Objetivos Apreender a espacialidade da criança com relação à paisagem local (o entorno imediato da escola). Introduzir os primeiros elementos de representação cartográfica: -Exercitar o olhar vertical. -Exercitar a representação vertical - Exercitar conceitos de distancia e de medidas Espera-se ao término desse conjunto de aulas que as seguintes expectativas de aprendizagem sejam atingidas: - Que os alunos tenham ficado com uma boa noção sobre as diversas possibilidades de representação de uma única paisagem; - Que tenham ficado com uma noção razoável das diferentes proporcionalidades dos objetos geográficos de uma paisagem; - Que tenham agora alguma percepção das distâncias e de sua representação proporcional na planta do quarteirão (um mapa), o que prepara o estudante para o aprendizado da escala cartográfica. - Tal aprendizagem fará o aluno buscar mais sobre o meio em que ele esta inserido, e além disso, buscar conhecer o conhecimento além da escola, ou seja, na sua casa, no trabalho dos pais, etc. - Além disso, o uso de ferramentais como uso de micro-computadores, internet, GPS fará uma grande colaboração para a inclusão digital dessas crianças.

Duas a três aulas

1. Noção de escala; 2. Noção de distância; 3. Noção de proporção; 4. O olhar e seus pontos de vista (vertical, oblíquo, frontal); 5. Noção de classificação; 6. Noção de representação simbólica; 7. Noção de legenda

 

Caro professor, nessa aula, o nosso foco principal é trabalhar algumas noções cartográficas, noções de proporcionalidade, distância e legenda. Para isso, a seguir será dado um plano de como isso pode ser trabalhado com crianças de 4ª série de modo a fazê-los observar as características principais do quarteirão da escola onde estudam, ou seja, uma paisagem que é vista por eles todos os dias e que de nem sempre todos os seus detalhes e peculiaridades são notadas. Com essa observação, espera-se do aluno uma maior percepção do espaço que o cerca, tanto na escola, como em casa, na casa dos avós e em todos os lugares.

 

Primeira aula

Mediante aprovação prévia dos pais dos alunos e tomando todos os cuidados necessários em relação à segurança, leve-os para fora da escola de modo a fazê-los observar o quarteirão da escola como um todo, sem dirigir os olhares dos alunos a qualquer ponto específico, fazendo os observar todas as características da paisagem local. Após isso, solicitar aos alunos que representem graficamente por meio de um desenho, o que eles viram. Nessa atividade poderão ser utilizados quaisquer materiais.
Durante a observação dos alunos, tire fotos com uma máquina digital de perspectivas e de pontos de vista diferentes do mesmo local. Tente abranger a maior parte da escola.

Objetivo dessa atividade: Desenvolver a percepção dos alunos quanto a paisagem, desenvolver o desenho como instrumento de representação, além de analisar e verificar os pontos encontrados em comum entre os alunos e os elementos gráficos mais utilizados. A partir disso, o professor notará a representação simplificada dos alunos, mas isso não significa que tal representação é falha, visto que ate cartógrafos profissionais utilizam primeiramente uma representação geral, para depois especificá-la.

 

 Crianças vivenciando a experiência de tirar as fotos

 Diferentes pontos de vista da mesma paisagem

 Mostrar imagens de satélite da escola

Segunda aula

Preferencialmente, mostre num projetor as fotos tiradas na aula anterior sob todas as perspectivas (frontal, oblíqua, panorâmica, etc.). Como não foi possível tirar uma foto sob a perspectiva vertical, recorra ao programa Google Earth e mostre uma visão de cima da escola. Tanto com o zoom perto (mostrando detalhes da escola), como com o zoom longe (mostrando a escola inserida no espaço geográfico). Nesse momento, apresente um mapa em grande escala (detalhado) ou recorra novamente ao Google Earth, dessa vez utilizando a visualização em mapas do quarteirão da escola (ou Google Maps), de modo a mostrar prédios, comércios, ruas e construções existentes perto da escola.
Apresente fotos sob perspectivas “diferentes’ da escola e pergunte se os alunos reconhecem o que está representado em cada uma das imagens (não diga que as imagens são do quarteirão). Será muito interessante registrar a reação deles e é provável que muitos não reconheçam as imagens.
Depois , incentive a comparação dos desenhos do quarteirão de cada aluno com esses outros tipos de representação.
O que está diferente?
O que o aluno viu e representou que não está em nenhum material mostrado?
Aqui pode haver um bom gancho para uma primeira discussão de escala, pois o aluno pode ter visto algum objeto muito pequeno e representou-o fora de escala (comum), mas que nos materiais mostrados não foi possível identificar.
Você imaginava que o quarteirão, visto de cima, seria assim?
Após essa discussão e familiarização, discuta com os alunos sobre os tipos de construção encontradas no bairro, mostrando as perspectivas dos alunos e as perspectivas das fotos comparando-as.

Objetivo dessa atividade: Montar uma legenda, que tenha no máximo 4 classes, que informe a diversidade das edificações do quarteirão pela diversidade de cores. Logo, serão quatro cores diferentes na legenda. Assim será inserido os conceitos de percepção do espaço e o começo de cartografia (uso de escalas).

Terceira aula

Elabore um mapa simplificado do quarteirão para os alunos. Uma planta, em escala da escola. De posse desse mapa, os alunos voltarão a campo para observar a paisagem. A idéia é levar o mapa-planta numa prancheta e utilizar as quatro cores para identificar a diversidade dos tipos de construção já previstos na legenda. E como isso pode ser estruturado? O amarelo para as residências; o vermelho para o comércio; o verde para praças; o azul para a escola e assim por diante. Assim se conclui um conjunto de atividades que exercitou as diversas visões de uma paisagem na escala local; a localização dos objetos geográficos que compõem essa paisagem; a classificação dos tipos de elementos e a produção de legenda: como resultado os alunos terão produzido uma representação cartográfica de diversidade.
 

Material necessário Papel A4, prancheta; lápis; lápis colorido; borracha; régua. Sites com material de apoio http://earth.google.com.br/ - Download do Google Earth http://maps.google.com.br/maps?utm_campaign=pt_BR&utm_source=pt_BR-ha-latam-br-bk-gm&utm_medium=ha&utm_term=google%20maps – Google Maps

Avalie os componentes do desenho inicial da criança: já está presente, de alguma forma, a representação vertical? Como a criança foi capaz, num primeiro momento, de fazer a representação oblíqua ou a frontal? Com relação à localização, verifique se as concepções dos alunos mudaram da elaboração dos seus desenhos até a observação dos mapas, fotos e imagens coletadas e mostradas pelo professor. Com relação à proporção ou escala, veja se o aluno foi capaz de representar as construções. E as árvores, carros ou outros elementos? Eles estavam do mesmo tamanho, ou já existe alguma relação do tamanho desses objetos, tanto na primeira, quanto na segunda visita ao exterior da escola. Para avaliar a simbologia, observe, no desenho, as representações presentes. Como são desenhadas as calçadas, as casas etc. É interessante ver como o aluno consegue simplificar a paisagem de forma a ser apreendida pelo traço do desenho. Perceba quais são os principais traços da realidade mantidos e os elementos das construções que chamam mais atenção e merecem detalhamento maior no desenho. Enfim, como o aluno apreende aquela paisagem e consegue estruturá-la numa representação. O exercício principal é exatamente o da linguagem gráfica, que será fundamental para a compreensão e expressão pelos mapas em seu futuro escolar. A avaliação pode se dar, portanto, com base na participação nas atividades propostas, e não no rendimento em tais atividades, visto que o objetivo maior dessas aulas é introduzir alguns conceitos para os alunos.