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Líquens e Poluição

 

15/12/2009

Autor y Coautor(es)
MARIA ANTONIETA GONZAGA SILVA
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Lízia Maria Porto Ramos; Marina Silva Rocha; Priscila Barbosa Peixoto.

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Ciências Naturais Ambiente
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Conhecer os liquens, entendendo como são formados;
Entender como a poluição pode afetar os liquens;
Compreender que os liquens podem ser usados para indicar a qualidade do ar (bioindicadores).

Duração das atividades
2 horas/aula
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Os alunos deverão conhecer as associações entre os seres vivos (Mutualismo); algas; fungos; além de entender o que é a poluição do ar atmosférico.

Estratégias e recursos da aula

Introdução

Os líquens, como organismos simbióticos excepcionais (Simbiose é uma relação mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes), são encontrados em todas as regiões do mundo e, geralmente, em áreas submetidas a condições climáticas severas. Mesmo com a capacidade de sobreviverem em diferentes ambientes, eles são muito sensíveis à poluição do ar atmosférico, tendo sido utilizados como bioindicadores. Diferentemente dos vegetais superiores (plantas de grande porte), os liquens não dependem de um sistema radicular para a absorção de nutrientes, e por possuírem cutícula reduzida ou, em geral, ausente, incorporam com facilidade altos níveis de poluentes.

No mundo todo, têm sido realizadas pesquisas de investigação que destacam organismos que vivem apoiados sobre vegetais, sem deles retirarem seu alimento, cujos componentes são considerados indicadores biológicos por excelência. Por isso, torna-se possível seu uso determinando-se escalas quantitativas e qualitativas para a avaliação dos níveis de contaminação de uma dada região. Os líquens, um dos principais componentes deste tipo de vegetação, têm comprovada eficácia na indicação da qualidade do ar, bem como a adequação de técnicas para tais tipos de ensaios.

A pureza do ar atmosférico é fator crucial à sobrevivência dos líquens, já que estes se alimentam higroscopicamente (através da absorção de água), fixando elementos neles presentes, notadamente o nitrogênio. Estes seres absorvem e retêm elementos radioativos, íons metálicos, dentre outros poluentes, e isto faz com que sejam utilizados como indicadores biológicos de poluição atmosférica, da chuva.

O valor dos líquens no monitoramento da poluição atmosférica é incontestável por duas razões:
- A sua grande sensibilidade aos poluentes pode ser mensurada através de seu desempenho;
- Análises do talo liquênico refletem precisamente a carga de poluição a que estiveram submetidos.

São considerados como bioindicadores organismos que expressam sintomas particulares ou respostas que indiquem mudanças em alguma influência ambiental, geralmente de forma qualitativa.

Organismos com íntimas relações com a atmosfera, ao invés de seu substrato, são, particularmente, candidatos promissores para a bioindicação e, consequentemente, monitoramento da poluição do ar. Os bioindicadores provêm informações sobre a qualidade do ambiente ou de suas modificações.

Adaptado de: http://biomonitor.ist.utl.pt/biomonitor/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=9 (consultado em 25/11/09 as 15:25)

Estratégia

Nesta aula será realizada uma atividade prática de visita da turma a alguma região arborizada para observar líquens presentes nas árvores, e outra visita a alguma região poluída, de forma que os alunos possam correlacionar sua presença ou ausência com o tipo de ambiente poluído ou não.

Atividade prática – Observando os líquens

Professor, leve sua turma para fazer uma caminhada por dois tipos de ambientes que sejam arborizados: um em que a vegetação esteja preservada e o fluxo de automóveis seja pequeno ou ausente; e outro com o fluxo intenso de carros. Peça à turma que observe os troncos das árvores, identificando as diferenças entre os dois ambientes em relação aos organismos presentes nos troncos. Chame a atenção dos alunos para as estruturas esbranquiçadas ou esverdeadas que eles encontrarão no ambiente com menos fluxo de carros.

Turma, vamos observar as diferenças entre dois ambientes: um em que há muitos carros pela rua, e outro com bem menos carros circulando. Nós deveremos listar o que observamos.

No local com muitos carros, o que estamos vendo, especialmente nos troncos das árvores? Como estão estes troncos?
- Não tem nada nos troncos.
- Os troncos estão escuros. Parece que estão sujos.

E agora, no local que quase não passam carros, o que vemos nos troncos das árvores ? Como eles estão?
- Tem umas coisas brancas por cima dos troncos, presas neles.
- Parece que estes troncos estão mofados...

Professor, após os alunos terem observado os dois ambientes, peça para que pensem os motivos das diferenças nos ambientes, e formulem hipóteses. Organize para que eles registrem em seus cadernos o que observaram e quais a hipóteses formularam para explicar as diferenças.

Pessoal, agora quero que vocês anotem as diferenças que observaram nos troncos das árvores. Vamos tentar explicar os motivos destas diferenças.
O que pode justificar as diferenças observadas? A que elas podem estar relacionadas?
Respostas prováveis:
- Um local tem mais carros passando, e o outro não.
- O ar está mais sujo onde tem mais carros.
- Onde o ar está sujo, os troncos não estão com estas coisas esbranquiçadas.

Professor, após este levantamento de hipóteses, retire dos troncos alguns exemplares de liquens e leve-os para o laboratório ou sala de aula. Já com a turma de volta, comece a explicar o que são as estruturas que eles observaram nos troncos, falando sobre a associação entre os fungos e algas que formam um organismo chamado líquen. Depois destas explicações, mostre os exemplares que você coletou aos alunos, com a ajuda de uma lupa, de forma que eles possam visualizar melhor este organismo.

