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As poesias palacianas e a música popular brasileira: as representações do cortejo em duas gerações

 

01/12/2009

Autor y Coautor(es)
Fabiane de OLiveira Braga Felício
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Edna Santana Magalhães, Cristia Rodrigues Miranda

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio Língua Portuguesa Recursos linguísticos em uso: fonológicos, morfológicos, sintáticos e lexicais
Ensino Médio Língua Portuguesa Aspectos cognitivo-conceituais: mundo, objetos, seres, fatos, fenômenos e suas inter-relações
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Identificar as características do eu-lírico e o caminho percorrido por ele, durante os tempos.

-Relacionar a vassalagem do século XVI ao cortejo e às representações  desse gênero poético, nas canções modernas.

- Saber relacionar as características dos textos  modernos aos textos literários produzidos sob a égide das relações de vassalagem ( ou das relações amorosas).

- Analisar a/as representações da mulher, a/as representações do amor conjugal e seus deslocamentos ao londo dos tempos, a partir de duas gerações analisadas.

- Identificar as características do texto poético, enquanto gênero textual, bem como sua transgressão, ou hibridização, nas canções modernas.

- Verificar quais as relações da poesia, enquanto gênero textual, com as canções populares.

- Problematizar as questões relativas aos textos/ canções: seriam esses, poesias modernas ou constituem-se como um novo gênero transgressivo.

- Identificar nas cantigas de amor e de amigo as primeiras manifestações da literatura brasileira.

- Questionar como as cantigas, recitadas nos palácios, conhecidas  na época como poesias palacianas podem estabelecer um paralelo intertextual com os textos das canções dos séculos XX e XXI, mais especificamente, as canções brasileiras.

Duração das atividades
4 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Para essa aula é importante, professor, iniciar os conceitos de vassalagem amorosa, de cortesia, características típicas da poesia palaciana e a época em que elas aparecem. Enfatize, também, que a vassalagem,enquanto um cortejo,  corresponde a uma forma de conquistar o ser amado. Dessa forma, a poeia palaciana era formada de música e de cortesia.

É preciso, então, que as poesias palacianas sejam apresentadas como um componente textual (verbal) com suas características próprias (verso, prosa, rima, trovas, vassalagem amorosa, cortejo) .

- Estabelecer relações intertextuais (o aluno precisa saber desenvolver comparações). Para tanto é necessário que a aula, o tempo todo, mesmo durante as explanações teóricas, estimule o aluno a fazer isso.

Nesse sentido, os alunos precisam visualizar/ler os textos das trovas (ou o gênero poesia palaciana) como elementos poéticos (versos, rimas), mas que possuem uma organização própria: o verso, as metáforas, as rimas.

- Reconhecer, no texto poético, as características de um gênero textual.

- Os alunos devem ter uma consciência, também, do eu-lírico como sendo a "voz" que dá materialidade ao texto poético. Quanto às canções modernas que necessitam ser identificadas como a "voz que está por trás do texto", o eu lírico também aparece de forma proeminente.

Por esse viés, a aula se coloca como proponente da identificação da voz que está no texto e fá-lo existir, enquanto materialidade.

Estratégias e recursos da aula

Primeira aula:

As cantigas de Amigo na Era Medieval


Nesta primeira aula, professor, é importante que seja apresentado ao aluno um poema épico da Idade Média (apresentamos a seguir, um dos poemas), com o intuito de familiarizar os alunos dos recursos utilizados, principalmente, pelo eu-lírico em relação à mulher amada. Enfatize as dificuldades de se ler um poema épico, em português arcaico, e se preferir enfatize que também os textos literários apresentam as características (discursivas) dos outros textos mais corriqueiros. 

O objetivo desta primeira aula, professor, não é ilustrar com esse texto um determinado estilo de época ou uma esola literária, mas ressaltar nele as características da vassalagem amorosa desse tipo de texto e como essas cantigas podem dialogar com determinadas canções de nossa época.

Com efeito, professor, o eu-lírico se constitui como o eu-enunciador que diz e diz de algum lugar se dirigindo de forma específica a um tu.

