Introdução

O Brasil abriga a segunda maior área florestal do planeta, atrás apenas da Rússia. Com 554 milhões de hectares, o país possui 14% da área florestal mundial, que ocupa 64,3% do território nacional. O Brasil é um dos países que mais mantêm sua cobertura florestal no mundo, com 69,4% de suas florestas primitivas ainda em pé.

A título de comparação, veja o quanto de suas florestas originais cada continente preserva:

- África - 7,8%

- Ásia - 5,6%

- América Central - 9,7%

- Europa- 0,3%

- América do Sul - 54,8%

Percebe-se notadamente que a América do Sul e em especial do Brasil, são guardiões de um patrimônio ambiental inestimável, e conhecendo-o aprendemos a respeitá-lo e preservá-lo.

Para saber mais visite o link:

www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/unidades_conservacao/

 ou clique na figura abaixo:

Aula 01 - O que são as unidades de conservação?

Caro (a) professor (a), inicie sua aula com o conceito de unidades de conservação. Verifique o que seus alunos conhecem sobre o tema. Faça perguntas como:

- O que são unidades de conservação?

- A que se prestam?

- Por que a criação de unidades de conservação é importante?

- Alguém já visitou alguma unidade de conservação?

- Qual?

- Como foi a experiência?

Diga-lhes que na realidade brasileira, são áreas protegidas por lei, de acordo com sua função e utilidade para o equilíbrio do meio e o bem estar do homem. Cite também que a legislação ambiental brasileira é uma das mais avançadas do mundo e que para gerir essas unidades de conservação, existe uma Lei, a 9.885, que instituiu o Snuc (Sistema Nacional de Unidades de Conservação), em 2000. Para efeitos legais, Unidade de Conservação é:

“...o espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administraçã o, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”.

Nosso país possui diversas unidades de conservação. Analise com seus alunos a seguinte figura, que mostra onde estão localizadas. Identifique se em seu estado existe algumas delas.

Visite o link: www.alcance.cnpm.embrapa.br/images/figura02.png

 Ou clique na figura abaixo:

Na sequencia, apresente um vídeo sobre uma unidade de conservação:

Lençóis (MA)

Siga debatendo o tema. Diga-lhes que as UCs podem se localizar em áreas públicas ou privadas. Podem ser federais, estaduais e municipais. De acordo com a possibilidade de interferência humana no meio, são divididas em dois grandes grupos:

- unidades proteção integral;

- unidades de uso sustentável.

Nas primeiras, o objetivo básico é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos no Snuc.

Nas unidades de uso sustentável a idéia é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parte dos recursos existentes.

Cada um desses grupos se subdivide em categorias, de acordo com sua função ou sua vocação como área protegida.

Como sugestão de atividade, divida sua sala em grupos e pesquise com seus alunos as subdivisões dessas duas categorias apresentadas:

- vejam quais são elas;

- quais características e usos;

- quais semelhanças e diferenças;

Clique no link: http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./snuc/index.html&conteudo=./snuc/categorias1.html

Ou na figura, para sugestão de site para a pesquisa:

Solicite que seus alunos façam essa atividade e que a traga na aula seguinte para continuidade dos trabalhos.

Aula 02 - A natureza “intocada” e a criação das primeiras UCs

Inicie sua aula com os resultados da pesquisa sobre as unidades de conservação. Cada grupo terá um tempo para apresentar seus resultados. Cite que desde a criação das primeiras unidades de conservação no Brasil, o objetivo foi sempre o de resguardar áreas ‘virgens’ para a pesquisa científica e o lazer das populações urbanas.

Importado dos Estados Unidos, tal modelo de conservação baseia-se na idéia de que existiriam áreas naturais intocadas e intocáveis pelo homem, apresentando componentes num estado ‘puro’.

A mudança de pensamento

Apesar dos pesares, a experiência brasileira mostra que houve um avanço por parte das agências ambientais estatais no modo de pensar as relações entre atividade antrópica e meio ambiente em UCs. Pois, partindo de um modelo impositivo de instituição de unidades de conservação, conseguiu-se chegar ao ponto em que, organizados, os habitantes de determinada área, que vivem do extrativismo, podem solicitar a criação de uma UC para garantir sua sobrevivência – e, conseqüentemente, a de seus modos de relação com o meio. É o que acontece com as Resex (Reservas Extrativistas).

A promoção das chamadas populações tradicionais de “vilãs” do meio ambiente a aliadas em sua conservação deu-se lentamente aos olhos das agências estatais ambientais. Aos poucos, os gestores perceberam que o modo de vida tradicional salvaguardava as paisagens e os recursos, pois a escala de exploração dos mesmos é pequena. Além disso, entenderam que os moradores das UCs e de suas proximidades (chamadas de áreas tampão ou zonas de amortecimento), poderiam ajudar a manter a vigilância das terras protegidas, deixando-as menos vulneráveis a atividades degradantes em áreas vizinhas.

Abra um espaço na aula para um debate. Questione sobre o que seus alunos pensam sobre o que foi discutido:

- as unidades de conservação devem ser isoladas das pessoas ou aceitá-las? Por que?

- As áreas de proteção na Amazônia abrangem grande parte da floresta. Isso significa que a região está fora de perigo?

- Como deveria ser uma unidade de conservação?

- O que fazer com as comunidades que sempre viveram nessas áreas?

- E qual é a situação dos índios nesse processo?

Desenvolva o papel de mediador nos debates com seus alunos, de maneira a sistematizar os temas abordados. A sala pode ser dividida em grupos e cada um deles fica responsável por responder uma das questões acima apresentadas. 

Aula 03: Atividade de Campo - Visita à uma Unidade de Conservação

Na presente estrutura de aula, é fundamental que dentro das possibilidades da escola, seja agendada uma visita a uma unidade de conservação. É uma excelente maneira dos alunos conhecerem as fisionomias típicas dos ecossistemas que compõem sua localidade. Essa aula pode e deve ser trabalhada conjuntamente com professores de biologia, ciências ou até mesmo educação física, já que geralmente as Unidades de Conservação de Uso Sustentável possuem locais apropriados para visitação pública. Diversas são as atividades que podem ser desenvolvidas:

1. Com o docente de ciências ou biologia, pode-se observar a vegetação, os tipos de árvores, folhas e galhos. Identificar flores e quais são as espécies mais conhecidas. Os alunos podem fotografar as espécies vegetais encontradas e postar em um blog, com uma ficha técnica da mesma. Podem constar:

- Nome vulgar

- Nome Científico

- Família

- Localidade encontrada

2. Com o professor (a) de Educação Física, podem ser desenvolvidas atividades de caminhadas em trilhas interpretativas.

3. Com o professor (a) de geografia eles podem trabalhar com o mapa da unidade de conservação, localizando os pontos visitados e percebendo as características dos mesmo. Podem ser analisados:

- tipo de fisionomia

- vegetação

- tipo de solo

       4. Os alunos podem entrevistar os frequentadores do parque, para saber o que eles acham, percebem ou entendem da importância daquele lugar. Com isso eles podem estruturar campanhas de educação ambiental, de maneira a sensibilizar os frequentadores sobre a importância do parque.

Os alunos podem fazer uma expedição, registros fotográficos ou vídeos e elaborarem um relatório sobre o estado de conservação da UC visitada, além de aspectos positivos e sugestões de melhoria na gestão da área. Todas essas atividades, podem culminar em uma exposição na escola, serem desnvolvidas em feiras de ciências e serem apresentadas em comunidades virtuais ou blogs.