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Romance - uma linguagem em diálogo com o adolescente.

 

20/10/2010

Autor y Coautor(es)
Caroline Souza Ferreira Filgueiras
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BELO HORIZONTE - MG ESCOLA DE EDUCACAO BASICA E PROFISSIONAL DA UFMG - CENTRO PEDAGOGICO

Edna Maria Santana Magalhães

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de escuta e de leitura de textos
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Leitura e escrita de texto
Ensino Médio Língua Portuguesa Gêneros discursivos e textuais: narrativo, argumentativo, descritivo, injuntivo, dialogal
Ensino Médio Língua Portuguesa Produção, leitura, análise e reflexão sobre linguagens
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Análise linguística
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Ensino Médio Língua Portuguesa Aspectos cognitivo-conceituais: mundo, objetos, seres, fatos, fenômenos e suas inter-relações
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Análise linguística: variação linguística: modalidades, variedades, registros
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Análise linguística
Ensino Médio Literatura Estudos literários: análise e reflexão
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral: escrita e produção de texto
Educação de Jovens e Adultos - 1º ciclo Língua Portuguesa Linguagem oral
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

Espera-se que, com esta sequência didática, os alunos desenvolvam as habilidades de:

  • comparar a escrita romântica contemporânea com a escrita proposta pelo livro Crepúsculo;
  • diferenciar termos utilizados na obra com os termos utilizados atualmente a respeito do romance;
  • distinguir as caracterísicas da visão romântica antiga e a banalização do romance atual;
  • perceber as estratégias de sedução do leitor pela linguagem: tema, personagens, modos de dizer e de construir a trama literária;
  • produzir um conto romântico em co-autoria.
Duração das atividades
sete aulas, três de 50 min. e quatro de 1h e 40 min.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Professor,

É necessário que os alunos tenham lido o livro Crepúsculo e possuam habilidade de ler e compreender contos românticos.

Também é importante que sejam orientados sobre como se comportar em uma situação de debate em sala de aula, respeitando e sabendo ouvir o outro.

Estratégias e recursos da aula

Primeira aula - 50 min.

http://crepusculo-filmeelivro.blogspot.com/2009/01/teste.html - acesso em 17-09-2010 

Professor,

Tendo solicitado previamente que os alunos lessem o livro Crepúsculo, inicie a aula com as orientações para um debate sobre a história de amor entre Bella Swan e Edward Cullen.

A questão central do debate será: o romance lido é moderno e atual, ou apenas uma releitura dos romances clássicos (como Romeu e Julieta)?

Divida a turma em dois grandes grupos, para um lado os que defendem a modernidade do romance, para o outro o restante dos alunos.

Se não conseguir formar os grupos respeitando as opiniões, faça-o através de sorteio.

Peça que cada grupo busque no próprio livro, no enredo, na linguagem utilizada, no comportamento dos personagens e nas descrições feitas argumentos para sua tese.

Dê tempo para que os alunos organizem suas apresentações e auxilie-os no que for necessário.

Segunda aula - 50 min.

Coloque a turma em círculo, promova e medie o debate entre os grupos.

Cada grupo deverá ter cerca de 10 minutos para a apresentação inicial de suas conclusões, em seguida poderão ser feitas perguntas entre eles e por você.

Nos dez minutos finais da aula comente os aspectos mencionados no debate e reflita com a turma sobre as questões que tiverem surgido.

Professor, o objetivo desse debate não é uma equipe vencer a outra, mas ambas apresentarem argumentos convincentes sobre o ponto de vista defendido. É importante que os alunos troquem impressões sobre o livro e sejam levados a refletir sobre suas características.

Terceira aula - 50 min.

Professor,

Distribua o texto abaixo para os alunos e proponha sua leitura silenciosa.

Em seguida, realize a leitura oral - cada trecho deverá ser lido por um aluno.

Discuta com eles a tese do texto: O romance Crepúsculo é uma releitura das histórias clássicas de amor, feita para os jovens de hoje.

Proponha que escrevam um parágrafo comentando o texto e troquem entre si para que a clareza seja verificada.

Oriente os alunos a lerem o texto do colega verificando se conseguem compreender a mensagem e a darem sugestões para melhorar a informatividade e a clareza.

Proponha a reescrita dos parágrafos, a partir das considerações dos colegas.

