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Debate - Compras de Natal - O que se paga: vitrines, caixas ou fitas?

 

21/02/2011

Autor e Coautor(es)
MARIA LUCIA BRANDAO DOS SANTOS
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RIO DE JANEIRO - RJ COL DE APLIC DA UNIV FED DO RIO DE JANEIRO

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Inicial Ética Respeito mútuo
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua oral: usos e formas
Ensino Fundamental Inicial Ética Solidariedade
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua oral: valores, normas e atitudes
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Ensino Fundamental Inicial Matemática Tratamento da informação
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula

* Relacionar lucro a ganho e prejuízo à perda.

* Analisar o gasto realizado em compras de Natal, apontando lucros e prejuízos.

* Debater sobre as compras realizadas no período de Natal e o espírito natalino.

Duração das atividades
4 aulas de 50 min
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

* Aula do Portal do Professor "A comemoração do Natal em diferentes cantos do mundo".

* Noções de lucro e prejuízo.

Estratégias e recursos da aula

1°momento:

 

       O professor solicita aos alunos que escrevam num pedaço de papel o significado para eles dos "presentes" dados nas festas natalinas.

       Depois de escreverem, em roda, é proposta a leitura dos diversos significados. É possível que surjam algumas explicações como:

 

"É o momento de ganhar coisas que desejo durante todo o ano."

 

"Sonho com esse dia sempre, porque sei que vou ganhar meu brinquedo desejado."

 

"É a noite em que fico muito triste, porque nunca ganho o que peço."

 

"Recebo presentes, pois sou bonzinho o ano inteiro."

 

       Os significados dados pelos alunos após serem ouvidos pela turma, deverão ser confrontados com a possível origem do ato de dar presentes na noite de Natal: talvez tenha se originado das oferendas dos Reis Magos a Jesus: ouro, incenso e mirra.

 

 

      Fonte da imagem: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://2.bp.blogspot.com/_uXgW3oz06vk/TSXv5NumE1I/AAAAAAAAAcI/nR4coqh7_XM/s1600/reis%2Bmagos.gif&imgrefurl=http://papagaiosdocpb.blogspot.com/&usg=__Q5TBJIux0Bju7oQwSz-c2i_TuQg=&h=357&w=483&sz=12&hl=pt-br&start=83&sig2=ji_26UnxF9Luqsoxd-omjw&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=Cz8ftlozxB6LpM:&tbnh=95&tbnw=129&prev=/images%3Fq%3Dtres%2Breis%2Bmagos%26start%3D80%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26ndsp%3D20%26biw%3D1003%26bih%3D401%26tbs%3Disch:1&ei=amtXTc3jM4aglAfftKH2Bg

       É contada para a turma ou lida com ela a história que conta a origem dos presentes de Natal partindo da lenda dos Reis Magos.

       "Os Três Magos Solitários". CD-livro: Noite Feliz - histórias de Natal. Palavra Cantada.

 

                                                                  Os três Magos                                       

       Viviam no Oriente três solitários Magos, Gaspar na Mesopotânea, Melquior na Pérsia e Baltazar na Etiópia.

       Há muito tempo esperavam o nascimento de um poderoso Rei que reinaria sobre todos os povos e que traria PAZ à Terra!

       Dizia uma antiga Profecia:"Uma estrela irá surgir no Oriente e conduzirá seus seguidores até a criança Real". E eles esperavam confiantes por esse acontecimento!

       Gaspar, Melquior e Baltazar não se conheciam. À sóis e distantes um do outro, estudavam a profecia e com muita atenção procuravam no caminho dos astros e estrelas o surgimento desta misteriosa aparição!

      Eles sabiam que esse tempo estava próximo e aguardavam com muita ansiedade e esperança!

      Então, em uma noite escura, diferente de todas as outras noites, seus corações dispararam!

     De um prateado intenso, lentamente, a Estrela Soberana apareceu no céu. Era ela! Não tinham dúvidas!

      Ofegantes, apressadamente, desceram de suas torres de observação. Arrearam seu camelo mais veloz e avisaram seus parentes e amigos que iriam empreender uma longa viagem. E montados como príncipes em seus camelos, partiram com profunda gratidão e curiosidade pelo destino ao qual os encaminhariam a estrela.

 

                                                                  Os Magos seguem as estrelas

        Para o grande Rei que iria nascer, eles prestariam homenagens levando, cada um, presentes valiosos.

       Gaspar escolheu um belo cálice de puro ouro, pois com uma luz dourada, o Novo Soberano iria brilhar como o Sol.