Comece perguntando como poderia ser identificado o eu-lírico do poema.Exemplifique com os verbos 'conheci', 'vi' e a estrutura 'vos eu servi'. Chame a atenção deles para as formas pronominais presentes no texto:/me/, /mim/, /vem-me/, /eu/.

Após isso, tente ressaltar que também o Tu - destinatário explícito do texto -, ou seja, para quem se dirige o poema, pode ser encontrado no texto em marcas gramaticais, tais como: /vos/, /vós/,/ vosso amor/, / vosso amor/,/nunca vos pedi/.

Explore, também, os aspectos sonoros do poema e a forma de eles serem representados para a construção da imagem do Eu-lírico e do Tu , a mulher amada.

Para teorizar um pouco ressalte as características do Eu-tu. Como são as relações entre esses dois agentes textuais. Pergunte-os se conseguem identificar as relações de vassalagem, no plano amoroso, e a imagem que é construída do ser amado, a partir dessa relação enunciativa. Não se esqueça de trabalhar o vocabulário e a estrutura gramatical dos textos, pois eles podem ser dificultadores da interpretação e compreensão durante o processo de leitura.

Se eles não conseguirem sozinhos, comece enfatizando como esse tipo de cantiga representa as produções poéticas que eram cantadas por trovadores.

Logo após isso, convide-os a refletir em que medida essas produções poéticas podem tematizar uma confissão amorosa. Peça que eles relacionem essas composições com as formas hoje usadas pelos homens para cortejar as mulheres amadas: Como acontece hoje? É só o homem que toma a iniciativa para registrar em linguagem escrita ou em outros suportes a experiência amorosa? Como eles fazem isso? Que recursos poderiam ser empregados para veicular essas 'cantigas' hoje? Que efeitos poderiam provocar nos leitores? Outra perguntas podem ser elaboradas por você e mais interessante ainda se os alunos pudessem eles mesmos problematizar essa 'atualização' das cantigas e de sua autoria.  Perguntar é uma forma natural para o aprendizado, portanto traz mais incentivo ao estudo. Incentive os alunos a buscarem os seus temas/objetos de estudo. O que gostariam de saber sobre essas cantigas?

Professor, apresentamos, a seguir, uma cantiga de amor, sugerida por nós, mas a escolha pode ficar a seu critério desde que os aspectos textuais e intertextuais sejam ressaltados e ou identificados.

Cantigas de amor:

"Tam grave dia que vos conhoci ,

por quanto mal me vem por vós , senhor !

ca(1) me ven coita , nunca vi mayor ,

sen outro ben, por vós , senhor , des i (2)

por este mal que mh'a mim por vós ven ,

come se fosse bem , ven-me por em < /p>

gran mal a q uem nunca o mereci . < /em>

Ca , mha senhor , porque vos eu servi ,

sempre digo que sode'la(3) milhor

do mund'e trobo polo (4) vosso amor ,

que me fazedes gram ben e assy

veed'ora(5) mha senhor do bon sen , (6)

este bem tal se compre (7) en mi rrem (8) ,

senon , se valedes vós mays per y (9) .

Mais eu , senhor , en mal dia naci .

del que non tem , nem é conhecedor

do vosso bem , a que non fez valor

Deus de lho d ar , que lhy fezo be m y ,

per, ( 10) senhor , assy me venha bem ,

deste gram bem , que el (11) por ben non tem ,

muy poyco del seria grand'a mi .

Poys, mha senhor , ra zon é , quand'alguen

serv'e non p ede , já que rem lhi d en ;

eu sserv i sempr'e nunca vos pedi. "

(D. A fonso Sanches )

< p>Vocabulário : 1-po rque ; 2-desde então ; 3-vós sois ; 4-trov o pelo ;

Dispo nível , também, em: http:// www.profabeatriz.hpg.ig.com.br/literatura/trovadorismo.htm#Cantigadeamor ( acesso em: 16/11/2009)

Nessa etapa, é recomendável, também, que você explore com os alunos as características do texto poético, contidas no texto dado, como exemplo.

