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Leonel Brizola e os Grupos de 11 Companheiros, entre 1963 e 1964.

 

20/12/2010

Autor y Coautor(es)
LEONARDO SOUZA DE ARAUJO MIRANDA
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BELO HORIZONTE - MG Universidade Federal de Minas Gerais

Lígia Beatriz de Paula Germano

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Ensino Médio História Cidadania: diferenças e desigualdades
Ensino Médio História Poder
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula

• Identificar as características da Tradição trabalhista.   

• Analisar o contexto político: Governo Jango e as Reformas de Base.   

• Entender as relações entre mobilização política e comunicação de massa, por meio da mobilização popular obtida por Brizola na Rádio Mayrink Veiga.   

• Interpretar o sentido da metáfora do futebol usada por Brizola na organização dos Grupos de 11.

Duração das atividades
Três aulas de 50 minutos.
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

• A política Brasileira no pós-Guerra (1945-1964).

• A tradição do Trabalhismo na cultura política brasileira, levando-se em conta os governos: Governo Dutra (1946-1951), Getúlio Vargas (1951-1954), Juscelino Kubitschek (1956-1961), Jânio Quadros (1961) e João Goulart (1961-1964).

Estratégias e recursos da aula

Introdução   

Em 1963, o governo do presidente João Goulart encontrava-se num fogo cruzado. Havia pressão dos Estados Unidos e uma oposição sistemática, de natureza conservadora. A estratégia contemporizadora de Jango, por outro lado, gerava uma crítica insistente vinda dos grupos da esquerda nacionalista e reformista, que aguardavam as Reformas de Base e enxergavam em Leonel Brizola o que de mais à esquerda existia no trabalhismo brasileiro. Na noite de 29 de novembro de 1963, Brizola utilizou seu programa na Rádio Mayrink Veiga para lançar um movimento de massa, com uma operacionalidade ágil, dotado de capilaridade para atuar em todo o território brasileiro, incluindo as áreas mais isoladas e distantes. O movimento recebeu o nome de Comandos Nacionalistas ou Grupos de 11 Companheiros, mas ficou nacionalmente conhecido como Grupos de 11.

Aula 1   

Contextualização

O nacionalismo foi uma das características mais significativas que marcaram a cultura política brasileira entre os anos de 1930 a 1964. Na década de 1930, as ideias nacionalistas vincularam-se ao programa governamental de Getúlio Vargas. Entre os anos de 1955 a 1964, o programa nacionalista foi apropriado por setores do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e de organizações da sociedade civil, lutando por medidas como as Reformas de Base, que consistiam em: reformas bancária, fiscal, urbana, administrativa, agrária e universitária. Havia ainda medidas nacionalistas que visavam a uma maior intervenção do Estado na economia e um maior controle dos investimentos estrangeiros, oposição a acordos com o FMI e monopólio estatal do petróleo.  

Desenvolvimento   

A partir do texto acessado pelo link abaixo, o professor deve estimular os alunos a lerem o artigo, destacando as principais características da tradição trabalhista durante os anos de governo de Getúlio Vargas, de Juscelino Kubitschek e de João Goulart.  

Link: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/o_legado_de_vargas_imprimir.html 

Em seguida, os alunos deverão acessar o vídeo mencionado abaixo, contendo imagens e o áudio do Comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 31 de março de 1964. Nesse Comício, o presidente da República, João Goulart, anunciou a assinatura dos decretos que previam a desapropriação de terras às margens das rodovias e ferrovias e a nacionalização de refinarias de petróleo existentes no Brasil. Os alunos deverão anotar os seguintes pontos:

- Para quem João Goulart dirige seu discurso?

- O ouvinte que recebe a mensagem ocupa que espaço?

- O que João Goulart diz sobre a reforma agrária?

- Por quais reformas ele diz lutar?

Link vídeo “Comício da Central”:  http://www.youtube.com/watch?v=CApQLJhTTiI    

Após ler o texto e ver o vídeo, os alunos deverão interpretar a charge abaixo. Eles deverão fazer uma descrição detalhada da imagem, anotando e descobrindo com o auxílio do professor: personagens da charge, as ações, os comportamentos, as ideias e temas desenvolvidos pelos personagens. Os alunos irão sintetizar, por meio de uma discussão envolvendo toda a turma, em um seminário, a mensagem que o autor planejou transmitir.

Como próximo passo, o professor deve dividir a turma em dois grupos de alunos para a realização de um debate em torno da validade ou não das Reformas de Base. Um primeiro grupo irá defender a realização e a importância das reformas para o Brasil. O segundo grupo deverá fazer a crítica do projeto de reformas, apontando os possíveis defeitos e os prejuízos que o projeto traria, caso realizado. O debate deverá levar em conta:

- os objetivos gerais do projeto de reformar a sociedade brasileira; os itens que compõem as Reformas de Base;

- os meios usados para tentar implementar as reformas;

- os grupos a favor e contra as Reformas de Base;

- o desfecho da campanha pelas reformas.

Como forma de auxiliar os debates, munindo os alunos com material sobre as reformas, o professor deve indicar material de pesquisa sobre Reformas de Base, presente nos links abaixo.

