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Igualdade perante a diversidade cultural: desconstruindo o racismo na escola

 

22/03/2010

Autor y Coautor(es)
SANDRO PRADO SANTOS
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Cláudia Regina M. G. Fernandes

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio Biologia Diversidade da vida e hereditariedade
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Cidadania e participação
Ensino Fundamental Final Pluralidade Cultural Direitos humanos, direitos de cidadania e pluralidade
Ensino Fundamental Final Pluralidade Cultural Pluralidade cultural na formação do Brasil
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Ciências Naturais Visões de mundo
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Estudo da Sociedade e da Natureza Educando e o lugar de vivência
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Reconhecer a multiplicidade de influências culturais em nossa história de vida;
• Compreender a necessidade de uma sensibilização para a pluralidade de valores e universos culturais distintos, cada vez mais presentes em nosso cotidiano;
• Combater o preconceito a fim de erradicar de nossas relações o racismo e a discriminação étnica;
• Identificar que as diferenças sociais, raciais e culturais são fatores de enriquecimento das relações humanas;
• Compreender que “o que nos faz semelhantes ou mais humanos são as diferenças”.
• Localizar na atualidade situações de discriminação, racismo, preconceito e estigma;
• Ter uma mudança do “olhar” despertando atenção para a prática do racismo.

Duração das atividades
De 2 a 3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios sejam trabalhados para a efetuação de tais aulas.

Estratégias e recursos da aula

Estratégias utilizadas:
• Aula interativa, leitura de textos.
• Socialização das produções dos/as alunos/as.
• Uso do laboratório de informática ou sala de vídeo.
• Diálogos interdisciplinares.

Atividade 1: Fomentando diálogos contra o racismo

Inicialmente, sugerimos que o/a professor/a inicie a atividade apresentando o vídeo intitulado Onde você guarda o seu racismo?, com duração de dois minutos e trinta e oito segundos (Figura 1). Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ojg07xOt8CY&feature=related

FIGURA 1: CENAS DO VÍDEO - Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ojg07xOt8CY&feature=related

Professor/a o vídeo sugerido faz parte de uma campanha denominada “Onde você guarda o seu racismo?” Tal campanha foi lançada em dezembro de 2004, sendo fruto da iniciativa de mais de 40 organizações da sociedade civil, iniciada em 2001 (Diálogos Contra o Racismo) para promoção de uma ampla mobilização antiracista que envolva todos os setores da sociedade. A campanha teve como suporte uma pesquisa que mostrou que 87% dos(as) brasileiros(as) acreditam na existência do racismo, mas somente 4% se dizem racistas. Devido a essa constatação a campanha foi lançada com a pergunta: Onde você guarda o seu racismo?, que parte do princípio de que o racismo está presente na cultura da sociedade brasileira, atinge a todas as pessoas e se revela no cotidiano. A campanha funciona na tentativa de estimular a realização de inúmeros ‘diálogos sobre o racismo’ nas famílias, condomínios, locais de trabalho, escolas, rodas de amigos e amigas. Para apoiar e incentivar essa mobilização, a campanha funciona por meio de articulações e redes de organizações, instituições e movimentos em todo o país. (Texto adaptado do site da campanha: www.dialogoscontraoracismo.org.br).

FIGURA 2: CENAS DE DEPOIMENTOS REAIS DA CAMPANHA - Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ojg07xOt8CY&feature=related

Importante:Essa motivação inicial tem como objetivo provocar uma reflexão individual e, principalmente, conscientizar os/as alunos/as de que a luta contra o preconceito racial é responsabilidade de todos.
Após a apresentação do vídeo o/a professor/a discutirá com os/as alunos/as a opinião destes quanto aos aspectos tratados no mesmo, tais como:
• Os depoimentos apresentados no vídeo indicam ações discriminatórias?
• Destaquem as ações presentes no vídeo que são intolerantes ao negro em nossa sociedade? Esse quadro tem como ser mudado?
• Quais ações são pertinentes para o combate do racismo em nossa sociedade brasileira?
• Quais dessas ações acontecem com maior frequência no ambiente escolar?
• Qual/is do/s depoimento/s sentiram mais incomodados? E Por quê?
• O vídeo veiculado se mostra a favor ou contra o racismo? De que forma podemos inferir isso?
• A sociedade brasileira é preconceituosa? Vocês acham que a integram?
• Como as atitudes racistas são criadas na sociedade? E quem as legitimam ou reproduzem essa situação?
• A intolerância à diferença étnico-racial pode trazer quais consequências no convívio social? Exemplifiquem.
• A intol erância à diferença, étnico-r acial, pode ser um dos desencadeadores do racismo?
Aconselhamos os/as professores e os/as alunos que queiram explorar mais os materiais disponibilizados pela campanha, bem como conhecê-la, indicamos o site referenciado acima.

