a) Compreender que a solidariedade não é um valor herdado, mas construído diariamente.

b) Distinguir solidariedade de caridade.

c) Aprender que cultivar a solidariedade na relação com colegas favorece a harmonia na sala de aula e na escola.

d) Identificar colegas e pessoas que precisam de ajuda na sala de aula e na escola e colocar-se em posição colaborativa aos mesmos.    

Não há necessidade de se trabalhar conhecimentos prévios.

Comentários ao/a professor/a:

Professor/a, partindo do princípio de que a solidariedade é um valor que se constrói na relação do sujeito com o outro, torna-se imprescindível que a escola ofereça espaços para viabilizar a aprendizagem de tal virtude em seu meio. Essa aula tem o propósito de auxiliar o/a aluno/a na compreensão de que a solidariedade vai além do âmbito da ajuda financeira, realizada através da doação de alimentos, roupas, brinquedos, dentre outras. Sabe-se que contribuir para que os/as alunos/as tornem-se solidários não aniquila os problemas sociais, a que todos os brasileiros estão expostos e sujeitos, dada a má distribuição da renda no país. Por outro lado, colabora com a construção de uma sociedade em que possa haver sonhos e esperanças de dias melhores para todos.

Atividade 1: História   

1º Momento: Convide os/as alunos/as para ouvirem a história: “Ingredientes para um mundo melhor - conversando sobre solidariedade e paz”    

 Livro: “Ingredientes para um mundo melhor - conversando sobre solidariedade e paz” Autor: Índigo. Editora: Escala Integrada      

Sinopse: O livro faz alguns questionamentos às crianças, a saber: o que é solidariedade, quais as possibilidades de praticá-la, e o que pode acontecer quando alguém não é solidário. Tem por objetivo levar a criança a refletir sobre a importância da solidariedade para uma convivência harmoniosa em sociedade.

2º Momento: Refletir sobre o que o livro apresenta, perguntando aos alunos : Será que a solidariedade é uma característica pessoal como a cor dos olhos, a estatura, dentre outros atributos físicos e de personalidade que herdamos de nossos familiares? Na percepção de vocês, nós nascemos solidários ou nos tornamos solidários? Se aprendemos a ser solidários, quem nos ensina? De que forma aprendemos essa virtude? Qual a importância dessa virtude para nós? Será que temos utilizado esses ingredientes em nossa convivência diária?   

3º Momento: Dividir o grupo em sub-grupos de 4 alunos e propor que se imaginem como um líder de uma comunidade que recebeu de seu mestre superior a missão de ensinar solidariedade para um grupo de crianças. A tarefa contempla escrever uma lista de alguns passos importantes que levem as crianças a agirem de forma solidária. Ao final da produção escrita, os/as alunos/as deverão ilustrar com um bonito desenho. A produção escrita poderá se dar a partir da seguinte frase: Para agir de forma solidária eu preciso...   

Atividade 2:   

1º Momento:

Exibição de vídeo:O/a professor/a convidará os/as alunos/as a assistirem ao vídeo “Solidariedade”, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=c2IEsdNsIzA&feature=related   

2º Momento: Refletir sobre o vídeo, propondo algumas questões: O que vocês entenderam a partir do vídeo? O que é solidariedade pra vocês? Solidariedade é o mesmo que caridade? Professor/a, sugere-se que nesse momento de discussão você faça um destaque à música de Milton Nascimento “Coração civil” apresentada no vídeo, que ressalta a importância da justiça e da alegria na convivência humana.   

3º Momento: A partir das discussões realizadas com relação à solidariedade e a importância de compartilhar, de doar-se  e de respeitar-se mutuamente, propor ao grupo que se divida em dois sub-grupos e se sentem no chão, sendo que o grupo A ficará de frente para o grupo B, formando duplas de trabalho. Após essa etapa, cada aluno/a deverá conversar rapidamente com seu/sua parceiro/a sobre o que consideram importante na convivência humana.   

