• Apresentar os órgãos homólogos como evidência evolutiva
• Diferenciar os órgãos homólogos dos órgãos análogos
• Discutir sobre as evidências evolutivas

Não é necessário conhecimento prévio para esta aula.

Para começar a aula, apresente à turma as imagens de um morcego, um peixe, uma libélula, um golfinho, um ser humano e uma gaivota, como as sugeridas abaixo. Formem grupos de 4 alunos e peça para que cada grupo analise as características de cada um dos animais descrevendo suas características e apontando suas similaridades e diferenças com relação a sua estrutura corporal.

disponível em: http://fotos.sapo.pt/topazio1950/pic/000543t5 (acessado em 07/12/2010).

disponível em: http://mazemind.blogs.sapo.pt/arquivo/peixe.jpg (acessado em 07/12/2010).

disponível em: http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK19363_libelula800.jpg (acessado em 07/12/2010).

disponível em: http://3.bp.blogspot.com/_ry_JGtThEuE/TPQhuhsKR1I/AAAAAAAAADc/MYBoXFSB5Mo/s1600/Golfinho.10.jpg (acessado em 07/12/2010).

disponível em: http://oglobo.globo.com/fotos/2008/04/29/29_MHG_homem.jpg (acessado em 07/12/2010).

disponível em: http://www.esquissos.blogger.com.br/gaivota.gif (acessado em 07/12/2010).

Provavelmente, a partir das características observadas pelos grupos, será possível identificar que muitos possuem estruturas semelhantes em função ou forma. Estas estruturas como no caso dos braços em humanos e as nadadeiras laterais em golfinhos e asas em morcegos, tem a mesma origem embrionária, e se assemelham na estrutura, mas apresentam funções totalmente diferentes, enquanto as asas em aves, insetos e morcegos, possuem a mesma função, ainda que de origem embrionária e estrutura diferentes. O que são então os órgãos homólogos e análogos? E qual deles se constitui em evidência evolutiva?

Órgãos homólogos são órgãos de seres vivos que se diferem, mas se desenvolvem de modo semelhante, como os membros anteriores de grande parte dos animais vertebrados. Têm origem embrionária semelhante e podem desempenhar funções distintas, como a asa de morcego, adaptadas para o vôo; e a as nadadeiras do golfinho, adaptadas para a natação. Ambas têm a mesma estrutura óssea. Desempenham funções distintas por causa do habitat de cada ser, e da adaptação. Isso é denominado divergência evolutiva.

Órgãos análogos são órgãos de seres vivos que desempenham funções semelhantes em diferentes organismos, porém apresentando origem embrionária e estrutura anatômicas diferentes. Ilustram o fenômeno da convergência adaptativa, o que reflete que evoluíram de antepassados distintos. Um exemplo de órgãos análogos são as asas das aves e dos insetos que, apesar de distintas quanto à estrutura e origem embrionária, têm a mesma função: permitir o vôo.

Atividade 1:

• Para esta atividade será necessário uma folha de papel sulfite por aluno e lápis.

Evolução dos palitos  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=9797  (acessado em 07/12/2010).

Em sala de aula o professor deverá aplicar esta atividade, na qual cada aluno faz uma parte do desenho, copiando o desenho anterior e inserindo um novo traço. A partir dos desenhos elaborados o professor poderá explicar diversos conceitos em evolução, como convergência adaptativa ou divergência evolutiva, bem como órgãos homólogos e análogos e seleção natural.

Como sugestão para o final da atividade, as folhas podem ser escaneadas ou fotografadas e pode ser montada uma apresentação de slides com a sequência evolutiva.

A sugestão para o software de apresentações é o Impress, uma opção em software livre que pode ser obtida no site do Broffice (disponível em http://www.broffice.org acessado em 08/12/2010).

Link para tutorial do Impress:   http://www.cospa-project.org/Assets/documents/Guides/Cospa_Impress_Tutorial-PT.pdf (acessado em 08/12/2010). Outro software que também tem a função de criação de apresentações multimídia é o  Microsoft power point (acessado em 08/12/2010) parte do conjunto de ferramentas de escritório proprietário Microsoft Office.     

Atividade 2:

Guerra dos bicos http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=10684  (acessado em 07/12/2010).

