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A estrutura de um conto: "O Rei Sapo".

 

18/10/2010

Autor y Coautor(es)
MIRIAM RAQUEL PIAZZI MACHADO
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JUIZ DE FORA - MG COL DE APLICACAO JOAO XXIII

Andréa Vassalo Fagundes

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de produção de textos
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: gêneros discursivos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Identificar os personagens principais da história.

Reconhecer a estrutura textual de um conto.

Recontar o conto com suas próprias palavras.

Reescrever o conto com suas palavras, ainda que não de forma convencional.

Identificar início, meio e fim de um conto.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos aproximadamente
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Estar inserido no processo de alfabetização/letramento.

Estratégias e recursos da aula

1ª aula:

a) Convidar os alunos a ouvir um conto escrito há muitos anos, por dois escritores que são considerados os "pais das histórias", os Irmãos Grimm. Esse conto é a primeira história de sua coleção.

 Apresentar uma imagem referente ao conto, disponível em:

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/67/Crane_frog4.jpg 

c) Caso a escola não tenha o livro "O Rei Sapo", dos Irmãos Grimm, a professora poderá acessá-la através do link:

http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=3 

Há muito tempo, quando os desejos funcionavam, vivia um rei que tinha filhas muito belas. A mais jovem era tão linda que o sol, que já viu muito, ficava atônito sempre que iluminava seu rosto. Perto do castelo do rei havia um bosque grande e escuro no qual havia um lagoa sob uma velha árvore. Quando o dia era quente, a princesinha ia ao bosque e se sentava junto à fonte. Quando se aborrecia, pegava sua bola de ouro, a jogava alto e recolhia. Essa bola era seu brinquedo favorito.

Porém aconteceu que uma das vezes que a princesa jogou a bola, esta não caiu em sua mão, mas sim no solo, rodando e caindo direto na água. A princesa viu como ia desaparecendo na lagoa, que era profunda, tanto que não se via o fundo. Então começou a chorar, mais e mais forte, e não se consolava e tanto se lamentava, que alguém lhe diz:

- Que te aflige princesa? Choras tanto que até as pedras sentiriam pena.

Olhou o lugar de onde vinha a voz e viu um sapo colocando sua enorme e feia cabeça fora da água.

- Ah, és tu, sapo - disse - Estou chorando por minha bola de ouro que caiu na lagoa.

- Calma, não chores - disse o sapo - Posso ajudar-te, porém, que me darás se te devolver a bola?

- O que quiseres, querido sapo. - disse ela - Minhas roupas, minhas pérolas, minhas joias, a coroa de ouro que levo.

O sapo disse:

- Não me interessam tuas roupas, tuas pérolas, nem tuas joias, nem a coroa. Porém me prometes deixar-me ser teu companheiro e brincar contigo, sentar a teu lado na mesa, comer em teu pratinho de ouro, beber de teu copinho e dormir em tua cama; se me prometes isto eu descerei e trarei tua bola de ouro.

- Oh, sim- disse ela - Te prometo tudo o que quiseres, porém devolve minha bola.

Mas pensou:

- Fala como um tolo. Tudo o que faz é sentar-se na água com outros sapos e coachar. Não pode ser companheiro de um ser humano.

O sapo, uma vez recebida a promessa, meteu a cabeça na água e mergulhou. Pouco depois voltou nadando com a bola na boca, e a lançou na grama. A princesinha estava encantada de ver seu precioso brinquedo outra vez, colheu-a e saiu correndo com ela.

- Espera, espera - disse o sapo. -Leva-me. Não posso correr tanto como tu.

Mas de nada serviu coachar atrás dela tão forte quanto pôde. Ela não o escutou e correu para casa, esquecendo o pobre sapo, que se viu obrigado a voltar à lagoa outra vez.

No dia seguinte, quando ela sentou à mesa com o rei e toda a corte, estava comendo em seu pratinho de ouro e algo veio arrastando-se, splash, splish, splash pela escada de mármore. Quando chegou ao alto, chamou à porta e gritou:

- Princesa, jovem princesa, abre a porta.

Ela correu para ver quem estava lá fora. Quando abriu a porta, o sapo sentou-se diante dela e a princesa bateu a porta. Com pressa, tornou a sentar, mas estava muito assustada. O rei se deu conta de que seu coração batia violentamente e disse:

- Minha filha, por que estás assustada? Há um gigante aí fora que te quer levar?

- Ah não, - respondeu ela - não é um gigante, senão um sapo.

- O que quer o sapo de ti?

- Ah querido pai, estava jogando no bosque, junto à lagoa, quando minha bola de ouro caiu na água. Como gritei muito, o sapo a devolveu, e porque insistiu muito, prometi-lhe que seria meu companheiro, porém nunca pensei que seria capaz de sair da água.

Entretanto o sapo chamou à porta outra vez e gritou:

- Princesa, jovem princesa, abre a porta. Não lembras que me disseste na lagoa?

Então o rei disse:

- Aquilo que prometeste, deves cumprir. Deixa-o entrar.

Ela abriu a porta, o sapo saltou e a seguiu até sua cadeira. Sentou-se e gritou:

- Sobe-me contigo.

Ela o ignorou até que o rei lhe ordenou. Uma vez que o sapo estava na cadeira, quis sentar na mesa. Quando subiu, disse:

- Aproxima teu pratinho de ouro porque devemos comer juntos.