4º Momento: Professor/a, distribua uma folha de papel sulfite para cada aluno/a registrar, num período de dez minutos, aquilo que gostaria de ofertar ao/a seu/sua colega. Não poderão ser ofertados bens materiais. Após esse momento, deve-se fazer a troca de mensagens. Sugere-se que se discuta sobre a importância de compartilhar, de ser generoso e, sobretudo, solidário com colegas na sala de aula.  

Atividade 3  

Brincadeira: “Protetor e protegido: porque cuidar do outro vale a pena”  

1º Momento: Professor/a, proponha aos/as alunos/as uma brincadeira dando as seguintes orientações sobre a mesma.

Divida o grupo em dois sub-grupos A e B e escreva para o sub-grupo A cartões com a frase: protetor do/a colega ____________, e para o sub-grupo B cartões com a palavra: protegido. Cada protetor receberá em seu cartão a indicação do nome do colega a ser protegido, mas não poderá revelar esta informação por um período de uma semana. Ex: Protetor do Rafael; Protetor da Juliana, Protetor do Lucas, e assim por diante. A função do protetor será cuidar, zelar, apoiar, colocar-se ao lado do colega “protegido”. O aluno com a função de protegido deverá receber os cuidados de seu protetor, sem necessariamente saber sua identidade e retribuir com ações solidárias.

2º Momento: Ao final da semana, propõe-se que seja realizada a revelação dos protetores onde ocorrerá um fechamento da dinâmica. Para esse fechamento, os protetores poderão produzir uma carta, um desenho, uma lembrança, levar um bombom, dentre outras ações para ofertar ao seu protegido.  

3º Momento: Refletir com o grupo sobre a brincadeira. Perguntar aos protetores: Como foi para você cuidar, responsabilizar-se, ajudar, fazer companhia para o colega durante essa semana? Perguntar aos protegidos: Como foi para você ser cuidado, protegido, amparado ao longo da semana? Chegou a perceber quem era o colega protetor? Como se sentiu?  

Sugestão de ampliação da atividade: Professor/a, a cada semana, novos alunos podem ser sorteados e devem assumir a sua função de proteger ou ser protegido pelos colegas. Este rodízio entre proteger e ser protegido pode gerar expectativas e curiosidades nos alunos, aproximando-os.   

Comentários ao professor: 

Professor/a acreditamos que tal atividade poderá promover avanços em termos de relacionamento interpessoal no grupo trabalhado, sendo que as crianças poderão ainda demonstrar confiança para expressarem suas dores, dúvidas e medos. Nesse sentido, ressaltamos que é papel da escola dar oportunidade para que os alunos expressem seus sentimentos e reconheçam suas ações, sensibilizando-os para refletir sobre o seu lugar no grupo e na sociedade, tornando-se crianças mais solidárias, felizes e com maiores condições de estabelecer uma boa convivência com o outro. Além disso, destacamos a importância das parcerias no trabalho cotidiano da escola, uma vez que integra os diferentes agentes do cenário escolar, na busca por uma educação de qualidade, que resgate os valores sociais e afetivos dentro da sala de aula, permitindo, ainda, aos educandos, a ampliação destes valores para o seu convívio social.  

Professor/a, sugere-se que você assista ao vídeo abaixo como forma de subsidiá-lo na condução das discussões no decorrer da aula.

Vídeo: Trabalho de solidariedade 2008, disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=4NLSyq8wSc4&feature=related    

Livro: TOGNETA, L. R. P. A Construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola: uma proposta de trabalho com as virtudes numa perspectiva construtivista. Campinas, SP: Mercado de Letras; São Paulo, FAPESP, 2003.  

Professor/a pergunte aos alunos/as se conseguiram compreender que a solidariedade é um valor construído e solicite a eles/as que exemplifiquem com momentos vividos na aula. Observe na fala dos/as alunos/as se eles/as sabem distinguir solidariedade de caridade. Procure identificar se a aula proporcionou a integração do grupo e relações mais solidárias e harmoniosas no cotidiano da sala de aula. Solicite aos/as alunos/as que respondam por escrito às questões:

1) O que é solidariedade?

2) Qual a diferença entre solidariedade e caridade?

3) O que posso fazer para me tornar mais solidário/a com meus/minhas colegas e professores/as?