Neste momento da aula, chame a atenção dos alunos para as hipóteses anteriormente levantadas por eles sobre as diferenças entre os dois ambientes. Comente com eles sobre a presença de líquens em um dos ambientes, e peça que relacionem este fato às características do ambiente. Os alunos deverão associar a poluição à ausência dos líquens, compreendendo que os gases liberados pelos automóveis são tóxicos para estes organismos. Isto faz com que eles desapareçam em ambientes poluídos, e que estejam sempre presentes em ambientes mais “limpos”.

Professor, você poderá também relacionar com seus alunos o fato de que os líquens podem ser indicadores de locais com ar poluído ou puro, já que sua presença está condicionada à ausência de excesso de gases poluentes.

liquen

Foto de ambiente com baixo fluxo de veículos

Foto de ambiente com baixo fluxo de veículos

Foto tirada na lupa: hifa de líquen foliáceo

Foto de ambiente com alto fluxo de veículos

Fotos de: Priscila Barbosa Peixoto

Após a atividade, entregue o texto abaixo para a turma e discuta com eles, relacionando o que aprenderam durante a aula de hoje com o que leram no texto:

Sentinelas da contaminação

Os líquens são associações entre um fungo e uma alga. O fungo produz um ácido que desagrega as rochas e, através de suas hifas, absorve água e sais minerais do solo, fornecendo-os à alga. A alga produz matéria orgânica por fotossíntese, fornecendo-a ao fungo. Os líquens podem até aproveitar o nitrogênio do ar como alimento.

A sobrevivência dos líquens depende quase exclusivamente da atmosfera que os cerca ou da água da chuva. Portanto, qualquer substância que dificulte a fotossíntese das algas que formam seu talo pode provocar a morte do organismo. Um dos agentes contaminadores de maior dano aos líquens é o SO2 (dióxido de enxofre), responsável pela chuva ácida. Os líquens também são capazes de absorver e concentrar substâncias radiativas, como o estrôncio 90. Constatou-se que esquimós do Alasca, por exemplo, apresentavam taxas elevadas desse elemento no organismo. Eles tiveram contato com o estrôncio 90 po r meio da ingestão de rena e caribu, que se alimentaram de líquens contaminados.

Adaptado de : http://www.portalimpacto.com.br/docs/bio_rinaldobarralVestF3Aula10_09.pdf e http://www.klickescolas.com.br/2006/conteudo/pagina/0,6313,BRA3-948-5182-,00.html (consultado em 25/11/09 as 16:41)

Avaliação

Avaliar numa perspectiva formativa implica estar atento à construção de conhecimentos conceituais, comportamentais e atitudinais de nossos alunos. Por isso é importante estar atento a todo o percurso do aluno enquanto aprende: suas ideias iniciais, aquelas apresentadas durante a investigação, à maneira que relaciona com os colegas, sua atitude investigativa e crítica, no decorrer da aula. Feitas estas considerações, propomos mais um momento para que os alunos sejam avaliados.

Após a leitura e interpretação do texto, entregue aos alunos algumas questões sobre o tema, de forma a avaliar se eles conseguiram construir conceitos pertinentes.
1) O que são líquens?
2) Qual a relação dos líquens com a poluição?
3) Dê um motivo para a morte dos líquens.
4) Líquens são associações entre fungos e algas. Qual é o benefício desta associação para os fungos? E para as algas?
5) Por que os esquimós do Alasca foram contaminados pelo estrôncio, se eles não se alimentaram de líquens contaminados?

Opinión de quien visitó

Quatro estrelas 7 calificaciones

  • Cinco estrelas 5/7 - 71,43%
  • Quatro estrelas 1/7 - 14,29%
  • Três estrelas 1/7 - 14,29%
  • Duas estrelas 0/7 - 0%
  • Uma estrela 0/7 - 0%

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Opiniones

  • cling ling, China - dijo:
    chingling21@yahoo.com

    07/08/2013

    Cinco estrelas

    obrigado pela ajuda que deus te ajuda


  • Carina, UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA , Ceará - dijo:
    carina.pattemo@hotmail.com

    09/03/2013

    Cinco estrelas

    Muito bom!


  • Michel Benatti, Instituto de Botânica , São Paulo - dijo:
    michel_benatti@yahoo.com.br

    21/01/2013

    Três estrelas

    O texto apresenta algumas coisas equivocadas ou incompletas. A relação poluentes x liquens é bem mais complexa do que mencionado - não é apenas tem poluentes, não tem poluentes, o que seria simplista demais. A imagem de "hifa" na verdade é de um cílio, estrutura de liquen folioso. Só alguns exemplos. Sugiro consultar bibliografia especializada para melhorar certos trechos do texto que não estão precisos ou claros.


  • isaac, IFB- Inst. Federal. Campus Samambaia , Distrito Federal - dijo:
    isaacpiloto@hotmail.com

    24/07/2012

    Cinco estrelas

    Excelente aula, bem estruturada. Parabéns


  • Rui Albergaria, Portugal - dijo:
    albergaria.rui@gmail.com

    18/11/2011

    Cinco estrelas

    MUITO ESCLARECEDOR, PEDAGOGICAMENTE BRILHANTE PARABÉNS


  • Regiane Valério, Programa PESC , São Paulo - dijo:
    regianevalerio@gmail.com

    08/06/2011

    Cinco estrelas

    Muito bom, vou postar no blog de um programa de ciências,


  • Eduardo, COLÉGIO APOIO , Minas Gerais - dijo:
    tamiozo@terra.com.br

    11/05/2011

    Quatro estrelas

    Gostei ?"meninas".Simples ,mas atende aos objetivos.


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