05/04/2011
Modalidad / Nivel de Enseñanza | Disciplina | Tema |
---|---|---|
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo | Ciências Naturais | Dietas e consumo de alimentos |
Ensino Médio | Química | Propriedades das substâncias e dos materiais |
Ensino Médio | Química | Transformações: caracterização, aspectos energéticos, aspectos dinâmicos |
Aprender a:
Distinguir nos rótulos a unidade de medida calórica, Kcal e perceber sua importância e relação com a vida diária.
Construir o significado histórico das culturas afro e indígena na formação de nossa cultura brasileira (Lei nº. 10.639/03 Afro-Brasileira/ Lei nº. 11.645/08 Indígena).
Identificar a problemática envolvida no destino correto dos resíduos de frituras. (Lei nº. 9795/99 Educação Ambiental). Constatar a importância dos conhecimentos químicos e verificar sua presença e aplicabilidade em assuntos do cotidiano, como na alimentação saudável.
Analisar corretamente uma tabela calórica e identificar os alimentos mais adequados para uma alimentação mais saudável.
Soluções - Densidade -
Termoquímica (Medida calórica - Kcal)
Sugestão:
Fornecer uma cópia da aula com Roteiro/Conteúdo/Atividades, para os alunos.
O material pode ser utilizado como instrumento de verificação da aprendizagem.
Motivação
Iniciar a atividade problematizando com os alunos se eles possuem um hábito alimentar adequado.
Alimentação balanceada, na mesma hora todo dia, alimentação com um cardápio diversificado ou se eles consideram sua alimentação inadequada.
Diante das variadas opiniões, questione também se algum aluno tem por costume verificar a tabela calórica dos alimentos.
Cite alguns alimentos com excesso de calorias, citando como exemplo a Feijoada Brasileira, sendo o momento para questionar o gosto de cada um pela Feijoada.
Também pode ser conveniente perguntar se algum aluno já preparou uma feijoada e de que forma?
Disponível em:
http://www.releituras.com/viniciusm_feijoada.asp
Coloque os alunos em círculo, no centro da sala e introduza a leitura do poema de Vinícius de Moraes, “Feijoada à minha moda”.
Dinâmica:
Escrever cada verso do poema em tiras de papel que serão distribuídas aos alunos de forma aleatória; um aluno começa a leitura do que está em sua “tirinha” e os demais precisarão completar o poema de forma coerente. Essas tirinhas, podem ser fixadas na lousa após cada leitura, para que todos tenham a oportunidade de analisar o contexto e proceder as alterações durante o processo. Ao final, o professor distribui ou projeta o poema correto aos alunos que farão uma análise dos erros e dos acertos ou possibilidades ).
Com a leitura é possível enumerar as contribuições dos diferentes povos na formação de nossos costumes e mesmo da nossa alimentação, como exemplo o povo africano no caso da feijoada.
Realizar uma breve pesquisa, um questionamento simples enumerando os gostos de cada aluno da sala pelo seus pratos preferidos, analisando se a feijoada faz parte do gosto dos alunos presentes.
Imagem:
Fonte da imagem: http://receitasculinaria.blogs.sapo.pt/arquivo/714458.html
Para complementar e de maneira a sugerir comparações:
Realizar a leitura de um outro texto, desta vez, os alunos que até então estavam em círculo, podem formar grupos, de até 4 alunos, para uma leitura compartilhada e discussão de opiniões dentro de cada grupo.
O texto exemplifica outra receita de feijoada completa, momento ideal para comparar a feijoada de Vinícius e a do texto da EJA.
Dinâmica:
Para cada grupo, fornecer as questões abaixo, onde cada grupo formulará suas opiniões.
Eleger um orador para a explanação das opiniões, de cada grupo.
Questões:
Fonte da imagem: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/02_cd_al.pdf
A leitura permite concluir que na culinária utiliza-se de muitos ingredientes, alguns saudáveis outros nem tanto, devendo ter o cuidado com os excessos e o modo de preparo.
Podemos analisar o quanto de Kcal, cada porção de feijoada possui, podendo ainda comparar as diferenças calóricas entre as feijoadas, objeto das leituras anteriores.
