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A criação do sistema de fábrica na Europa e as transformações na noção de tempo

 

20/08/2013

Autor e Coautor(es)
LEIDE DIVINA ALVARENGA TURINI
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG Universidade Federal de Uberlândia

Eliana Dias e Lazuíta Goretti de Oliveira

Estrutura Curricular
Modalidade / Nível de Ensino Componente Curricular Tema
Ensino Fundamental Final História Relações de trabalho
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Trabalho e relações sociais
Ensino Médio Sociologia Estrutura e estratificação social: a questão das desigualdades sociais
Ensino Médio Sociologia Mudança e transformação social
Ensino Médio História Trabalho
Ensino Médio Sociologia Estudo das sociedades humanas
Ensino Médio História Caracteristicas e transformações das estruturas produtivas
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Atividades produtivas e as relações sociais
Ensino Fundamental Final História Ritmos de tempo
Ensino Médio História Sujeito histórico
Ensino Médio História Tempo: transformações e mentalidades
Ensino Fundamental Final História Tempo cronológico
Ensino Fundamental Final História Tempo da duração
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Entender o conceito de “sistema de fábrica”.
  • Compreender o processo que levou à criação do sistema de fábrica na Europa.
  • Analisar as transformações ocorridas na noção de tempo, relacionadas às mudanças no sistema produtivo e na sociedade de maneira geral.
Duração das atividades
06 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • O processo de transição do feudalismo para o capitalismo na Europa.
Estratégias e recursos da aula

Estratégias:

  • Leitura e interpretação de textos, vídeos e imagens.
  • Trabalhos individuais, em dupla e em grupo.
  • Elaboração de fichamento.
  • Preparação e apresentação de seminário.

 

Recursos:

  • Computador e internet.
  • Data Show ou TV/DVD
  • Power Point ou programa similar.

 

Módulo 1 - O que é sistema de fábrica e as suas origens na Europa

 

Atividade 1

Leitura, fichamento e debate do livro: O nascimento das fábricas

Fonte da imagem: http://www.editorabrasiliense.com.br/cat-colecao-tudo-historia.php?qntdlv=&p=9

 

Referência Bibliográfica:

DECCA, Edgar Salvadori de. O Nascimento das Fábricas. Coleção Tudo é História. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1986, 77 p.

Orientações

a. Inicialmente os alunos devem fazer uma leitura individual e atenta do livro. Como a obra faz parte da coleção "Tudo é História", são textos curtos, possibilitando uma leitura relativamente rápida. Em seguida, os alunos devem fichar os capítulos, cujos títulos são:

1. Introdução

2. Nunca temos tempo pra sonhar

3. Uma máquina e fábrica incrível

4. A fábrica vitoriosa

 

b. Para fazerem o fichamento do livro, os alunos devem seguir as orientações no link indicado abaixo:

Fichamento

http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/16230/index.html

 

c. Após a elaboração do fichamento do livro, os alunos estarão prontos para a discussão coletiva de suas ideias centrais.

DEBATE

Promova um debate entre os alunos para que possam socializar as reflexões e discutir possíveis dúvidas que não foram esclarecidas.

a. O professor deve ser o coordenador do debate, colocando as regras para a dinâmica, controlando o tempo das falas, levantando questões que devem ser priorizadas na discussão, intervindo, se houver eventuais problemas, e anotando questões que devem ser retomadas para esclarecimentos ao final da dinâmica.

b. Para fechar a dinâmica, o professor/coordenador apresentará as questões que anotou durante o debate, as quais ainda necessitam de esclarecimentos, colocando as suas próprias considerações sobre o tema.

d. No debate do livro, o professor pode destacar algumas ideias fundamentais, para que os alunos possam discutir. É importante enfatizar a ideia de como os trabalhadores foram reunidos em um mesmo ambiente de trabalho e como deixaram de ter o controle dos meios de produção, os quais passaram a pertencer aos capitalistas. Desta forma, o trabalhador deixou também de ter o controle do tempo de trabalho e do processo de produção.