Quais as características relacionadas à vassalagem amorosa as quais  podem ser evidencias, nesse gênero textual? Como o eu-lírico se coloca em relação à mulher amada? Quais são as representações que ela evoca, no sentido da imagem que era construída da mulher nos séculos XIII e XIV. Como se efetiva, no plano do lingüístico e do verbal, o posicionamento do amante em relação à mulher?

Nesse sentido, a intenção, com a ilustração a partir do texto, não é, apenas, analisar o texto poético sob a égide de suas características estéticas, de estilo, ou literárias. O objetivo, sobretudo, é analisar o texto a partir da perspectiva da identificação, dos alunos, da voz do eu-lírico. Nesse sentido, é importante que o aluno identifique no texto a relação  Eu-Tu. Quem é o Eu que diz o que diz? Para quem esse Eu-lírico diz? Nesse sentido, faça-os identificarem (textualmente) as características do eu lírico presente no texto.

Indaguem-os se eles conseguem identificar as características do cortejo, da vassalagem no plano amorosot , em relação à mulher amada. Como era a representação do ser amado? Quais as características do cortejo na éoca medieval?

Enfatize o fato de que as relações de vassalagem só era possível, devido à representação ideal que se tinha da mulher, no plano amoroso.

Enfatize, também, o fato de  tais textos serem escritos para serem recitados no palácio, com o objetivo de cortejar a mulher amada e, por isso, chamados de poesia palaciana, acompanhados dos trovadores .

Segunda aula:

As cantigas de amor e suas correspondentes modernas ( dois tempos de cinquenta minutos)


1- Nesta aula, o objetivo é  fazer com que os alunos estabeleçam uma relação (inter)textual com alguns textos (canções populares brasileiras modernas). Nesse sentido, é necessário abordar a canção como um gênero textual específico que tem suas características próprias de estilo, de organização icônica, verbal, contextual, discursiva e, até mesmo melódica.

QUEIXA - CAETANO VELOSO

Um amor assim delicado
Você pega e despreza
Não devia ter despertado
Ajoelha e não reza

Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único cul pado
Disso eu tenho a certeza

Prince sa, surpresa, você me arrasou
Serpente, n em sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga o nde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água

Ondas, desejos de vingança
Nessa desnatureza
Batem forte sem esperança
Contra a tua dureza

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me diga onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Um amor assim delicado
Nenhum homem daria
Talvez tenha sido pecado
Apostar na alegria

Você pensa que eu tenho tudo
E vazio me deixa
Mas Deus não quer que eu fique mudo
E eu te grito esta queixa

Princesa, surpresa, você me arrasou
Serpente, nem sente que me envenenou
Senhora, e agora, me dig a onde eu vou
Senhora, serpente, princesa

Disponível em: http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44767   Acesso em: 12/10/ 2009.

Nessa aula,  mostre aos alunos a l etra da música, apresentando os elementos componentes do texto verbal, referentes à uma poesia convencional: versos, estrofes, rimas. Posteriormente, trabalhe com os ítens lexicais que mais chamaram a atenção dos alunos.

Já em relação à aula anterior, peça-os para que eles mesmos identifiquem características desse texto/canção popular cujas características o aproxima das cantigas de amor e/ou das poesias palacianas . Depois da leitura, ilustre o texto, apresentando aos alunos, também, a melodia,  comparando-as com as cantigas de amigo que  também eram recitadas com trovadores ao lado. Explique a eles que tais trovadores tinham a função de garantir o ritmo e a melodia do recital .

Nesse texto, é interessante que a apresentação seja feita não só nos aspectos de texto verbal mas também do gênero como um todo: considerando as condições de produção. a relação Eu-Tu,   

Separe alguns ítens lexicais: "senhora", "princesa", "surpresa", e as relações de construção do objeto amado que ela evoca.