Na atividade, aproveitar a formação dos grupos já existentes.
Como cada grupo dispõe de informações a cerca dos motivos que uma receita é mais calórica do que outra, pode-se:
Utilizando de tabelas calóricas, os alunos podem verificar as calorias extras, em decorrência dos ingredientes diferentes de uma receita para outra.
Informação:
Uma pessoa adulta necessita em média de 2500 Kcal, com algumas variações para homens e mulheres (dependendo das atividade físicas de cada um).
Questões para o grupo:
O orador do grupo deverá expor as informações obtidas durante a tarefa, podendo ainda entregar ao professor um relatório, com os resultados da tarefa.
Exemplo de tabela calórica que pode ser usada como referência de consulta:
Fonte da imagem: http://www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/bom_apetite/tabelas/cal_ali.htm
Com base na exposição de cada grupo, o professor pode:
Levantar o questionamento dos prováveis motivos dos escravos consumirem tanto feijão e sua relação com o trabalho pesado.
Os escravos tinham um gasto energético bem alto, diferente da nossa realidade atual cercada por controles remotos, elevadores, escadas rolantes, vidros elétricos e etc.
Dentre um dos muitos acompanhamentos da feijoada, devemos também focalizar, a utilização da farinha de mandioca e sua importância para as culturas indígenas, não deixando de mencionar seu alto valor energético.
Formar grupos (4 alunos em cada grupo).
Questões para discussão e redação das opiniões do grupo.
Chamar a atenção para os acompanhamentos da Feijoada:
Couve é rica em antioxidantes, anticancerígenos contém Betacaroteno (Vitamina A) melhora o sistema imunológico.
Motivos da utilização da Laranja. (Explicação).
Fonte da imagem: http://glimasgourmet.blogspot.com/2009/08/feijoada-litght.html
Propriedades Químicas da Laranja:
Estes são alguns dos argumentos favoráveis para a utilização da laranja com a feijoada.
Leitura do Texto 21 – Irmãos da Floresta. Página 50 - (Coleção Cadernos da EJA – Caderno Diversidades e Trabalho).
Fonte da imagem: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/02_cd_al.pdf
Dinâmica da Leitura:
É indispensável que todos os alunos realizem a leitura de um trecho do texto, anotando em seus cadernos possíveis dúvidas.
Durante a leitura do texto o professor deve instigar seus alunos a falar suas dúvidas de compreensão do texto.
Após a leitura do texto, empreenda um debate, disponha a turma em círculo e permita que todos coloquem suas opiniões sobre o texto.
O professor direcionará as discussões, focalizando as práticas indígenas de boa convivência com o meio ambiente e o cultivo da mandioca, um dos ingredientes da nossa feijoada. Reforçando novamente a importância das diversas etnias na construção de nossa sociedade.
O professor pode também dividir a turma em 2 grupos:
A cada aluno do grupo será entregue um cartão, onde cada aluno irá escrever uma palavra, que melhor defina a relação do índio com:
Assim, cada grupo pode de maneira coletiva ou individual expor suas opiniões a respeito do entendimento do texto e da cultura indígena.
Outros possíveis questionamentos aos alunos:
A maioria aprecia a farinha de mandioca, de que forma? Temperada, natural, em acompanhamento a outros pratos, enfim, fomentar a importância de respeitar os hábitos alimentares de outras culturas.
Não deixar de mencionar a questão ambiental. Os resíduos provenientes das cozinhas, principalmente o óleo de frituras.
Fonte da imagem: http://ateliedenovidades.files.wordpress.com/2010/05/cozinha-oleo.jpg
Um dos principais aspectos levantados nesta aula é a questão das calorias dos alimentos e indiscutivelmente as frituras são as vilãs neste aspecto.
Mas paralelamente outro quesito também gera preocupações, os resíduos desta prática, os óleos de frituras já utilizados. Ricos em substâncias tóxicas e considerado um grande poluidor ambiental.
O descarte correto do óleo de fritura contribui de maneira significativa para a preservação dos recursos hídricos, pois, existe aqui a relação do conceito químico densidade (água e óleo não se misturam) o que agrava seu efeito poluidor.