Atividade 2: Contextualizando da temática

Objetivando aproximar o/a aluno/a da temática e situá-lo/a no contexto social, econômico, político e cultural, o/a professor/a entregará aos/as alunos/as, divididos em dupla, um texto informativo sobre o racismo: Brasil e África querem campanha antirracismo na Copa do Mundo.
Texto está disponível em: http://www.criola.org.br/namidia/namidia_clippings_lcopa_marco2010.htm

                                                      Brasil e África querem campanha antirracismo na Copa do Mundo                                                                     

Por Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil


Brasília – A cem dias do começo da Copa do Mundo de Futebol que ocorrerá na África do Sul, o Brasil se junta aos países africanos e propõe ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) a adoção de uma campanha mundial contra manifestações racistas no futebol e em outros esportes, seja entre atletas ou torcedores.
    A proposta da campanha foi feita hoje (2) na Suíça pelo ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH). Vannuchi que discursou na 13ª sessão anual do conselho que é o principal fórum intergovernamental da ONU para questões ligadas aos direitos humanos.
    A expectativa de Vannuchi é que a campanha intitulada Um mundo de esportes livre do racismo e da discriminação, seja aprovada por todas as delegações internacionais que participam da sessão anual no Palácio das Nações, em Genebra, até o dia 26 de março.
“Infelizmente é no futebol que muitas vezes a manifestação do racismo acontece”, disse Vannuchi, em entrevista à Voz do Brasil. O ministro, no entanto, avalia que os esportes têm grande potencial de conscientização.
A campanha prevê que atletas e equipes façam declarações e divulguem mensagens, em faixas por exemplo, contra o racismo. “Isso vai formando uma compreensão no âmbito da família humana”, idealizou Vannuchi.
    Além da campanha educativa, a proposta do Brasil e da África prevê que as associações internacionais de cada modalidade esportiva adotem formas de punição contra eventuais manifestações de racismo. 
    O ministro alertou que a crise financeira mundial tem servido de “desculpa” para manifestações racistas. “Facilita o trabalho dos racistas que começam a dizer que os empregos estão sendo disputados”.
    Para Vannuchi, “o mundo dos direitos humanos é um mundo que não pode ter aversão ou horror à participação de migrantes. Os direitos humanos devem ser a soma, a união, a parceria entre muitas culturas diferentes”.
Além da campanha contra o racismo, Vannuchi manifestou a posição do Brasil de que as Nações Unidas adotem um tratado em favor do direito de pessoas idosos. “A ausência do tratado é uma grave lacuna. É preciso fechar essa lacuna tendo em vista as consequências do envelhecimento d a população”, aconselhou durante o discurso.
    Vannuchi também tratou da terceira edição do Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH 3) e agradeceu o apoio ao programa da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay.

Professor/a o texto foi construído por Gilberto Costa, reporte da Agência Brasil, e como fonte: http://www.agenciabrasil.gov.br/?q=node/1187

Figura 3: Slogan Copa - Dis ponível em: http://revistaclipping.com.br/editorias/esporte/brasil-e-africa-querem-campanha-antirracismo-na-copa-do-mundo/

    Cada dupla terá como uma primeira atividade ler o texto e escrever um comentário geral sobre o papel da campanha encabeçada pelo Brasil e os países africanos. Quando todas as duplas finalizarem, o/a professor/a solicitará que leiam para a sala suas considerações. Cabe ao professor atuar como mediador da atividade, auxiliando os alunos na elaboração dos comentários, bem como orientá-los/as para estabelecerem relações com as atitudes racistas e discriminatórias sociais. Além disso, compreendemos que nesta discussão deve permear:
• Clareza dos conceitos de racismo, preconceito, discriminação e democracia racial.
• Percepção de outros fatores sociais que são discriminados socialmente. Como marcadores geracionais e de gênero.
• Entender que os fatores econômicos, políticos, históricos interferem de maneira direta na concepção, percepção e/ou representação do racismo na sociedade.
• A conscientização da potencialidade de um evento mundial “A copa do mundo” na minimização de ações discriminatórias em nossa sociedade.
• O conhecimento da abrangência de campanhas que favorecem a luta e a conscientização contra as desigualdades sociais.