Recolha os parágrafos, corrija-os e indique alguns para serem enviados através de email para a revista Veja.  E-mail: veja@abril.com.br

 

A geração romântica

Como a série Crepúsculo reformulou, para os adolescentes de hoje, o ideal do amor romântico – aquele ancorado num laço sublime, e não no desejo carnal

Anna Paula Buchalla

Ah, o amor... Como diria o compositor Cole Porter, até "moscas bem-comportadas" se apaixonam. Mas, ao contrário das moscas, que conhecem uma única dança de acasalamento, o homem desenvolveu mil maneiras de expressar culturalmente essa emoção. O amor romântico foi uma de suas invenções mais notáveis. Sim, invenção, como demonstram fartamente críticos e historiadores. "Ele nasceu no Ocidente, muito ligado a obras de arte, e projeta uma relação especial entre duas pessoas, mais sublime e menos pautada pelo desejo sexual", diz William Reddy, professor de história e antropologia cultural da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e especialista nesse tema. Ao longo de séculos, a literatura teve um papel fundamental na criação da ideia de amor romântico. Os trovadores medievais foram os primeiros, nas delicadas cantigas que dedicavam às damas da corte (veja o quadro). O conceito se cristalizou no século XIX, no movimento propriamente batizado de romantismo. O livro-marco é Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, história de uma paixão tormentosa e não consumada. Mais do que retratar um comportamento já disseminado, Werther levou toda uma geração de jovens a sentir o mundo em seus termos (o efeito colateral indesejável foi a epidemia de suicídios que varreu a Europa – já que esse era o destino do protagonista). Algo semelhante se observa atualmente em torno da saga vampiresca Crepúsculo. Os quatro romances da escritora americana Stephenie Meyer, e os dois filmes até agora baseados neles, deram a senha para que o espírito romântico de adolescentes e pré-adolescentes abrisse suas largas asas na era carnal do "ficar".

Os protagonistas de Crepúsculo compõem um casal incomum (e, se você não sabe, convenhamos, é porque é um pai ou uma mãe demasiado ausente): uma jovem meio desajeitada, Bella, e um vampiro espectralmente belo e apaixonado, Edward, que move, se não o sol, ao menos a lua e as estrelas por sua amada. Na trama, o morto-vivo tem mais de 100 anos e, portanto, é cavalheiro como o homem de antigamente. Apesar do desejo incontrolável (Edward é perdidamente atraído pelo cheiro da amada), ele não avança o sinal vermelho: sua família abdicou do sangue humano. No cinema, Bella é interpretada pela atriz Kristen Stewart, enquanto o vampiro-gato com jeitão de estrela de rock ganhou as feições do ator Robert Pattinson. As meninas enlouquecem quando ele surge na tela. Todas são um pouco Bella, a mocinha de beleza simples e humana, mas capaz de atrair o coração imortal. Todas querem um Edward para chamar de seu.

Por trás do sucesso de Crepúsculo não está nem a boa literatura nem a qualidade dos filmes – que agradam só ao público a que se dirigem. O pulo do gato da autora Stephenie Meyer foi combinar, de maneira muito eficaz para consumo adolescente, os principais elementos da tradição romântica: o amor devotado e imortal, que atravessa tormentas e não precisa se consumar no sexo; o homem que protege, salva, cuida, espera... Está tudo ali, para ler e ser visto, com força suficiente para libertar o romantismo de uma geração de adolescentes que aparentemente (e só aparentemente) parecia desprezá-lo. "Garotos e garotas participam de uma espécie de corrida, para ver quem beija mais ou quem fica mais", diz a psicanalista Diana Corso. "Mas há também o movimento inverso, a busca por um amor em que eles possam se sentir desejados."

Com a revolução sexual dos anos 60, muitos acreditavam que o amor romântico teria chegado ao fim – como se ele fosse somente o efeito colateral de séculos de condenação do desejo pelo cristianismo. "Depois da década de 80, no entanto, o amor romântico teve uma volta significativa", diz o professor Reddy. "Acho que é porque o desejo não é suficiente para estruturar uma vida e pode até se tornar tedioso quando exercitado sem nenhuma rédea." Uma vida cheia de namorados e namoradas é exaustiva, impessoal, solitária. Os efeitos de Crepúsculo se dão sobre uma geração que tem próximos de si exemplos desse tipo de comportamento. Justamente por isso, pode ser mais conservadora em relação a valores morais e à instituição do casamento, como mostra, por exemplo, uma pesquisa sobre o pensamento dos jovens realizada neste ano, no Brasil, pelo instituto Research International. "É como se eles vissem no casamento um ato de heroísmo, dadas as dificuldades que presenciam na vida real dos pais em criar filhos e manter um casamento de longo prazo", diz o professor Reddy.

