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Relações de Gênero na escola: uma discussão necessária?

 

13/05/2010

Autor y Coautor(es)
SANDRO PRADO SANTOS
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

CLAUDIA REGINA M. G. FERNANDES

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Orientação Sexual Relações de gênero
Ensino Médio Biologia Diversidade da vida e hereditariedade
Ensino Médio Biologia Interação entre os seres vivos
Ensino Fundamental Final Meio Ambiente Sociedade e meio ambiente
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  •  Compreender a dimensão história e cultural dos "papéis" atribuídos ao feminino e ao masculino;
  •  Relativizar e questionar a rigidez dos padrões de conduta estabelecidos para homens e mulheres e para a transformação desses padrões;
  •  Promover o respeito mútuo e a equidade de deveres e direitos entre os gêneros;
  •  Vivenciar o respeito por si mesmo e pelos outros, para que eles não sejam as vítimas de hoje nem agressores de amanhã.

CARÁTER INTERDISCIPLINAR DA PROPOSTA COM OS APONTAMENTOS DE CONTRIBUIÇÃO DE CADA ÁREA DO SABER

Professor/a devido o caráter interdisciplinar da temática da aula, acreditamos que é  possível um diálogo entre as disciplinas de História, Geografia, Língua Portuguesa, Educação Física, Educação Artística e Ciências podem contribuir na qualificação do debate.

Dessa forma, apontamos algumas contribuições e (inter)relações entre áreas do saber com a temática relações de gênero, tais como:

 • Em Língua Portuguesa e Literatura, as relações de gênero podem ser percebidas por meio da análise de personagens de textos literários e da descrição de suas características. Também é interessante discutir as próprias regras do idioma, que estabelecem, por exemplo, que o plural no masculino inclui as mulheres, mas o plural no feminino exclui os homens.

• É possível trabalhar as discriminações em Educação Artística, uma vez que os atributos relacionados à sensibilidade artística costumam ser associados ao feminino. No caso de dança (balé, especialmente), a discriminação dos meninos que se interessam por sua prática é muito evidente e merece ser debatida.

• Em Geografia, podem-se incluir as perspectivas de gênero no estudo dos movimentos migratórios, analisando os efeitos das migrações em arranjos familiares, ocupações profissionais e de espaços.

• E, ainda, em um projeto conjunto, um possível tema de estudo para História e Geografia é a história das mulheres, suas lutas pela conquista de direitos e as enormes diferenças que podem ser encontradas ainda hoje nas diversas partes do globo.

• Em Educação Física também podem persistir antigos estereótipos ligados ao gênero, como a separação rígida entre práticas esportivas e de lazer dirigidas a meninos e a meninas. (Sugestões interdisciplinares retiradas e adaptadas do texto de Yara Sayão e Silvio Duarte Bock, 2002), disponível em: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=8&id_subtema=7&cd_area_atv=2 

Duração das atividades
De 2 a 3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios que sejam trabalhados para a efetivação de tais aulas.

Estratégias e recursos da aula

Estratégias utilizadas:

Aula interativa.

Socialização das produções dos/as alunos/as.

Uso do laboratório de informática ou sala de vídeo.  

 MOTIVAÇÃO   

Professor/a, como atividade inicial das aulas sugerimos que apresente o vídeo intitulado “Menino Menina – Projeto Bem me Quer”.

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=rrff4q1KTQM     Após a apresentação do vídeo, o/a professor/a deverá indagar os/as alunos/as do que acharam deste, levantando algumas problematizações. Dessa forma, é importante que o/a orientador/a utilize os recursos elencados abaixo para facilitar a discussão como um todo, tais como: Reconhecer os interesses comuns e diferentes entre homem e mulher. Descrever situações diárias nas quais homens e mulheres têm o mesmo desempenho. Descrever jogos que meninos e meninas jogam juntos. Jogos e brincadeiras predominantes de um gênero (exemplo: futebol, casinha). Destacar a importância do respeito, do compartilhar e ajudar o outro. Dialogar sobre as diferenças de cada gênero.