Culminando com os momentos finais da aula, é de extrema relevância tentar enumerar sugestões, mencionar as dificuldades, e descobrir erros, acertos com relação ao descarte dos resíduos das frituras.
Observação:
Durante a explanação o professor pode utilizar de imagens, que podem ser salvas em um pendrive, CD ou DVD, para serem visualizadas em um monitor ou projetor, para melhor exemplificação das informações.
Fonte da imagem: http://www.sorocaba.unesp.br/noticias/?n=169
Descrição da Atividade para os alunos:
Iniciar a atividade com a apresentação do vídeo - Reciclagem óleo de cozinha.
Fonte da imagem: http://www.youtube.com/watch?v=iQeJLsW99vw
Com a finalização do vídeo os alunos devem realizar a seguinte atividade:
Distribuir folhas para os integrantes dos grupos que já estão formados.
Cada integrante deve citar como é realizado o descarte do óleo usado em suas casas. Onde ele é descartado?
O grupo deve enumerar as prováveis dificuldades que tornam o aproveitamento adequado do óleo de fritura, uma prática pouco adotada pelas pessoas em geral.
O grupo deverá mencionar possíveis soluções para um encaminhamento mais adequado dos resíduo, enumerando as ideias do grupo.
O líder do grupo fica encarregado de transmitir as ideias e sugestões dos membros de cada grupo. O professor pode pedir para que o orador não seja o mesmo das atividades anteriores, tornando a atividade mais dinâmica e participativa.
Após a apresentação dos grupos realizar a atividade prática, onde ficará demonstrado as propriedades específicas que a água e o óleo apresentam.
Título: Óleo e água.
Fonte da imagem: http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/introducao_lipidios/introducao_lipidios.htm
A descrição detalhada da atividade prática está inserida no Caderno do professor/ Diversidades e Trabalho – página 90.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/02_cd_pr.pdf
Nome | Tipo |
---|---|
Medidor de densidade | Experimento prático |
Tabelas Calóricas.
Disponível em:http://semprevidalight.blogspot.com/2009/02/vida-light.html Acesso em: 10/03/2011
Vídeos:
Reciclagem óleo de cozinha, explicações de como fazer sabão caseiro. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=H3oRKfiEr8k Acesso em: 10/03/2011
Conteúdos Diversos:
Blog: Ensino de Química
Será baseada no envolvimento e na realização das atividades propostas para os alunos.
Os alunos devem elaborar um relatório contendo a descrição, desenvolvimento e aspectos químicos estudados e observados na realização da atividade prática - Óleo e Água. Para facilitar o andamento da atividade o professor pode fornecer um esquema previamente elaborado.
Os alunos devem ainda propor outros experimentos para avaliar a densidade de produtos que são utilizados em seu cotidiano. Como sugestão, realizar a brincadeira do afunda ou não afunda, aproveitando os materiais escolares como lápis, canetas, giz entre outros.
No desenvolvimento da atividade o professor pode verificar se o aluno está apropriando-se da linguagem e dos conteúdos químicos envolvidos.
Aprender a calcular a densidade de objetos de formato irregular, utilizando uma proveta graduada, uma balança e calculadora, ótima oportunidade para estabelecer a fixação e revisão de conceitos já estudados, como o cálculo da densidade.
A avaliação pode residir no desempenho dos alunos em calcular as diferentes densidades dos objetos disponíveis no momento da aula prática, usando como referência a densidade da água pura 1g/cm3.
Uma outra possibilidade de verificação da aprendizagem é pedir para que o aluno analise um rótulo qualquer e consultando a tabela calórica, ele seja capaz de identificar as quantidades de Kcal que cada porção da substância fornece. Atividade envolvendo cálculos de regra de três simples.
BRASIL. Coleção cadernos EJA. Brasília: MEC, SECAD, 2007.
SARDELLA, Antonio; Curso Completo de Química. São Paulo: Editora Ática, 2º Edição 1999.
Quem é que não gosta de uma feijoada? Disponível em: http://www.copacabanarunners.net/feijoada.html. Acesso em: 10/10/2010.