Com efeito, como o eu-lírico se constrói? Como a mulher amada é "cortejada"? Existe, também, nesses, textos uma relação de vassalagem e uma posição de submissão e dependência do Eu-lírico em relação à mulher amada, que se constitui como um Tu?

Nesse texto, professor, faça-os perceberem no texto as materialidades que evidenciam o eu lírico (verbos e suas desinências de primeira pessoa, pronomes pessoais).

Peça-os que elabore um texto expositivo- argumentativo mostrando como a letra/canção "Queixa" pode se aproximar, em se tratando das relações de cortejo e vassalagem, entre o Eu-lírico e a mulher amada, do gênero: poesias palacianas .

Como as relações de suspiros pelo ser amado e desespero podem ser retomadas na canção popular brasileira? A intenção aqui,  é instigá-los a estabelecer construções e/ou relações intertextuais, semióticas, através de aproximações e dispersões entre os dois textos.

Terceira aula -

As cantigas de amigo e suas correspondentes modernas ( dois tempos de cinqüenta minutos cada)

Apresente o texto como ilustração, elucidando uma:

Ai flores, ai flores do verde' pino, se sabedes novas do meu amigo?

Ai, Deus, e u é?

Ai flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado?

Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo?

Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que m'a jura do?

Ai, Deus, e u é?

- Vós preguntades pala voss'amigo? E eu ben vos digo que é san' e vivo.

Ai, Deus, e u é?

- Vós preguntades pala voss'amado? E eu ben vos digo que é viv 'e sano.

Ai, Deus, e u é? (buscar referência bibliográfica)

Ei: tenho

Disponível, também, em:

 http://www.micropic.com.br/noronha/liter_t.htm.  (Acesso em: 12/10/2009)

Ressalte as características desse texto:

_O Eu-lírico é uma mulher (solteira) que suspira pelo ser amado.

_O Eu-lírico feminino reclama, ou canta a ausência do amigo, amante, namorado. Nesse sentido, o que é cantado na trova é a perda ou o abandono, temas que se repetem em muitas canções.

Nesse caso há a inversão da relação Eu-tu. O Eu-lírico pertence ao gênero feminino e o ser amado é do sexo masculino. Nesse caso, é interessante, também,ressaltar que o autor do texto poético, geralmente pertencia ao sexo masculino. Nesse momento, professor, evidencie a diferença de autoria e eu-lírico. O primeiro é o ser empírico (verdadeiro, de carne e osso) que se responsabiliza pela criação. O segundo é invenção do primeiro, é a "voz ficcional do texto".

-Procure evidenciar as característic as da "vassalagem" no plano amoroso.

Quarta aula:

As cantigas de amigo e suas correspondentes modernas

Atrás da Porta
Chico Buarque
Composição: Francis Hime/Chico Buarque


Qu ando olhaste bem nos o lhos meus
E o te u olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teu peito, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete at rás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorand o pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua

Só pra mostrar que inda sou tua.

Disponível em: http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45113/  ( Acesso: 12/10/2009)

Professor, neste momento, ao ler o texto, como no caso da canção "Atrás da porta", é importante mostrar, também, a melodia da música. Por isso, apresentamos o site acima explicitado que traz a música ao lado da letra. Você pode tocar o CD e projetar  ou xerocar a letra. Interessante os alunos lerem (até cantarem junto se quiserem) enquanto a música é reproduzida.

A partir da apresentação da letra/texto e da canção/melodia enfatize o fato de o autor/compositor ser um homem e o Eu-lírico feminino.

Peça-os para identificarem nos termos identificados na letra algumas marcas de segunda pessoa: "pra mostrar que inda sou tua".

Nesse sentido, procure ilustrar as diferenças do Eu-lírico da Cantiga de Amigo e a Letra de Chico Buarque e as semelhanças entre os dois textos.

