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Conhecendo contos e lendas africanas

 

11/01/2011

Autor y Coautor(es)
Joseli Rezende Thomaz
imagem do usuário

JUIZ DE FORA - MG Universidade Federal de Juiz de Fora

Maria Cristina Weitzel Tavela

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Fundamental Final Língua Portuguesa Língua oral e escrita: prática de produção de textos orais e escritos
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo Língua Portuguesa Linguagem escrita: leitura e produção de textos
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

    Ler e conhecer contos e lendas africanas;    

 Conhecer um pouco mais sobre a cultura africana;   

     Compreender as características dos contos e lendas africanas;

     Recontar oralmente e por escrito contos e lendas africanas.

Duração das atividades
4h/aulas
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

As atividades foram elaboradas para alunos do 8° e 9° ano que tenham habilidade de leitura e escrita e possuam noções sobre o gênero resumo.

Estratégias e recursos da aula

Primeira etapa:

Professor apresente aos alunos algumas imagens antes de introduzir o assunto que será tratado nas próximas aulas.

Professor: apresente as imagens lentamente e pergunte aos alunos se eles conseguem identificar de  que região são essas imagens, por último, apresente o mapa abaixo:

Imagens disponível em:

http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&source=imghp&biw=1015&bih=569&q=africa&btnG=Pesquisar+imagens&gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=

 Professor: certamente a partir da apresentação do mapa, os alunos identificarão o continente africano. Explique-lhes que eles conhecerão um pouquinho da África. Para que os alunos se envolvam diretamente com o assunto estudado, proponha-lhes uma pesquisa na internet em que possam localizar e enumerar os países africanos de Língua Portuguesa, bem como procurar imagens significativas desse vasto continente. Chame a atenção para o fato de o continente africano ser marcado pelas condições de miséria que vive parte de sua população. No entanto, vamos nos ater a conhecer um outro lado da África, rica pela diversidade cultural, pelas belezas naturais e por uma marcante produção literária.

  Professor: assim que os alunos identificarem os países africanos de Língua Portuguesa, enumere-os na lousa. Explique-lhes que a primeira parte do trabalho se deterá em conhecer um pouco desses seis países, essa seleção se deve à necessidade de fazer um recorte, por questões didáticas, nos nossos estudos uma vez há uma grande quantidade de nações. Além disso, trata-se de países que possuem como língua oficial, o português.   

Professor: divida a classe em seis grupos, cada equipe deve fica responsável pela pesquisa e apresentação de um país, seguindo o roteiro abaixo:   

  • Angola
  • CaboVerde
  • Guiné-Bissau
  • Guiné Equatorial
  • Moçambique
  • São Tomé e Príncipe

Roteiro para pesquisa:  

  1.  Localização:
  2. Países vizinhos: Colonização:
  3. Principais atividades econômicas:
  4. Composição étnica:
  5. Regime político vigente:
  6. Outras línguas: Principal religião:
  7. Costumes:
  8. Atividades culturais (dança, música, literatura)     

Professor: caso seja possível, seria interessante que as apresentações fossem realizadas em power point. Assim, o professor de informática poderá orientar os alunos na montagem e organização dos conteúdos pesquisados. Todos os grupos devem apresentar para a turma os resultados das pesquisas.    

Segunda etapa:  

 Professor: após conhecer um pouquinho sobre o continente africano, principalmente sobre os países que possuem como língua oficial o português. Apresente a capa do livro em que eles conhecerão algumas histórias “Contos e lendas africanas” de Yves Pinguilly, publicado em 2005 pela editora Companhia das Letras. Solicite uma breve pesquisa sobre esse escritor.

Professor: após a observação da capa do livro, pergunte aos alunos o que eles entenderam da ilustração. Deixe os alunos exporem suas ideias. Em seguida, converse um pouco sobre  a constituição da obra e o significado de contos e lendas africadas.  

