08/06/2010
Cristina Weitzel
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
---|---|---|
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Língua Portuguesa | Análise linguística |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: processos de construção de significação |
Ensino Fundamental Final | Língua Portuguesa | Análise linguística: léxico e redes semânticas |
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo | Língua Portuguesa | Análise linguística |
Compreender os conceitos de denotação e conotação e observar o papel da ambiguidade na construção dos sentidos dos textos.
Habilidades básicas de leitura e escrita
A) Professor, leve as músicas "Se", do cantor Djavan, "A Cura", do cantor Lulu Santos, "Mina do Condomínio", do cantor Seu. Jorge, e "Pais e Filhos", do Legião Urbana, para os alunos ouvirem. Entregue a eles as letras das músicas para que acompanhem durante a audições.
Link para baixar as músicas:
Links para acessar as letras:
B) Divida a turma em 4 grupos e peça que escolham uma das músicas apresentadas para trabalharem. Solicite que cada grupo releia as letras das músicas selecionadas e marquem alguns trechos em que as palavras foram usadas no mesmo sentido encontrado no dicionário e alguns trechos em que as palavras foram usadas com sentido diferente do dicionário.
C) Leve os alunos para o laboratório de informática e solicite que pesquisem os conceitos de DENOTAÇÃO e CONOTAÇÃO e façam algumas anotações. Delimite o tempo para essa pesquisa (Sugestão: 5 a 10 minutos).
D) Após a pesquisa, peça que os grupos reúnam-se e marquem nas letras das músicas alguns trechos com sentido denotativo e alguns com sentido conotativo. Esclareça que na próxima aula os grupos apresentarão o resultado de suas pesquisas para o restante da turma. Na apresentação eles deverão demonstrar os trechos destacados e explicar o motivo de terem atribuído a esses trechos os conceitos de denotativos ou conotativos.
E) Antes da apresentação das pesquisas, proponha uma nova reunião dos grupos para que seja feita uma revisão do que vão apresentar. Ofereça ajuda aos alunos e vá passando nos grupos fazendo uma revisão dos trabalhos, esclarecendo as dúvidas que notar.
F) Após a revisão, peça aos grupos que apresentem para a turma os resultados de suas pesquisas. Durante as apresentações você pode incitar o restante da turma a participar das apresentações dos colegas com perguntas como: "Todos concordam com o que o grupo apresentou?" ; "O que prevalece nesta música, a denotação ou a conotação?" e "O que é mais fácil para a compreensão, quando prevalece a denotação ou a conotação?".
G) Professor, entregue aos alunos os textos abaixo.
O rio
Sempre sonhando rumo ao mar,
como uma canção de prata,
vai cantando em seus cristais
desde a noite até a alvorada;
vem carregado de pássaros,
vem cheirando à montanha,
sempre sonhando rumo ao mar,
caminho que nunca acaba.
(Cesáreo Rosa-Nieves. In: Poemas com sol e sons – Poesia latino-americana para meninas e meninos. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 56.)
A bacia hidrográfica do São Francisco
O rio principal é o São Francisco, que tem o apelido de Velho Chico. Ele nasce em Minas Gerais e percorre 3.160 quilômetros, passando pela Bahia, por Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
O São Francisco é muito importante na economia do Nordeste. Ele permite a agricultura em suas margens e sua água é também usada para irrigar terras distantes. Além disso, abriga as usinas hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso. Entre os afluentes estão os rios Carinhanha e Pardo.
(Almanaque Recreio. São Paulo: Abril, 2003. p.74.)
H)Peça aos alunos que façam uma leitura silenciosa do texto.
Em seguida, peça que cada aluno leia uma parte em voz alta.
I) Após a leitura, discuta com os alunos as questões abaixo:
J) Professor, leve os alunos a perceberem as diferenças na linguagem utilizada nos dois textos. Esclareça que, enquanto no texto II foram empregadas palavras em sentido próprio, que consta no dicionário, o texto I atribui ao rio ações próprias de seres humanos (sonhar, cantar). Passe para eles os conceitos de denotação e conotação:
Quando a palavra é utilizada com seu sentido comum (o que aparece no dicionário) dizemos que foi empregada denotativamente. Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que foi empregada conotativamente, este recurso é muito explorado na Literatura.
Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/denotacao-conotacao.htm |
K) Apresente aos alunos a imagem abaixo:
Fonte: CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática: texto, reflexão e uso. São Paulo: Atual, 2008.
