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Fundamentos da colonização portuguesa no Brasil

 

11/01/2011

Autor y Coautor(es)
ALINNE GRAZIELLE NEVES COSTA
imagem do usuário

UBERLANDIA - MG ESC DE EDUCACAO BASICA

Elmiro Lopes da Silva, Aléxia Pádua Franco

Estructura Curricular
Modalidad / Nivel de Enseñanza Disciplina Tema
Educação de Jovens e Adultos - 2º ciclo História Migrações, cultura e identidades
Ensino Fundamental Final História Nações, povos, lutas, guerras e revoluções
Ensino Médio História Processo histórico: nações e nacionalidades
Datos de la Clase
O que o aluno poderá aprender com esta aula
  • Compreender a motivação religiosa como elemento para a colonização do Brasil.
  • Analisar a extração de pau-brasil como passo para a colonização.
  • Entender o papel desempenhado pelas expedições colonizadoras e a implantação das capitanias hereditárias no processo de ocupação e domínio do território brasileiro.

Duração das atividades
05 aulas de 50 minutos
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Mercantilismo. Expansão ultramarina europeia. Brasil antes dos portugueses.

Estratégias e recursos da aula

Atividade 1- "Primeira missa no Brasil"

Na aula anterior discutimos algumas intenções colonizadoras portuguesas no Brasil. Para estudar os fundamentos da colonização portuguesa, iniciaremos esta atividade analisando uma obra de arte, relacionada aos primeiros tempos da presença portuguesa no território brasileiro.

Levar impressa ou projetar para os alunos a pintura abaixo, assinada por Victor Meirelles:

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Imagem disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5d/Meirelles-primeiramissa2.jpg

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Título: "Primeira missa no Brasil"

Ano: 1860

Técnica: Óleo sobre tela

Dimensão: 268 × 356 cm

Localização atual: Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro

http://www.mnba.gov.br/ 

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=> Esta atividade poderá ser realizada numa colaboração com o(a) professor(a) de Artes/Educação Artística.

Nesta colaboração cabe, por exemplo, uma pesquisa sobre a vida e obra de Victor Meirelles, a ser realizada pelos alunos e orientada/avaliada pelos professores de História e Artes/Educação Artística.

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Foto disponível em: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/15/Victor_Meirelles_Retrato.jpg

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Algumas questões a serem respondidas na pesquisa:

  1. Local e data de nascimento e de falecimento de Victor Meirelles.
  2. Quais as suas principais obras?
  3. Além de pintor, quais outras atividades desenvolveu?

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Links indicados para a realização da pesquisa:

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Para análise da pintura (registrar e responder no caderno):

  1. Como é o cenário retratado na pintura?
  2. Quais pessoas compõem o cenário? Como você pode diferenciar essas pessoas?
  3. Quem seria a pessoa vestida de branco, diante da cruz?
  4. Quais as reações das pessoas que estão seminuas? Será que elas entendem a situação?
  5. Que significado tem a cruz na pintura?
  6. Qual a relação dessa imagem com as intenções colonizadoras portuguesas no Brasil?

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=> Professor, recomenda-se que o segundo momento desta atividade seja a socialização das percepções dos alunos acerca das questões levantadas. Dessa forma, as respostas produzidas devem ser expostas, comentadas e discutidas com a turma. 

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Atividade 2- A extração de pau-brasil

A madeira denominada pau-brasil foi a primeira riqueza natural extraída do Brasil pelos portugueses. A sua extração logo se tornou predatória, dando início ao que atualmente conhecemos como desmatamento.

Abaixo trazemos o texto intitulado "1503 – O CICLO DO PAU-BRASIL", assinado por FERNANDO KITZINGER DANNEMANN, no qual o autor mostra as utilidades do pau-brasil desde tempos mais antigos, bem como as ações da Coroa portuguesa para explorar a madeira.

Atenção! Trouxemos para esta aula somente os 4 primeiros parágrafos do texto, de modo que o restante pode ser usado/acessado no link onde originalmente foi publicado, que está logo abaixo.

Dinâmica sugerida para desenvolvimento da atividade:  

  • Levar o texto impresso para os alunos, ou informar o acesso a ele por meio do link.
  • Solicitar a leitura e vocabulário do texto.

