O objetivo dessa atividade é fazer com que os alunos tenham consciência dessa realidade, de fome e pobreza, em que vivem muitas pessoas espalhadas pelo mundo. È importante que reflitam sobre as causas e as conseqüências dessa realidade e saibam também sobre os trabalhos desenvolvidos por organizações para melhorar esse quadro social. Essa atividade irá sensibilizar e politizar os alunos em relação à desigualdade social.

Duas aulas, de 50 minutos cada.

A pobreza é um dos problemas mais graves da humanidade. A “pobreza, em sentido genérico, é a carência de meios essenciais que garantam a sobrevivência”, ou seja, é quando a moradia, a alimentação, o vestuário são insuficientes e inferiores aos da população em geral, o que proporciona a essas pessoas carentes más qualidade de vida. A pobreza não é um mal inevitável e incontrolável, mas são necessárias medidas político-sociais que se baseiem em uma distribuição mais justa de riquezas.
Quem consegue ter uma vida com qualidade recebendo menos de 1 (um) dólar por dia? Esse dinheiro não satisfaz nem as necessidades básicas de um ser humano. Essa é a realidade de muitas pessoas que vivem em diversos países pelo mundo, principalmente nos países da África. Se comparando com os Estados Unidos que a média de consumo de cada pessoa é de 41 (quarenta e um dólares por dia) é difícil acreditar no tamanho da desigualdade existente entre os países.

Aula 1
Para iniciar as aulas o professor deverá mostrar textos, filmes e/ou fotos que estejam relacionados com a pobreza e a fome. Essa atividade irá despertar a atenção dos alunos fazendo com que pensem e reflitam sobre o assunto.
Após a leitura e a apresentação do material, o professor deverá iniciar a discussão com os alunos explorando os conhecimentos prévios a respeito da pobreza para em seguida inserir mais informações sobre o assunto.
A discussão pode ser preparada em cima da leitura do seguinte poema de Manuel Bandeira:

O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.
 

Depois da leitura do poema, sugerimos que o professor mostre o filme “Ilha das Flores”, um curta metragem que trata da pobreza, fome e exclusão social, com a utilização de imagens fortes que mostram a realidade de algumas pessoas na busca pela sobrevivência, e a degradação do ser humano. Este filme pode ser encontrado no site http://www.planetaeducacao.com.br/novo/artigo.asp?artigo=59, que apresenta alguns questionamentos interessantes sobre o tema.
As discussões podem ser orientadas através de perguntas como:

• O que é a fome? O que é ter fome?
• Quem são as pessoas que passam fome? Aonde vivem essas pessoas?
• Esta realidade está muito distante de nós?
• A quantidade de recursos naturais no país influencia na condição de vida da população?
• O que podemos fazer para melhorar essa realidade?

Aula 2
Essa atividade deverá ser realizada na sala de informática.
Após as discussões sobre a fome e a pobreza existente pelo mundo, seria muito interessante que os alunos pudessem ter contato com os números significativos existentes de países e pessoas que vivem na miséria. Teriam também a oportunidade de observar nos mapas os países mais pobres do mundo, veriam mais fotos sobre o assunto para perceberem as desigualdades existentes e as condições miseráveis vivenciadas pelas pessoas.
Nesse dia os alunos teriam também que pesquisar e aprofundar sobre as organizações que buscam erradicar a fome e a pobreza no mundo, para que em grupo possam simular a participação em alguma dessas ONG`s e construir políticas e alternativas viáveis para melhorar a situação das pessoas que vivem em condições subumanas.
 

Sugestões de sites para pesquisa e orientação do professor:

www.fao.org/kids/es/quiz-hunger.html

http://www.primeiralinha.org/destaques/pobreza.htm

Simular a participação dos alunos, em grupos, para debater e construir alternativas e políticas para melhorar a questão da pobreza e da fome no mundo, como se fossem membros integrantes de organizações não-governamentais.