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A história e o historiador: produção do passado a partir dos heróis nacionais

 

31/07/2012

Autor y Coautor(es)
VANESSA MARIA RODRIGUES VIACAVA
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CURITIBA - PR NTE - CURITIBA - (CETEPAR)

Eziquiel Menta

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Cidadania e cultura contemporânea
Ensino Médio História Sujeito histórico
Ensino Fundamental Final História Cidadania e cultura no mundo contemporâneo
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

A partir dessa aula o aluno poderá diferenciar história enquanto produção científica e história como narrativa. A partir disso, os educandos estarão aptos a confrontrar interpretações historiográficas e documentos históricos.

Duração das atividades
3 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios, trata-se de uma aula introdutória.

Estratégias e recursos da aula

Para inserir o aluno no tema, o professor pode começar sua aula com exemplos de narrativas enquanto gênero literário, relembrando as histórias infantis - como da chapeuzinho vermelho ou dos três porquinhos. Assim, o aluno poderá perceber que a palavra história incorpora outros sentidos, outras definições que não apenas uma disciplina da grade curricular da escola. Essa questão sobre o termo história deverá levar o aluno a se perguntar sobre quem assume o papel de protagonistas na história.

 

Sítio com diversas histórias infantis

Disponível em: http://sitededicas.uol.com.br/cinf.htm Acesso em: 09/09/10 

O professor deve deixar claro que na língua portuguesa a palavra história comporta significados diversos. Contar uma história pode significar o ato de contar uma ficcção, o narrador pode criar fatos não verdadeiros, como as histórias de extra-terrestres ou desenhos animados de ogros e animais falantes.

Outra forma de perceber a história diz respeito a capacidade do narrador selecionar alguns fatos do passado e qualificar a história como “verdadeira” ou “autênctica”. Ao dar um teor de veracidade para o passado, o narrador deixa de ser um simples “contator de história” e passa a ser denominado como historiador. De ambas as formas, contar uma história diz algo sobre um passado, recente ou distante, verdadeiro ou falso.

Para possibilitar ea melhor compreensão sobre a história e o historiador, o professor poderá compartilhar o texto abaixo com seus alunos a fim de promover uma discussão sobre teoria da história com alunos do Ensino Médio.

Texto de apoio: História e historiadores de Rogério Dezem

Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/15965/1/Historia-e-historiadores/pagina1.html Acesso em: 08/09/10 

 

ATIVIDADE 1:

O professor deve pedir aos alunos para elaborar uma redação onde eles mesmos selecionem fatos que considerem relevantes para explicar a si mesmos enquantos pessoas. Os alunos poderão falar de seus pais, do lugar que vivem, entre outras passagens interessantes de sua família. Enfim, identificar e escolher eventos que, de alguma forma, ficaram registrado em sua memória. A atividade deve ser realizada em sala em forma de textos. O professor pode ainda levar seus alunos para o laboratório de informática para realizar uma atividade no software livre scribus para elaborar uma revista sobre as experiências vividas pelos alunos da turma.

O scribus é um aplicativo de Desktop Publishing de código aberto. Ele permite diagramações bastante sofisticadas, ideal para documentos bastante elaborados, com fotos, gráficos, diagramas, etc. Suporta formatos de saída do tipo pdf, ps, png, jpg, svg, entre outros.

Disponível para download: http://www.baixaki.com.br/download/scribus.htm

 

ATIVIDADE 2:

Na aula seguinte, os alunos assistirão o documentário Construtores do Brasil: D. Pedro I. A partir da exibição desse pequeno vídeo os alunos vão identificar uma narrativa biográfica ssim como realizaram a sua própria anteriormente e poderão perceber como o diretor do episódio assumiu o papel de narrador, assim como eles assumiram de sua redação. Os debates deverão recair sobre os motivos que levaram a seleção dos fatos destacados no documentário sobre D. Pedro I. Os alunos poderão se perguntar, como acontece o processo de decisão dos fatos selecionados. Selecionar o que vai ser mencionado na narrativa diz respeito aos critérios daquele que escreve a história. Dessa maneira, os alunos perceberão como atua o historiador. O documentário procura enfatizar as figura de D. Pedro como grande herói, traço típico da historiografia positivista. O professor poderá ampliar a discussão sobre o que significa a historiografia positivistas e a escola dos Annales.

Os alunos tomarão nota sobre as características atribuídas a D. Pedro I. Isso tornará a realização da atividade seguinte mais simples. O professor deverá auxiliar os alunos nesse processo.

Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=28596 Acesso em: 18/08/10 

 

 

ATIVIDADE 3:

Exibir o quadro de Pedro Américo O grito do Ipiranga e indicar que a percepção do artista foi exposta na obra e não os fatos como ocorreram, assim, o professor guiará seus alunos na descontrução dos fatos representadoos pelo pintor. Trata-se de uma fonte iconográfica e fazer a leitura crítica dessa produção artística diz respeito ao trabalho do historiador contemporâneo. O professor deverá apresentar outras imagens heróicas de D. Pedro I (imagens 1, 2, 3 e 4) a fim de analisar a produção de um mito, um herói da recém-criada nação brasileira.

