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Os desenhos de humor: charge, cartum e caricatura

Autor e Co-autor(es)

Priscila Brasil Gon?alves Lacerda imagem do usuário

BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Professor Luiz Prazeres

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final L?ngua Portuguesa An?lise lingu?stica: processos de constru??o de significa??o

Dados da Aula

O que o aluno poderá aprender com esta aula

  • Esta aula tem por objetivo fazer com que os alunos compreendam os elementos que perpassam a constitui??o do sentido em desenhos de humor. Pretende-se lev?-los a refletir acerca do prop?sito cr?tico de cada tipo desses desenhos, charge, cartum e caricatura, compreendendo que

O humor, numa concep??o mais exigente, n?o ? apenas a arte de fazer rir. Isso ? comicidade, ou qualquer outro nome que se escolha. Na verdade, humor ? uma an?lise cr?tica do homem e da vida. Uma an?lise n?o obrigatoriamente comprometida com o riso, uma an?lise desmistificada, reveladora, c?ustica. Humor ? uma forma de tirar a roupa da mentira, e seu ?xito est? na alegria que ele promove pela descoberta inesperada da verdade. (Ziraldo)

Fonte: CEREJA, Willian Roberto; MAGALH?ES, Thereza Cochar. Portugu?s: Linguagens ? 7? s?rie. 4 edi??o reformulada. S?o Paulo: Atual, 2006.

Duração das atividades

aproximadamente 2 aulas de 50 minutos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

  • ? desej?vel que os alunos j? tenham estudado as figuras de linguagem que seriam mais comuns em desenhos de humor, como met?fora, ironia, paradoxo e ant?tese.

Estratégias e recursos da aula

  • Na primeira parte da aula, o professor deve propor aos alunos atividades de descri??o e de interpreta??o, que os conduzam a reconhecer as peculiaridades de cada tipo de desenho de humor.

Observa??o: Recomenda-se que o professor utilize material impresso ou proje??o, com aux?lio de retroprojetor ou aparelho de datashow.

ATIVIDADE 1: CHARGE

  • Inicialmente, devem ser apresentadas aos alunos trechos da not?cia ?Sarney est? prestes a renunciar ao cargo?, publicada na Revista Veja, e as quest?es sobre ela.
Crise no Senado

Sarney est? prestes a renunciar ao cargo


1 de agosto de 2009

O senador Jos? Sarney lutou muito, mas n?o conseguiu vencer os fatos. Ao decidir disputar a presid?ncia do Senado, em fevereiro passado, acreditava que o cargo era uma garantia de imunidade para ele e a fam?lia ? ?quela altura j? investigada pela Pol?cia Federal por suspeita de uma multiplicidade de crimes. A visibilidade, por?m, teve efeito contr?rio e acabou colocando o mais longevo dos pol?ticos brasileiros no centro de uma devastadora crise no Congresso. Jos? Sarney, o ?ltimo dos coron?is, rendeu-se diante de tantos esc?ndalos. Na semana passada, o senador disse ao presidente Lula que est? cansado e que decidiu deixar o cargo.
[...]

O desfecho da crise envolvendo Sarney representa um golpe contra as tradicionais oligarquias pol?ticas brasileiras, mas n?o o definitivo - ali?s, longe disso. Ant?nio Carlos Magalh?es, Renan Calheiros, Jader Barbalho e Sarney produziram herdeiros, biol?gicos ou n?o, que mant?m vivas as seculares pr?ticas coronelistas. O tamanho e a import?ncia que tem o PMDB no cen?rio nacional ? o maior exemplo disso. Como um c?ncer em processo de met?stase, o partido ? o abrigo seguro desse jeito peculiar de fazer pol?tica, destes grupos que continuam espalhados pela m?quina do estado empenhados exclusivamente em girar a roda do fisiologismo e da corrup??o.

Se a ren?ncia de Sarney se confirmar, algu?m ? capaz de imaginar que os indicados do senador no setor el?trico ser?o demitidos? N?o, n?o ser?o. Eles continuar?o l?, fazendo tudo que sempre fizeram, igualzinho ao que manda a cartilha atrasada pela qual rezam a maioria dos pol?ticos brasileiros, independente a qual agremia??o perten?am. Afinal, esta ?, e vai ainda continuar sendo por muito tempo, a mais eficiente e segura forma de fazer pol?tica: trocando votos por cargos, permutando verbas por apoio, empregando parentes e amigos - tudo com o nosso dinheiro.

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/sarney-esta-prestes-renunciar-ao-cargo-489133.shtml, acessado em 14 set. 2009.

a) Qual ? o assunto tratado pela not?cia?
b) Quais s?o as acusa??es contra Sarney?
c) No segundo par?grafo do texto, afirma-se que a crise ?representa um golpe contra as tradicionais oligarquias pol?ticas brasileiras?. Explique essa afirma??o.
d) No ?ltimo par?grafo do texto, ? apresentada uma perspectiva otimista ou pessimista em rela??o ?s conseq?u?ncias consequ?ncias de uma poss?vel ren?ncia de Sarney? Em que se baseia esse otimismo ou pessimismo?

  • Ap?s ter feito a corre??o oral dessas quest?es com os alunos, o professor deve apresentar-lhes a seguinte sequ?ncia de charges, tamb?m relacionadas ao caso de Sarney, e solicitar que eles respondam as quest?es de ?a? ? ?i?.

Imagem: Charge 1

undefinedFonte:  http://ivancabral.blogspot.com/search/label/Sarney, acessado em 14 set. 2009.

a) Descreva a ilustra??o apresentada na charge.
b) Por que no lugar do Senado ? represent ado um bar raco?
c) A quem parecem se dirigir os insultos proferidos dentro do barraco? Explique sua resposta tomando como base a not?cia que estudamos anteriormente.