Na linguagem secreta dos homens-leões e das mulheres-elefantes, as antigas sabedorias dos povos africanos vêm sendo contadas de boca em boca por sucessivas gerações, ensinadas como lições de vida ou cantadas em praça pública pelos griots (músico e poeta da África Ocidental, que conserva e transmite a memória oral). As histórias que constituem a literatura oral das diversas nações africanas, guardadas no imaginário dos homens e mulheres, percorrem as diferentes paisagens que formam o continente. São histórias de caçadores e agricultores, bruxas e feiticeiros, reis e princesas, de heróis que atravessam a mata para cumprir seus destinos, e de fundações míticas de cidades. São também histórias de pequenas ou grandes disputas entre marido e mulher, histórias de amor e de morte, lendas de comunhão com os segredos da natureza e da terra. Contos e lendas da África traz dezessete dessas histórias, acompanhadas de um mapa e um glossário de palavras africanas.  

http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12066 

Professor: distribua para os alunos cópia do conto “Adbu, o cego e o crocodilo” ( p.35-40) e escolha alguns alunos para fazer a leitura do texto em voz alta.Apos a leitura, solucione as dúvidas de vocabulário que certamente irão ocorrer. Explique-lhes que muitos termos são palavras típicas de uma determinada região, por isso nos causam tanto estranhamento.  

Disponível em:

http://www.companhiadasletras.com.br/trecho.php?codigo=12066 

Professor: proponha aos alunos uma reconstrução da história com as palavras deles. Em seguida, peça que eles façam por escrito as questões propostas.  

01.  Quem são os personagens?

02.  Onde ocorrem os fatos narrados?

03.  Qual é o tipo de narrador presente no texto?

04.  “ Explique, com suas palavras o trecho “ resolveu fazer uma senhora marotagem”.

05.  Qual foi a proposta feita por Abdu ao chefe da aldeia? Qual era a sua intenção com a proposta.

06.  Qual foi o fato que atrapalhou os planos de Abdu?

07.  Qual foi a atitude do cego ao saber do plano de Abdu?

08.  Por que o chefe da aldeia não acredit]ou na história contada por Abdu?

09.  Quem se saiu bem com o desfecho do desentendimento?

10.  Qual foi a lição dada a Adbu?    

Terceira etapa:     

Professor: apresente a imagem abaixo aos alunos, pergunte-lhes se eles fazem ideia do que se trata, se já viram em algum lugar e para que é utilizado. É pouco provável que os alunos conheçam, então, diga-lhes que se trata de um fruto denominado noz -de -cola. Com base nessa informação, pergunte aos alunos se eles, agora, são capazes de deduzir o produto que tem na sua composição tal fruto.  

Professor: forneça aos alunos mais informações sobre o fruto.   

Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Noz-de-cola     

Professor: distribua para os alunos cópias do texto “Noz de Cola” e, em seguida, solicite que eles façam a leitura em voz alta do texto, cada aluno fica encarregado de ler uma parte.

NOZ-DE-COLA               

   Em toda a África Ocidental, os jovens, os velhos, os homens, as mulheres, todo mundo gosta de lambiscar noz-de-cola, uma frutinha muito por lá. Os velhos, especialmente, têm sempre uma, duas ou três no fundo do bolso...             

   De manhã, a gente o que tem de saber de manhã. De noite, a gente sabe o que tem de saber de noite. Quem cultiva a terra conhece a paciência.             

   Naquele dia, Noz-de-Cola cultivava o pedaço de terra que ele havia limpado. Preparava o solo para plantar inhame, afogando com sua daba. Não muito longe dali, havia uns gênios dos campos. Mal ouviram o barulho da daba revolvendo o solo, perguntaram:            

   - Quem está trabalhando este roçado?             

   Noz-de-cola respondeu:             

   - Sou eu! Desmatei, limpei e agora estou preparando a terra para plantar inhame.             