Para esta atividade será necessário providenciar:

• Pinça;
• Alicate comum;
• Alicate quebra-nozes;
• Pregador de roupas.
• Grãos e sementes, como por exemplo: Sementes de girassol; Linhaça; Milho; Castanhas; Pinhão; Nozes; Amêndoas, etc.
• Balança comum de cozinha;
• Cronômetro;
• Software de planilha eletrônica (para a atividade no laboratório de informática). O software livre indicado é o Calc  uma opção em software livre que pode ser obtida no site do Broffice (disponível em http://www.broffice.org acessado em 08/12/2010). Outro software que também tem esta função é o  Microsoft excel (acessado em 08/12/2010) parte do conjunto de ferramentas de escritório proprietário Microsoft Office.

Com esta atividade, os alunos serão capazes de perceber o processo de seleção natural proposto na teoria evolutiva de Darwin, compreendendo como ocorre o processo de convergência adaptativa e de divergência evolutiva.

Atividade 3:

Estas três atividades práticas de observação de bicos e patas de aves consolida os conceitos de órgãos homólogos e análogos, convergência adaptativa e divergência evolutiva e ainda, seleção natural.

A partir destas três atividades práticas de observação e comparação é possível perceber o processo de seleção natural conforme pensado e teorizado por Darwin a partir das descrições que fez dos bicos dos tentilhões nas ilhas Galápagos. Partindo da mesma metodologia de observação, a primeira atividade é um exercício de listar os mais diversos tipos de aves conhecidos pelos alunos e descrever estes animais, com suas características, habitat e hábitos. A partir desta prática, segue-se a segunda, que compara os principais tipos de patas e bicos de aves. Para esta atividade pode-se planejar uma saída de campo ou pesquisa em fotos de revistas ou ainda fotos disponíveis na internet. O importante é que os alunos identifiquem as patas e bicos dos animais observados e comparem entre si, percebendo suas características e relacionando as mesmas às suas funções. A terceira atividade traz o exemplo de seleção, identificando cada grupo de alunos a um diferente tipo de bico, representado por diferentes materiais análogos, como grampo de roupa, pinça, quebra-nozes, etc... e diferentes tipos de alimentos, levando aos alunos a observarem e perceberem que tipo de bico melhor se adapta aos diferentes tipos de alimentos selecionados para a atividade. Com as anotações relativas à quantidade de material e o tempo para se lograr quebrar ou abrir as sementes e o valor nutritivo das mesmas, se pode perceber que grupo estaria em maior vantagem pelo tipo de bico que possui, estando em situação privilegiada e aumentando suas chances de sucesso e sobrevivência da espécie.

Observação de bicos e patas de aves: A ave e o ambiente - Aula 1  http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=29287  (acessado em 08/12/2010).

Observação de bicos e patas de aves: A ave e o ambiente - Aula 2 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=29288  (acessado em 08/12/2010).

Observação de bicos e patas de aves: A ave e o ambiente - Aula 3 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=29289  (acessado em 08/12/2010).

Sugere-se ao final expor as conclusões dos grupos em debate sobre as similaridades e diferenças das patas e bicos de aves de acordo com seu habitat e alimentação.

http://www.professorjarbasbio.com.br/vida.htm (acessado em 08/12/2010).

http://sti.br.inter.net/rafaas/biologia-ar/resumo.htm (acessado em 08/12/2010).

http://www.scb.org.br/artigos/FC05.asp (acessado em 08/12/2010).

http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/analogia-homologia.htm (acessado em 08/12/2010).

http://www.colegioweb.com.br/biologia/provas-da-evolucao.html (acessado em 08/12/2010).

Para que a avaliação atinja seu objetivo de realmente apontar como o conteúdo pode ser aproveitado pelos alunos, recomenda-se que o professor estabeleça os critérios de avaliação junto com a turma, para vincular o comprometimento deles com o processo. Para que a avaliação seja estabelecida de forma participativa, deixe claro que os critérios devem estar ligados ao processo como um todo. O fato de participarem e de vivenciarem as relações do conteúdo com seu cotidiano, sentindo a aplicabilidade do que foi aprendido em seu contexto desperta o interesse pelo conteúdo.

Alguns critérios que podem ser sugeridos para que sejam observados durante a avaliação:

• participação das pesquisas e no desenvolvimento das atividades;
• registro de forma concisa das atividades práticas experenciadas;
• comprometimento com os colegas durante a realização das atividades em grupo;
• capacidade de aplicar os conceitos obtidos, relacionando os conceitos de evolução às evidências evolutivas.

A avaliação dos alunos poderá ser feita no decorrer das atividades a partir da pesquisa, produção e apresentação dos alunos.