ATIVIDADE 1: ESTUDO DE CASOS – adaptado do curso de formação de professores/as em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-racial. Curso Gênero e diversidade na escola. Ver referência nos recursos complementares.  

 Professor/a essa atividade tem como objetivo relativizar e questionar a rigidez dos padrões de conduta estabelecidos para homens e mulheres, bem como transformá-los.   O que irá precisar: Sala ampla e confortável que permita a formação de grupos, folhas de papel-sulfite e folhas com o caso descrito.

O que você deverá fazer

  1. Dividir a turma em grupos de cinco participantes.
  2. . Entregar para cada grupo uma descrição dos casos, para que o grupo discuta e tome uma decisão a respeito.
  3. . Solicite o grupo a desenvolver as seguintes atividades na folha de papel-sulfite: • Apontar as ações e/ou atitudes discriminatórias, bem como as consequências desvantajosas para o discriminado para cada uma das situações propostas. • Identificar uma única decisão para os casos

                                                                                   CASO: GÊNERO E PROFISSIONALIZAÇÃO  

 Com o objetivo de apresentar o tema “orientação vocacional” entre os alunos da 8ª série e do ensino médio, uma escola da cidade de Maringá (PR) promoveu uma semana de oficinas profissionalizantes. Uma das oficinas oferecidas era “Moda e costura”. Das trinta vagas disponíveis, apenas duas foram preenchidas por meninos. A direção da escola explicou a desproporção, segundo ela esperada, argumentando que culturalmente a oficina era destinada às meninas. Ainda hoje, cozinhar e costurar são afazeres considerados tipicamente femininos, quando realizados no espaço doméstico e financeiramente pouco valorizados. Por outro lado, ao se tornarem fontes de prestígio social e de boa remuneração, essas atividades passam a ser identificadas aos homens – chefes de cozinha de importantes restaurantes, costureiros de grifes famosas que, em alguns casos, são definidos como gays pelo fato de se interessarem por atividades tidas como femininas.   

CASO: Em briga de homem e mulher não se mete a colher?   

A professora chega à sala de aula e há uma discussão acalorada entre os/as alunos/as da 8ª série, em torno de uma notícia no jornal. Tratava-se do espancamento de uma moça, por ciúme de seu ex-namorado, inconformado pelo fato de ela tê-lo trocado por outro. Na saída de uma festa noturna, ele a surpreende e a agride. A turma estava dividida. Alguns rapazes e moças achavam que o rapaz tinha direito em aplicar o corretivo na ex-namorada, moça na qual ele depositou sua honra. Outra parte da turma pensava diferente, achava condenável o ocorrido e não via justificativas para aquela violência. Por um lado foram usados, dentre os muitos argumentos, a alegação de que a moça era galinha e não percebia o ciúme do namorado como prova de amor. Por outro lado, foi relembrado que as mulheres têm os mesmos direitos do que os homens, que ciúme muitas vezes demonstra uma certa queda para o controle e para a violência de gênero e que quem hoje espanca, amanhã pode matar.        

A partir desta apresentação e/ou construções dos grupos, que tal propor uma discussão com os/as alunos/as sobre:                   ·        

  •  As vidas do homem e vida da mulher são diferentes? Em quê? ·         
  • No trabalho, quais são as profissões mais da mulher e aquelas mais do homem? Por que vocês acham que isto acontece? ·         
  • Em relação aos casos como a figura masculina é representada? E a feminina? ·       
  •  Quais os estereótipos e as ações discriminatórias em relação a mulher são veiculadas nos dois casos apresentados? ·       
  •  Existe nos dois casos relações de desigualdades entre o homem e a mulher? ·         
  • A garota e o garoto são educados da mesma maneira? Onde estão as diferenças? ·         
  • Em casa, o garoto e a garota têm a mesma liberdade? ·         
  • Em casa, quais as tarefas mais da mulher e aquelas mais do homem? ·         
  • Na escola, quais as atividades, são destinadas as meninas e aos meninos? Por que essa diferenciação? ·         
  • Na comunidade escolar, existem regras ou comportamentos que reproduzem estereótipos e discriminações de gênero? Exemplifique.   