L) Esclareça que esse é um texto publicitário das sandálias Havaianas e peça que observem atentamente a linguagem verbal e não verbal do texto.
M) Estimulando a oralidade e a participação dos alunos, proponha as questões abaixo que deverão ser feitas oralmente. (Se achar conveniente, construa as respostas com os alunos e peça que as anotem no caderno).
N) Professor, esclareça para os alunos que a duplicidade de sentidos que pode haver numa palavra, numa expressão ou num texto é chamada de ambiguidade. Explique que a ambiguidade pode funcionar como um recurso ou como um problema na construção dos textos.
O) Entregue aos alunos uma cópia dos textos e exercícios abaixo e peça que leiam e façam as atividades propostas.
Leia os textos abaixo e resolva as questões propostas:
Fonte: http://aventurangola.blogspot.com/2008_12_01_archive.html
Professor, esclareça para os alunos que no último quadrinho o verbo foi grafado conforme a fala da personagem "abri", mas na verdade seria "abre", no imperativo.
Exercícios:
1. No texto acima, a garota entendeu corretamente a mensagem do vendedor? Explique.
2. De que outra forma o vendedor poderia dizer para que a menina não entendesse errado?
Fonte: http://blogpaulaenis.wordpress.com/2009/09/25/pastel-de-1-real/
Exercícios:
3.Explique a ambiguidade presente no texto acima.
4. Reescreva o trecho ambíguo de forma a resolver a ambiguidade apresentada
P) Após dar tempo para os alunos fazerem, corrija os exercícios pedindo que os alunos leiam as respostas dadas por eles. Construa as respostas com as sugestões dos alunos e passe para que aqueles que queiram copiem.
Q) Entregue aos alunos uma cópia dos textos e exercícios abaixo:
Em textos humorísticos, é freqüente a interpretação de sentença ambígua (= duplo sentido) da maneira menos provável, desprezando-se muitas vezes os elementos contextuais que favoreceriam uma interpretação mais provável. Os textos abaixo se valem desse recurso para obter o efeito humorístico. Leia-os atentamente e responda ao que se pede.
a) Um garoto pergunta para o outro:
- Você nasceu em Pelotas?
- Não, nasci inteiro.
b) -Doutor, já quebrei o braço em vários lugares.
- Se eu fosse o senhor, não voltava mais para esses lugares.
c) -Não deixe sua cadela entrar na minha casa de novo. Ela está cheia de pulgas.
-Diana, não entre nessa casa de novo. Ela está cheia de pulgas.
d) O bêbado está no consultório e o médico diz:
- Eu não atendo bêbado.
- Então quando o senhor estiver bom eu volto - disse o bêbado.
Exercícios:
1.Explique o duplo sentido contido em cada uma das anedotas acima.
2.Escolha duas anedotas e reescreva-as de forma a impedir uma interpretação indevida.
R) Professor, peça que alguns alunos leiam as anedotas em voz alta e depois dê tempo para fazerem os exercícios. Corrija-os em voz alta pedindo aos alunos para darem suas respostas. Se julgar necessário, construa no quadro uma resposta para cada questão. Chame a atenção dos alunos para o fato de que ao reescreverem as anedotas tirando a ambiguidade existente, elas perdem o efeito de humor, pois o duplo sentido nesses casos é um recurso e não um problema.
S) Entregue aos alunos uma cópia dos textos e exercícios abaixo:
Leia o texto a seguir para responder às questões propostas.
Aquilo
- De uns tempos para cá, eu só penso naquilo.
- Eu penso naquilo desde os meus, sei lá, onze anos.
- Onze anos ?
- É. E o tempo todo.
- Não. Eu, antigamente, pensava pouco naquilo. Era uma coisa que não me preocupava. Claro que a gente convivia com aquilo desde cedo. Via acontecer à nossa volta, não podia ignorar. Mas não era, assim, uma preocupação constante. Como agora.
- Pra mim sempre foi. Aliás, eu não penso em outra coisa.
- Desde criança !?
- De dia e de noite.
- E como é que você conseguia viver com isso, desde criança ?
- Mas é uma coisa natural. Acho que todo mundo é assim. Você é que é anormal, se só começou a pensar naquilo nessa idade.
- Antes eu pensava, mas hoje é uma obsessão. Fico imaginando como será. O que eu vou sentir. Como será depois.