Links:

http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/artigos/NaPresidenciaRepublica/As_reformas_de_base 

http://perspectivabr.wordpress.com/2008/06/18/plano-trienal-e-as-reformas-de-base/ 

http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/reformas-de-base/ 

Aula 2  

Contextualização  

 A Rádio Mayrink Veiga foi uma das maiores do Brasil. Por meio dessa rádio, a partir do ano de 1962, Leonel Brizola começou um programa todas as sextas-feiras, às 21 horas. Com suas proclamações, a voz de Brizola chegava aos lugares mais distantes do País, mobilizando a população em torno das suas ideias políticas e propostas de mudar o País.  

Desenvolvimento   

Os alunos devem interpretar a imagem de propaganda abaixo com atenção. Logo em seguida, o professor deve trabalhar com os alunos o capítulo “Mayrink Veiga e os Grupo dos Onze”, da biografia de Brizola, intitulada “El Caudillo”, no link mencionado abaixo. Depois de analisar a imagem e ler o texto, os alunos irão responder às seguintes questões:

- Qual a importância da Rádio Mayrink Veiga como meio de comunicação na época?

- Como era a atuação de Brizola nas suas proclamações?

- Qual o alcance do seu programa na Rádio Mayrink Veiga?

- Qual o principal feito político que Brizola alcançou graças a seu programa?

Link do capítulo do livro (páginas 251-252): 

http://books.google.com.br/books?id=0GMpNi5fAYoC&printsec=frontcover&dq=el+caudillo&hl=pt-br&ei=kq7mTIueKIyr8AaFu-T_DA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CCIQ6AEwAA#v=onepage&q&f=false  

Após as atividades anteriores, o professor dividirá a turma em quatro grupos de alunos diferentes. Esses grupos deverão realizar uma pesquisa no Laboratório de Informática, demonstrando as relações entre as mídias e a cidadania. Um grupo irá pesquisar as relações entre cidadania e mídia em jornais. Um segundo grupo terá como objeto de pesquisa os telejornais. O terceiro grupo irá pesquisar rádios. Por fim, um quarto grupo se fixará na Internet.  Os alunos deverão recolher, em suas pesquisas, exemplos de como cada uma dessas mídias pode fomentar a cidadania. O resultado deverá ser apresentado pelos grupos aos demais alunos, em um seminário. Uma reflexão sobre “mídia e cidadania” que pode auxiliar os alunos em sua pesquisa está no texto abaixo:

Link: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/ipub301220032.htm 

Aula 3   

Contextualização

Em 1963, usando seu programa diário na Rádio Mayrink Veiga, Leonel Brizola lançou o movimento de criação de Grupos de 11 Companheiros por todo o Brasil, com o intuito de mobilizar a população para agilizar a aprovação das Reformas de Base.

Desenvolvimento 

Nessa fase, o professor vai trabalhar um documento histórico com os alunos, que irão ler e analisar as ideias centrais da Proposta de Organização de Leonel Brizola dos Grupos de 11 Companheiros, retirada do jornal O Panfleto, de 17 de fevereiro de 1964.

Link: http://www.gedm.ifcs.ufrj.br/upload/documentos/28.pdf 

Com base na leitura do documento anterior, o próximo passo a ser dado é a interpretação do modelo de Ata para formação do Grupo de 11 Companheiros. O professor vai estimular o debate, envolvendo todos os alunos, a partir dos seguintes pontos:

- De onde vem a inspiração para organizar os Comandos Nacionalistas como grupos que reuniam um número predeterminado de 11 pessoas?

- Qual o sentido dessa inspiração?

Para finalizar, os alunos serão orientados a realizar uma pesquisa no Laboratório de Informática sobre os seguintes tópicos, conectados à história dos Grupos de 11 Companheiros:

- Quais foram os objetivos políticos que levaram Leonel Brizola a criar os Grupos de 11 Companheiros?

- Que reações a intensa campanha de criação de Grupos de 11 provocou na sociedade?

- Como os Grupos de 11 afetaram o imaginário da época.  

Os links abaixo são sugestões de pesquisa:

http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=2427 

http://cbn.globoradio.globo.com/hotsites/grupo-dos-onze/GRUPO-DOS-ONZE.htm 

A pesquisa acima via fornecer subsídios para que os alunos interpretem as duas charges abaixo, levando-se em conta as conclusões sobre os dois tópicos levantados na atividade anterior.  

Conclusão   

Os alunos deverão ser incentivados a perceber as relações entre valores políticos e nacionalistas e as lutas pelas Reformas de Base. A aula proporcionará ao aluno um conhecimento crítico dos usos dos meios de comunicação de massa na vida política e suas ligações com a ideia de cidadania. A partir das atividades propostas, o aluno será levado a perceber a importância da sociedade civil organizada e o seu poder de mobilização política.

Recursos Complementares
Avaliação

Os alunos serão avaliados na sua capacidade de interpretação de documentos históricos, de textos e iconografias. Serão avaliados, da mesma forma, em relação ao rendimento na realização de pesquisas, à capacidade de trabalhar em grupo e quanto ao potencial de argumentação durante os debates.

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