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Discutindo a diversidade sexual da escola para a vida

 

29/03/2010

Autor y Coautor(es)
SANDRO PRADO SANTOS
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Cláudia Regina M. G. Fernandes

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Orientação Sexual Relações de gênero
Ensino Fundamental Final Pluralidade Cultural Direitos humanos, direitos de cidadania e pluralidade
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Cidadania e cultura contemporânea
Ensino Fundamental Final Orientação Sexual Corpo: matriz da sexualidade
Ensino Médio Biologia Diversidade da vida e hereditariedade
Ensino Fundamental Final História Cidadania e cultura no mundo contemporâneo
Ensino Médio Biologia Identidade dos seres vivos
Ensino Fundamental Final Ciências Naturais Vida e ambiente
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Ter compreensão e o respeito pelo diferente e pela diversidade sexual e entendê-las como dimensões fundamentais no processo educativo;
  • Compreender que os espaços sociais, e assim a escola, são importantes para o reconhecimento da diversidade sexual e para a desestabilização da mentalidade e dos mecanismos de opressão;
  • Reconhecimento da diversidade sexual como mecanismo viabilizador de uma educação inclusiva, de qualidade e construtora de um modelo democrático de sociedade;
  • Identificar novas possibilidades de desenvolvimento da cultura do respeito e do reconhecimento não só da diversidade sexual, como também das outras.
Duração das atividades
De 2 a 3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios sejam trabalhados para a efetuação destas aulas.

Estratégias e recursos da aula

Estratégias utilizadas:

  • Aula interativa.
  • Socialização das produções dos/as alunos/as.
  • Uso do laboratório de informática ou sala de vídeo.

ATIVIDADE 1:   

Professor/a, como atividade inicial das aulas, e como motivação, sugerimos que apresente um vídeo, com duração de três minutos e trinta e três segundos, intitulado “Bullying” do Projeto-Bem-Me-Quer. Disponível em:   Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=BfT6N0U-jTE&feature=related   

Após a apresentação do vídeo, o/a professor/a deverá indagar os/as alunos/as do que acharam deste, levantando algumas problematizações, tais como:

  •  Alguém já ouviu falar sobre o Bullying?          
  • Quais comportamentos e/ou atitudes no ambiente escolar que podemos considerar como formas de Bullying?          
  • O/a aluno/a que é considerado/a diferente na escola recebe quais tipos de maus-tratos?         
  • Por que em nossa sociedade é tão difícil a aceitação e o respeito do outro?          
  • Como podemos relacionar a nossa temática das aulas, diversidade sexual, com o que foi retratado no vídeo?          
  • As constantes zoações, ameaças e exclusões que Fábio (personagem do vídeo) recebia no time de futebol da escola é um fenômeno comum no ambiente escolar quando a pessoa não segue o padrão exigido?          
  • O vídeo mostra que o nosso corpo, além de um conjunto de órgãos, possui também quais atributos?         
  •  Qual a mensagem que o vídeo nos passa quando refere-se que Fábio “Para tentar se parecer com o que lhe diziam que era para ser”?         
  • Podemos imaginar que o time de futebol de Fábio representaria quais instituições sociais?        
  • E quem associaríamos à banda que entra cantando na quadra?        
  • Pensando na instituição escolar, ou em qualquer outra, vocês concordam que elas poderiam representar tanto o time de futebol, quando a banda?         
  • Com a finalidade de desenvolvimento da cultura do respeito e do reconhecimento não só da diversidade sexual, como também das outras, quem melhor representaria a escola? O time de futebol? Ou a banda?

ATIVIDADE 2: Explorando os materiais didáticos: estereótipos, preconceitos e a invisibilidade da diversidade sexual

Professor/a, essa atividade poderá ser realizada e compartilhada com outras áreas do saber tais como: Ciências, Literatura, História, Geografia, Língua Portuguesa etc. Esta atividade tem o objetivo de discutir as questões de estereótipos, preconceitos e a invisibilidade da diversidade sexual no contexto escolar, principalmente no que tange a materiais didáticos e livros de literatura.