       Melquior escolheu um bauzinho de madrepérola cheio do incenso mais perfumado, que o Rei poderia queimar nas ocasiões sagradas.

       Baltazar, levou sementes de mirra que preparada produziriam um óleo balsâmico que curariam as feridas mais profundas.

       Os Magos, em suas montarias velozes, atravessaram florestas, rios e desertos. A Estrela resplandecente os guiava.

       Durante o dia, eles descansavam em suas tendas esperando pela noite quando a estrela surgia no céu.

 

                                                                  O encontro dos Magos

        Diante da cidade de Jerusalém, onde reinava o Rei Herodes, os Magos se encontraram.

       Muito admirados, se viram reunidos no mesmo lugar, cumprimentaram-se e cada um contou suas viagens e esperanças. Perceberam, felizes, que os três tinham sido guiados pela mesma Estrela e procuravam a mesma criança.

       Depois de descansarem, partiram juntos acompanhando o brilho luminoso da Estrela Guia.

 

                                                               Perante o Menino Rei

       Ora, no campo diante de uma gruta havia um estábulo e acima dele a estrela parou!

       Seu brilho tornou-se ainda maior. Os magos se surpreenderam com a pobreza do lugar.

       Apearam de seus camelos. Relutantes, entraram no estábulo e o encontraram iluminado pelo brilho da Estrela. No interior avistaram a criança que dormia, junto estavam seu pai e sua mãe e animais que faziam companhia.

       Os três magos perceberam, então que a busca havia terminado ali.

       Comovidos, caíram de joelhos diante da manjedoura onde estava a Criança Divina. Ofereceram à mãe  do menino os seus ricos presentes.

       Suas almas se elevaram ao Mundo Espiritual! Foram-lhes reveladas muitas coisas a respeito daquela criança: sua vida, sua morte e sua ressurreição no terceiro dia.

       Ao se despedirem do Menino e de seus pais, parecia que a Estrela Celeste que os conduzira começava a brilhar em seus corações.

 

 Fonte do texto e ilustração: Cândido de Alencar Machado.

Site: http://www.palavracantada.com.br/final/cds_detalhes.aspx?idCD=27

 

       Depois da história, o professor deve provocar uma reflexão sobre o sentido das oferendas feitas pelos Reis Magos.

       Coloca, então, uma frase no quadro de giz:

 

       "Como as palavras lucro e prejuízo podem ser relacionadas ao texto?"

 

       Os alunos deverão perceber que não existe  uma relação, pois não há venda, compra, troca, mas simplesmente doação.

 

2°momento:

 

       É solicitado à turma que enumere o que costuma fazer nos dias que antecedem o Natal.

       Poderão surgir:

 

-montar árvore

-comprar presente

-escrever cartões

-ver TV

-ir ao supermercado

-passear nas lojas do shopping

-armar o presépio

 

       A partir disso, é proposta a leitura do texto "Compras de Natal" - Cecília Meireles, com a orientação da leitura:

       O que se compra realmente no Natal: lembranças, caixas, vitrines ou fitas?

 

       

                                                                     Compras de Natal

 


       A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades. Enche-se de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões que não sobem, anjos e santos que não se movem, estrelas que jamais estiveram no céu.

       As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coisas que possam representar beleza e excelência.

       Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em pobres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil anos, num abrigo de animais, em Belém.

       Todos vamos comprar presentes para os amigos e parentes, grandes e pequenos, e gastaremos, nessa dedicação sublime, até o último centavo, o que hoje em dia quer dizer a última nota de cem cruzeiros, pois, na loucura do regozijo unânime, nem um prendedor de roupa na corda pode custar menos do que isso.

       Grandes e pequenos, parentes e amigos são todos de gosto bizarro e extremamente suscetíveis. Também eles conhecem todas as lojas e seus preços — e, nestes dias, a arte de comprar se reveste de exigências particularmente difíceis. Não poderemos adquirir a primeira coisa que se ofereça à nossa vista: seria uma vulgaridade. Teremos de descobrir o imprevisto, o incognoscível, o transcendente. Não devemos também oferecer nada de essencialmente necessário ou útil, pois a graça destes presentes parece consistir na sua desnecessidade e inutilidade. Ninguém oferecerá, por exemplo, um quilo (ou mesmo um saco) de arroz ou feijão para a insidiosa fome que se alastra por estes nossos campos de batalha; ninguém ousará comprar uma boa caixa de sabonetes desodorantes para o suor da testa com que — especialmente neste verão — teremos de conquistar o pão de cada dia. Não: presente é presente, isto é, um objeto extremamente raro e caro, que não sirva a bem dizer para coisa alguma.

