Elizabet Rezende de Faria
Modalidade / Nível de Ensino | Componente Curricular | Tema |
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Educa??o de Jovens e Adultos - 1? ciclo | Estudo da Sociedade e da Natureza | Cultura e diversidade cultural |
Ensino Fundamental Inicial | Artes | Arte Visual: Produ??o do aluno em arte visual |
? Construir individualmente objetos art?sticos para composi??o pl?stica coletiva;
? Trabalhar coletivamente na constru??o de uma proposta art?stica na linguagem da instala??o;
? Aplicar os conhecimentos te?rico-pl?sticos acerca da arte contempor?nea.
? Incurs?es pelo Banco de Dados/Acervo da sala ambiente de artes, onde est?o livros de arte, portif?lios de artistas, reprodu??o de imagens de obras, folders e cat?logos de exposi??es ? para aprecia??o e apropria??o te?rico-pl?stica;
? Trabalhos de campo em museus e galerias que contemplam a Arte Contempor?nea na linguagem pl?stica das Instala??es;
? Aulas te?ricas sobre conceitos de Arte Contempor?nea e obras desse contexto;
? Exerc?cios de leitura/recep??o de obras e imagens de obras;
? Di?logo com artistas da cidade que trabalham com a linguagem da instala??o - em seus ateli?s ou na visita destes ? escola.
Aula 1
? Mostrar aos alunos algumas obras de outras ?pocas, previamente selecionadas, para que reflitam como os artistas produzem arte com enfoque no corpo humano, nas diferentes linguagens art?sticas. Ex:
*Obras para referencial te?rico-pl?stico com enfoque na po?tica do CORPO:
CELSO ANT?NIO DE MENEZES, Nu, 1930, Escultura em gesso, s/m
Fonte: BARDI, P. M. O Modernismo no Brasil. Banco Sudameris Brasil S.A., S?o Paulo, 1982, p. 69.
VICENTE DO REGO MONTEIRO, Tenistas, 1928, ?leo sobre tela (Acervo do Pal?cio de Ver?o do Governo do Estado de S?o Paulo, Campos do Jord?o, SP).
Fonte: BARDI, P. M. O Modernismo no Brasil. Banco Sudameris Brasil S.A., S?o Paulo, 1982, p. 53.
ANT?NIO GOMIDE, Nu, 1930, Escultura em madeira escurecida, 170 cm altura.
Fonte: BARDI, P. M. O Modernismo no Brasil. Banco Sudameris Brasil S.A., S?o Paulo, 1982, p. 33.
C?NDIDO PORTINARI, Crian?as, s/d, Desenho a aquarela/papel, 9 x 18 cm
Fonte: MONTEIRO, Salvador e KAZ, Daniel. Portinari ? O Menino de Brod?squi. Livroarte Editora Ltda, Rio de Janeiro 1979, p. 92 (Obra publicada em benef?cio da PRONAV ? Programa Nacional do Voluntariado da LBA ? Legi?o Brasileira de Assist?ncia).
? Ressaltar os diferentes materiais e t?cnicas usados pelos artistas nas referidas obras, os t?tulos, a dimens?o, o per?odo em que foi realizada ? contrapondo ?s produ??es art?sticas contempor?neas;
? Comentar sobre silhueta ou contorno, introduzindo um conceito, neste sentido:
(Sugest?o de texto)
Silhueta
Imagem de contornos de uma figura, matizada em uma ?nica cor s?lida e plana, dando a impress?o de uma sombra projetada pela figura em quest?o. O termo aplica-se em particular a retratos de perfil, em cor preta contra fundo branco (ou vice-versa), pintados ou recortados em papel, que foram extremamente populares no per?odo compreendido entre 1750 e 1850. A palavra ?silhueta? ? derivada do nome de Etienne de Silhouette (1709 ? 1767), que cortava silhuetas como passatempo. Na Inglaterra os retratos em silhueta foram geralmente chamados ?sombras? ou ?perfis? at? o final do s?culo XVIII. Lotte Reiniger, artista alem?, fez interessantes experimentos na d?cada de 30, com silhuetas animadas gravadas em pel?cula cinematogr?fica. (CHILVERS, Yan. Dicion?rio Oxford de Arte. S?o Paulo: Martins fontes, 2001, p.492-3.)
? Com aux?lio de um retroprojetor, usar o corpo e partes dele para produzir sombras refletidas na parede atrav?s da luz, de forma que os alunos diferenciem desenho do corpo (cheio de detalhes) com a silhueta do corpo, compreendendo a linha que tem seu in?cio e seu fim, sem interrup??o, marcando as partes do corpo, figurino, fei??es, etc.