Material necessário:

 • Livros didáticos utilizados pela turma ou livros da biblioteca escolar;

• Roteiro para avaliação do livro ou outro material didático disponibilizado.

Inicialmente o/a professor/a solicitará que os/as alunos/as ainda em grupo escolha um dos livros didáticos que utilizam. Orientá-los na diversificação das escolhas, elencando todos os livros utilizados, ou seja, cada grupo escolher um livro diferente (assunto e/ou disciplina). Em seguida, distribuir um roteiro de avaliação para cada grupo fazer a análise da obra.

 Exemplo de Roteiro:

  1. Título da obra:
  2.  Assunto tratado ou disciplina:
  3.  Editora e ano de publicação:
  4. Nome dos autores/as:
  5.  Na obra analisada é reiterada a ausência de conteúdos e imagens diretamente relacionados às idéias de diversidade sexual?
  6.  Encontre alguns adjetivos utilizados para descrever: • Heterossexual: • Homossexual:
  7.  Existe alguma prática discriminatória ou verbetes contra a diversidade sexual? Quais?
  8.  Existem seções especiais que tratem unicamente da diversidade sexual? Caso sim, como é abordada a temática?
  9.  Em alguma passagem da obra, a temática “Diversidade Sexual” é abordada
  10. Na obra analisada podemos dizer que a temática em questão tem uma visibilidade ou invisibilidade?

Com o término da realização de todo o roteiro, o/a professor pedirá que cada grupo faça a exposição dos resultados para os demais. Em seguida, peça que no caderno, cada aluno/a, registre a opinião sobre:

• Diga se a obra analisada deve ou não ser adotada e por quê?

 • A obra que analisou apresenta linguagem e idéias preconceituosas, estigmatizantes ou ignora o que tange a diversidade sexual?

• Quais as sugestões para os/as autores/as do livro em relação a estereótipos, preconceitos e a invisibilidade da diversidade sexual?

Dica importante: Extraído de Parâmetros Curriculares Nacionais (Orientação Sexual), guia do Ministério da Educação do disponível em:  http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/orientacao.pdf 

Professor/a explicite que os materiais didáticos ao silenciar a diversidade sexual, eles podem contribuir para o preconceito já que só uma realidade é apresentada aos/as alunos/as. O papel de problematizador e orientador do debate, que cabe ao educador, é essencial para que os/as adolescentes aprendam a refletir e tomar decisões coerentes com seus valores, no que diz respeito à sua própria sexualidade, ao outro e ao coletivo, conscientes de sua inserção em uma sociedade que incorpora a diversidade.

ATIVIDADE 3: Show de televisão: divulgando a diversidade sexual – adaptado do site sobre proposta de atividades sobre Sexualidade e Corpo. Disponível em: http://www.educarede.org.br   

Professor/a, a atividade sugerida a seguir serve para sintetizar, aprofundar e equalizar informações a respeito do tema. O/a professor/a diz ao grupo que todos participam da produção de um programa de televisão que vai tratar da temática “Diversidade Sexual na escola”. Então, o/a professor/a solicitará que os/as alunos/as façam grupos de até 5 componentes. A tarefa de cada grupo será elaborar três perguntas para que sejam respondidas por especialistas. A pergunta deve ser feita por escrito em uma tira de papel e deve conter o número do grupo. Em seguida, o/a professor/a atribuirá um número para cada grupo e dizer que o programa vai começar. Sortear um número e uma pergunta e avisar que o grupo que for sorteado fará o papel de especialistas que responde a questão. O/a professor/a é o/a apresentador/a: lê a questão, distribui a palavra, é o/a mediador/a e, conforme o caso, pode intervir trazendo informação (mas não faça isso desde o começo, deixe acumular algumas perguntas para verificar as omissões, falhas de conteúdo e temas recorrentes). O grupo autor da pergunta é o responsável pelo comentário da resposta: se entendeu, se existem ainda dúvidas, discordâncias. Abra a palavra para todos perguntando se alguém quer completar, comentar, refutar ou discutir a temática levantada. Proceder da mesma forma com todos os grupos e todas as perguntas. Essa técnica permite a participação de todos, é lúdica e ajuda a perceber as questões recorrentes que preocupam ou interessam a maioria. Ajuda o grupo a perceber que eles têm bastante informação e também que não as têm. Propicia o efetivo trabalho em grupo, estimulando trocas de experiências e conhecimentos. Professor/a, abaixo sugerimos algumas problematizações acerca da temática que poderão subsidiar as discussões, tais como:   

