio do final do s?culo XIX e primeiras d?cadas do s?culo XX.

c. A partir das fontes consultadas, os alunos devem organizar no caderno as principais semelhan?as e diferen?as entre as ideias marxistas e anarquistas, as quais representaram as duas maiores tend?ncias do movimento oper?rio da ?poca focalizada.

d. Os grupos devem produzir slides para a apresenta??o de suas conclus?es aos demais colegas da turma. Finalizando as apresenta??es, os grupos devem enviar os slides (por email) para que sejam avaliados pelo professor.

Atividade 4

Inicie as atividades propondo aos alunos a interpreta??o do hino "A internacional". Abaixo, letra e ?udio do hino.

A Internacional

Letra de Eugene Pottier (1871) e m?sica de Pierre Degeytter (1888)

"O poema que deu origem ao hino A Internacional foi escrito, em junho de 1871, por um lutador sobrevivente da Comuna de Paris, Eugene Pottier. Em 1887, ele publicou uma colet?nea de seus poemas, entre os quais estava A Internacional. Pottier conta que comp?s esta poesia em junho de 1871, pouco depois da derrota da Comuna, mas s? a publicou pela primeira vez naquela colet?nea. A m?sica, logo em seguida, ser? composta por um belga de nome Pierre Degeytter, para um coral oper?rio da cidade de Lille, norte da Fran?a. Assim A Internacional come?ou a ser cantada por grupos de oper?rios socialistas e anarquistas a partir do come?o da d?cada de 90".

http://www.piratininga.org.br/memoria/hino.html

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Ou?a o hino com os alunos a partir do v?deo abaixo:

Hino Internacional

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0XwNBbQid7Y

Confira a letra do hino. Estimule os alunos a cantarem a m?sica enquanto ela ? reproduzida em ?udio.

De p?, ? vitimas da fome!
De p?, fam?licos da terra!
Da id?ia a chama j? consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De p?, de p?, n?o mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!

Bem unido fa?amos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!

Senhores, patr?es, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos n?s que conquistemos
A terra m?e livre e comum!
Para n?o ter protestos v?os,
Para sair desse antro estreito,
Fa?amos n?s por nossas m?os
Tudo o que a n?s diz respeito!

Bem unido fa?amos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!

Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
N?o h? direitos para o pobre,
Ao rico tudo ? permitido.
? opress?o n?o mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
N?o mais deveres sem direitos,
N?o mais direitos sem deveres!

Bem unido fa?amos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!

Abomin?veis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo s? quer o que ? seu!

Bem unido fa?amos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!

N?s fomos de fumo embriagados,
Paz entre n?s, guerra aos senhores!
Fa?amos greve de soldados!
Somos irm?os, trabalhadores!
Se a ra?a vil, cheia de galas,
Nos quer ? for?a, canibais,
Logo ver? que as nossas balas
S?o para os nossos generais!

Bem unido fa?amos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!

Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
? parasitas deixai o mundo
? parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
N?o deixa o sol de fulgurar!

Bem unido fa?amos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!

Discuta com os alunos cada uma das estrofes da letra do hino e, em seguida, oriente-os a sintetizar no caderno as ideias centrais do recurso.

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Atividade 5

Filme: Daens, um grito de justi?a

http://filmow.com/daens-um-grito-de-justica-t7647/

Ficha t?cnica do filme

Local e ano de produ??o: B?lgica, 1993

Dire??o: Stijn Coninx

Atores/atrizes principais: Jan Decleir, Gerard Desarthe, Antje de Boeck, Michael Pas, Wun Meuwissen, Julien Schoenaerts, Karel Boetens, Linda Van Dijck

Dura??o: 132 min.

Onde e quando se passa a hist?ria: Aalst, B?lgica, final do s?culo XIX.

Para auxiliar na compreens?o do filme:

Adolf Daens: foi um sacerdote e uma personalidade muito combativa na pol?tica belga, nascido em 18 de dezembro de 1839, de uma fam?lia numerosa e modesta de Alst (B?lgica). Daens se op?s ativamente ao conservadorismo da ?poca. Sua atua??o pol?tica se centrou na defesa do proletariado e contra as injusti?as sociais. Com sua ajuda, a B?lgica conquistou o sufr?gio universal em 1893. No ano seguinte, 1894, gra?as, sobretudo, aos votos populares, foi eleito para o Parlamento belga. Faleceu em 1907 com 68 anos.

Rerum Novarum: enc?clica escrita pelo Papa Le?o XIII a 15 de Maio de 1891. Era uma carta aberta a todos os bispos, discutindo as condi??es das classes trabalhadoras no final do s?culo XIX. O documento reconhece a situa??o prec?ria dos trabalhadores na ?poca e coloca alguns princ?pios que deveriam ser usados na procura de justi?a na sociedade industrial, como por exemplo, a melhor distribui??o de riqueza, a interven??o do Estado na economia a favor dos mais pobres e desprotegidos, a caridade do patronato aos trabalhadores. O documento da Igreja Cat?lica rejeitava o socialismo e as suas propostas de transforma??o social. A Igreja defendia o direito ? propriedade privada, acreditando que as solu??es iriam surgir das a??es combinadas da Igreja, do Estado, dos empregadores e dos empregados.