Assim, espera-se que os alunos possam perceber a diversidade de narrativas sobre o passado e que a historia positivista prioriza apenas fontes escritas e evita incorporar fatores subjetivos (como obras de arte, por exemplo) na construção do passado. Ao final da exibição das imagens selecionadas, os alunos não apenas poderão compreender a diferença entre diversas fontes históricas, como também poderão perceber os limites entre verdade e ficção. Como atividade de conclusão, os alunos retomarão as suas redações e farão uma anaĺise crítica dos critérios de seleção utilizados por eles mesmos para elencar alguns eventos de suas  vida. Eles deverão questionar as razões que os levaram a selecionar aquelas  escolhas feitas previamente. A atividade deverá ser realizada em sala e esses textos devem ser compartilhados entre os colegas preferencialmente em formato digital, em exibição de slides ou de filme ditado no movie maker ou programa similar, como o software livre kino.

Sobre o movie maker:

O Windows Movie Maker é um software de edição de vídeos da Microsoft. Atualmente faz parte do conjunto de aplicativos Windows Live, chamado de Windows Live Movie Maker (apenas disponível para Windows Vista e 7).

Disponível para download: http://www.baixaki.com.br/download/windows-live-movie-maker.htm

Sobre o kino:

O kino é um programa livre para edição de vídeo não-linear voltado para captura de vídeo via placa IEEE-1394 (também conhecida como FireWire ou i.Link), manipulação básica, reprodução e exportação de arquivos de vídeo e áudio em vários formatos: Raw DV, DV AVI, still frames, WAV, MP3, Ogg Vorbis, MPEG, DivX, entre outros. Considerado um programa estável, a simplicidade deste software é sua principal característica.

Disponível para download: http://www.baixaki.com.br/download/kino.htm

Imagem 1: O Imperador dom Pedro I do Brasil compondo o Hino da Independência de Augusto Braga

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dom_Pedro_compondo_hino_da_independencia.jpg Acesso em: 08/08/10

 

Imagem 2: Proclamação da Independência de François-René Moreaux

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Independencia_brasil_001.jpg  Acesso em: 08/08/10 

 

Imagem 3: Grito do Ipiranga de Pedro Américo

Disponível em: http://www.culturabrasil.org/independencia2005.htm Acesso em: 08/08/10

 

Imagem 4: Coroação de D. Pedro II de Jean-Baptiste Debret

Disponível em: http://historiasylvio.blogspot.com.br/ Acesso em: 08/08/10

Imagem 5: Alegoria do juramento da Constituição de 1824. D. Pedro salva a índia da ameaça do absolutismo.

Disponível em: http://imperiobrazil.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html Acesso em: 08/08/10

 

Para facilitar a compreensão das obras mencionadas nas imagens 1, 2, 3, 4 e 5 o professor de História poderá solicitar ao professor de Arte que este  utilize essas mesmas representações a fim de fazer uma análise mais aprofundada das mesmas. Na disciplina de Arte, os alunos poderão entrar em contato com o universo artístico do século XIX e reconhecer as técnicas utilizadas por cada um dos artistas selecionados.

Recursos Educacionais
Nome Tipo
Dom Pedro I [Construtores do Brasil] Vídeo
Recursos Complementares

Para contextualizar:

A familia real portuguesa no Brasil

Animação produzida pela TV Futura narra os acontecimentos vivos pela família real portuguesa desde sua saída das terras ibéricas até o desembarque no Rio de Janeiro. O programa desenvolve de forma lúdica os acontecimentos vivenciados pelos nobres portugueses no Brasil e explica como D. João iniciou diversas realizações na capital do Reino Unido de Portugal e Algarves. O programa possui quatro partes.

Palavras-chave: Brasil, Colônia, metrópole, Portugal, Rio de Janeiro.

Parte I: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=13523

Parte II: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=13524

Parte III: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=13521

Parte IV: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=13525

Avaliação

O professor deverá apresentar e discutir com a turma os critérios de avaliação. Cada conceito deve ser explicitado e aprovado pelo grupo de alunos. Durante a realização das atividades, o professor deverá despertar o interesse dos alunos pelo tema, apontando as possibilidades de interpretação, auxiliar o alunos a transpor suas dificuldades e ressalatar suas qualidades, motivando-o durante o processo de ensino aprendizagem.

Para auxiliar na avaliação sugerimos alguns critérios:   

  1. participação durante as discussões;
  2. comprometimento com o grupo;
  3. argumentação durante o debate;
  4. respeito a opinião dos colegas;
  5. empenho para concluir as atividades;
  6. domínio do tema.

Referências Bibliográficas 

ALENCASTRO, Luis Felipe de. História da vida privada no Brasil Império: a corte e a modernidade nacional. Companhia das Letras: São Paulo, 2001.

BURKE, Peter. A escrita da história: novas perspectivas. UNESP: São Paulo, 2001.

CARDOSO, Ciro F. & VAINFAS, Ronaldo. Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia.Campus: Rio de Janeiro,1997.

CHARTIER, Roger.Inscrever e apagar: cultura, escrita e literatura. UNESP: São Paulo, 2007.

FREYRE, Glberto. Casa Grande & Senzala. São Paulo: Global, 2008.

HUNT, Lynn. A nova história cultural. Martins Fontes: São Paulo, 2009.

NOVAIS, Fernando (org.) História da vida privada no Brasil - Império: a corte e a modernidade nacional. V. 2. Companhia das Letras: São Paulo, 2009.

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