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Narrativa: a fábula

 

23/08/2010

Autor y Coautor(es)
MARTA PONTES PINTO
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UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Eliana Dias

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: modos de organização dos discursos
Ensino Médio Literatura Estudos literários: análise e reflexão
Ensino Fundamental Inicial Língua Portuguesa Língua escrita: prática de leitura
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Reconhecer a fábula como narrativa inverossímil;
  • conhecer e identificar o aspecto didático da fábula;
  • diferenciar fábula de apólogo e de parábola;
  • ler fábulas e apólogos escritos por Esopo, La Fontaine, Monteiro Lobato e Machado de Assis.       
Duração das atividades
03 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno
  • Narrativas verossímeis
  • Narrativas inverossímeis
Estratégias e recursos da aula
  • uso da internet;
  • trabalho em grupo.

AULA 1

Atividade 1

Para motivar a turma, o professor deverá apresentar o tema da aula  "fábulas", promovendo uma discussão que responda às perguntas: 

Que texto recebe a denominação de romance?

E de novela?

E de contos?  

O que são crônicas?

Sabem o que são fábulas?

O que são parábolas?

E apólogos?  

  • O professor deverá ouvir as possíveis respostas e, em seguida, levará os alunos à sala de informática para, em grupo, lerem, discutirem, reverem os conceitos que tinham sobre cada modalidade de texto. Os alunos deverão fazer as anotações pedidas no roteiro que lhes será entregue xerocado e que norteará a pesquisa que será realizada.   

ROTEIRO:   

1- O site a seguir explora vários gêneros: http://www.iportais.com/pontoliterario28.

Solicite a seus alunos que acessem o referido site para localizarem o Gênero Narrativo. Na sequência, peça a eles que:

- Registrem as distinções sobre fábula, parábola e apólogo.

Professor, ressalte para os alunos as características da fábula.

FÁBULAS

Texto literário muito comum na literatura infantil. Fabular= criar, inventar, mentir. A linguagem utilizada é simples e tem como diferencial o uso de personagens animais com características humanas. Durante a fábula é feita uma analogia entre a realidade humana e a situação vivida pelas personagens, com o objetivo de ensinar algo ou provar alguma verdade estabelecida (lição moral). - Utiliza personagens animais com características, personalidade e comportamento semelhantes aos dos seres humanos. - O fato narrado é algo fantástico, não corriqueiro ou inusitado.

PARÁBOLAS

Deriva do grego parabole (narrativa curta). É uma narração alegórica que se utiliza de situações e pessoas para comparar a ficção com a realidade e através dessa comparação transmitir uma lição de sabedoria (a moral da história). - A parábola transmite uma lição ética através de uma prosa metafórica, de uma linguagem simbólica. - Diferencia-se da fábula e do Apólogo por ser protagonizada por seres humanos. - Gênero muito comum na Bíblia: As parábolas de Jesus.

APÓLOGOS

Gênero alegórico que ilustra um ensinamento de vida através de situações semelhantes às reais, envolvendo pessoas, objetos ou animais, seres animados ou inanimados. - Os apólogos têm o objetivo de atingir os conceitos humanos de forma que os modifique e reforme, levando-os a agir de maneira diferente. Os exemplos são utilizados para ajudar a modificar conceitos e comportamentos humanos, de ordem moral e social.

Para que os estudantes possam ativar os conhecimentos prévios sobre o assunto, o professor deverá solicitar a eles que façam a atividade abaixo:

Marque com um (x) os títulos de histórias que você entende como fábulas.

A galinha dos ovos de ouro  ( ) O lobo e o cordeiro ( ) O cão e a ovelha ( )  

O corvo e a raposa ( )  A rã e o touro ( ) O leão e o rato ( ) A pomba e a formiga ( ) Hércules e os Pigmeus ( ) Saci Pererê ( )

A lebre e a tartaruga ( ) A mercadora de leite e seus cálculos ( ) O Boitatá ( )

.Professor, todas são fábulas, exceto as lendas Saci Pererê e Boitatá.

Em grupo, os alunos deverão tentar se lembrar das narrativas para poderem responder à questão. Se necessário, poderão acessar o site abaixo que apresenta muitas dessas narrativas:

http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/fabulas.html 

Após a correção da atividade, o professor pedirá que  acessem o site abaixo para conhecerem as diferenças entre fábulas, parábolas e apólogos. Os alunos lerão sobre o assunto e conversarão a respeito com a orientação do professor.

html http://www.infoescola.com/redacao/fabula-parabola-e-apologo/     

Atividade 2

Nesta atividade, o professor deverá indicar o próximo site onde os alunos deverão localizar o título "De onde vêm as fábulas" e lerem o texto até o final. Neste site, tomarão conhecimento da origem das fábulas e apólogos e lerão textos que apresentam várias versões para uma mesma fábula "A cigarra e a formiga escritas por Esopo, La Fontaine, Monteiro Lobato e  Bocage.

http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=artigos/docs/confabulandovalores 

Atividade 3

Professor, entregue cópias xerocopiadas do texto: "Um apólogo" escrito por Machado de Assis e peça que atendam ao solicitado nas questões abaixo.

Um Apólogo 

ERA UMA VEZ uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética.

E dizia a agulha:

— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.

A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas.

 A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano.

Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: — Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Obs: O aluno poderá ler o texto no xerox ou lê-lo acompanhando no Youtube.

http://www.youtube.com/watch?v=yDPZ00nC42c 

Pensando o texto:

Professor, peça aos alunos que se organizem e elejam alunos dentro de cada grupo para apresentarem:

1- Oralmente a sinopse do texto.

2- A análise crítica.

3- O texto de forma dramatizada tentando superar o que viram no youtube.

4- Uma análise do grupo sobre a postura do alfinete.

5- O que se pode entender por "professor de melancolia".

6- O que o"professor de melancolia" quis dizer.

Professor, valorize o trabalho dos alunos e estimule a expressão oral de todos diante da classe.

Recursos Complementares
Avaliação

O professor deverá atentar-se para uma avaliação processual, ou seja, deverá observar os estudantes em todos os momentos em que estiverem participando das discussões propostas e, individualmente, por meio da realização das diferentes atividades escritas.

Opinión de quien visitó

Quatro estrelas 6 calificaciones

  • Cinco estrelas 5/6 - 83,33%
  • Quatro estrelas 0/6 - 0%
  • Três estrelas 1/6 - 16,67%
  • Duas estrelas 0/6 - 0%
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