 

Atividade 2

Leitura e interpretação do texto

Artesanato

Texto completo disponível em: http://www.chumanas.com/2013/01/do-artesanato-maquinofatura.html

Acesso em 15/08/2013

Orientações:

a. Os alunos devem acessar o texto completo no link indicado e fazer a leitura do mesmo, sob a orientação do professor.

b. Após a leitura, o professor deverá propor a discussão coletiva do texto e fazer os devidos esclarecimentos das dúvidas apresentadas pelos alunos.

c. Todos os alunos devem anotar no caderno as ideias centrais do texto.

 

Atividade 3

 

Na sequência, proponha aos alunos o trabalho com a temática a partir do livro "História - Ensino Médio", da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, coordenado por Jairo Marçal, o qual está disponível na internet e cuja reprodução parcial ou total está autorizada. Confira no link: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/historia.pdf

a. Consultando o livro no link indicado, os alunos terão contato com textos e atividades relacionadas aos seguintes temas:

De artesãos independentes a tarefeiros assalariados, p. 54

A constituição do sistema de fábrica, p. 58

A organização do tempo do trabalho, p. 61

b. Os textos são acompanhados por proposta de atividades e por questões para debate. Confira a questão proposta e oriente os alunos para a resolução da mesma, a partir das leituras realizadas:

Questão

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/historia.pdf, p. 56

c. Para concluir as discussões das atividades 1, 2 e 3 , organizados em duplas os alunos devem:

I. Definir o que é "sistema de fábrica" a partir das leituras realizadas.

II. Produzir um quadro-síntese a respeito das transformações ocorridas no sistema produtivo, na transição do feudalismo para o capitalismo, marcando as diferenças entre:

Artesanato

Putting-out system

Manufatura

Maquinofatura

 

III. Apresentar as conclusões acerca das questões b e c (I e II) aos demais colegas. Dúvidas e ideias centrais devem ser registradas no caderno. As primeiras serão esclarecidas com a orientação do professor.

 

Módulo 2 - As transformações na noção de tempo e a importância do relógio na sociedade capitalista industrial

 

1- O tempo no mundo medieval e na transição para o capitalismo

Atividade 1

Leitura e interpretação de textos

Texto 1

"Janeiro, olha para o ano passado e para o que está por vir

Fevereiro, o mês mais duro, em que a vida parece parar

Março, em que começam os trabalhos da vinha

Abril, colhem-se as primeiras flores

Maio, 'o tempo está belo e amoroso'

Junho, os trabalhos das terras

Julho, o corte do feno

Agosto, a ceifa

Setembro, a sementeira

Outubro, a vindima

Novembro, mandam-se os porcos às bolotas

Dezembro, mata-se o porco."

GIAUVILLE, Barthelemy de. Le proprietaire des choses [1485]. In: LE GOFF, J. (org.). Enciclopédia Einaudi: memória-história. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1984. p. 284.

http://oridesmjr.blogspot.com.br/2011/05/o-tempo-na-sociedade-industrial-e-no.html

Texto 2

Na Idade Média, além dos tempos naturais e sociais de natureza leiga, eram fortemente sentidos os tempos ligados à religião como aqueles do dia monástico, que prevê cotidianamente os serviços para as laudes, a prima, a terça, a sexta, a nona, as vésperas e as completas. No início da modernidade, o tempo da Igreja, marcado pelo sino, entrou em conflito com o tempo do mercador, marcado pelo relógio.  Se de fato ao camponês bastava dividir o seu tempo segundo as luas e as estações, tornadas imprecisas pela demarcação apagada entre calor e frio, sol e chuva, dia e noite; se ao monge bastava dividir as horas, segundo, os sete períodos da própria liturgia cotidiana, marcadas aproximadamente pelo relógio de sol, pela clepsidra e pelo sino, ao mercador – que faz tesouro do tempo que decorre entre a compra e a venda, pagamentos e recebimentos, transferência de mercadorias e maturação de interesses – é necessária uma medida muito mais precisa das horas e dos dias. Ainda mais precisa é a medida do tempo necessária aos químicos, aos físicos e aos filósofos que conduzem os seus experimentos nas universidades.
Se antes interessava apenas a salvação na vida eterna, agora interessa também o ganho na vida terrena. E os negócios são coligados ao tempo: no decorrer de algumas semanas, podiam mudar as sortes de um mercador ou de um banqueiro, assim como hoje, no decorrer de poucos minutos, podem decidir-se fortunas de quem joga na bolsa. (Adaptado de DE MASI, 2000, p. 97-101).