? Convidar os alunos, um a um para criar uma silhueta projetada na parede, de modo que n?o se repita os movimentos e as silhuetas apresentadas, formando um vasto repert?rio de imagens e express?o corporal.
Aula 2
? Propor exerc?cios de sensibiliza??o/express?o corporal ? Din?mica da Est?tua (para movimenta??o corporal e congelamento da imagem): Em ambiente mais amplo do que o da sala de aula, convidar os alunos a fazerem uma roda e ao som de m?sica de diferentes ritmos, criar movimentos corporais diversos/dan?antes e, ? paralisa??o do som, cristalizar a express?o corporal constru?da e fotografar mentalmente o colega mais pr?ximo, observando o corpo est?tico. Fazer uma rodada de pelo menos quatro parada s para a movimenta??o e cria??o da express?o corporal em forma de silhueta;
? Continuar a din?mica, s? que a cada interrup??o da m?sica, ser? eleita uma est?tua, sendo que os demais dever?o registrar a imagem desta, a silhueta (linha que contorna o corpo), do ?ngulo onde estiver com o seu material (l?pis e papel sulfite). Desenhar quatro ou cinco imagens/silhuetas de colegas em posi??o de est?tua.
Aula 3
? Pedir que escolham as tr?s melhores imagens de silhuetas produzidas na aula anterior, ampliem e repitam cada uma como clich? (molde) em um papel mais encorpado (retalhos de cartolina, papel?o);
Processo criativo ? aluno 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
? Entregar pap?is variados: jornal, revista, retalhos de papel craft, papel cart?o, papel foto e solicitar a reprodu??o das silhuetas quantas vezes desejar em variedade de pap?is e cores, usando os clich?s;
Processo criativo ? aluno 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
? Usando tesoura, os alunos recortar?o as silhuetas em dupla face (duas a duas), colando-as em palitos roli?os, construindo objetos.
Processo criativo ? aluna 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
Processo criativo ? alunos 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
Processo criativo ? aluna 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
Aula 4
? Conversar com os alunos sobre a constru? ?o de uma instala??o coletiva, visando a Pesquisa Po?tica na Express?o Tridimensional, usando os objetos constru?dos com as silhuetas corporais (alguns alunos produziram uma silhueta de cada tipo de papel (6 tipos diferentes, por?m, outros foram al?m, chegando at? 13 silhuetas, sobrepondo pap?is, repetindo forma e cor...
Processo criativo ? alunos 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
De posse dos objetos constru?dos individualmente, os alunos buscar?o um lugar no espa?o escolar para a cria??o da instala??o coletiva na perspectiva da transforma??o do ambiente escolar. Aqui o local escolhido foi um canteiro localizado pr?ximo ? horta e ao parque, adaptando/distribuindo os objetos no espa?o f?sico - A instala??o mostrada aqui atrav?s das fotos foi composta por 600 silhuetas corporais em papel.
Montagem Instala??o ? alunos 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
Instala??o Corpus Poi?sis ? Alunos 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Fonte: Acervo e autoria Soraia Lelis
Instala??o Corpus Poi?sis ? Alunos 5? Ano 2007/ESEBA-UFU
Prof?. Marileusa Reducino (? esquerda) e eu (Soraia Lelis)
Fonte: Acervo e autoria ESEBA-UFU
? Concluindo a montagem da instala??o, pedir que d?em um nome/t?tulo para o trabalho e rapidamente fazer a vota??o das propostas Essa instala??o (foto) intitulou-se Corpus poi?sis e foi realizada no ano de 2007.
Aula 5
? Revisitar a instala??o, observando os efeitos/desgastes trazidos pela a??o do tempo (sol, chuva, vento, poeira) no intervalo de uma semana, bem como aqueles provocados pelas crian?as menores que, por curiosidade, retiram do local, tocam, tomam para si.
? Aproveitar para refletir sobre essa caracter?stica da arte contempor?nea: a efemeridade.