Ao final desta aula, faça a proposta de produção textual. Como os textos abordados embora sejam textos poéticos, para a produção de texto, proponha um texto expositivo-argumentativo, em formato, mesmo, de dissertação. Nesse texto (se for preciso chame a atenção para a estrutura e a oranização do conteúdo a ser exposto, as funções a que se destina, os interlocutores...). Você pode sugerir um tema a ser trabalhado, porque os alunos devem se preparar para essa realidade quando forem prestar vestibulares e outros concursos. Além disso, essa estratégia é útil para se verificar como o aluno lida com informações dadas e novas. Propomos o seguinte tema: As p oesias palacianas e a canção popular brasileira: representações do cortejo em duas gerações. Você pode p ropor outros temas ou mesmo deixar livre a escolha dos alunos. Tudo depende dos seus objetivos e da sua turma.

Explique que no texto o aluno deverá abordar as questões referentes às características de uso da língua nas duas gerações, as relações de vassalagem amorosa, ou do cortejo , a relação Eu-Tu contidas no texto. Sobre os aspectos das semelhanças e dispersões entre esses dois tipos de texto. A intenção é fazê-los refletir sobre o aspecto da intertextualidade contida no cortejo amoroso. Nesse sentido, a idealização do ser amado devem ser abordada a partir das semelhanças que eles conseguirem perceber e/ou as diferenças.

Outra instrução que pode ser dada refere-se às canções populares: deixe-os livre para escolherem as músicas de suas preferências a fim de que eles possam observar aspectos da língua, comuns a esses dois tipos de texto.

Para tanto, se achar necessário, divida-os, antes da produção de texto individual, em grupo de cinco ou de quatro e peça-os para discutirem as características comuns às duas épocas. Peça-os para escolherem as músicas e depois compará-las às características de uso, contidas, ainda no português medieval e, a partir disso, cada um, invidividualmente produz o seu próprio texto.

Recursos Complementares

Para saber mais sobre intertextualidade e enriquecer as suas aulas:

http://www.pucrs.br/gpt/intertextualidade.php  ( Acesso: 12/10/2009)

FONSECA, Maria Nazareth.Texto literário: condições sobre a línguagem literário: condições de produção do sentindo. (In) Itinerários: revista de literatura, Araraquara, São Paulo: EDUSP, 1994.

BARTHES, R. Essays critique. Paris: Sevil, 1964.

RUI, Manuel. "Poesia necessária." In: Cinco vezes onze: poemas em novembro. Lisboa: Edições, 70, 1984 P. 65-67.

Avaliação

Professor, a partir das atividades em grupo e da proposta de produção de texto, avalie a capacidade do aluno estabelecer um diálogo intertextual, reconhecendo as características do uso da língua pertinentes às duas produções artísticas: as poesias palacianas e as canções da MPB.

Verifique, por exemplo, nas discussões em grupo se o aluno foi capaz de fazer comparações, reconhecer semelhanças e diferenças das representações amorosas modernas em relação àquelas analisadas nas poesias palacianas. Peça-os para fazerem um relatório do trabalho em grupo: O que foi avaliado? Quais os aspectos da língua observados nos textos trabalhados nesse tema/aula? Quais as inter(relações) possíveis, verificadas nos textos? Em que aspectos (da língua)?

Após isso, verifique nas produções do texto expositivo-argumentativo  a capacidade de análise do aluno, verificadas e estruturadas a partir da análise das manifestações verbais lingusticas e culturais das duas épocas. Após avaliar a produção, devolva-a aos alunos e peça-os para sentarem em dupla, trocarem o texto expositivo-argumentativo e fazerem considerações acerca dos textos uns dos outros, em um trabalho de revisão a nível textual: coesão, coerência, argumentatividade e a nível verbal: ortografica, regência, concordância, acentuação etc.

Se preciso for, elabore uma legenda com os ítens da correção e peça para os alunos identificarem os possíveis 'desajustes' do texto do colega sinalizando, do lado direito da margem da folha, com o código da legenda de correção, qual foi o "erro" encontrado.

Depois peça-os para (re)trocarem os textos, devolvê-los aos seus respectivos autores para que eles façam a devida correção. Ao final do processo, recolha o texto novamente e avalie os aspectos, dantes comentados. Retome, no coletivo, aquilo que você julgar pertinente.

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