Os quatro livros da série Crepúsculo venderam 85 milhões de exemplares no mundo. No Brasil, foram 2,9 milhões. Os dois filmes renderam juntos 1 bilhão de dólares. A saga escrita por Stephenie Meyer continua a arrebatar os jovens corações com o segundo filme da série, Lua Nova, que teve uma estreia arrasadora nos cinemas do país. Só no fim de semana de seu lançamento, no final do mês passado, levou 1,4 milhão de espectadores às salas de exibição. E já faturou 40 milhões de reais no Brasil. Ah, o amor... "Que move o sol e as estrelas", segundo Dante Alighieri; "A ferida que dói e não se sente", nos versos de Luís de Camões; "É cego e os amantes não podem ver as deliciosas loucuras que eles cometem", de acordo com William Shakespeare. É muito provável – infelizmente, quase certo – que os adolescentes que alimentam esse sucesso jamais tenham lido uma dessas linhas clássicas sobre o amor. Mas o espírito que transpira dos versos imortais, de um romantismo que, em diferentes medidas, a tudo abarca e suplanta, está bem vivo no seu coração.

http://veja.abril.com.br/231209/geracao-romantica-p-174.shtml - acesso em 17-09-2010 

Quarta aula - 1h e 40 min.

Professor,

Antes dessa aula, peça aos alunos que levem para a escola, além do livro Crepúsculo, exemplares de revistas destinadas ao público adolescente, como Capricho e Atrevida. (Podem ser edições anteriores).

Disponha os alunos em duplas e peça que leiam um texto da revista e observem a linguagem utilizada.

Feita a leitura, eles deverão reescrever pequenos trechos do livro, utilizando a linguagem da revista.

Depois de prontas as reescritas, faça uma rodada de leitura, cada dupla deverá apresentar seu texto.

Peça que eles comentem as modificações ocorridas no texto original.

Selecione algumas reescritas para a correção e posterior publicação no blog da turma.

Quinta aula - 1h e 40 min.

Converse previamente com a bibliotecária da escola e peça que ela disponibilize para essa aula livros de contos sobre o amor.

Sugestões:

  • Contos de amor e Ciúme, de Machado de Assis, organizado por Gustavo Bernardo.
  • Contos de amor novo, de Edson Gabriel Garcia.
  • Contos de Amor em flor, de Paulo Borges e Alfredo Garcia Bragança.
  • Oito contos de amor, de Lygia Fagundes Telles.

Leve os alunos à biblioteca e peça que cada dupla escolha, leia  um conto.

Oriente-os, depois da leitura,  a trocarem de contos, buscando identificar as características comuns ao gênero.

Sexta aula - 1h e 40 min.

Professor,

Inicie perguntando aos alunos o que os textos lidos na aula anterior têm em comum.

Ouça suas considerações e anote no quadro as mais relevantes.

A partir das anotações feitas, sistematize com os alunos as características do gênero conto.

Em seguida, peça que eles, em duplas, planejem a escrita de um conto, fazendo um roteiro com as seguintes questões:

  • Qual será a situação inicial da narrativa?
  • Quais serão os personagens?
  • Que acontecimento acarretará mudanças na situação inicial do texto?
  • Em que tempo e em que lugar a história acontecerá.
  • O narrador será observador ou personagem?

Feito o roteiro, as duplas poderão partir para a elaboração do texto.

Recolha os textos, leia-os e aponte as inadequações existentes, para que os alunos façam a reescrita na aula seguinte.

Sétima aula - 1h e 40 min.

Entregue os textos com os apontamentos feitos por você às duplas e solicite a reescrita.

Nesse momento, vá de carteira em carteira tirando dúvidas sobre as correções propostas.

Terminada a reescrita, peça que cada dupla apresente seu conto para o restante da turma e permita que eles troquem sugestões.

Solicite, ainda, que os alunos digitem os textos na aula de informática e os arquivem, para posterior organização de uma coletânea da turma.

Recursos Complementares

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22029 - acesso em 17-0910, aula com atividades sobre contos.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Conto - acesso em 17-09-2010, informações sobre o gênero conto. 

http://educacao.uol.com.br/portugues/ult1706u25.jhtm - acesso em 17-09-2010, dicas sobre como trabalhar com o conto. 

Avaliação

Professor,

Avalie a participação e as produções dos alunos, tanto orais quanto escritas. Observe se eles desenvolveram suas habilidades de leitura, compreensão e produção textuais, no decorrer da sequência didática proposta.

Veja, especificamente, se os alunos compreenderam as características dos gêneros conto e romance e as diferenças existentes entre eles. É importante, também, que eles percebam a possibilidade de um texto atual, adolescente, tratar de temáticas clássicas, como o amor puro e imortal.

Quanto às produções escritas, aponte as inadequações identificadas com relação aos aspectos formais da língua e à organização do texto. Sugira sempre a reescrita.

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