  • É possível falar de diversidade sexual nas escolas?
  • Como a sociedade lida com isso?
  • Em outros espaços sociais a diversidade sexual é respeitada?
  • Existe um único padrão que possibilite definir o envolvimento afetivo e sexual de um indivíduo em relação ao outro?
  • Como a diversidade sexual é tratada e/ou representada no espaço escolar? Cite alguns espaços de exclusões do/a jovem que se apresenta diferente?
  • Quais as palavras que podemos usá-las como mecanismo de respeito a diversidade sexual?
  • A intolerância à diferença sexual pode ser um dos desencadeadores da homofobia?
  • A escola apresenta projetos de promoção da diversidade e enfrentamento da homofobia? Poderíamos fazer uma proposição? Qual a importância ou não de tais projetos no cotidiano escolar?

Professor/a sugerimos que assista um vídeo educativo que pode auxiliá-lo/a nos momentos de discussões das atividades propostas nessas aulas. O vídeo intitulado “Escola sem Homofobia: construindo para diversidade”. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=bBLhKPWPQ40 

Atenção:   

Professor/a deixe bem claro, durante essas discussões, que a escola é um espaço de socialização importante para que os/as alunos/as possam expressar dúvidas, angústias e descobertas. Trata-se de um ambiente privilegiado na construção de referências para os/as alunos/as. É importante que se tenha sempre em mente que a escola não deve ser um espaço hostil e de reprodução de comportamentos marcados pela discriminação e estereótipos culturalmente construídos.     

Observação:

A técnica “Show de televisão” pode ser aplicada como aquecimento para a introdução do tema, ser a atividade principal ou também utilizada no fechamento da discussão sobre um tema, como sugerido em nossas aulas. O que varia é a profundidade das questões e respostas, dependendo do momento em que a atividade for realizada.  

Recursos Complementares

Sugestões de outras aulas, que abordam a temática, publicadas no portal do professor/MEC:

  • Diversidade sexual na escola: reconhecê-la e superar os preconceitos;
  • Diga não à homofobia: Igualdade para viver e diversidade para conviver;
  • Homofobia na escola: um início de reflexão;
  • Pra que time ele joga? Respeitar é combater a intolerância.

Reportagem sobre: Estudo da FE mostra que livro didático não prima pela diversidade sexual – Disponível em: http://www4.usp.br/index.php/educacao/15989-estudo-da-fe-mostra-que-livro-didatico-nao-prima-pela-diversidade-sexual 

Dica de leitura: 

Professor/a o livro indicado abaixo é uma ferramenta valiosa para ajudar a tornar realidade a escola sem homofobia. Ao fornecer elementos para reflexão, atuação política e subsídios para uma ação pedagógica promotora da diversidade e da cidadania. O livro traz reflexões sobre a produção e a reprodução da homofobia na educação, em especial no contexto escolar, evidenciando o fato como grave problema social cujo enfrentamento não pode ser mais adiado. A compreensão e o respeito pelo diferente e pela diversidade são dimensões fundamentais do processo educativo.

Vale a pena conhecê-lo: Diversidade Sexual na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas. Maiores informações consultar: http://www.contee.org.br/noticias/artigos/art449.asp 

Webibliografia:

Avaliação

O/a aluno/a deverá redigir uma (simulação de) carta aos gestores da escola sobre a importância do respeito à diversidade sexual na escola, apresentando argumentos que justifiquem essa preocupação. É importante que se tenha sempre em mente que a escola não deve ser um espaço hostil e de reprodução de comportamentos marcados pela discriminação.

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