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"1503 – O CICLO DO PAU-BRASIL

 Muito antes da chegada de Cabral às terras ameríndias, os europeus já conheciam a madeira de cujo cerne avermelhado, cor de brasa, extraíam um corante com que se tingiam panos. Era trazido das Índias pelos árabes, que auferiam grandes lucros nessa empresa, já que a cor vermelha dos tecidos, durante muitas décadas reservada aos eclesiásticos, entrara na preferência do vestuário burguês. 

O pigmento responsável pela cor (substância depois denominada “brasilina”) era utilizado para tingidura desde a Idade Média. No século 16, seu valor comercial tornou-se tão grande que influiu na disputa por novas terras, entre franceses, holandeses e portugueses. Botanicamente, trata-se de árvore da família das leguminosas, pertencente à espécie Caesalpinia echinata (nome derivado dos numerosos espinhos que possui no tronco), praticamente extinta no século 20. 

Em sua segunda expedição (1503) às terras encontradas três anos antes, Américo Vespúcio enviou a dom Manuel, rei de Portugal, um relatório informando que entre as riquezas procuradas as de maior proveito eram “infinitas árvores de pau-brasil”. Realmente, quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram nas matas atlânticas da região do Espírito Santo e da Bahia uma enorme quantidade de madeira de lei (caviúna, jacarandá e outras), especialmente uma árvore alta (8 a 10 metros e diâmetro de 80 centímetros), dura e resistente, cujo cerne tinha intensa coloração vermelha, da cor de brasa. Por isso, recebeu o nome de pau-brasil.                        

Logo após o regresso da expedição de Américo Vespúcio, dom Manuel colocou o comércio do pau-brasil sob monopólio da Coroa, mas os lucros obtidos com sua exploração eram bem inferiores aos que Portugal vinha conseguindo apurar com as especiarias trazidas da Índia. Assim, a extração da madeira foi entregue a uma companhia particular que se obrigou a vender todo o produto à Coroa, tendo-se estabelecido, para isso, um consórcio comercial de cristãos novos (de origem judaica) chefiados por Fernando de Noronha, com uma concessão de três anos.

 (...)"

O link para ler o restante do texto é: http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=1152955

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Questões para discutir o texto (registrar e responder no caderno):

  1. Quais as características e principais usos do pau-brasil ao longo dos tempos?
  2. Quais as ações da Coroa portuguesa para explorar o pau-brasil?
  3. Conforme o texto, quais regiões do Brasil tinham a madeira em abundância?
  4. Pense um pouco e relacione a extração de pau-brasil nessa época com a degradação da natureza atualmente.

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=> Professor, nesta atividade você pode contar ainda com a ajuda do(a) professor(a) de Ciências/Biologia, para tratar com os alunos sobre a espécie do pau-brasil dentro da flora brasileira. Abaixo uma imagem da árvore:

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PAU-BRASIL

Imagem disponível em: http://globorural.globo.com/edic/282/pau_brasil_2.jpg 

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=> Professor, recomenda-se que o segundo momento desta atividade seja a socialização das percepções dos alunos acerca das questões levantadas. Dessa forma, as respostas produzidas devem ser expostas, comentadas e discutidas com a turma.

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Atividade 3- As expedições colonizadoras e as capitanias hereditárias

PARTE 1 - As expedições colonizadoras

Acredita-se que nos 30 primeiros anos Portugal não desenvolveu um projeto colonizador para o Brasil, embora tenham havido as intenções de implantar o catolicismo, bem como a extração de pau-brasil.

Professor! Com este texto que trazemos os alunos entenderão o surgimento das chamadas expedições colonizadoras e, posteriormente, das capitanias hereditárias, fundamentais no processo de colonização do Brasil.

O texto está disponível e é de responsabilidade do site HISTORIANET - a nossa história.

Dinâmica sugerida para desenvolvimento da atividade:   

  • Levar o texto impresso para os alunos, ou informar o acesso a ele por meio do link.
  • Solicitar a leitura e vocabulário do texto.

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"O início da colonização

(...)

Porque durante três décadas o Brasil foi relegado a um plano secundário? A resposta é simples : "lucro". Nesse momento, Estado e burguesia portugueses estavam mais interessados na África e na Ásia, porque aí os lucros eram imediatos com o comércio das especiarias asiáticas e dos produtos africanos, como o ouro, o marfim além do escravo negro. Os lucros conseguidos com a extração do pau-brasil eram insignificantes se comparados com os afro-asiáticos.