       Por isso é que os lojistas, num louvável esforço de imaginação, organizam suas sugestões para os compradores, valendo-se de recursos que são a própria imagem da ilusão. Numa grande caixa de plástico transparente (que não serve para nada), repleta de fitas de papel celofane (que para nada servem), coloca-se um sabonete em forma de flor (que nem se possa guardar como flor nem usar como sabonete), e cobra-se pelo adorável conjunto o preço de uma cesta de rosas. Todos ficamos extremamente felizes!

 

       São as cestinhas forradas de seda, as caixas transparentes os estojos, os papéis de embrulho com desenhos inesperados, os barbantes, atilhos, fitas, o que na verdade oferecemos aos parentes e amigos. Pagamos por essa graça delicada da ilusão. E logo tudo se esvai, por entre sorrisos e alegrias. Durável — apenas o Meninozinho nas suas palhas, a olhar para este mundo.

                                                                                                                                                                                                                                                         

                                                                                                                                                                                            Cecília Meireles
 

Fonte do texto: livro "Quatro Vozes", Editora Record - Rio de Janeiro, 1998, pág. 80.

 

     Após a leitura, são destacadas para a turma as seguintes expressões:

 

 

-sinos que não tocam

 

-estrelas que jamais estiveram no céu

 

-neve de algodão

 

-caixas  de plástico que não servem para nada

 

-sabonete em forma de flor que nem se possa usar como flor nem usar como sabonete

 

-recursos que são a própria imagem da ilusão.

 

-Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em pobres panos, há cerca de dois mil anos, em Belém.

 

 

       A cada expressão destacada, os alunos falam sobre a relação que existe entre ela e a noite de Natal.

       No final, volta-se à mesma reflexão feita no texto "Os Três Magos Solitários".

 

       "Como as palavras lucro e prejuízo podem ser relacionadas ao texto?" 

 

 

       Os alunos deverão perceber que estas palavras foram ganhando importância na compra e venda dos presentes de Natal. A cada ano, tenta- se iludir cada vez mais as crianças e adultos com embalagens mais atraentes, porém enganosas.

 

 3°momento: 

 

       Depois de relacionadas com os dois textos, as expressões lucro e prejuízo devem ser retomadas para a seguinte atividade: Os alunos pensam em situações no Natal em que podem ocorrer lucro e prejuízo.

                                                                               No Natal:

...lucramos quando: ...temos prejuízo quando:
   
   
   
   
   
   

       É desejável que os alunos, depois das reflexões feitas provocadas pelas expressões destacadas, citem situações em que possam ganhar nada e "lucrar" ou ganhar tudo e "perder". Caso isto não aconteça, o professor deve levá- los a isso, fazendo com que a turma preste mais atenção ao seu redor: crianças abandonadas em orfanatos, menores nas ruas, adultos sem moradia, velhos abandonados pela família, crianças que nascem numa imensa pobreza...

       A atividade pode ser realizada a partir de narrativas dos próprios alunos, fotos, notícias...

       A partir disso, a turma pode realizar campanhas para tornar feliz o Natal das pessoas, podendo também confeccionar presentes, ensaiar músicas e fazer esse oferecimento a algum asilo, orfanato... 

      

4°momento:

 

    Depois de todas as atividades realizadas, o professor propõe o tema para ser debatido pela turma:

 

                      "Compras de Natal - O que se paga: vitrines, caixas ou fitas?"

 

    O professor deve anotar  as colocações feitas e compará- las com as realizadas no início do estudo.       

Recursos Complementares

* Livros: -O Papai Noel - Coleção A Magia do Natal. Ed. Ciranda Cultural.

                -Como Grinch roubou o Natal- Tradução : Mônica Rodrigues da Costa e outros. Ed. Companhia das Letras.

*CD- livro: Noite Feliz.- histórias de Natal. Os Três Magos Solitários. Palavra Cantada.Cândido de Alencar Machado.  http://www.palavracantada.com.br/final/cds_detalhes.aspx?idCD=27

*Link do DVD do Filme Os 3 Reis Magos: http://www.baixarfilmesdublados.net/baixar-filme-os-tres-reis-magos-dublado/

*Aula do Portal do Professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28608

Avaliação

       A avaliação da atividade abrange vários momentos onde os alunos mostram suas ideias e suas emoções, mas pode- se realizar uma avaliação final baseada no debate final e perceber como o tema trabalhado mexeu afetivamente com cada um.

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