ATIVIDADE 3: Agência de publicidade na campanha contra a discriminação étnico-racial.

Na tentativa de tecer relações entre as três atividades que constituem essas aulas e na defesa da potencialidade de campanhas contra quaisquer discriminações sociais, propomos:

Professor/a, nessa atividade deverá dividir os/as alunos/as em até 5 grupos. Cada grupo representará uma agência de publicidade que estará disputando uma campanha de sensibilização na escola sobre o respeito aos negros e combate a intolerância frente à diversidade étnico-racial.

Material: Cartolina ou papel pardo para cartaz, lápis, canetas coloridas, tesoura de ponta redonda, cola e revistas velhas.

Procedimentos: Divida os/as alunos/as em grupos e explique novamente que cada grupo será uma agência de publicidade que estará disputando uma campanha que tem a temática “Respeito aos negros e combate a intolerância frente à diversidade étnico-racial”. Avise que terão 30 minutos para se prepararem e apresentarem um cartaz com uma frase e um desenho para estampar tal campanha. Ao final do tempo determinado, os grupos apresentarão as propostas. Quando terminarem, poderá realizar uma votação entre os grupos envolvidos para escolha do melhor cartaz.
O/a professor/a poderá fazer a divulgação das construções dos/as alunos/as na escola.

Observação:

Professor/a, essas aulas poderão ser realizadas e compartilhadas com outras áreas do saber tais como: Educação Física, História, Geografia, Língua Portuguesa, Matemática etc. Dessa forma, elencamos alguns aspectos, de tais áreas, que poderão auxiliar na socialização com outros/as professores/as e os/as alunos/as.

Educação Física: discutir a importância dos atletas negros e indígenas nos esportes.< /p>

História: orien tar os alunos na pesquisa dos grandes líderes preocupado com a justiça racial e de fatos históricos relevantes.

Língua Portuguesa: orientar os alunos a desvendar e analisar terminologia e os ditados populares racistas e dialetos usados.

Geografia: analisar com os alunos as causas das condições socioeconômicas dos negros, índios serem inferiores às dos brancos e também a desvendar a origem geográfica e étnica de algumas tradições folclóricas.

Matemática: trabalhar gráficos com dados socioeconômicos dos grupos raciais.

Recursos Complementares

Professor/a, para melhor fundamentação teórica acerca da temática, sugerimos a consulta e/ou leitura de alguns materiais disponíveis nos sites listados a seguir:

Avaliação

A avaliação deve ser orientada pelos objetivos da atividade. Nesse sentido, é importante nessa avaliação retomar os objetivos das atividades propostas. Nesse contexto, poderá ser feita em todos os momentos das atividades, sendo considerado a participação e o envolvimento dos/as alunos/as nos debates e na realização das atividades solicitadas. Dessa forma, o processo avaliativo ocorrerá a partir da participação e produção dos/as alunos/as.


Sugerimos os seguintes critérios a serem observados pelo/a professor/a durante o processo avaliativo:


• Participação efetiva nas discussões e reflexões acerca do vídeo;
• Colaboração durante os trabalhos em grupo;
• Envolvimento nas atividades necessárias;
• Auto-avaliação com seriedade no tratamento das questões abordadas.

Opinión de quien visitó

Quatro estrelas 1 calificaciones

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Opiniones

  • RAIMUNDA MARIA AIRES VIANA VERAS, Centro de Ensino Vespasiano Ramos , Maranhão - dijo:
    raymarveras@hotmail.com

    19/10/2010

    Quatro estrelas

    Gostei muito do tema e de como ele está distribuido, levantando uma questão que se vivencia constantemente nas escolas e colocando os próprios alunos para resolverem essas mesmas questões raciais. Parabéns.


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