MOURA, Neila Camargo de; CANNIATTI-BRAZACA, Solange Guidolin. Avaliação da Dispobilidade de Ferro de Feijão Comum (Phaseolus vulgaris L.) em Comparação com Carne Bovina. Ciênc. Tecnol. Aliment., Campinas, 26(2): 270-276, abr.-jun. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cta/v26n2/30172.pdf. Acesso em 02/11/2010.
Quatro estrelas 15 calificaciones
Denuncia opiniones o materiales indebidos!
14/08/2015
Cinco estrelasProjeto para aula excelente.
27/01/2014
Quatro estrelasadorei o roteiro da aula!!!!!
20/07/2011
Cinco estrelasAmei a sugestão, uma ótima oportunidade de levar o connhecimento da influencia da cultura afro utilizando conceitos da Quimica.
21/06/2011
Cinco estrelasParabéns Ronaldo! A aula foi excelente, sua metodologia contribuiu para aproximar os conteúdos de química do cotidiano dos alunos e assim tornar o aprendizado mais prazeroso e significativo.
11/05/2011
Quatro estrelasA aula é bastante dinâmica
04/05/2011
Cinco estrelasA aula do Ronaldo é muito interessante, pois trabalha a leitura e a compreensão dos alunos. Os textos abordados envolvem cultura, arte e os relaciona com a Química tornando-a mais atrativa.
25/04/2011
Cinco estrelasAula interessante por tratar conteúdos de Química num contexto totalmente voltado para a realidade e cotidiano. O tema da aula tem forte apelo de investigação, pois o mesmo induz a descobrir a explicação dada sob o olhar da Química, para o uso da laranja como acompanhamento da feijoada. Tambem podemos observar os diálogos que podem ser estabelecidos com as demais disciplinas. A metodologia utilizada favorece a aliança entre a teoria e a prática, tornando a avaliação um processo natural. Parabens
15/04/2011
Cinco estrelasGostaria de agradecer aos colegas que estão comentando a aula, fico feliz pelos comentários. Destaco também que a ideia de criação desta aula surgio em decorrência de um curso ministrado pelo Profº PDE Aparecido Sampaio mais conhecido como Matão. Obrigado ao Professor Matão pelo curso e pelo apoio. Obrigado!
14/04/2011
Cinco estrelasParabéns professor Ronaldo, pela iniciativa de compartilhar essa experiencia, é muito bom podermos relacionar os conhecimentos químicos com nosso dia a dia de uma forma tão clara e tão dinâmica.
13/04/2011
Cinco estrelasPARABÉNS PROFESSOR, SUA AULA TORNOU O APRENDIZADO MAIS AGRADÁVEL PELO CONTEXTO ESCOLHIDO. A IDEIA É APLICÁVEL TAMBÉM PARA ENSINO FUNDAMENTAL AO EXPLORARMOS A DIGESTÃO EM SEUS ASPECTOS FÍSICOS E QUÍMICOS.
13/04/2011
Cinco estrelasParabéns pela sua aula e por sua iniciativa em compartilhar esta com demais professores, para que esta aula possa ser estendida à diversas escolas do Brasil! Um abraço
12/04/2011
Cinco estrelasÉ muito bom ver o nosso dia a dia pelo ângulo da química, e perceber que a usamos diariamente sem nos darmos conta disso. Parabéns professor, pelo tema muito bem representada pela nossa brasilidade.
11/04/2011
Cinco estrelasAchei a aula interessantíssima, pois penso que quanto mais atrelarmos os conteúdos a coisas práticas, mostrar que o que estamos ensinando pode e vai ser usado no dia a dia, a aprendizagem acontecerá de forma mais significativa. Parabéns!
11/04/2011
Cinco estrelasOlá Profº Ronaldo. Parabéns pela aula, e em especial pela abordagem relacionando a Química a cultura Afro-Brasileira e Indígena, grande desafio à nós educadores !!!
01/04/2011
Cinco estrelasAula interessante; inicia a partir da realidade dos alunos, levando-os a construirem um conhecimento mais sistematizado. Além de trabalhar os conteúdos da "química", aborda a questão ambiental, propõe dinâmicas, incentiva a pesquisa e a leitura. Parabéns.