•  Ouvir história;
•  Identificar o gênero “contos de fadas”;
•  Identificar no conto de fada os direitos que o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente),  defende e que não são respeitados;
•  Relacionar o perfil de família do contexto da história e a estrutura de família que conhecem;
•  Reconstruir a história adaptando-a ao ECA.

Professor, é importante que os alunos produzam textos e conheçam gráficos, mas caso eles ainda não tenham trabalhado com gráficos, você poderá utilizar esta atividade para introduzir este conteúdo. Os alunos também já devem dominar habilidades de pesquisa em dicionário, para isso precisam conhecer a organização das palavras segundo a ordem alfabética. É fundamental diagnosticar o que eles conhecem, para isso problematize na rodinha situações de abandono e de violência contra criança e questione as providências que podem ser tomadas quando isto acontece.  

  Professor esta aula propõe as seguintes atividades:     

•  Contação de história ou leitura, se preferir. Faça a opção pela estratégia que dominar melhor;
•  Discussão e registro das falas dos alunos;
•  Atividades para explorar a compreensão da história, buscando relacionar ao estudo do ECA, pois é um momento propício para trabalhar a habilidade de relacionar  o que a lei prevê e o conteúdo da história (fantasia e a realidade);
•  Releitura  da história;
•  Produção de texto
•  Elaboração de tabelas e gráficos;
•  Atividades relacionadas ao tema, mas atendendo as necessidades de trabalhar gramática, ortografia, pontuação etc.;
•  Significado das palavras (semântica);
•  Ordem alfabética;
•  Separação de sílabas (relação sonora);
•  Identificação de encontros consonantais;
•  Rimas (terminação de palavras).

Recursos materiais que podem ser utilizados nas atividades propostas:  

• Livro de contos de fadas “Cinderela”;
• Tabelas e gráficos;
• Dicionários;
• Caderno;
• Fichas de diferentes cores;
• Livro do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).   

1º Atividade – aproximadamente 60 minutos.

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CONTAÇÃO DE HISTÓRIA: CINDERELA: A GATA BORRALHEIRA

 -Organize a sala para que os alunos fiquem confortáveis e defina as regras para ouvir a história.

Se optar por ler a história, você poderá utilizar o livro ou um recurso de multimídia e projetar a história, para isso utilize o data show ou acesse o sítio http://www.contandohistoria.com/cinderela.htm nele você encontra a história completa e ilustrada, para você ler e mostrar as imagens.   

 -Questione os alunos para ver se eles conhecem algum conto de fada.

 -Fale o que é um conto de fada: “Por lidarem com conteúdos da sabedoria popular, com conteúdos essenciais da condição humana, é que esses contos de fadas são importantes, perpetuando-se até hoje. Neles encontramos o amor, os medos, as dificuldades de ser criança, as carências (materiais e afetivas), as auto-descobertas, as perdas, as buscas, a solidão e o encontro”. Fonte: http://www.graudez.com.br/litinf/textos.htm#Fadas. 

 -Apresente livros deste gênero e solicite que fiquem atentos, pois depois da história deverão descobrir e contar a relação que ela tem com o que aprenderam sobre o ECA; Procure fazer vozes diferentes para caracterizar os personagens. Torne a história mais interessante se movimentando entre os alunos.

 -Faça suspense, usando o recurso da “predição” (interrompa a história e discuta com a sala, deixe que os alunos levantem hipóteses sobre o que irá acontecer em seguida) e continue.

 -Ao terminar deixe os alunos comentarem em quais momentos perceberam que a personagem não teve seus direitos como criança ou adolescente respeitado.

 -Registre as falas dos alunos na lousa e peça para registrarem também.

 -Questione-os sobre os elementos que caracterizam a história enquanto um “conto de fada”, para isso pergunte:

• - O que a história nos conta?
• - É uma história real, ou seja, baseada em nossa realidade?
• - Acontece algo “mágico” na história?
• - Como termina a história?

2ª Atividade – aproximadamente uma aula de 60 minutos.   

1- RELEITURA: RECONTANDO A HISTÓRIA

-Professor, proponha que os alunos contem a história alterando as situações que retratem desrespeito ao ECA para situações de respeito. Este é um excelente recurso para trabalhar a “intertextualidade”.

-Sorteie um ou mais alunos para irem até a frente recontarem a história atendendo esta orientação. Se forem pequenos você poderá fazer intervenções.  

 2- PRODUZINDO TEXTO 

-A produção de texto é um recurso essencial para você obter um feedback relativo a compreensão dos alunos, bem como oferecer dados para realizar intervenções quanto a ortografia, coesão e coerência na escrita, pontuação etc, por isto sugerimos que finalize este momento com uma produção coletiva no quadro, sendo que os alunos irão contar a história, você faz o registro e vai pontuando com eles as regras importantes na elaboração escrita (pontuação, parágrafos, coesão e coerência).

-Você poderá sugerir a releitura da história, ou seja a partir da história contada eles devem criar novas situações para os personagens.