   Os gênios chamaram imediatamente seus filhos e foram ajudar Noz-de-Cola. Antes tinha terminado. Era meio-dia em ponto quando Noz-de-Cola, feliz da vida, voltou para a aldeia.             

   Depois, quando Noz-de-Cola foi plantar seu inhame, a mesma coisa aconteceu: os gênios dos campos e seus filhos vieram acudi-lo.             

   Depois, quando Noz-de-Cola votou à sua roça para capinar em torno dos pés de inhame, os gênios, que continuavam por lá, perguntaram:           

  - Quem está trabalhando este roçado?             

  - Sou eu, Noz-de-Cola, capinando em torno dos meus pés de inhame.             

  No mesmo instante, os gênios vieram ajudar Noz-de-Cola e capinaram rapidinho em torno dos inhames.          

   Agora Noz-de-Cola podia esperar o tempo passar até que chegasse a hora de colher seus inhames. Por isso, ele viajou ao sul e ao leste para visitar o povo da água e o povo da floresta, deixando a roça aos cuidados da sua mulher.          

   Um dia, quando ela vigiava a roça como filhinho nas costas e apanhava lenha, o menino começou a chorar. Para acalmá-lo, ela quis catar um pequeno inhame, um inhame miudinho que ainda não tinha tido tempo de crescer.           

   Quando desenterrava esse pequeno inhame para dar ao neném, os gênios dos campos perguntaram:            

   - Quem está cavando aí?             

    Ela respondeu:            

    - Sou eu, a mulher de Noz-de-Cola. Estou desenterrando um inhamezinho para acalmar meu bebê.        

     No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar a mulher de Noz-de-Cola e logo tiraram do chão todos os inhames miúdos, amontoando-os na beira do campo.         

    A mulher de Noz-de-Cola, ao ver aquele desastre, pôs-se a chorar. E ainda chorava quando Noz-de-Cola voltou da viagem. Ele perguntou:          

   - Está chorando por quê?            

 Ela explicou. Fulo da vida, ele lhe deu uma bofetada. Os gênios dos campos, que continuavam por lá, ouviram o barulho da bofetada e perguntaram:           

  - Quem está batendo assim?            

 - Sou eu, Noz-de-Cola, esbofeteando minha mulher.           

   No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar Noz-de-Cola. Eles bateram tanto, que mataram a mulher.             

   Noz-de-Cola nem precisou interrogar o cadáver para entender de que ela tinha morrido! Desatou a chorar. Foi então que um mosquito veio picá-lo no braço. Para defender-se, ele deu um tapa com toda a força no lugar da picada, mas sem acertar o inseto.         Os gênios dos campos, que continuavam pó lá, perguntaram:        

   - Quem está batendo assim?        

   - Sou eu, Noz-de-Cola, tentando matar um mosquito que veio me picar.      

     No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar Noz-de-Cola, desferindo-lhe uma saraivada de tapas.       

    Ainda bem que Noz-de-Cola era rápido na corrida. Conseguiu chegar à aldeia em disparada e refugiar-se no bolso de um velho. É por isso que, desde então, sempre tem uma noz-de-cola no bolso dos velhos.           

    OLIVEIRA, A. A criança na literatura tradicional angolana. Tese de doutoradoapresentada à Universidade Nova de Lisboa. Leiria: Ed. Magno, 2000.PINGUILLY, Y. Contos e lendas da África. São Paulo: Companhia das Letras,2005.REPÚBLICA DE ANGOLA. Angola: O futuro começa agora. Paris: Éditions Hervas,É assim que acaba meu conto.                                                              

  (Yves Pinguilly, 2005 p.41-48)    

Professor: após a leitura, esclareça as dúvidas de vocabulário e promova uma discussão sobre a relação da história lida e as características reais do fruto. Chame a atenção dos alunos para o fato de que as lendas foram criadas há muitos e muitos anos justamente com o objetivo de responder ou justificar algumas questões que a ciência ainda não tinha conseguido provar. Por isso, muitas histórias são passadas de geração a geração como verdades inquestionáveis, fazendo parte da cultura de um povo.   Solicite que os alunos façam um reconto por escrito da história lida e, em seguida, aqueles que desejarem apresente para a classe.