 Ela o fez, porém se via que não de boa vontade. O sapo aproveitou para comer, porém ela enjoava a cada bocado. Em seguida disse o sapo:

- Comi e estou satisfeito, mas estou cansado. Leva-me ao quarto, prepara tua caminha de seda e nós dois vamos dormir.

A princesa começou a chorar porque não gostava da ideia de que o sapo ia dormir na sua preciosa e limpa caminha. Porém o rei se aborreceu e disse:

- Não devias desprezar àquele que te ajudou quando tinhas problemas. Assim, ela pegou o sapo com dois dedos, e o levou para cima e o deixou num canto. Porém, quando estava na cama o sapo se arrastou até ela e disse:

- Estou cansado, eu também quero dormir, sobe-me senão conto a teu pai.

A princesa ficou então muito aborrecida. Pegou o sapo e o jogou contra a parede.

- Cale-se, bicho odioso! - disse ela.

Porém, quando caiu ao chão não era um sapo, e sim um príncipe com preciosos olhos. Por desejo de seu pai ele era seu companheiro e marido. Ele contou como havia sido encantado por uma bruxa malvada e que ninguém poderia livrá-lo do feitiço exceto ela. Também disse que no dia seguinte iriam todos juntos ao seu reino.

Foram dormir e na manhã seguinte, quando o sol os despertou, chegou uma carruagem puxada por 8 cavalos brancos com plumas de avestruz na cabeça. Estavam enfeitados com correntes de ouro. Atrás estava o jovem escudeiro do rei, Enrique. Enrique havia sido tão desgraçado quando seu senhor foi convertido em sapo que colocou três faixas de ferro rodeando seu coração, para se acaso estalasse de pesar e tristeza. A carruagem ia levar o jovem rei a seu reino. Enrique os ajudou a entrar e subiu atrás de novo, cheio de alegria pela libertação, e quando já chegavam a fazer uma parte do caminho, o filho do rei escutou um ruído atrás de si como se algo tivesse quebrado. Assim, deu a volta e gritou:

- Enrique, o carro está se rompendo.

- Não amo, não é o carro. É uma faixa de meu coração, a coloquei por causa da minha grande dor quando eras sapo e prisioneiro do feitiço.

Duas vezes mais, enquanto estavam no caminho, algo fez ruído e cada vez o filho do rei pensou que o carro estava rompendo, porém eram apenas as faixas que estavam se desprendendo do coração de Enrique, porque seu senhor estava livre e era feliz.  

c) Convidar os alunos a fazer a leitura dramatizada da história. Os alunos poderão ser sorteados, cada um representando um personagem: narrador, princesa, sapo, rei, Enrique.

2ª aula:

Recordar o conto lido na aula anterior, pedindo que um aluno comece a contar com suas próprias palavras, garantindo que os outros alunos continuem a história da parte que o colega parou.

A professora escreverá no quadro ou entregará folhas xerocopiadas para os alunos responderem às perguntas relacionadas à estrutura do conto:

1) Identifique no Conto:

a) No início do conto:

  • o cenário
  • a personagem

b) No meio do conto:

  • a complicação

c) No final do conto:

  • a solução do problema
  • os elementos mágicos

2) Identifique as expressões que determinam o começo de cada parte do conto:

a) do início:

b) do meio:

c) do fim:

Os alunos serão convidados a apresentar suas respostas oralmente. A professora fará as intervenções que forem necessárias, podendo anotar a resposta de um aluno no quadro.

3ª aula

a) Identificar as personagens principais do conto.

b) Propor aos alunos a reescrita do conto "O príncipe sapo". Os alunos deverão escrever com suas próprias palavras.

A professora poderá orientar a escrita através de uma Agenda de Produção de Texto, indicando perguntas que poderão ajudar os alunos a construírem sua história. A professora anotará no quadro as perguntas, esclarecendo que são apenas dicas para que o texto fique completo. Exemplo de uma agenda:

  • Quem era a personagem principal da história?
  • Onde ela estava?
  • O que aconteceu com o seu brinquedo favorito?
  • Quem apareceu oferecendo ajuda?
  • O que a princesa prometeu?
  • O sapo cumpriu a sua promessa?
  • E a princesa?
  • O que o sapo fez para que a princesa cumprisse sua promessa?
  • O que o rei fez ao saber da história da princesa?
  • O que aconteceu com o sapo quando a princesa o jogou na parede?
  • O que aconteceu com a princesa e o sapo no final da história?

c) Quando os alunos terminarem a escrita, a professora fará a correção.

Alguns alunos poderão ler sua história para os colegas.

Os trabalhos poderão ser colocados no mural ou a professora poderá convidar os alunos a montar um livro sobre o conto escrito.

Recursos Complementares

Uma versão bem diferente da história dos Irmãos Grimm está disponível em:

http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/oliteraria/600.pdf 

Avaliação

Verificar se os alunos foram capazes de identificar as personagens principais da história, fazendo a leitura dramatizada com as falas de cada personagem.

Avaliar se identificaram a estrutura do conto, preenchendo o quadro com os dados do início, meio e fim da história.

Verificar se foram capazes de recontar o conto oralmente e  de escrevê-lo com suas próprias palavras, de forma clara, completa e coerente.

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Quatro estrelas 3 calificaciones

  • Cinco estrelas 1/3 - 33,33%
  • Quatro estrelas 2/3 - 66,67%
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