ATIVIDADE 2: Explorando os matérias didáticos: estereótipos e preconceitos nas relações de gênero   

Professor/a, essa atividade poderá ser realizada e compartilhada com outras áreas do saber tais como: Ciências, Literatura, História, Geografia, Língua Portuguesa etc. Esta atividade tem o objetivo de discutir as questões de estereótipos e preconceitos associados as relações de gênero no contexto escolar, principalmente no que tange a materiais didáticos e livros de literatura.

Materiais necessários:  

• Livros didáticos utilizados pela turma ou livros da biblioteca escolar;

• Roteiro para avaliação do livro ou outro material didático disponibilizado.

Inicialmente o/a professor/a solicitará que os/as alunos/as ainda em grupo escolha um dos livros didáticos que utilizam. Orientá-los na diversificação das escolhas, elencando todos os livros utilizados, ou seja, cada grupo escolher um livro diferente (assunto e/ou disciplina). Em seguida, distribuir um roteiro de avaliação para cada grupo fazer a análise da obra.  

Exemplo de Roteiro:

  1. Título da obra:  
  2. Assunto tratado ou disciplina:  
  3. Editora e ano de publicação:
  4. Nome dos autores/as:
  5. Qual o número de ilustrações associadas à figura masculina? E a feminina?
  6. Encontre alguns adjetivos para descrever e/ou representar: Homens e Mulheres
  7. As mulheres que aparecem nos textos apresentam contribuições significativas? Quais?
  8. Existe alguma profissão associada à mulher? E ao homem?
  9. Na obra, quais os papéis sociais (masculino ou feminino) associados às mulheres? E aos homens?

Caso o/a professor/a sentir a necessidade de formular outras questões estas devem estar associadas ao contexto da turma.

Com o término da realização de todo o roteiro, o/a professor pedirá que cada grupo faça a exposição dos resultados para os demais. Em seguida, peça que no caderno, cada aluno/a, registre a opinião sobre:

• Diga se a obra analisada deve ou não ser adotada e por quê?  

• A obra que analisou apresenta linguagem e idéias preconceituosas, estigmatizantes ou ignora o que tange as relações de gênero (homem e mulher)?

• Quais as sugestões para os/as autores/as do livro em relação a estereótipos, e preconceitos relacionados aos “papéis” sexuais? Dica importante: Educador/a durante a leitura memorize imagens e/ou palavras do livro adotado para a sua turma e pense nas mensagens que elas veiculam, em relação aos padrões do ser masculino e feminino.

Recursos Complementares
  • BRASIL. Ministério da Educação. Gênero e Diversidade na Escola: Formação de professoras/es em Gênero, Sexualidade, Orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Belo Horizonte: UFMG, 2009.   
  • Vídeo Saúde da Fiocruz - http://www.cict.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=47  – possui um importante acervo de vídeos sobre a temática gênero.   
Avaliação

Como processo avaliativo o/a professor/a solicitará que os/as alunos/as, em grupo de até 5 componentes, façam a coleta e análise crítica de matérias veiculadas pela Literatura (inclusive livros didáticos) e pela mídia (revistas, televisão, jornais) que reproduzem e/ou legitimam estereótipos em relação aos "papéis" de gênero às discriminações de gênero.

Opinión de quien visitó

Quatro estrelas 2 calificaciones

  • Cinco estrelas 1/2 - 50%
  • Quatro estrelas 1/2 - 50%
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Opiniones

  • DAIVID ROGER CORREA, Estudante de pedagogia do CESUMAR , Paraná - dijo:
    daividwicca@hotmail.com

    10/04/2012

    Cinco estrelas

    Nossa,parabéns adorei a interdisciplinaridade dos conteúdos ao abordar o tema em questão, muito dez, gostei mesmo, EXCELENTE!!!


  • Iara Cristine S. de Rezende, Escola Municipal "João Paula da Cruz" , Mato Grosso - dijo:
    iaracristinesr@hotmail.com

    29/03/2011

    Quatro estrelas

    òtima forma de abordagem e interdisciplinaridade havendo participação e envolvimento dos alunos.


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