Professor: procure destacar na apresentação dos recontos as distinções entre os textos produzidos pelos alunos, mostrando-lhes que embora todos tenham partido da mesma história, certamente cada aluno enfatizou determinado elemento  e registrou em seus textos características próprias.  

Recursos Complementares

Leia também:

OLIVEIRA, A. A criança na literatura tradicional angolana. Tese de doutoradoapresentada à Universidade Nova de Lisboa. Leiria: Ed. Magno, 2000.

PINGUILLY, Y. Contos e lendas da África. São Paulo: Companhia das Letras,2005.

ROSÁRIO, L. A narrativa africana de expressão oral. Lisboa: Angolê, 1989.Revista

Avaliação

Professor: divida a classe em pequenos grupos, e distribua para cada grupo um texto sugerido abaixo. Cada equipe terá a tarefa de ler cuidadosamente o texto, pesquisar palavras ou expressões necessárias à compreensão da história. E Em seguida deverão recontar para a classe a história de forma atrativa e clara.

Professor: no momento da elaboração dos trabalhos, oriente os grupos para que primeiramente, eles façam um registro escrito e estudem o texto a ser apresentado.  

 01. “Andjau no País das mulheres” (Pinguilly, 2005, p. 83-95).  

 Disponível em:   

http://afrobrasileira.multiply.com/journal/item/30    

02. “Elefante antes, elefante outra vez” 2005. (Pinguilly, 2005, p 139-148.)   

Disponível em:  

 http://www.fflch.usp.br/dh/lemad/?p=2273    

03. “A Menina que não Falava”   

Disponível em:  

http://aprender-a-gostar-de-ler.blogspot.com/2010/05/contos-africanos-menina-que-nao-falava.html 

Opinión de quien visitó

Quatro estrelas 5 calificaciones

  • Cinco estrelas 4/5 - 80%
  • Quatro estrelas 1/5 - 20%
  • Três estrelas 0/5 - 0%
  • Duas estrelas 0/5 - 0%
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Opiniones

  • DIVALTE GARCIA FIGUEIRA, Independente , São Paulo - dijo:
    divalte@yahoo.com

    07/02/2015

    Quatro estrelas

    A aula foi bem planejada e, além de possibilitar ao aluno o desenvolvimento de habilidades cognitivas, permitirá o domínio do conteúdo selecionado pelo professor.


  • Lucianne, EEEBWolfran Metzler , Rio Grande do Sul - dijo:
    vicentecolorado2009@gmail.com

    24/11/2011

    Cinco estrelas

    Plano de aula muito bem elaborado para a turma proposta.Parabéns/


  • Juliana, UFFS , Rio Grande do Sul - dijo:
    meygan-chan@hotmail.com

    21/11/2011

    Cinco estrelas

    Achei o plano muito bem elaborado. Aborda uma perspectiva diferente do que estamos acostumados a ver (e até mesmo ensinar) sobre a África. Já anotei algumas dicas.


  • deisy loureiro , escola estadual de ensino fundamental jardim vila nova , Rio Grande do Sul - dijo:
    deisyemagda@gmail.com

    03/11/2011

    Cinco estrelas

    ola sou uma aluna da escola estadual de ensiino fundamental jardim vila nova em porto alegre e gostaria de saber como eu posso achar lendas africanas como posso achar?


  • Elaine, SEEDUC RJ CIEP 167 , Rio de Janeiro - dijo:
    elaine.faria2005@ig.com.br

    17/09/2011

    Cinco estrelas

    Muito boa aula. Parabéns!


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