-Se preferir solicite a produção de texto individual, mas lembre-se! É fundamental sua leitura, ou a troca dos textos entre os colegas, pois eles precisam perceber que a escrita tem uma função comunicativa, a socialização do texto escrito por eles é uma etapa importante do processo.

-Aproveite a discussão e a produção de texto sobre a história e desenvolva a atividade a seguir.

3ª Atividade- aproximadamente 60 minutos.  

1- TRABALHANDO COM A ESTRUTURA FAMILIAR  

-Professor, retome com os alunos como era a família da personagem (protagonista da história) e levante o perfil dela.

-Discuta com eles e procure relacionar a estrutura familiar contextualizada na história com as suas famílias.

-Para a pesquisadora Belinda Mandelbau, em entrevista na Revista Nova Escola – agosto/2010-

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/belinda-mandelbaum-fala-estrutura-familiar-aprendizagem-584531.shtml - Acesso em 20/08/2010- O modelo de família muda constantemente de acordo com a sociedade, “o importante e que as crianças tenham em casa alguém que exerça os papéis materno e paterno - mesmo que seja uma pessoa só”. 

-Solicite que comentem com quem moram, quem cuida deles dentre outros aspectos. Anote na lousa os dados dos alunos montando uma tabela  para  levantar um gráfico  e solicite que registrem no caderno. Veja um exemplo a seguir:   

Tabela 1- Dados dos alunos do 3º ano B.

-Verifique se eles já conhecem gráficos, se perceber que não, leve para sala diferentes modelos de gráficos para que compreendam. Em jornais ou revistas que abordam questões econômicas você encontra vários modelos.

-Se em sua escola tiver Laboratório de Informática leve-os e acesse o sítio sugerido, nele você terá diferentes modelos de gráficos para explorar. Veja alguns exemplos:

Fonte: http://www.umic.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=3145&Itemid=171   

Sugestão:   

Gráfico 1- Composição  das famílias dos alunos do  3º ano B.

MONTANDO O GRÁFICO COLETIVAMENTE

-Professor, você poderá montar o gráfico coletivamente, para isso faça o esqueleto do gráfico, ou seja, a linha horizontal, relativa aos tipos de famílias e a linha vertical relativa a quantidade de famílias.

-Disponibilize uma caixa com fichas e solicite que cada aluno vá até o gráfico fixado no quadro (tamanho grande) e cole na coluna que se refere a sua família uma ficha. Após fazer o gráfico, analise o resultado e conclua esta discussão.  

4ª Atividade- aproximadamente 60 minutos.   

-Professor, solicite que os alunos registrem o art. 20 do cap. III do ECA “ Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.”

 -Peça para observarem que a linguagem utilizada na elaboração da lei é um pouco diferente da que usamos no dia a dia.

Sugestões de atividades

1) A partir da leitura do art. 20 do ECA, vamos procurar no dicionário o significado das palavras:

2) Organize as palavras da atividade 1, em ordem alfabética, observando a 1ª e a 2ª letra.

3) Separe as palavras da atividade 2 em silabas e observe o som de cada uma.

4) Grife nas palavras abaixo as sílabas em que duas vogais ficam juntas.

5)      Retire do art. 20 as palavras que rimam, ou seja que terminam com sons semelhantes.

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/belinda-mandelbaum-fala-estrutura-familiar-aprendizagem-584531.shtml    "Nunca houve um modelo definitivo de família. Ela muda constantemente com a sociedade", afirma Belinda. Para a especialista, o essencial é o estudante ter em casa alguém que exerça os papéis materno e paterno - mesmo que seja uma pessoa só. Os educadores que compreendem essa realidade melhoram o relacionamento da escola com os responsáveis, são capazes de fazer os estudantes se sentirem acolhidos e ainda aprendem a identificar os verdadeiros problemas que os afetam"

http://gataborralheira.wordpress.com/about/a-gata-dos-irmaos-grimm/

www.consciencia.org/cinderela-a-gata-borralheira-contos-de-fada-infantis

http://www.consciencia.org/cinderela-a-gata-borralheira-contos-de-fada-infantis

“os contos de fadas, na versão literária, atualizam ou reinterpretam, em suas variantes questões universais, como os conflitos do poder e a formação dos valores, misturando realidade e fantasia, no clima do "Era uma vez... “O enredo básico dos contos de fadas expressa os obstáculos, ou provas, que precisam ser vencidas, como um verdadeiro ritual iniciático, para que o herói alcance sua auto-realização existencial, seja pelo encontro de seu verdadeiro "eu", seja pelo encontro da princesa, que encarna o ideal a ser alcançado”.  Fonte: http://www.graudez.com.br/litinf/textos.htm#Fadas - Consulta em 02-08-2010.

Professor, observe as hipóteses dos alunos ao ouvir a história e ao fazer a discussão. Verifique se conseguem identificar a estrutura do gênero contos de fadas e interpretar a história. Utilize o gráfico construído a partir da tabela com os dados dos alunos, para analisar o nível de compreensão da história e observe se os alunos conseguiram relacionar a história ao tema ECA, a partir da construção do gráfico, da produção escrita e das discussões.