Charge 2

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Fonte: http://ivancabral.blogspot.com/search/label/Sarney, acessado em 14 set. 2009.

  • O professor, antes de passar as quest?es referente ?s charges 2 e 3, deve discutir com os alunos a fun??o do Conselho de ?tica.
Conselho de ?tica

O Conselho de ?tica e Decoro Parlamentar da C?mara do s Deputados ? o ?rg?o encarregado do procedimento disciplinar destinado ? aplica??o de penalidades, nos casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar. Cabe ao Conselho, entre outras atribui??es, zelar pela observ?ncia dos preceitos ?ticos, cuidando da preserva??o da dignidade parlamentar.

Fonte:http://noticias.terra.com.br/brasil/crisenogoverno/interna/0,,OI604619-EI5297,00.html, acessado em 14 set. 2009

d) De que maneira Sarney ? representado nessa charge?
e) Descreva a express?o fision?mica da faxineira. A quem ela pode representar nessa charge?
f) O que significa a palavra ??tica?, juntamente com um cart?o vermelho, ser varrida para debaixo daquele tapete?

Charge 3

Fonte: http://ivancabral.blogspot.com/search/label/Sarney, acessado em 14 set. 2009.


g) Caracterize a express?o fision?mica de Sarney.
h) Qual ? o sentido da fala de Sarney?
i) Reflita sobre as charges 2 e 3, considerando a fun??o do Conselho de ?tica. O que elas denunciam?

  • Depois que os alunos tenham resolvido as quest?es, o professor deve recrutar um aluno para responder cada quest?o em voz alta e deve discutir com a turma as interpreta??es feitas.

ATIVIDADE 2: CARTUM

Em um segundo momento da aula, o professor deve apresentar aos alunos o cartum a seguir e solicitar que eles respondam as quest?es de ?a? ? ?d?.

Cartum 1

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Fonte: http://www.cartuns.com.br/page1.html, acessado em 14 set. 2009.

a) Observe o vocativo utilizado pelo m?dico para se dirigir ao paciente. Essa maneira lhe parece adequada? Por qu??
b) Caracterize o paciente. Por que ele necessita de dois bancos?
c) Explique o humor nesse cartum.
d) O cartum critica, pela ironia, uma situa??o muito recorrente na realidade brasileira. A que situa??o se faz refer?ncia?

  • Ap?s ter discutido com os alunos as quest?es sobre a charge, o professor deve apresentar-lhes a seguinte carta de um leitor da Revista Veja, publicada em 22 de julho de 2009. Na seq?u?ncia, devem ser propostas as quest?es de ?a? ? ?c?.

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a) Qual ? o tema dessa desta carta?
b) Qual foi o objetivo do leitor ao enviar essa carta ? Revista Veja?
c) O cartum apresentado anteriormente e a carta t?m algo em comum: ambos criticam as m?s condi??es do sistema de sa?de brasileiro. Compare a linguagem utilizada por esses textos.

  • Fechando esta etapa da aula, o professor deve discutir com os alunos essas quest?es.

ATIVIDADE 3: CARICATURA

No terceira momento da aula, o professor deve apresentar aos alunos a sequ?ncia de caricaturas do cantor Michael Jackson a seguir e solicitar que fa?am, oral e brevemente, compara??es entre elas.

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http://www.charge-o-matic.blogger.com.br/chargeLulaImpopular.gif, acessado em 14. set. 2009.

Avalia??o

  • O professor deve avaliar a compreens?o dos alunos ao fazer a discuss?o (corre??o) em conjunto, analisando a adequa??o das respostas apontadas por eles. Cabe ao professor cuidar para que todos os alunos participem em algum momento, j? que a presente aula viabiliza tal participa??o, pois nela se prop?e uma quantidade consider?vel de exerc?cios.
  • Al?m disso, sugere-se que o professor apresente aos alunos a letra (material impresso) e a m?sica (material em ?udio) de ?Cidad?o?, composta por Lucio Barbosa e cantada por Z? Ramalho. Em seguida, o professor deve solicitar aos alunos que componham um cartum focalizando alguma situa??o narrada pela m?sica e o entreguem para ser avaliado.

Cidad?o

Z? Ramalho
Composi??o: Lucio Barbosa 

T? vendo aquele edif?cio mo?o
Ajudei a levantar
Foi um tempo de afli??o
Eram quatro condu??o
Duas pr? ir, duas pr? voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pr? cima e fico tonto
Mas me vem um cidad?o
E me diz desconfiado
"Tu t? a? admirado?
Ou t? querendo roubar?"
Meu domingo t? perdido
Vou pr? casa entristecido
D? vontade de beber
E pr? aumentar meu t?dio
Eu nem posso olhar pro pr?dio
Que eu ajudei a fazer...
T? vendo aquele col?gio mo?o
Eu tamb?m trabalhei l?
L? eu quase me arreben to
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pr? mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidad?o:
"Crian?a de p? no ch?o
Aqui n?o pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que ? que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
L? a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer...
T? vendo aquela igreja mo?o
Onde o padre diz am?m
Pus o sino e o badalo
Enchi minha m?o de calo
L? eu trabalhei tamb?m
L? foi que valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi l? que Cristo me disse:
"Rapaz deixe de tolice
N?o se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
N?o deixei nada faltar
Hoje o homem criou asa
E na maioria das casas
Eu tamb?m n?o posso entrar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra
N?o deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu tamb?m n?o posso entrar"
Hi?! Hi?! Hi?! Hi?!
Hi?! Oh! Oh! Oh!

Fonte: http://letras.terra.com.br/ze-ramalho/75861/, acessado em 14 set. 2009.

Avaliação

Publicada na se??o de "Estrat?gias e recursos da aula".