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Resenha

 

18/12/2009

Autor y Coautor(es)
Alessandra Fernandes de Azevedo
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JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Ler e interpretar texto e imagem.
• Produzir uma resenha.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos cada.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• Habilidades básicas de leitura;
• Elementos responsáveis pela coesão textual;
• Aspectos lingüísticos: pronome relativo.

Estratégias e recursos da aula

Texto “O Fim do Iluminismo” publicado na revista BRAVO! em março de 2009, disponível no site: http://bravonline.abril.com.br/conteudo/cinema/critica-fim-iluminismo-424911.shtml

Para o professor:

RESENHA

Resenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objeto, enumerar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstâncias que o envolvem..
O objeto resenhado pode ser um acontecimento qualquer da realidade (um jogo de futebol, uma comemoração solene, uma feira de livros) ou textos e obras culturais (um romance, uma peça de teatro, um filme).
A resenha, como qualquer modalidade de discurso descritivo, nunca pode ser completa e exaustiva, já que são infinitas as propriedades e circunstâncias que envolvem o objeto descrito. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previamente definida.
Imaginemos duas resenhas distintas sobre um mesmo objeto, o treinamento dos atletas para uma copa mundial de futebol: uma resenha destina-se aos leitores de uma coluna esportiva de um jornal; outra, ao departamento médico que integra a comissão de treinamento. O jornalista, na sua resenha, vai relatar que um certo atleta marcou, durante o treino, um gol olímpico, fez duas coloridas jogadas de calcanhar, encantou a platéia presente e deu vários autógrafos. Esses dados, na resenha destinada ao departamento médico, são simplesmente desprezíveis.
Com efeito, a importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a que ela se presta. Numa resenha de livros para o grande público, leitor de jornal, não tem o menor sentido descrever com pormenores os custos de cada etapa de produção do livro, o percentual de direito autoral que caberá ao escritor e coisas desse tipo.
A resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreciação do resenhador, ou crítica, pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou.
A resenha descritiva consta de:

a) uma parte descritiva em que se dão informações sobre o texto:
• nome do autor (ou dos autores);
• título completo e exato da obra (ou do artigo);
• nome da editora e, se for o caso, da coleção de que faz parte a obra;
• lugar e data da publicação;
• número de volumes e páginas.
Pode-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão em capítulos, assunto dos capítulos, índices, etc.). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua da versão original e o nome do tradutor (se se tratar de tradução).
b) uma parte com o resumo do conteúdo da obra:
• indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom, etc.);
• resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.
Na resenha crítica, além dos elementos já mencionados, entram também comentários e julgamentos do resenhador sobre as idéias do autor, o valor da obra, etc.

Características da crítica:
• Informa sobre o lançamento de um objeto cultural – disco, livro, show, concerto, exposição, peça teatral, etc. – e avalia seus aspectos positivos e negativos;
• Tem intencionalidade persuasiva, que estimula ou não o público a “consumir” o objeto em questão;
• Estrutura relativamente livre, normalmente é introduzida por um pequeno histórico da obra, seguindo de uma descrição de suas partes e de uma avaliação de seus aspectos mais significativos; geralmente são feitas comparações com outras obras do mesmo autor, ou com obras de outros autores e comentários sobre a importância da obra no contexto atual;
• Verbos pr edominantemente no presente do indicativo;
• Linguagem clara e objetiva; nível de linguagem e grau de pessoalidade/impessoalidade, que varia de acordo com o veículo e com o público a que se destina.

Bibliografia
Platão & Fiorin - Para entender o texto - Ática
Cereja e Magalhães – Texto e interação – Atual Editora

(Professor, o material acima poderá ser entregue também para o aluno, após o estudo do texto.)