? Para referendar teoricamente a proposta executada no projeto de se construir uma instala??o coletiva com a contribui??o de objetos criados individualmente, propor a aprecia??o de imagens de obras de artistas que trabalham com silhueta corporal em sua po?tica. Discutir com os alunos a po?tica dos artistas ou artista eleito, aqui como exemplo trazemos Jonathan Borofsky em cuja pesquisa traz as silhuetas corporais em prioridade. (Sugest?o de texto)
Jonathan Borofsky
Dispon?vel em
<http://www.koreatimes.co.kr/upload/news/081031_p26_walk.jpg>
Acesso em : maio/2009
Borofsky nasceu em Boston, Estados Unidos e ? um artista conceitual cujos desenhos ecl?ticos, esculturas e instala??es de som e luz s?o politicamente orientadas e profundamente pessoais. O artista fez desenhos detalhados de seus sonhos e numerou seu trabalho em sequ?ncia para melhor focalizar seu pensamento. Suas esculturas monumentais retratam silhuetas corporais, geralmente mecanizadas, feitas ? m?o com fibra de vidro sobre a?o e demonstram seus pr?prios medos e ansiedades.
(Dispon?vel em http://www.allaboutarts.com.br/default.aspx?PageCode=12&PageGrid=Bio&item=1205P2 >Acesso em: maio/2009)
Abaixo, algumas imagens de obras do seu vasto repert?rio pl?stico.
http://blog.mlive.com/grpress/entertainment_impact/2009/01/large_JONATHAN-BOROFSKY-30.jpg
http://www.community-arts.org/images/flying%20man.jpg
http://www.denvergov.org/Portals/539/images/TA_dancers.jpg
http://www.publicartinla.com/CivicCenter/moleculeman.jpeg
Dispon?vel em
Acesso em> maio/2009
? Aprecia??o est?tica
- Como voc? recebe as obras de Borofsky?
- H? uma aproxima??o das obras do artista com a produ??o po?tica visual constru?da por voc?s?
- Das obras apresentadas, qual promove maior di?logo com a produ??o po?tica Corpus poi?sis constru?da pelo grupo?
- As obras de Borofsky s?o ef?meras? Por que?
- Voc? conhece algum lugar na sua cidade que tenha ou que abrigue uma escultura monumental como as obras deste artista?
? Arte Conceitual ? perspectiva art?stica que teve seu in?cio na d?cada de 60, sendo depois sistematizada pelo cr?tico nova- iorquino Clemente Greenbergdefine-se como movimento art?stico moderno ou contempor?neo que defende a superioridade das id?ias veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados em segundo lugar.
?Em arte conceitual, a id?ia ou o conceito da obra ? o aspecto mais importante.? (Sol Lewitt )
Dispon?vel em http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_conceptual Acesso em: julho 2009
? Ef?mero(a) ? De pouca dura??o; passageiro, transit?rio.
?Todas as formas se mudam, decaem e perecem ou se transformam, s?o todas ef?meras e caducas, ao passo que a id?ia ? sempre viva, verde, eternal.? (RIBEIRO, Jo?o. P?ginas da Est?tica. 2? Ed., Livraria S?o Jos?: 1963 p. 87.)
? Est?tica ? contempla??o do objeto de arte; A educa??o est?tica busca a forma??o de um novo e cr?tico olhar. Privilegia a educa??o (do) sens?vel. (LELIS, Soraia Cristina Cardoso, Po?ticas visuais em constru??o ? o fazer art?stico e a educa??o (do) sens?vel no contexto escolar, Disserta??o de Mestrado, UNICAMP, 2004, p. 14).
? Instala??o ? A instala??o procura criar um ambiente que traduza a id?ia art?stica, utilizando-se, para isso, muitas vezes, de recursos c?nicos (A Metr?pole e a Arte, S?o Paulo: Pr?mio/ Banco Sudameris, 1992, p.120).
? Po?tica ou Poi?sis ? palavra grega que se refere ? po?tica; ao saber fazer; habilidade principalmente manual associada ao conhecimento da produ??o. (Mila Chiovatto ? VII Encontro de A??es e Reflex?es no Ensino de Arte, Uberl?ndia, 24/10/2007).
- Dimens?o po?tica das produ??es em Artes Visuais. (Soraia Lelis)
? Acredita-se que em um processo cont?nuo, as trocas e reflex?es acerca da frui??o e da produ??o art?stica pelo vi?s da Hist?ria da Arte, atribuem m?rito ? produ??o do conhecimento em arte e contribuem para a constru??o do repert?rio e vocabul?rio pl?sticos. Neste sentido, o ensino de arte deve buscar a educa??o est?tica, entendendo a avalia??o em Arte como processual e qualitativa, n?o visando apenas a um resultado final.
Recursos educacionais
Nome Tipo
Aprecia??o de imagem de obras Te?rica
Desenho de observa??o Pr?tica
Recorte e Colagem Pr?tica
Montagem de Instala??o Pr?tica