Porém, as coisas mudaram um pouco e no final da década de 1520, Portugal via uma dupla necessidade de iniciar a colonização no Brasil. Por um lado, o reino passava por sérios problemas financeiros com a perda do monopólio do comércio das especiarias asiáticas. Por outro lado, a crescente presença estrangeira, notadamente francesa, no nosso litoral, ameaçava a posse portuguesa no novo mundo. Nesse sentido, o governo português enviou ao Brasil em 1530, a primeira expedição colonizadora, sob comando de Martim Afonso de Sousa. Essa expedição visava povoar a terra, defende-la, organizar sua administração e sistematizar a exploração econômica; enfim, colonizá-la.

Martim Afonso de Sousa, também destacou-se em nossa história ter trazido as primeiras mudas de cana-de-açúcar na região de são Vicente (SP) - produto que representará o primeiro grande momento da economia colonial - promovendo a instalação do primeiro engenho do Brasil (Engenho do Governador) e dando condições para fundação em 1532 de São Vicente, primeiro núcleo populacional do Brasil.

Pode-se ainda avaliar a importância de sua expedição, sabendo que foram principalmente os seus resultados o que provavelmente levou o rei de Portugal D. Jõao III ao plano de subdividir o Brasil em donatarias, primeiro passo para sua colonização regular. Essas donatarias ou capitanias hereditárias representam o primeiro projeto político-administrativo para colonização do Brasil, reproduzindo, com algumas diferenças, o sistema já experimentado pelo governo português em suas ilhas no Atlântico africano."

Texto disponível na íntrega em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=6 

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Questões para discutir o texto (registrar e responder no caderno):

  1. Identifique os motivos que levaram Portugal a iniciar a colonização do Brasil.
  2. Quais objetivos tinha a expedição comandada por Martin Afonso de Sousa?
  3. Como esta expedição contribuiu para o processo de colonização do Brasil?

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=> Professor, recomenda-se que as respostas produzidas sejam expostas, comentadas e discutidas com a turma. 

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PARTE 2- As capitanias hereditárias

Como se sabe, o governo português, para organizar a colonização, dividiu o Brasil em grandes faixas de terra. Estas receberam o nome de capitanias e, como eram passadas de pai para filho, são chamadas de capitanias hereditárias.

As capitanias foram "doadas" a ricos portugueses, a partir de então denominados donatários. Estes, por sua vez, deveriam ocupar, cultivar e defender as terras recebidas. Mais abaixo temos o mapa das capitanias hereditárias, com o nome de cada uma delas e respectivos donatários.

Levá-lo impresso para os alunos, ou projetá-lo:

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(clique na imagem para ampliar)

Mapa disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_lOSe7CxJx6Q/SXfJy6JnPeI/AAAAAAAAAdo/SrWIQ_UYv-8/s400/Capitanias+Hereditarias.jpg  

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Algumas possibilidades de análise do mapa (registrar e responder no caderno):

  1. Qual o número total de capitanias?
  2. Relacionar o nome de cada capitania com seu respectivo donatário.
  3. Relacionar o nome e/ou localização de capitanias a atuais estados e/ou cidades brasileiras.

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Caro professor, nesta atividade, a colaboração do(a) professor(a) de Geografia poderá ser muito valiosa!

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=> Professor! Ainda explorando o mapa acima, você poderá também propor uma pesquisa acerca do Tratado de Tordesilhas.

Questões a serem respondidas na pesquisa:

  1. Quando o tratado foi assinado?
  2. Quais as partes envolvidas neste tratado?
  3. Por que foi assinado?
  4. Quais os desdobramentos posteriores à assinatura do Tratado de Tordesilhas?

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Links indicados para a pesquisa:

Recursos Complementares

Reportagem "O descobrimento do pau-brasil" - Globo Rural:

http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1699511-1641,00.html 

Avaliação

O ensino de História deve proporcionar ao aluno inquietar-se diante dos conteúdos, e a ter curiosidade investigativa fronte a textos e diferentes documentos. Ao mesmo tempo, intenta-se que o aluno relacione a aprendizagem escolar à sua experiência de vida, como telespectador, internauta, consumidor, constituinte de uma família e de uma sociedade – sujeito histórico, enfim.

E nesta aula o professor poderá avaliar o aprendizado em cada uma das etapas do trabalho desenvolvido:

  • por meio da análise da imagem e da participação nas pesquisas e exercícios propostos.
  • através dos registros produzidos em todas as atividades da aula.
  • e das percepções acerca dos textos e do mapa, bem como da capacidade de analisá-los.
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