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/livro_didatico/historia.pdf

Texto 3

"[...] Na realidade não havia horas regulares: os mestres e gerentes faziam o que queriam conosco. Os relógios nas fábricas eram frequentemente adiantados de manhã e atrasados à noite e, em vez de serem instrumentos para a medição do tempo, eram usados como capas para dissimular a trapaça e a opressão. Embora isso fosse conhecido pelos operários, todos tinham medo de falar, e um trabalhador tinha medo de usar relógio, na medida em que não era incomum despedir qualquer um que pretendesse saber demais sobre a ciência da horologia."

Anônimo. Capítulos na vida de um garoto de fábrica de Dundee [1887]. In: THOMPSON, E. P. Time, Work-discipline and industrial capitalism. Disponível em http://libcom.org.

http://oridesmjr.blogspot.com.br/2011/05/o-tempo-na-sociedade-industrial-e-no.html

Textos acessados em 15/08/2013

Orientações:

a. Os alunos devem fazer uma leitura atenta dos três textos. Em seguida, apresente a eles a seguinte afirmativa:

A leitura dos textos permite observar importantes transformações ocorridas nas noções de tempo e de trabalho, na transição do feudalismo para o capitalismo na Europa.

Peça aos alunos que discutam coletivamente a afirmativa e que apresentem argumentos extraídos dos textos que lhes permitam dizer se concordam ou não com a mesma.

 

Atividade 2

Interpretação do calendário agrícola de Pietro Crescenzi (século XIV)

Calendário

http://sesi.webensino.com.br/sistema/webensino/aulas/repository_data//SESIeduca/ENS_FUN/ENS_FUN_F08_HIS/131_HIS_ENS_FUN_F08_09/leitura_mundo.html

O calendário de Pietro Crescenzi fundamenta-se nas atividades agrícolas realizadas em cada mês do ano. Baseando-se nas leituras realizadas na atividade 1 e na análise de cada uma das imagens do calendário, os alunos devem discutir coletivamente com os colegas as seguintes questões:

a. O que o calendário de Crescenzi diz a respeito do trabalho e do tempo no mundo medieval?

b. De que maneira as imagens podem ser relacionadas às ideias apresentadas nos textos 1 e 2 da atividade 1?

 

 

2- O tempo na sociedade capitalista industrial

Atividade 1

Captura e interpretação de imagens congeladas do filme "Tempos Modernos"


TEMPOS MODERNOS

Fonte da imagem: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/imagens/artigos/literatura/cinema_educacao_05.jpg

 

a. Proponha aos alunos que assistam o filme "Tempos Modernos", de Charles Chaplin. Confira sinopse e ficha técnica do filme em: http://alcidesbarbosadeamorim.com.br/?p=984

b. A proposta é que o filme seja projetado para toda a turma em data show ou através da utilização de TV/DVD, em sala apropriada.

c. Após a projeção, o professor deve orientar os alunos para a seleção e captura de imagens representativas das ideias centrais abordadas por Charles Chaplin em "Tempos Modernos", utilizando programa do computador. Veja o exemplo:

 

                               

 O relógio de ponto passa a fazer parte do cotidiano do trabalhador no sistema de fábrica, na sociedade industrial capitalista.

 

Exemplos de cenas que poderão ser capturadas a partir do filme:

1. O tempo da sociedade industrial marcado pelo relógio

2. Trabalhadores no sistema de fábrica: a metáfora das ovelhas

3. A máquina alimentadora e a redução de "tempos mortos": crítica aos princípios tayloristas aplicados ao sistema fabril.