1ª AULA:

Professor, antes de iniciar a aula sobre resenha, selecione revistas que tenham um espaço destinado a este gênero textual como, por exemplo, Mente Aberta (Época), Arte e Espetáculos (Veja) e a revista BRAVO!, esta última voltada exclusivamente para cultura, contendo uma série de resenhas. (Caso não seja possível levar as revistas para sala de aula, elas estão disponíveis na internet por meio dos sites: http://veja.abril.com.br/,http://revistaepoca.globo.com/,http://bravonline.abril.com.br/revista/. Dessa forma, você poderá levar os alunos para o laboratório de informática e ter acesso à uma variedade de revistas.) Em seguida, divida os alunos em dupla ou trio, entregue para cada grupo uma revista e peça a eles que encontre a seção da revista destina a indicação de filmes, livros, música, espetáculos, shows e outros objetos culturais. Peça aos alunos que anotem no caderno a revista, a seção destinada ao gênero resenha, os objetos que foram resenhados e o título da resenha. Peça a um aluno que leia uma das resenhas contidas na revista de seu grupo. (Professor, se você preferir usar a sala de informática para esta atividade ao invés de revistas, solicite a um aluno que selecione uma resenha para ler para a turma e peça a todos que o acompanhe.) Terminada essa leitura, pergunte a eles:

• Qual o objetivo do texto lido?
• Qual o objeto resenhado?
• A quem se destina esse texto?
• Que partes podemos observar no texto lido?

2ª AULA

Professor, entregue para os alunos o texto “O fim do Iluminismo”, publicado na revista BRAVO!, peça a eles que observem a imagem contida na matéria e leia o texto silenciosamente. Em seguida, pergunte para os alunos:
• Por que este texto pode ser considerado uma resenha?
• Qual é o objeto resenhado?
• Quais são as partes essenciais de uma resenha?
• Qual o objetivo desse texto?
• Quais elementos presentes no texto marcam a opinião do autor da resenha?
• Quem são as pessoas que aparecem na imagem?
• O que eles estão fazendo? Como você chegou a essa conclusão?

Faça a leitura coletiva do texto. Terminada as leituras, peça aos alunos que realizem as atividades propostas sobre o texto.


TEXTO 1

CINEMA
Revista BRAVO! | Março/2009


Crítica - O Fim do Iluminismo

(O professor François Bégaudeau com seus alunos em cena do filme. O futuro da Europa passa pela discussão sobre a imigração)

O ótimo Entre os Muros da Escola aborda um tema sensível na França atual: a educação dos filhos de imigrantes
Por André Nigri

Fim de ano letivo em uma escola pública no subúrbio de Paris. Todos os alunos deixam a sala. Uma aluna fica. Ela se aproxima do professor de francês e indaga se ele não vai lhe perguntar sobre o que aprendeu durante o ano. O professor o faz. A aluna responde que não aprendeu nada e acrescenta não querer estudar nem seguir profissão nenhuma.
A cena está no espetacular Entre os Muros da Escola, filme do francês Laurent Cantet, grande premiado do Festival de Cannes do ano passado e indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Ela serve de resumo da França atual. A tensão entre alunos e professores e o questionamento do sistema de ensino naquele país não são propriamente novidades: as revoltas de maio de 1968 atingiram em cheio as escolas, e mesmo no cinema o assunto já foi abordado algumas vezes, como na obra-prima Os Incompreendidos (1959), de François Truffaut. Mas Entre os Muros da Escola acrescenta um elemento novo nessa permanente tensão: os filhos de imigrantes.
O filme é baseado no livro Entre os Muros, de François Bégaudeau, o professor de francês citado acima, que interpreta ele mesmo no filme. Da mesma maneira, as duas dezenas de alunos da sala de François interpretam a si próprios. São adolescentes de 14 e 15 anos, filhos de imigrantes africanos, antilhanos e asiáticos. Cantet realizou uma espécie de psicodrama com muita improvisação e um naturalismo absoluto. A primeira geração de filhos de imigrantes não se identifica com a cultura dos países dos pais nem com a cultura do país onde nasceram. É o chamado dilema da segunda geração, descrito de forma primorosa na literatura de outro escritor, o anglo-indiano Hanif Kureishi.
François é um professor obstinado em ensinar a cultura do Ocidente a seus alunos. Ele é o herdeiro do Iluminismo francês, cujo princípio fundamental é que a educação liberta os homens. Mas seus alunos não estão interessados na literatura clássica da França nem na poesia francesa, nem tampouco querem aprender corretamente o idioma. A sala de aula está em permanente tensão: entre alunos e professores e entre os próprios alunos. Os adolescentes são arrogantes e entediados como são os adolescentes no mundo inteiro. Mas, pelo fato de serem estranhos no país, sua zona de desconforto é ainda maior. Cantet filmou tudo em uma escola real na periferia de Paris, onde mora a maioria dos imigrantes, legais ou ilegais. Tocou num dos pontos mais sensíveis da Europa contemporânea: a onda de imigração. Embora o próprio Cantet em várias entrevistas diga que seu filme não é pessimista, a impressão que ele passa é que as trevas estão apagando as luzes de Paris.

