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A lenda de Eco e Narciso

 

27/04/2009

Autor y Coautor(es)
Juliana Gomes de Souza Dias
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CURITIBA - PR SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Eziquiel Menta

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Saúde Relações sociais, acordos e limites
Ensino Fundamental Final Saúde Construção da identidade e da auto-estima
Ensino Fundamental Final Artes Teatro: Teatro como comunicação e produção coletiva
Ensino Fundamental Final Artes Teatro: Teatro como apreciação
Ensino Fundamental Final Saúde Valorização dos vínculos afetivos
Ensino Fundamental Final Saúde Negociação de comportamentos para o convívio social
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
Apresentar aos alunos a lenda mitológica de Eco e Narciso, propor a reflexão sobre os personagens principais, pesquisar sobre os personagens mitológicos citados na lenda, criação e produção de uma peça de teatro.
Duração das atividades
2 aulas a 9 aulas de 50 minutos cada (de acordo com a disponibilidade e rendimento da turma)
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
Não são necessários conhecimentos prévios.
Estratégias e recursos da aula

Aula 01:
O professor deverá iniciar a aula questionando os alunos sobre a lenda mitológica de Eco e Narciso. Para contextualizar o debate o professor deverá utilizar os seguintes recursos:

Obra de arte: Eco e Narciso de Nicolas Poussin

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1859/imagens/poussin19.jpg

 A lenda: Eco e Narciso – Do livro: O livro de Ouro da Mitologia – de Thomas Bulfinch – pg. 123-126. disponível em:

http://books.google.com.br/books?id=fR9yOL9Pc2UC&pg=PA123&lpg=PA123&dq=eco+e+narciso+nicolas+poussin&source=bl&ots=

Oyeaz1MXP0&sig=8TArdjF0XjMDBd39buQ7qdKVweE&hl=pt-BR&ei=H5S-SZCBOpiLmQeE6eyfDg&sa=X&oi=book_

result&resnum=6&ct=result#PPA122,M2

Versão para impressão disponível em: http://ecletico.blogspot.com/2004/04/lenda-de-narciso.html

 

"Eco era uma bela ninfa, amante dos bosques e dos montes, onde se dedicava a distrações campestres. Era favorita de Diana e acompanhava-a em suas caçadas. Tinha um defeito, porém: falava de mais e, em qualquer conversa ou discussão, queria sempre dizer a última palavra.

Certo dia, Juno saiu à procura do marido, de quem desconfiava, com razão que estivesse se divertindo entre as ninfas. Eco, com sua conversa, conseguiu entreter a deusa, até as ninfas fugirem.
Percebendo isto, Juno condenou-a com estas palavras:

- Só conservarás o uso dessa língua com que me iludiste para uma
coisa de que gostas tanto: responder. Continuarás a dizer a última
palavra, mas não poderás falar em primeiro lugar.

A ninfa viu Narciso, um belo jovem, que perseguia a caça na montanha. Apaixonou-se por ele e seguiu-lhe os passos. Quanto desejava dirigir-lhe a palavra, dizer-lhe frases gentis e conquistar-lhe o afecto! Isso estava fora de seu poder, contudo. Esperou, com impaciência, que ele falasse primeiro, a fim de que pudesse responder.
Certo dia, o jovem, tendo se separado dos companheiros, gritou bem alto:

- Há alguém aqui?

- Aqui - respondeu Eco.

Narciso olhou em torno e, não vendo ninguém, gritou:

- Vem!

- Vem! - respondeu Eco.

- Por que foges de mim? - perguntou Narciso

Eco respondeu com a mesma pergunta.

- Vamos nos juntar - disse o jovem.

A donzela repetiu, com todo o ardor, as mesmas palavras e correu
para junto de Narciso, pronta a se lançar em seus braços.

- Afasta-te! - exclamou o jovem, recuando. - Prefiro morrer a te
deixar possuir-me.

- Possuir-me - disse Eco.

Mas foi tudo em vão. Narciso fugiu e ela foi esconder sua vergonha no recesso dos bosques. Daquele dia em diante, passou a viver nas cavernas e entre os rochedos das montanhas. De pesar, seu corpo definhou, até que as carnes desapareceram inteiramente. Os ossos transformaram-se em rochedos e nada mais dela restou além da voz. E, assim, ela ainda continua disposta a responder a quem quer que a chame e conserva o velho hábito de dizer a última palavra.

A crueldade de Narciso nesse caso não constituiu uma exceção. Ele
desprezou todas as ninfas, como havia desprezado a pobre Eco. Certo
dia, uma donzela que tentara em vão atraí-lo implorou aos deuses que
ele viesse algum dia a saber o que é o amor e não ser correspondido.
A deusa da vingança (Nêmesis) ouviu a prece e atendeu-a.

Havia uma fonte clara, cuja água parecia de prata, à qual os pastores jamais levavam os rebanhos, nem as cabras monteses freqüentavam, nem qualquer um dos animais da floresta. Também não era a água enfeada por folhas ou galhos caídos das árvores; a relva crescia viçosa em torno dela, e os rochedos a abrigavam do sol. Ali chegou um dia Narciso, fatigado da caça, e sentindo muito calor e muita sede. Debruçou-se
para desalterar-se, viu a própria imagem refletida e pensou que fosse algum belo espírito das águas que ali vivesse. Ficou olhando com admiração para os olhos brilhantes, para os cabelos anelados como os de Baco ou de Apolo, o rosto oval, o pescoço de marfim, os lábios entreabertos e o aspecto saudável e animado do conjunto.
Apaixonou-se por si mesmo. Baixou os lábios, para dar um beijo e mergulhou os braços na água para abraçar a bela imagem. Esta fugiu com o contato, mas voltou um momento depois, renovando a fascinação. Narciso não pode mais conter-se. Esqueceu-se de todo da idéia de alimento ou repouso, enquanto se debruçava sobre a fonte, para contemplar a própria imagem.