4. O trabalhador "engolido" pela máquina e a "loucura" como a negação do mundo do trabalho

5. O desemprego e a fome na sociedade industrial

6. A questão social como "caso de polícia"

7. A resistência presente nas rebeliões operárias

8. A marginalidade como fruto da questão social

 

As ideias/cenas citadas são sugestões, para que se tenha uma melhor compreensão da atividade. Sendo assim, a proposta é que os próprios alunos selecionem as cenas e elaborem legendas para as mesmas, em duplas.

 

Para auxiliar na interpretação e discussão das imagens congeladas do filme, proponha aos alunos as seguintes leituras:

Ernesto Sábato & Charles Chaplin em: A humanização das máquinas. http://praelitteras.blogspot.com.br/2012/05/ernesto-sabato-charlie-chaplin-em.html

O tempo em "Tempos Modernos". http://www.cinerevista.com.br/artigos/TemposModernos.htm

Textos acessados em 15/08/2013

 

d. Ao final da atividade, as duplas devem apresentar as imagens capturadas e suas respectivas legendas. Promova uma discussão coletiva das principais ideias abordadas.

 

Atividade 2

Seminário

 

1- Para aprofundar a reflexão iniciada na atividade anterior, propor aos alunos a realização de um Seminário de Textos sobre a concepção de tempo presente na sociedade capitalista industrial.

Orientações para a realização do SEMINÁRIO:

a. Dividir os alunos em 4 grupos e atribuir a cada grupo a responsabilidade pelo estudo e apresentação, para a turma, de um texto relativo ao tema em discussão.

b. Nas orientações aos alunos, o professor deve destacar que o grupo deve evidenciar a sua compreensão sobre o texto estudado e também o seu posicionamento em relação às questões propostas pelo autor. Desta forma, é imprescindível que o aluno compreenda as ideias estudadas e as apresente numa fala espontânea.

d. Na preparação do Seminário, os alunos devem procurar solucionar possíveis dúvidas em relação ao conteúdo dos textos com o professor.

 Textos referenciais para o Seminário:  

Texto 1: Sob a velocidade do capital. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=30&id=348

Texto 2: A escravidão do relógio chega à alimentação. Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=306

Texto 3: Tempo Livre, Lazer e as transformações socioculturais. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=30&id=354

Texto 4: No ritmo das máquinas. Disponível em: http://www.comciencia.br/comciencia/handler.php?section=8&edicao=30&id=355

 

Atenção, esta é uma sugestão. Portanto, se o professor tiver acesso a outros textos que julgar mais pertinentes para a discussão proposta a seus alunos, levando em conta interesses, vocabulário, faixa etária, deve priorizá-los.


e. Após o trabalho de leitura, interpretação e problematização das fontes, cada grupo deverá preparar a apresentação para o restante da turma. Para tanto, poderão utilizar o aplicativo para apresentação de slides correspondente ao sistema operacional do computador ao qual terão acesso.

f.  Na organização da apresentação, o grupo poderá apresentar dados numéricos e/ou estatísticos, siglas e seus significados, imagens, vídeos, músicas, etc. As ideias centrais contidas nas fontes pesquisadas, bem como as conclusões do grupo, ficarão mais claras (e mais interessantes) para a turma se outros recursos, além da fala e do texto escrito, forem utilizados. Incentive os alunos a usarem conhecimentos e criatividade na apresentação!

Recursos Complementares

Para os professores:

A noção de tempo e o ensino de História. Revista de História. http://www.cefetsp.br/edu/eso/fausto/tempo_historia.pdf

Para os alunos:

Fábricas e o tempo do relógio. http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/fabricas-tempo-relogio.htm

O tempo da natureza x o tempo dos relógios. http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/o-tempo-natureza-x-tempo-dos-relogios.htm

Os textos foram acessados em 15/08/2013

Avaliação

O professor deve observar se os objetivos propostos na aula foram efetivamente alcançados pelos alunos, tendo em vista as estratégias desenvolvidas e os recursos utilizados. Assim, poderá avaliar os alunos nas atividades trabalhadas em cada módulo, como: interpretação de textos, vídeos e imagens; fichamento; produção e apresentação de seminário.

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