O FILME:
Entre os Muros da Escola, de Laurent Cantet. Com François Bégaudeau. Estreia prevista para março.

Fonte:http://bravonline.abril.com.br/conteudo/cinema/critica-fim-iluminismo-424911.shtml

Seguem sugestões de atividades.

Atividades:

1) Preencha o quadro abaixo:
Título
]Subtítulo
Seção
Autor
Fonte
Data de publicação
Objeto resenhado
2) Aponte a ideia principal de cada parágrafo. (Utilize o espaço deixado no próprio texto.)
3) No subtítulo da resenha lida, podemos verificar elementos que marcam a opinião do resenhista sobre o filme. Que elementos são esses?
4) Qual o assunto do filme “Entre os muros da escola”.
5) O assunto abordado no filme “Entre os muros da escola” já foi discutido em outras produções cinematográficas.
a) O texto cita uma dessas produções, qual é?
b) Você conhece algum outro filme que trata da mesma questão? Qual?
6) No segundo parágrafo, podemos observar um comentário do autor sobre o filme.
a) Retire o trecho que marca esse comentário.
b) Esse comentário é positivo ou negativo?
7) Identifique no texto o momento em que o resenhista faz um comentário e compara o temperamento dos adolescentes representados no filme com os do mundo todo.
a) Você concorda com esse comentário e comparação? Por quê?
8) Observe o trecho abaixo:
Mas Entre os Muros da Escola acrescenta um elemento novo nessa permanente tensão: os filhos de imigrantes. “
a) O termo destacado estabelece uma relação de: ( ) causa ( ) explicação ( ) tempo ( ) oposição
b) Nesta situação, o termo destacado poderia ser substituído sem alteração do sentido por qual elemento:
( ) logo ( ) para que ( ) porém ( ) embora

9) No trecho: “É o chamado dilema da segunda geração, descrito de forma primorosa na literatura de outro escritor, o anglo-indiano Hanif Kureishi.”, como, segundo o texto, é definida a expressão grifada.

10) Observe o elemento destacado no trecho abaixo:

“Ele é o herdeiro do Iluminismo francês, cujo princípio fundamental é que a educação liberta os homens.”
a) o “princípio fundamental” de quê?
b) qual é a relação estabelecida entre o termo grifado “cujo” e o seu antecedente?

11) No trecho:

“Mas seus alunos não estão interessados na literatura clássica da França nem na poesia francesa, nem tampouco querem aprender corretamente o idioma.”

Qual o sentido estabelecido pelos termos destacados no trecho anterior?
12) No trecho:
Embora o próprio Cantet em várias entrevistas diga que seu filme não é pessimista, a impressão que ele passa é que as trevas estão apagando as luzes de Paris.”

a) O elemento destacado acima pode ser substituído por outro sem alteração do sentindo em:
( ) apesar de ( ) mas ( ) para ( ) porque ( ) já que

b) Para finalizarmos, explique – com base na resenha - o que André Nigri quis dizer no final do texto: “[...] a impressão que ele (Cantet) passa é que as trevas estão apagando as luzes de Paris.”

3ª AULA:

Nesta aula, professor, faça a correção das atividades realizadas na aula passada. Sugiro que peça a participação de todos os alunos e a medida que eles forem respondendo às questões, você irá construindo no quadro uma sugestão de resposta a partir das deles.

Avaliação

Avaliação:

Produza uma resenha. Para isso:
a) selecione um objeto a ser resenhado: filme, livro, espetáculo e outros
b) anote os dados do objeto como, por exemplo, título, autor, personagens, atores e outros.
c) Determine o objetivo comunicativo: divulgar, convencer e outros.

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