Orienta??es para a atividade

a. Reproduza o filme para toda a turma, utilizando computador e data show ou TV e DVD. Ser?o necess?rias 3 aulas para a proje??o. Caso seja poss?vel, o professor pode propor a reprodu??o do filme em hor?rio extra classe.

b. Ap?s a proje??o, entregue aos alunos, divididos em duplas, um roteiro para o trabalho com as ideias centrais do filme. Abaixo, uma sugest?o:

1. Cite cenas do filme que representam as condi??es de trabalho dos oper?rios da cidade de Aalst, na B?lgica do final do s?culo XIX. Para ajud?-lo(a), indicarei abaixo a situa??o e voc? indicar? a cena que retratou o item:

I. Explora??o do trabalho infantil

II. Explora??o da m?o de obra feminina

III. Insalubridade no ambiente de trabalho

IV. Extensas jornadas de trabalho

V. Falta de seguran?a no trabalho

VI. Multas aplicadas de forma arbitr?ria, de acordo com a vontade do chefe do setor

VII. P?ssimas condi??es de higiene

VIII. Explora??o sexual de meninas no trabalho

2. Cite cenas do filme que representam as condi??es de vida, fora da f?brica, dos oper?rios da cidade de Aalst, na B?lgica do final do s?culo XIX. 

Condi??es observadas: fome, mis?ria, desemprego (principalmente da m?o de obra masculina), trabalhadores sem escola (n?o sabem ler), trabalhadores sem direito ao voto (n?o havia direito ao voto para todos).

3. Comente a posi??o da Igreja Cat?lica (exceto o padre Daens) em rela??o ?s condi??es de vida e trabalho dos oper?rios de Aalst. A partir deste coment?rio, explique qual era a principal raz?o do desentendimento entre Daens e as autoridades da Igreja Cat?lica. Cite cenas do filme que exemplifiquem o seu coment?rio.

4. Explique as circunst?ncias que levaram a popula??o pobre da B?lgica a conquistar o direito de voto (sufr?gio universal).

5. Explique o que defendiam os socialistas, como eram vistos e tratados pelos cat?licos e pelos liberais no filme.

6. O posicionamento de Nette (a jovem oper?ria cat?lica) em rela??o aos socialistas mudou ou permaneceu o mesmo em toda a trajet?ria apresentada no filme? Justifique.

7. Comente o que voc? entendeu a respeito da trajet?ria de dois personagens: a menina gr?vida (Nini) e o menino Jefke.

8. Cite uma cena do filme que considerou marcante e explique a raz?o da sua escolha.


c. Ap?s o t?rmino da atividade, as duplas devem socializar as suas conclus?es. Promova uma discuss?o coletiva das quest?es apresentadas no roteiro.

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Atividade 6

PRODU??O DE TEXTO DISSERTATIVO

Ap?s o desenvolvimento das atividades sobre o tema proposto, oriente os alunos a elaborarem um texto dissertativo com o titulo da aula: Trabalho e resist?ncia oper?ria na sociedade industrial europeia nos s?culos XIX e XX.

Para rememorar as discuss?es j? realizadas em aulas de L?ngua Portuguesa e de Hist?ria acerca das caracter?sticas de um texto dissertativo, indique aos alunos a leitura do texto que se encontra dispon?vel no link: http://www.brasilescola.com/redacao/dissertacao.htm, o qual discute: o que ? dissertar?

Proponha tamb?m a leitura do texto "Como fazer uma boa disserta??o?", dispon?vel no linkhttp://www.brasilescola.com/redacao/como-fazer-uma-boa-dissertacao.htm

Os textos produzidos devem circular entre os alunos por meio de pendrives ou email. Em data previamente marcada pelo professor, d?vidas e conclus?es devem ser socializadas em discuss?o coletiva.

Recursos Complementares

Para os professores:

Luigi Biondi. Anarquia e Movimento anarquista. http://portalgens.com.br/baixararquivos/textos/anarquismo_e_pedagogia_libertaria.pdf

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Para os alunos:

Movimento oper?rio no s?culo XIX. http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/movimento-operario-no-seculo-xix.htm

Movimento oper?rio no s?culo XIX e primeiras d?cadas do s?culo XX. http://sergiokbsa.blogspot.com.br/2010/08/cidadania-movimento-operario-no-seculo.html

Socialismo. http://www.brasilescola.com/historiag/socialismo.htm

Anarquismo. http://www.brasilescola.com/sociologia/anarquismo.htm

Todos os textos foram acessados em 15/08/2013

Avaliação

A a??o avaliativa deve permear toda a pr?tica pedag?gica do professor, oferecendo-lhe constantemente elementos que lhe possibilitem auxiliar o estudante em seu desenvolvimento. O professor deve observar se os objetivos propostos na aula foram efetivamente alcan?ados pelos alunos, tendo em vista as estrat?gias desenvolvidas e os recursos utilizados. Assim, poder? avaliar os alunos nas atividades trabalhadas em cada m?dulo, como: interpreta??o de fontes escritas e imag?ticas; debate; an?lise de filme sobre a tem?tica; produ??o de texto dissertativo; atividades desenvolvidas no caderno.