- Você se preocupa demais. Precisa relaxar. A coisa tem que acontecer naturalmente. Se você fica ansioso é pior. Aí sim, aquilo se torna uma angústia, em vez de um prazer.
- Um prazer ? Aquilo ?
- Pra você não sei. Pra mim, é o maior prazer que um homem pode ter. É quando o homem chega ao paraíso.
- Bom, se você acredita nisso, então pode pensar naquilo como um prazer. Pra mim é o fim.
- Você precisa de ajuda, rapaz.
- Ajuda religiosa ? Perdi a fé há muito tempo. Da última vez que falei com um padre a respeito, só o que ele me disse foi que eu devia rezar. Rezar muito, para poder enfrentar aquilo sem medo.
- Mas você foi procurar logo um padre ? Precisa de ajuda psiquiátrica. Talvez clínica, não sei. Ter pavor daquilo não é saudável.
- E eu não sei ? Eu queria ser como você. Viver com a perspectiva daquilo naturalmente, até alegremente. Ir para aquilo assoviando.
- Ah, vou. Assoviando e dando pulinho. Olhe, já sei o que eu vou fazer. Vou apresentar você a uma amiga minha. Ela vai tirar todo o seu medo.
- Sei. Uma dessas transcendentalistas.
- Não é daqui mesmo. Codinome Neca. Com ela é tiro e queda. Figurativamente falando, claro.
- Hein ?
- O quê ?
- Do que é que nós estamos falando?
- Do que é que você está falando?
- Daquilo. Da morte.
- Ah. - E você ?
- Esquece.
( Luis Fernando Veríssimo. Sexo na cabeça. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. p. 107-8)
Exercícios:
T) Peça aos alunos que leiam o texto silenciosamente. Após a leitura silenciosa, leia você o texto em voz alta e esclareça as dúvidas de vocabulário que apresentarem. Dê tempo para fazerem os exercícios e logo após corrija-os.
U) Peça que os alunos sentem-se em duplas para fazer as atividades propostas abaixo. Distribua então uma cópias dos textos e exercícios. A proposta é que você oriente-os a entregar os exercícios para sua correção, mas você pode adaptar esta atividade de acordo com o que julgar melhor.
Alguns esclarecimentos sobre as imagens:
Em a) temos uma declaração que foi dada pela modelo para a revista Veja.
Em b) temos um outdoor de propaganda de plano funerário.
Em c) temos uma manchete publicada pelo jornal Folha de São Paulo.
Em d) temos uma propaganda do chocolate "Nhá Benta".
Em e) temos uma "paródia" de uma propaganda do Banco do Brasil (BB)
Em f) temos uma placa colocada na Praça da Liberdade em Belo Horizonte.
Exercícios:
http://veja.abril.com.br/120907/vejaessa.shtml
http://www.filologia.org.br/vcnlf/anais%20v/foto1.jpg
http://www.humortadela.com.br/humor/0/view.php?cnl=imagens&num=09146
http://maciel.rogerio.sites.uol.com.br/outros/p1.jpg
Recomendamos consultar os links abaixo:
Professor, divida a turma em grupos de 3 ou 4 alunos e proponha que pesquisem textos diversos em que a ambiguidade acontece, seja como recurso ou como um problema. Estimule-os a pesquisar em propagandas, piadas, placas, vídeos, etc e montar uma apresentação para a turma. Monte então um calendário de apresentação dos trabalhos.
Quatro estrelas 7 calificaciones
Denuncia opiniones o materiales indebidos!
17/08/2014
Cinco estrelasMuito bem feita, divertida e com linguagem simples.
10/10/2013
Cinco estrelasgostei mto das estratégias de ensino ..... maravilhaaaaa
28/08/2013
Cinco estrelasparabéns!! muito boa a sequência de aulas!!
09/07/2013
Cinco estrelasAdorei a aula! Muito bem elaborada e criativa, vou aplicá-la com meus alunos!
15/04/2013
Cinco estrelasgostei muito das aulas, sou professora e achei muito interessante a maneira como foram colocados os topicos.
22/04/2012
Quatro estrelasgostei muito dos recursos. com certeza aproveitarei muitas estratégias expostas aqui, assim como varios textos. agradeço ao autor deste site pela contribuição. é uma forma de contribuir com a educação expondo ideias e trazendo recursos que tornam o assunto ainda mais interesante e a aula menos monótona.
10/04/2011
Quatro estrelasAorganização da aula está por etapas e com material didático adequado. talvez um pouco longo devido ao número de textos.