- Por que me desprezas, belo ser? - perguntou ao suposto espírito.
- Meu rosto não pode causar-te repugnância. As ninfas me amam e tu mesmo não parece olhar-me com indiferença. Quando estendo os braços, fazes o mesmo, e sorris quando te sorrio, e respondes com acenos aos meus acenos.

Suas lágrimas cairam na água, turvando a imagem. E, ao vê-la partir, Narciso exclamou:

- Fica, peço-te! Deixa-me, pelo menos, olhar-te, já que não posso tocar-te.

Com estas palavras, e muitas outras semelhantes, atiçava a chama que o consumia, e, assim, pouco a pouco, foi perdendo as cores, o vigor e a beleza que tanto encantara a ninfa Eco. Esta mantinha-se perto dele, contudo, e, quando Narciso gritava: "Ai, ai", ela respondia com as mesmas palavras. O jovem, depauperado, morreu. E, quando sua sombra atravessou o Estige, debruçou-se sobre o barco, para avistar-se na água.

As ninfas choraram-no, especialmente as ninfas da água. E, quando esmurravam o peito, Eco fazia o mesmo. Prepararam uma pira funerária, e teriam cremado o corpo, se o tivessem encontrado; no seu lugar, porém, só foi encontrada uma flor, roxa, rodeada de folhas brancas, que tem o nome e conserva a memória de Narciso.

 

Após apresentar para a turma a lenda e a obra questione os alunos sobre os conceitos tratados no texto, pontos importantes, semelhanças com a realidade, a identidade e a auto-estima, o preconceito, os vínculos afetivos, a conduta na sociedade, etc.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/1859/imagens/sugestoes.gif

Curiosidade: Agora que os alunos conhecem a lenda sobre como surgiu o Eco apresente a turma a explicação científica dada pelo professor Neurônio no programa Escola Brasil. O áudio Alfabetização pelo Mar que aborda a entrevista inicia em 10m 15s. Endereço: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/805/dominio-efsf-geo-0007.mp3

 

Agora que os alunos já conhecem a Lenda de Eco e Narciso é hora de produzir uma peça de teatro adaptando a lenda às questões contemporâneas, isto é, ao repertório da turma, às questões da atualidade, às dificuldades na transição da infância para adolescência, os amores, as desilusões, as responsabilidades, etc.

A turma será dividida em pequenos grupos e cada grupo terá uma atribuição.

Atenção professor! Em Recursos Complementares indicamos alguns sites que orientam como montar uma peça de teatro, principais tarefas e seu significado. De acordo com o tamanho da turma e o nível de interesse dos alunos distribua as atribuições, sendo que as mais importantes são: dramaturgo, roteirista, diretor geral, ator, cenógrafo, figurinista, figurante, diretor musical, iluminador, etc,. Além de camareira, maquiador, contra-regra, operador de luz e som, etc.

Defina com a turma um cronograma de atividades para as etapas do trabalho e uma data para estreia do espetáculo. Oriente alguns alunos para que façam o cartaz de divulgação e reserve o anfiteatro da escola ou prepare uma sala para a apresentação.

Aulas Etapas
2 Elaboração do texto, roteiro, definição dos personagens, cenário, figurino, trilha sonora, etc.
3 Composição da peça, produção do figurino e cenário, ensaio do texto e adequação da trilha
2 Ensaio geral, conclusão do cenário e figurino, som e iluminação.
1 Apresentação do espetáculo

 

Atenção professor! No dia da apresentação recepcione e organize o público no espaço reservado para a apresentação, explique ao público sobre a Lenda de Eco e Narciso e um breve resumo da adaptação dos alunos.

 Sugestão de avaliação:

Critérios Razoável Mediano Bom
Contextualização história: adaptação da lenda com relação à atualidade      
Articulação das idéias do texto em relação às soluções apresentadas pelos personagens durante a dramatização      
Composição do cenário em relação ao texto      
Composição do figurino em relação ao texto      
Composição dos personagens em relação ao texto      
Criatividade e inovação na apresentação do trabalho      
Envolvimento do aluno no processo de produção e apresentação      
Organização do grupo      

 

Recursos Educacionais
Nome Tipo
Alfabetização pelo mar Áudio
Recursos Complementares
Glossário de teatro: http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatroglossario.html Como escrever um peça de teatro: http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatroscript.html Como montar um cenário: http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatrocenario.html
Avaliação
O professor deverá construir junto com a turma os critérios e habilidades a serem avaliados durante a aprendizagem, pois assim os alunos ficarão cientes da forma como serão avaliados. Durante o processo o professor deverá instigar a participação de todos; o respeito às opiniões; o desenvolvimento do senso crítico; o respeito aos direitos do próximo; e a civilidade. Para auxiliar na avaliação sugerimos alguns critérios em Estratégias da Aula.
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